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Fisiologia - Fluxo Sanguíneo

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Sistema Cardiovascular Fláuber Sousa - Med - 79 – UFCG 
Controle Local e Humoral do Fluxo Sanguíneo dos Tecidos 
Controle Local do Fluxo Sanguíneo em Resposta às Necessidades Teciduais 
• Cada tecido consegue controlar seu fluxo sanguíneo em resposta a necessidade 
metabólica; 
• Necessidades específicas dos tecidos: 
o Oxigênio; 
o Nutriente como glicose, aminoácidos e ácidos graxos; 
o Remoção de dióxido de carbono e íons hidrogênio 
o Manutenção da concentração de íons; 
o Hormônios ou outras substâncias. 
Variação no Fluxo Sanguíneo em Diferentes Tecidos e Órgãos 
• Alguns órgãos possuem alto fluxo sanguíneo como, tireoide, suprarrenais, fígado e rins. 
• Os músculos quando relaxados possuem baixo fluxo sanguíneo, porém quanto em atividade 
o fluxo sanguíneo pode aumentar em 20 vezes. 
Importância do Controle do Fluxo Sanguíneo pelos Tecidos Locais 
 
 Porque todos os tecidos do corpo não recebem a todo momento alto fluxo sanguíneo, em 
estados ativos ou de repouso, não seria mais seguro para suprir as necessidades dos tecidos? 
 R: Caso houvesse isso, o coração não poderia dar conta de bombear tanto sangue. 
• O fluxo sanguíneo de cada tecido é mantido no mínimo suficiente para suprir as suas 
necessidades – nem mais, nem menos. 
• Sendo assim, os tecidos não passam por deficiências nutricionais e o coração é mantido no 
mínimo trabalho possível. 
Mecanismos de Controle do Fluxo Sanguíneo 
• O controle local do fluxo possui duas fases: 
1. Controle Agudo (segundos ou minutos): realizado por rápidas vasodilatações 
e vasoconstrições locais das arteríolas, metarteríolas e esfíncteres pré-capilares. 
2. Controle a longo prazo (dias a meses): realizadas pelo aumento ou diminuição 
das dimensões físicas e números de vasos locais. É o melhor controle do fluxo 
sanguíneo e ocorre de forma lenta. 
Controle Agudo do Fluxo Sanguíneo Local 
• O aumento de 8 vezes o metabolismo em um tecido aumenta 4 vezes o fluxo sanguíneo no 
mesmo. 
• A diminuição da disponibilidade 
de oxigênio no tecido aumenta o 
fluxo sanguíneo nele; 
• Existem duas teorias básicas de 
regulação do fluxo a partir do 
metabolismo e falta de oxigênio: 
1. Vasodilatação; 
2. Falta de Oxigênio. 
Teoria da Vasodilatação para Regulação Aguda - Adenosina 
• Diz que, com o aumento ou diminuição do metabolismo ou oxigenação, os tecidos podem 
ou não produzir substâncias vasodilatadoras (adenosina, dióxido de carbono, compostos 
fosfatados de adenosina, a histamina, os íons potássio e os íons hidrogênio); 
• Essas substâncias vasodilatadoras agem nos esfíncter pré-capilar para relaxa-los; 
• Uma das substâncias que mais consideram importantes para esse processo é a adenosina. 
Teoria da Falta de Oxigênio para Controle Local do Fluxo Sanguíneo 
• Chamada de teoria da falta de oxigênio ou 
teoria da falta de nutrientes; 
• Acha-se que, com a falta de oxigênio os 
músculos vasculares (fibras musculares dos 
vasos) relaxariam provocando 
vasodilatação. 
• Outra explicação é de que, caso o tecido 
esteja com alto metabolismo, a 
disponibilidade de oxigênio para os 
músculos vasculares diminuiria, 
possivelmente causando vasodilatação em 
alto metabolismo. 
• Essa regulação envolve os esfíncteres pré-
capilares, os fazendo abrir e fechar, o que 
chamamos de vasomotilidade. 
• Com o aumento da concentração de 
oxigênio haverá contração dos esfíncters 
pré-capilares, mas quando houver 
diminuição da disponibilidades eles relaxariam. 
• Falta de qualquer outro nutriente (glicose, aminoácidos, ácidos graxos) podem fazer ocorrer 
vasodilatação. 
• Na doença de Beribéri, há falta de vitaminas do complexo B. Nessa doença, os músculos 
vasculares não relaxam então o fluxo sanguíneo fica aumentado. 
Exemplos de Controle Metabólico Agudo Local do Fluxo Sanguíneo 
• Dois tipos de controles especiais metabólico local do fluxo sanguíneo: 
o Hiperemia Reativa: ocorre quando o 
fluxo sanguíneo de um tecido é 
bloqueado por alguns segundos até uma 
hora e depois é desbloqueado. No 
momento de desbloqueio o fluxo 
sanguíneo nesse tecido aumente de 4 a 
6 vezes que o normal. Esse fluxo 
aumentado dura alguns segundos, se o 
bloqueio durou alguns segundos ou 
algumas horas se o bloquei foi de 
algumas horas; 
o Hiperemia Ativa: é simples, quando um 
tecido aumenta muito sua atividade o 
fluxo sanguíneo pode aumentar 20 vezes 
acima que o normal, isso pela liberação 
das substâncias vasodilatadoras. 
Aumenta
Mais 
“Autoregulação” do Fluxo Sanguíneo quando a Pressão Arterial É Variada – Mecanismos 
“Metabólicos” e “Miogênicos” 
• Quando a pressão arterial aumenta rapidamente o fluxo sanguíneo também aumenta, mas 
em menos de 1 minuto ele volta ao normal e a pressão continua elevada. 
• Esse fluxo é mantido pelo mecanismo chamado “autorregulação”. Que é explicado por duas 
teorias: 
o Teoria Metabólica: os seus mecanismos já foram explicados. O aumento do fluxo 
sanguíneo oferece mais oxigênio e nutrientes o que não provoca a produção de 
vasodilatadores e os músculos vasculares se contraem diminuindo o fluxo; 
o Teoria Miogênica: explica que a autorregulação é porque o aumento da pressão 
arterial provoca estiramento no vaso que vai responder a isso com vasoconstricção 
para manter o fluxo normal. 
Mecanismos Especiais para Controle Agudo do Fluxo Sanguíneo nos Tecidos Específicos 
• Rins 
o Feedback tubuloglomerular. A mácula densa percebe a quantidade de líquido que 
está passando para os túbulos e, se for muito, provoca a vasoconstricção das 
arteríolas para diminuir o fluxo; 
• Cérebro 
o Depende da concentração de íons hidrogênio e dióxido de carbono que, em alta 
quantidade, dilata os vasos. 
• Pele 
o O controle do fluxo sanguíneo está relacionado a temperatura da pele; 
Controle do Fluxo Sanguíneo Tecidual pelos Fatores de Relaxamento e de Constrição Derivados 
do Endotélio 
• O endotélio produz substâncias que pode agir relaxando ou contraindo os vasos; 
• Oxido Nítrico – é o mais importante vasodilatador liberado por células endoteliais saudáveis 
• Endotelina – um poderoso vasoconstrictor liberado pelo endotélio que sofreu alguma lesão 
Regulação do Fluxo Sanguíneo a Longo Prazo 
• Até agora foi explicada a regulação aguda (rápida) 
que, por si só, não é apenas suficiente para regular 
o fluxo sanguíneo; 
• A regulação a longo prazo pode durar semanas a 
meses; 
Mecanismo de Regulação a Longo Prazo – Alteração na 
“Vascularização Tecidual” 
• Se houver aumento da atividade do tecido ocorrerá 
aumento do número de capilares do local, 
chamamos de angiogênese. Da mesma forma que, 
se houver diminuição da atividade do tecido, diminuirá a quantidade de capilar no local. 
• Esse processo é rápido, pode 
ocorrer em alguns dias. Porém, 
em idosos e tecidos mais 
estabelecidos esse processo 
pode demorar meses. 
• Na imagem ao lado vemos a 
quantidade de capilar em um 
músculo de um rato que antes 
não era muito ativo e depois se 
tornou muito ativo. 
 
Vasocontrictor
Vasodilatador
O Papel do Oxigênio na Regulação a Longo Prazo 
• O baixo nível de oxigênio também pode fazer com que aumente o número de capilares 
nos tecidos; 
• O alto nível de oxigênio diminui a quantidade de capilares nos tecidos. 
A importância do Fator de Crescimento do Endotélio Vascular na Formação de Novos Vasos 
Sanguíneos 
• Os fatores que incentivam a formação de novos vasos são: 
o Fator de Crescimento do Endotélio Vascular (FCEV) 
o Fator de Crescimento de Fibroblasto 
o Angiogenina 
• O baixo nível de oxigênio e outros nutrientes induzem a formação desses fatores; 
• Novos vasos brotam de vasos já existentes; 
• Alguns hormônios esteroides, angiostatina, endostatina inibem a formação de novos 
vasos. 
A Vascularização é Determinada pela Necessidade Máxima de Fluxo Sanguíneo, e não pela Necessidade 
Média 
• A quantidade de vasos que serão gerados pelo processo já explicado é bem maior que a 
necessária. 
Desenvolvimento de Circulação Colateral– Um Fenômeno a Longo Prazo da Regulação Local 
do Fluxo Sanguíneo 
• Se uma veia ou uma artéria for bloqueada surge um outro vaso dele para irrigar o tecido 
ou órgão afetado. 
• Os vasos colaterais continuam crescendo por meses, assim, quando se observa um 
colateral, geralmente, não verá um vaso único, mas um conjunto de ramificações; 
• Esses novos vasos não são bem úteis em tecidos que podem realizar atividade muito alta; 
Controle Humoral da Circulação 
• Esse controle é feito por substâncias secretadas ou absorvidas pelos líquidos teciduais; 
Agentes Vasoconstritores 
• Norepinefrina e Epinefrina 
o A norepinefrina é um agente vasoconstritor muito potente, mais do que a epinefrina 
que, em alguns tecidos, provoca até vasodilatação. 
o No momento de estimulação simpática há liberação de norepinefrina por todo o 
corpo provocando vasoconstricção. A medula da adrenal produz tanto norepinefrina 
quanto epinefrina que agirá do mesmo modo no resto do corpo a partir da 
circulação sanguínea. 
• Angiotensina II 
o É um potente vasoconstritor que pode aumentar a pressão arterial em até 50mmHg. 
o Age contraindo as arteríolas e, portanto, elevando a resistência periférica total. 
• Vasopressina 
o É também chamada de Hormônio Antidiurético e é produzido por células do 
hipotálamo 
o Essa substância é um vasoconstritor bem mais potente que a Angiotensina II; 
o Esse hormônio atua aumentando a reabsorção de líquido de volta para o sangue dos 
túbulos renais. 
Agentes Vasodilatadores 
• Bradicinina (cininas) 
o Provoca intensa dilatação vascular e aumento da permeabilidade; 
o Está presente em infecções teciduais ou situações semelhantes. 
• Histamina 
o Está em tecidos lesados, inflamados ou em reações alérgicas; 
o É produzida por mastócitos e basófilos; 
o Assim como a bradicinina, ela provoca vasodilatação e aumento da permeabilidade 
do vaso; 
o Em algumas condições patológicas ela provoca edema. 
Controle Vascular por íons e Outros Fatores Químicos 
1. Aumento da concentração de cálcio provoca vasoconstricção; 
2. Aumento da concentração de potássio provoca vasodilatação; 
3. Aumento da concentração de magnésio provoca intensa vasodilatação; 
4. Aumento da concentração de Hidrogênio provoca contração arteriolar e diminuição 
contração; 
5. Ânions como acetato e citrato provocam vasodilatação; 
6. O dióxido de carbono provoca dilatação moderada no corpo e acentuada no cérebro. 
Entretanto pode atuar como vasoconstritor se agir no centro motor do cérebro. 
O fluxo sanguíneo não muda muito com a ação dos vasoconstrictores e vasodilatadores por causa 
da “autorregulação” que vimos anteriormente.

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