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Bactérias patogênicas ao trato reprodutor - MICROBIOLOGIA

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Leonan José – T5 
 ALINE – MICROBIOLOGIA – BBPM V 
Bactérias potencialmente patogênicas ao trato reprodutor 
INTRODUÇÃO: IMUNIDADE DE MUCOSAS 
→ É uma rede especializada imune que acompanha todo o nosso 
trato mucoso (trato respiratório superior, TGI, trato urogenital) 
→ Serve para evitar infecções (neutraliza invasores) 
 
TRATO REPRODUTOR FEMININO 
→ Tem mais tecido mucoso, por isso a rede imune é mais complexa 
→ Possui importância para a mãe (contra IST) e para o 
desenvolvimento do feto 
→ Sofre influências devido eventos fisiológicos: fertilização, 
alterações hormonais, gestação, etc. 
 
O epitélio do trato reprodutor feminino 
→ VAGINA: epitélio estratificado: escamoso → células parabasais 
→ células basais 
→ ENDOCÉRVICE (parte interna do colo de útero): zona de 
transição → ficam menos estratificada 
→ ÚTERO: epitélio colunar 
→ Onde há mais células, a rede de tecido linfoide vai ser mais 
complexa (vagina > endocérvice > útero) 
 
a) MALT: barreira física contra patógenos. 
Ele é formado por diversas células epiteliais com receptores 
TLRs (tool like receptors) que vão identificar os PAMPs (fatores 
associados aos patógenos) e produzir citocinas e quimiocinas que 
vão atrair ou ativar células da imunidade inata ou da adaptativa, 
culminando na produção de citocinas pró-inflamatórias e eliminação 
do invasor. 
Essas células possuem diversos tipos de receptores, mas 
destaca-se: TLR4 (que reconhece LPS das bactérias gram 
negativas), TLR5 (reconhece a flagelina dos patógenos flagelados) e 
TLR3 (reconhece a fita dupla de RNA viral). 
 
b) Imunidade inata no trato reprodutor feminino 
→ Várias células secretam peptídeos (defensinas, 
antileucoproteinases, lisozima, lactoferrina) 
→ A secreção desses peptídeos podem sofrer influencia hormonal 
no ciclo menstrual 
→ A maior secreção acontece nos períodos de maior 
vulnerabilidade às infecções 
→ Durante o trabalho de parto também ocorre maior produção 
 
 
c) Imunoglobulinas no trato reprodutor feminino 
→ IgA é a principal da imunidade de mucosas 
→ Células B plasmáticas (principalmente na camada epitelial 
basolateral) secretam ativamente IgA em resposta a ativação 
→ Após secretada, IgA é transportada para a parte mais externa 
→ Processo de transporte é afetado pelo estrogênio e progesterona 
→ Maior liberação de IgA coincide nos períodos de maior 
vulnerabilidade (antes da ovocitação e no fim do ciclo menstrual) 
→ O endocérvix também tem alta produção de IgA, visando 
prevenir patógenos que poderiam entrar no tecido mucoso 
 
 
d) Células dendríticas e macrófagos no trato feminino 
→ Dendríticas: ficam distribuídas entre as parabasais e no epitélio 
estratificado. Sua presença serve para início da resposta 
adaptativa e manutenção da homeostase. 
→ Macrófagos: distribuídos ao longo de todo o trato. Fazem 
fagocitose de patógenos, remodelamento do epitélio e regulação 
da resposta imune com liberação de IL-10. 
 
e) Células NK no trato feminino 
→ Sua função é a citotoxicidade celular dependente de anticorpos 
→ Elas liberam IFN-gama 
→ Além de combater os patógenos, as NK estão associadas as 
várias patologias (abortos e pré-eclâmpsia estão associados a 
ativação de NK) 
→ NK são importantes no início da gestação: ficam ao redor dos 
trofoblastos, protegendo os tecidos fetais da resposta imune 
materna e, assim, protegendo o feto de doenças infecciosas (NK 
garante que o feto não seja reconhecido como corpo estranho) 
→ Quando ocorre a implantação do feto, ocorre uma mudança na 
expressão do MHC de membrana dessas células: são 
expressadas moléculas de classe I do HLA-G (expressas por 
trofoblastos) e isso vai inibir a citotoxicidade das NK 
→ Isso faz com que a mãe na rejeite o feto e auxilia no 
desenvolvimento placentário e na vascularização 
 
f) Células T e imunidade adaptativa 
→ São encontrados linfócitos Th CD4 e Th CD8 
→ Devido a falta de estruturas linfoides (onde eles se reuniriam), as 
células T estão dispersas em toda a lâmina própria 
 
TRATO REPRODUTOR MASCULINO 
→ Possui toda a rede linfoide que já foi falada (a+b+c+d+e+f), mas 
em menor quantidade, já que a presença de tecido mucoso no 
feminino é muito maior 
 
MANUTENÇÃO DA TOLERÂNCIA EM RELAÇÃO AO FETO 
→ A resposta imunologia deve ser muito regulada 
→ O feto é semi-alogênico (possui antígenos paterno e materno) 
→ O paterno pode ser considerado como antígeno externo 
→ Os linfócitos gerados pela mãe até reconhecem como estranho, 
mas ao invés de reagir de maneira inflamatória, tornam-se 
tolerantes 
→ A tolerância continua até o fim da gestação 
 
Durante a pré-implantação: 
→ Blastocisto em desenvolvimento e o trofoblasto são protegidos 
do sistema imune pela zona pelúcida 
 
Leonan José – T5 
 ALINE – MICROBIOLOGIA – BBPM V 
→ Após isso, começa a desenvolver-se a tolerância 
→ A tolerância envolve sinais fornecidos pelo feto e pelo tecido 
materno (principalmente placenta) 
→ O endométrio vai receber sinais que provocará um 
microambiente tolerogênico 
 
→ A não expressão do EPF está associado a abortos espontâneos 
→ A resposta imune se inclina mais para TH2 ao invés de TH1 
 
STREPTOCOCCUS 
→ Cocos gram positivos agrupados em cadeia 
→ Catalase negativos 
→ São nutricionalmente exigentes (ágar-sangue, caldo nutriente 
com glicose) 
→ São anaeróbicos facultativos 
→ Fazem parte da microbiota normal (vias aéreas superiores, 
boca, trato intestinal e reprodutor) 
→ Grupo bem heterogêneo, classificado de acordo com seu 
carboidrato de membrana (A-H e K-V) 
 
Fatores de virulência - Streptococcus tipo B 
a) Tropismo para SNC 
b) Fatores que diminuem ativação do sistema complemento = 
favorece invasão de células epiteliais 
c) Receptores de superfície = auxiliam na invasão de células 
epiteliais 
d) Apresentam pili 
e) Formam biofilme (agregados bacterianos que facilitam evasão 
da resposta imune) 
f) Fatores de aderência e que ajudam na colonização do epitélio 
vaginal 
 
Streptococcus agalactiae 
→ Pode colonizar normalmente o trato respiratório superior, trato 
intestinal e vagina 
→ O problema é quando ocorre a gestação e o microambiente se 
torna tolerante, gerando uma diminuição do reconhecimento dos 
antígenos, permitindo que ela se prolifere e cause infecções no 
recém-nascido (RN) 
→ É um dos principais causadores da sepse puerperal e infecções 
neonatal ou perinatais 
→ A maior parte dessas bactérias são beta-hemolíticos 
→ Pode ocorrer uma colonização assintomática na gestante e 
infecções graves em RN. Isso contribui para a imaturidade 
imunológica da criança e deficiências imunológicas em idosos e 
adultos 
 
Patogênese 
→ Colonização reto-vaginal materna → rompimento de 
membranas placentárias → facilitação da colonização fetal 
→ Há evidencias da sua entrada pela cavidade amniótica através 
da placenta íntegra → causa infecções fulminantes no feto 
→ A aspiração do líquido amniótico contaminado pode levar a 
bactéria até os alvéolos pulmonares no RN → causa pneumonia 
e pode acessar a corrente sanguínea 
 
 
Diagnóstico do S. agalactiae 
TESTE DO FATOR CAMP: baseado na detecção do fator 
CAMP (um dos fatores de virulência) produzida pelo S. agalactiae. 
Esse fator potencializa a ação hemolítica na beta-lisina presente no 
S. aureus. Devido a isso, ao fazer a cultura com ágar-sangue, 
colocamos uma linha 
grande de S. aureus (C) 
e uma menor, que não 
encoste e perpendicular 
do que se está 
procurando (A e B). 
Aquela que formar uma 
seta em direção ao S. 
aureus é o S. agalactiae 
(A) já que um fator 
presente no S. 
agalactiae aumentou a 
hemólise do S. aureus, 
enquanto o outro não 
fez nada (B) Quando 
isso acontece, chama-
se CAMP positivo. 
 
 
 
NEISSERIA 
→ Diplococos gram negativos achatados nas laterais 
→ Oxidase positiva e catalase positivas (exceto N. elongata) 
→ O gênero Neisseria contêm 2 importante patógenos humanos: N. 
meningitidis e N. gonorrhoeae 
 
Neisseria gonorrhoeae 
→ Causa gonorreia. Seu nome em grego significa “sêmen grosso”,devido ao ↑ infiltrado leucocitário durante a infecção 
→ Também causa conjuntivite neonatal/oftalmia neonatal quando 
as mães não fazem pré-natal e a bactéria entra em contato com 
os olhos do bebe durante o parto natural 
→ Período de incubação muito rápido: 2 a 8 dias 
 
Leonan José – T5 
 ALINE – MICROBIOLOGIA – BBPM V 
Fatores de virulência 
a) Adesinas: bactéria fica mais tempo ancorada na membrana 
b) Captação de plasmídeos (DNA do meio extracelular): pode 
adquirir a resistência de outras bactérias a partir disso 
c) Porinas: induz a formação de poros na célula → auxilia na 
passagem de nutrientes/produtos metabólicos e na penetração, 
já que impede a formação do fagolisossomo 
d) LOS: proteína na parte externa que é considerada uma 
endotoxina que vai causar danos celulares, indução de TNF, 
proteases, fosfolipases, etc., destruindo o epitélio 
e) Secreção de IgA1 protease: enzima que quebra o anticorpo IgA 
 
Patogênese 
→ Contato sexual causa infecção no trato genital (é uma IST) 
→ Aderência da bactéria no epitélio → endocitose (entra nas 
camadas mais internas) → é fagocitada → fatores de virulência 
desencadeiam inflamação e migração leucocitária → 
descamação do epitélio → microabcessos e exsudato 
→ No homem ocorre uretrite: processo inflamatório agudo e 
piogênico (↑leucócitos) gerando uma descarga purulenta 
→ Na mulher ocorre cervicite, mas não é muito sintomática → 
problema, pois pode evoluir doença inflamatória pélvica (DIP) 
→ No RN ocorre oftalmia neonatal 
 
 
Características da infecção 
→ Pode colonizar trato urogenital, nasofaringe e reto 
→ Raramente invade corrente sanguínea 
→ Facilita transmissão do HIV: uma vez que provoca lesões, o 
ato de romper essa primeira camada de proteção e quebrar as 
IgA acaba por deixar o epitélio mais frágil/susceptível à entrada 
do HIV. Além disso, devido processo inflamatório local, muitas 
células são atraídas, inclusive linfócitos (um dos alvos da 
infecção do HIV). 
 
Manifestações clínicas nas mulheres 
→ Normalmente é assintomático 
→ Quando começam, sintomas são na endocérvix 
o Corrimento vagina e disúria 
→ Pode ascender e, após anos, causar infertilidade, salpingite, DIP 
 
Manifestações clínicas nos homens 
→ Descarga purulenta com ↑↑ bactérias e leucócitos 
→ Pode se espalhar para próstata, vesícula seminal e epidídimo 
→ Pode evoluir ainda mais para estenose (estreitamento dos 
ductos) e infertilidade (é raro) 
 
Manifestações clínicas no RN 
→ Oftalmia neonatal: é prevenida pingando 1 gota de nitrato de 
prata a 1% nos olhos da criança assim que ela nasce 
 
Diagnóstico 
→ Coleta da amostra → cultivo → coloração de gram 
→ Sintomas + presença de diplococos gram negativos no interior 
de polimorfonucleares (PMN) = diagnóstico presuntivo em 
homens, mas em mulheres pode ser falso positivo → é 
preciso fazer cultura + oxidase positivo 
→ Deve-se tratar não somente o paciente mas também o parceiro 
 
Resistência das cepas aos antimicrobianos 
→ Quais fatores influenciam essa resistência? 
 
 
 
→ Resistência adquirida 
o Por meio de plasmídeo, desenvolvem resistência a 
▪ Penicilina por pegar plasmídeo do Haemophilus 
▪ Tetraciclina por pegar o plasmídeo do 
Streptococcus 
o Por meio de modificação do cromossomo, desenvolvem 
▪ Resistência a penicilina e a cefalosporina por 
contato da N. gonorrhoeae com Neisseria normais 
do trato reprodutor 
 
→ Resistência seletiva 
o Por pressão seletiva, desenvolvem resistência a 
▪ Azitromicina 
o Por mutação em múltiplos genes, desenvolvem 
▪ Resistência a penicilina, ciprofloxacina 
 
TREPONEMA 
→ Estão na microbiota oral de indivíduos sadios 
→ Podem estar associados a biofilmes e periodontites 
→ Morfologia alongada e helicoidal 
 
Treponema pallidum subespécie pallidum 
→ Agente etiológico da sífilis venérea 
→ É um parasita intracelular (muito pequeno) 
→ Apresenta baixa variabilidade, alguns polimorfos conhecidos 
→ Enfermidade infecciosa sistêmica de evolução crônica 
→ Alterna períodos de atividade e aparente inatividade (na 
verdade esses são os períodos em quem, devido ao tropismo, 
ela está se deslocando para outro tecido), e as características 
clínicas, imunológicas e histopatológicas diferentes (de acordo 
com o tecido) 
 
Epidemiologia 
→ É uma IST e é sistêmica. O homem é seu único hospedeiro 
→ Apresenta 3 fases (primária, secundária e terciária) 
→ População de risco: menor nível socioeconômico, usuário de 
drogas, comportamento sexual de risco 
→ Casos de sífilis estão subindo muito no Brasil 
 
Fatores de virulência 
→ Patogênese não é bem conhecida (dificuldade de cultivar em 
laboratório), mas ↑ capacidade de fugir da resposta imune 
→ Penetração ocorre via mucosa/pele lesionada 
→ Incubação de aproximadamente 3 semanas 
 
 
Leonan José – T5 
 ALINE – MICROBIOLOGIA – BBPM V 
Fases da infecção 
 
Infecção → Treponema interage com as células epiteliais da mucosa 
→ produção de mucopolissacaridase (é um fator de virulência 
associado ao Treponema) que quebra as zonas de aderência entre 
as células epiteliais → células perdem a união → Treponema invade 
tecidos mais internos 
 
 
 
 
 
 
Sífilis primária: ocorre após período de incubação de 10 a 90 dias. 
Manifesta-se por lesões na região genital. Dentro da lesão há 
exsudato esbranquiçado com quantidade gigantesca de bactérias e 
polimorfonucleares. A lesão é 
chamada de cancro duro. A 
cura é espontânea, já que o 
microrganismo (devido o 
tropismo) vai para outros 
locais do corpo e, assim, a 
lesão regride. 
 
Sífilis secundária: aparece de 6 a 8 
semanas após as lesões primárias terem 
desaparecido. Devido tropismo para o tecido 
subcutâneo, aparecem lesões no corpo. A 
cura também é espontânea. 
 
Sífilis latente: vai depender do estado 
imunológico do portador. Pode evoluir para 
cura espontânea ou para sífilis latente 
persistente. Nesse caso, para a mulher, 
pode ocorrer transmissão congênita, 
provocando alterações no filho como 
hepatoesplenomegalia. Grande parte dos infectados evoluem para 
sífilis terciária. Pode acontecer de 1 a 10 anos a partir da primária. 
Caracterizada pela migração do Treponema para vários locais 
(fígado, ossos, cérebro). Ao acometer SNC, chama-se neurossífilis. 
 
Diagnóstico 
→ Microscopia 
a) Microscopia em campo escuro → 
b) Imunofluorescência direta (nas fases 
sintomáticas) 
c) Impregnação por prata 
 
→ Sorologia 
a) Teste não treponêmicos: VDRL 
b) Testes treponêmicos: FTA-Abs, Elisa, 
teste rápido 
 
 
Chlamydia trachomatis 
→ É uma IST que causa infecção cervical 
→ Apresenta afinidade por células do epitélio colunar 
→ Alta frequência na população feminina (oligo ou assintomática) 
→ É parasita intracelular obrigatório 
→ É muito pequeno (parece uma areia na lâmina) 
→ Cocos minúsculos gram negativos 
→ Mais de 15 sorotipos associados a diversas patologias. Vamos 
focar na IST provocada pelos tipos L1, L2 e L3 
 
Linfogranuloma venéreo 
→ É dividido em 3 fases 
1. PRIMÁRIA: pápula pequena ou ulcera 
herpetiforme, poucos sintomas, cura 
espontânea (pelo tropismo da bactéria) sem 
formação de cicatriz 
2. SECUNDÁRIA: bactéria vai para os linfonodos mais próximos, 
causando inchaço (tanto pela multiplicação da bactéria quanto 
pelo sistema imune) chamado de linfadenopatia. Um sinal 
patognomônico para essa doença é a formação do Sinal de 
Groove, um sulco entre os dois gânglios linfáticos inchados e 
não dolorosos a palpação. A pele é 
eritematosa. No interior desses 
gânglios, forma-se uma massa 
inflamatória, que pode extravasar. 
Pode haver sintomas sistêmicos de 
febre, cefaleia e mialgia. 
3. TERCIÁRIA: hipertrofia granulomatosa 
crônica com ulceração nos gânglios e genital 
externos. A obstrução linfática pode produzir 
edema localizado. 
 
Ciclo de vida 
Duas fases distintas 
a) Corpo reticulado (CR): forma ativa da bactéria, não tem parede 
celular e é intracelular. Essa forma vai se multiplicar dentro da 
célula 
b) Corpo elementar (CE): bactéria inativa, com paredecelular e é 
extracelular (célula se rompe, liberando-as. 
 
Fisiopatologia da infecção 
 
 
Características da infecção 
→ Período de incubação de 6 a 14 dias 
→ 60 a 70% dos casos são portadores assintomáticos: o problema 
disso é que podem disseminar a IST para outros 
→ Nos assintomáticos, podem haver ascensão, resultando em 
Doença Inflamatória Pélvica (DIP) com sequelas (infertilidade, 
gestação ectópica, dor pélvica) em até 30% dos casos 
 
Leonan José – T5 
 ALINE – MICROBIOLOGIA – BBPM V 
→ As manifestações da infecção de acordo com o grupo atingido: 
o Puérperas 
▪ Endometrite puerperal 
o RN 
▪ Durante o parto: conjuntivite de inclusão, pneumonia 
▪ Transmissão vertical: prematuridade, baixo peso, natimortos, 
abortos 
o Mulheres férteis 
▪ Síndrome uretral aguda: disuria, polaciúria (ir ao banheiro 
demais) e piuria (leucócitos na urina, mas urocultura dá 
negativo) 
▪ Salpingite: maior risco de esterilidade e gestação ectópica 
▪ Cervicite: presença de muco amarelo e esverdeado 
 
Prevenção de complicações obstétricas 
→ Exames laboratoriais de rotina durante gestação 
→ Citologia esfoliativa: baixa sensibilidade, alta especificidade 
 
Haemophylus ducreyi 
→ Pequenos bacilos gram negativos 
→ Transmissão sexual exclusiva 
→ Período de incubação de 3 a 10 dias 
→ Causa o cancro mole 
 
Patogênese da doença 
Pápula (pequenas) com progressão para úlcera (maiores) → lesões 
únicas ou múltiplas, muito dolorosas, bordas irregulares, fundo 
necrótico, exsudato amarelo e fétido → linfonodomegalia inguinal 
(chamado de bulbão) com 
liquefação e fistulização (acontece 
em 50% dos casos) após 2 semanas 
→ aumento do linfonodo pode ser 
tanto que causa dificuldade para 
andar 
CANCRO MOLE VS CANCRO DURO (sífilis) 
 
 
Diagnóstico 
→ Coloração de gram: negativos 
 
Mycoplasma e Ureaplasma 
→ Não possuem distinção de parede celular no gram por serem 
muito pequenos e altamente pleomórficos 
→ Não tem característica de invasão, simplesmente colonizam a 
superfície por ligação de receptores e produz produtos tóxicos 
 
 
 
 
 
 
 
Klebsiella granulomatis 
→ Bacilos gram negativos 
→ Doença granulomatosa (forma-se um tecido de granulomas na 
região dos órgãos sexuais) de evolução 
crônica (bem lenta) 
→ Período de incubação de 30 dias a 6 
meses 
→ É pouco frequente, mas acontece em 
climas tropicais e subtropicais 
→ É conhecida como Donovanose (aparece em provas de 
residência com esse nome) = Granuloma venéreo 
→ Além do tecido granulomatose, forma ulcerações, deformidades 
(após anos de infecção) 
 
Diagnóstico 
→ Biópsia (coloração HE): no interior de monócitos, haverá corpos 
intracitoplasmáticos (corpúsculos de Donovan) 
 
Gardnerella vaginalis 
→ Pequeno bacilo pleomórficos e gram-variável 
→ Responsável pela vaginose bacteriana 
→ Causa mais comum da ardência ao urinar e do corrimento 
vaginal anormal 
→ Normalmente, há predominio de lacotbacilos (mantêm pH 
adequado), porém, pode ser que os lactobacilos sejam 
substituidos por outras bactérias que estão em menor 
concentração na vagina (“mistério ecológico”, como um substitui 
o outro?) e, com isso, modificam a microbiota normal 
→ Pode atuar sinergicamente com outras → corrimento fétido 
→ Fatores de risco: múltiplos parceiros (ou novo parceiro) sexuais 
sem proteção, tabagismo, ducha vaginal 
e uso de DIU. 
→ Durante a gestação, essa vaginose está 
associada a partos prematuros, ruptura 
prematura da vagina e infecções 
uterinas no pós parto. 
→ A característica dela é ficar nas bordas da célula (clue cells) 
 
Bacilos de Doderlein 
→ Lactobacilo gram positivo da microbiota normal. 
Os lactobacilos possuem a característica de 
serem grandes/compridos 
→ Função de manter o pH vaginal ácido por meio da conversão do 
glicogênio em ácido lático = auxilia o combate de bactérias 
 
RESUMO

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