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Tecido Ósseo

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gabi_fran_ 
Gabrielle França, CESUPA 2021 
 Definição 
Como os outros tecidos conjuntivos, o osso, 
ou tecido ósseo, contém uma matriz 
extracelular abundante entre células bem 
separadas. A matriz extracelular é formada 
por cerca de 15% de água, 30% de fibras 
colágenas e 55% de sais minerais cristalizados. 
O sal mineral mais encontrado é o fosfato de 
cálcio, que se combina com outro sal mineral, 
o hidróxido de cálcio, para formar cristais de 
hidroxiapatita. Os cristais se combinam ainda 
com outros sais minerais, como carbonato de 
cálcio, e íons como magnésio, fluoreto, 
potássio e sulfato. Conforme esses sais são 
depositados na estrutura formada pelas fibras 
de colágeno da matriz extracelular, eles 
cristalizam e o tecido endurece. Esse processo 
é chamado calcificação. 
Embora a solidez de um osso dependa de 
sais minerais inorgânicos cristalizados, sua 
flexibilidade depende das fibras de colágeno. 
Como as barras de metal de reforço em 
concreto, as fibras de colágeno e outras 
moléculas orgânicas conferem resistência à 
tração, ou seja, resistência ao estiramento ou 
à separação. 
 
 Estrutura 
Quatro tipos de células são encontrados no 
tecido ósseo: 
 
 
 
OSTEOPROGENITORAS 
Derivadas de células-tronco mesenquimais 
na medula óssea, e se diferenciam em 
osteoblastos em respostas a estímulos 
moleculares como BMP1 e o fator chave, que 
é um fator de transcrição chamado fator de 
ligação central 1 (CBFA1), promovem a 
osteogênese. 
São renováveis e responsivas a estímulos 
moleculares que as transformam em células 
formadoras de ossos. São encontradas nas 
superfícies externa e interna dos ossos e na 
microvasculatura que supre o osso. 
Morfologicamente, elas são células 
achatadas com núcleos alongados ou ovoides, 
levemente corados, citoplasma acidófilo não 
facilmente notado ou levemente basófilo. 
 
Osteoblastos 
Células JOVENS que secretam a matriz 
extracelular (orgânica) do osso; secretam 
colágeno tipo I e proteínas de matriz óssea 
que constituem o osso não mineralizado 
inicial, ou osteóide. É responsável pela 
calcificação da matriz óssea. 
O processo é iniciado através da secreção de 
pequenas vesículas da matriz, ricas em 
fosfatase alcalina e secretadas apenas 
durante o período que a célula produz a 
matriz óssea. 
As proteínas produzidas pelo osteoblasto 
são: proteínas de ligação do cálcio 
(osteocalcina e osteonectina), a glicoproteínas 
multiadesivas (sialoproteínas I e II, 
osteopontina e trombospondina óssea), 
proteoglicanas e fosfatase alcalina (FA); Os 
níveis circulantes de fosfatase alcalina e 
osteocalcina são usados como marcadores da 
atividade osteoblástica. 
Respondem a estímulos mecânicos para 
mediar às alterações no crescimento ósseo e 
na remodelagem óssea. À medida que ocorre 
a deposição de osteóide, o osteoblasto é 
circundado e se torna um osteócito. 
 
Osteócitos 
Célula óssea MADURA localizada no interior 
da matriz óssea, ocupando as lacunas, é 
responsável pela manutenção da matriz óssea. 
São células achatadas, que exibem pequena 
quantidade de REG, tem Complexo de Golgi 
pouco desenvolvido e núcleo com cromatina 
condensada. 
Tem o papel da mecanotransdução, 
processo pelo qual responde ás forças 
mecânicas aplicadas ao osso: diferentes 
estímulos (ausência de peso ou carga 
mecânica aumentada) alteram a expressão 
genética e o mecanismo apoptótico da célula. 
 
 
#OSTEÓLISE: Entre a membrana osteocítica e 
o osso, há uma pequena quantidade de 
líquido ósseo. Acredita-se que essa membrana 
osteocítica promova o bombeamento de íons 
cálcio no liquido ósseo para o extracelular. 
Quando esta se torna excessivamente ativada, 
a concentração de cálcio no liquido ósseo 
declina, e sais de fosfato de cálcio são 
absorvidos a partir do osso. 
 
Osteoclastos 
Células de reabsorção óssea presentes nas 
superfícies ósseas onde o osso está sendo 
removido ou remodelado (reorganizado) ou 
onde o osso foi lesionado. São células móveis 
gigantes, multinucleadas e extensamente 
ramificadas, sendo muito acidófilas, contendo 
numerosos lisossomos, derivadas da fusão de 
células progenitoras mononucleares 
(principalmente células progenitoras de 
granulócitos/macrófagos - GMP) sob a 
influência de várias citocinas como: TNF, MCF 
e interleucinas. 
Diferenciam-se em osteoclastos pelo sistema 
de sinalização dos receptores RANK expressos 
em precursores dos osteoclastos para 
moléculas RANKL. 
* Durante a 
inflamação, linfócitos 
T ativados podem 
produzir moléculas 
RANKL limitadas por 
membrana ou 
solúveis. 
Então, processos 
inflamatórios podem 
estimular a reabsorção óssea estimulada por 
osteoclasto. 
* A osteoprogenitora (OPG) serve como um receptor 
“chamariz” para RANKL, agindo como um potente 
inibidor da formação de osteoclasto. 
* Substâncias que promovem a diferenciação dos 
osteoclastos e a reabsorção óssea agem através do 
sistema OPG/RANKL e na medula óssea. 
 
#REABSORÇÃO ÓSSEA: Para se tornar uma 
célula de reabsorção óssea, o osteoclasto 
passa por um processo onde deve ser 
altamente polarizado. Quando absorvem 
ativamente o osso, exibem 3 regiões 
especializadas: 
1. Borda franzina: zona de contato 
com o osso, contendo suas 
microvilosidades para aumentar a área. 
2. Zona Clara: o perímetro anelar 
adjacente à borda franzida que 
demarca a área óssea a ser absorvida. 
É onde ocorrem a reabsorção e 
degradação da matriz. 
3. Região Basolateral: ela funciona na 
exocitose do material digerido, com 
suas vesículas de transporte contendo 
material ósseo. 
A maioria das vesículas no osteoclasto são os 
lisossomos, seu conteúdo é liberado no 
espaço extracelular nas fendas entre os 
prolongamentos citoplasmáticos da borda 
franzida. Uma vez liberadas, essas enzimas 
hidrolíticas, que incluem a catepsina K e as 
metaloproteinases de matriz, degradam o 
colágeno na matriz óssea, já descalcificada. 
O citoplasma do osteoclasto contém 
anidrase carbônica II, que produz ácido 
carbônico (H2CO3) a partir de dióxido de 
carbono e água. O ambiente ácido inicia a 
degradação do componente mineral do osso 
em íons cálcio, fosfatos inorgânicos solúveis e 
água. Quando a reabsorção do tecido ósseo 
designado é completada, os osteoclastos 
sofrem apoptose. 
Matriz óssea 
Seus componentes são moléculas de 
colágeno que constituem cerca de 90% do 
peso total das proteínas da matriz óssea -> 
colágeno do tipo I (principalmente), colágeno 
tipo V (em menor extensão) e quantidades 
residuais de colágeno tipo III, XI e XIII. É 
organizada em inorgânica e orgânica. 
A substância fundamental: constitui os 10% 
das proteínas da matriz óssea, e são 
essenciais para o desenvolvimento, 
crescimento, remodelagem e reparo ósseo. 
Tem 4 principais grupos de proteínas não 
colagenosas encontradas na matriz: 
1. Macromoléculas proteoglicanas: 
Contém uma proteína central com 
várias cadeias laterais de 
glicosaminoglicanas ligadas 
covalentemente, contribuem para 
força compressiva do osso. 
 
2. Glicoproteínas multiadesivas; 
 
3. Fatores de crescimentos e citocinas: 
IGF, TNF, TNG, IL-1 e IL-6; 
 
 Divisão 
Microscopicamente, o osso pode ser 
dividido em 2 tipos principais. 
 
Tecido ósseo primário 
Ele apresenta fibras colágenas dispostas em 
várias direções sem organização definida; tem 
menor quantidade de mineral e maior 
proporção de osteócitos. O tecido primário é 
o que aparece primeiro, tanto no 
desenvolvimento embrionário como na 
reparação das fraturas, sendo temporário e 
substituído por tecido secundário. 
 
Tecido ósseo secundário 
Também chamado de maduro, contém fibras 
colágenas organizadas em lamelas que ficam 
paralelas umas às outras e se dispõem 
concêntricas em torno de canais com vasos, 
formando os sistemas de Havers ou ósteons. 
 
Além disso, o osso é organizado em 
periósteo-camada mais externa do osso e 
endósteo-camada maisinterna. A camada 
mais superficial do periósteo contém 
principalmente fibras colágenas e fibroblastos. 
As fibras de sharpey são feixes de fibras 
colágenas do periósteo que penetram no 
tecido ósseo e prendem firmemente o 
periósteo ao osso. 
 O endósteo é geralmente constituído por 
uma camada de células osteogênicas 
achatadas revestindo as cavidades do osso 
esponjoso, o canal medular, os canais de 
Harvers e os de Volkamnn. 
As principais funções do endósteo e do 
periósteo são a nutrição do tecido ósseo e o 
fornecimento de novos osteoblastos, para o 
crescimento e a recuperação do osso. 
 
 Inervação e irrigação 
Os ossos são ricamente supridos por sangue, 
seus vasos sanguíneos, especialmente 
abundantes nas porções ósseas que contêm 
medula óssea vermelha, chegam aos ossos a 
partir do periósteo. 
Em ossos longos a artéria nútrica próxima do 
centro da diáfise penetra o osso compacto 
pelo forame nutrício. Ao penetrar a cavidade 
medular, a artéria nutrícia divide-se em ramos 
distal e proximal que irrigam a parte interna 
do tecido ósseo compacto da diáfise e o 
tecido ósseo esponjoso e medula óssea 
vermelha até as cartilagens. 
Os nervos acompanham os vasos sanguíneos 
que irrigam os ossos. O periósteo é rico em 
nervos sensitivos, alguns dos quais são 
responsáveis pelas sensações de dor. Esses 
nervos são especialmente sensíveis a 
laceração ou à tensão, o que explica a dor 
aguda resultante de uma fratura ou de um 
tumor ósseo. 
As veias que recolhem o sangue dos ossos 
longos são evidentes em três locais: (1) uma 
ou duas veias nutrícias acompanham a artéria 
nutrícia e saem pela diáfise; (2) inúmeras 
veias epifisiais e veias metafisiais 
acompanham suas respectivas artérias e saem 
pela epífise e pela metáfise, respectivamente; 
e (3) muitas pequenas veias periosteais 
acompanham suas respectivas artérias, saindo 
pelo periósteo. 
 
 Crescimento ósseo 
Durante a infância, o comprimento dos 
ossos longos se da por meio da adição de 
material ósseo no lado diafisário da lâmina 
epifisial, a partir do crescimento intersticial; Já 
a espessura dos ossos por todo o corpo 
aumenta pelo crescimento por aposição. 
Crescimento em comprimento 
O crescimento em comprimento dos ossos 
longos envolve dois eventos: o crescimento 
intersticial da cartilagem no lado epifisário da 
lâmina epifisial e a substituição da cartilagem 
no lado diafisário da lâmina epifisial por osso 
na ossificação endocondral. 
Para entender como o comprimento de um 
osso cresce, é preciso conhecer alguns 
detalhes da estrutura da lâmina epifisial. A 
lâmina epifisial (de crescimento) é uma 
camada de cartilagem hialina na metáfise de 
um osso em crescimento que consiste em 
quatro zonas: 
1. Zona de cartilagem em repouso. Camada 
mais próxima da epífise que consiste em 
pequenos condrócitos espalhados. 
 
2. Zona de cartilagem em proliferação. Os 
condrócitos discretamente maiores nessa 
zona estão distribuídos como pilhas de 
moedas. Esses condrócitos sofrem 
crescimento intersticial conforme vão se 
dividindo e secretando matriz 
extracelular. 
 
3. Zona de cartilagem hipertrófica. Essa 
camada consiste em condrócitos grandes 
em amadurecimento distribuídos em 
colunas. 
 
4. Zona de cartilagem calcificada. A zona 
final da lâmina epifisial tem a espessura 
de algumas células apenas e consiste, 
principalmente, em condrócitos mortos, 
pois a matriz extracelular circunjacente 
calcificou. 
Os osteoclastos dissolvem a cartilagem 
calcificada e os osteoblastos e capilares da 
diáfise invadem a área, formando a matriz 
extracelular óssea, substituindo a cartilagem 
calcificada por meio do processo de 
ossificação endocondral. Quando a 
adolescência chega ao fim (por volta dos 18 
anos nas meninas e 21 nos meninos), as 
lâminas epifisiais se ossificam; isto é, as 
células da cartilagem epifisial param de se 
dividir e osso substitui toda a cartilagem 
restante. 
A lâmina epifisial desaparece, deixando uma 
estrutura óssea chamada linha epifisial. Com 
o surgimento da linha epifisial, o crescimento 
ósseo em comprimento cessa por completo. A 
ossificação da lâmina epifisial é um processo 
gradual e a determinação do seu estágio é útil 
na determinação da idade óssea, prevendo a 
altura adulta e estabelecendo a idade na hora 
da morte pelo esqueleto restante, 
especialmente de lactentes, crianças e 
adolescentes. 
 
OBS: Não se pode esquecer que ossificação 
endocondral é a substituição da cartilagem por osso. 
Em consequência disso, a zona de cartilagem 
calcificada se torna a “nova diáfise” firmemente 
cimentada ao resto da diáfise do osso. 
Crescimento em espessura 
Assim como a cartilagem, a espessura 
(diâmetro) do osso pode aumentar apenas 
por crescimento por aposição. Na superfície 
óssea, células periosteais se diferenciam em 
osteoblastos, que secretam fibras colágenas e 
outras moléculas orgânicas que formam 
matriz extracelular óssea. Os osteoblastos 
ficam rodeados por matriz extracelular e 
passam a ser osteócitos. Esse processo forma 
elevações ósseas nos dois lados de um vaso 
sanguíneo periosteal. As elevações 
lentamente crescem e criam um sulco para o 
vaso sanguíneo periosteal. 
Os osteoblastos no endósteo depositam 
matriz extracelular óssea, formando novas 
lamelas concêntricas. A formação de lamelas 
concêntricas adicionais ocorre para dentro, no 
sentido do vaso sanguíneo periosteal. Dessa 
maneira, o túnel se completa e um novo 
ósteon é criado. Ao mesmo tempo em que o 
ósteon está sendo formado, os osteoblastos 
debaixo do periósteo depositam novas 
lamelas circunferenciais, aumentando ainda 
mais a espessura do osso. 
 
 Remodelagem óssea 
É a substituição contínua de tecido ósseo 
velho por tecido ósseo novo. Esse processo 
compreende a reabsorção óssea, a remoção 
de minerais e de fibras colágenas do osso 
pelos osteoclastos, e a deposição óssea- a 
adição de minerais e fibras colágenas ao osso 
pelos osteoblastos. Em qualquer momento, 
aproximadamente 5% da massa óssea total do 
corpo está sendo remodelada. Mesmo após 
os ossos alcançarem forma e tamanho adultos, 
o osso antigo é continuamente destruído e 
substituído por osso novo. 
A velocidade de renovação do osso 
compacto é de aproximadamente 4% ao ano e 
do tecido ósseo esponjoso é de 
aproximadamente 20% ao ano. Só que a 
remodelagem pode ocorrer em velocidades 
diferentes dependendo da região do corpo. A 
remodelação também remove osso lesionado, 
substituindo-o por tecido ósseo novo e pode 
ser influenciada por fatores como exercício, 
estilo de vida sedentário e alterações na dieta, 
e oferecem vários outros benefícios. 
Uma vez que a resistência do osso está 
relacionada ao grau de tensão a que é 
submetido, se o osso recém-formado for 
submetido a cargas intensas, ele cresce mais 
espesso e, portanto, mais resistente que o 
osso antigo. Além disso, a forma do osso pode 
ser alterada para suporte apropriado com 
base nos padrões de tensão sofridos durante 
o processo de remodelação. Por fim, o osso 
novo é mais resistente à fratura do que o osso 
antigo. 
#PROCESSO DE REMODELAGEM: 
1. Osteoclasto se fixa ao osso (no periósteo 
ou endósteo) 
2. Ele libera enzimas lisossômicas que 
hidrolisam as fibras colágenas e outras 
substâncias químicas, enquanto os ácidos 
dissolvem os minerais do osso. 
3. Atuando simultaneamente, diversos 
osteoclastos cavam um pequeno túnel no 
osso antigo. 
4. Os produtos da reabsorção óssea 
difundem-se pelos capilares sanguíneos 
vizinhos; 
5. Osteoclastos se afastam e os osteoblastos 
entram para reconstruir o osso naquela 
área. 
 
* Correlação Clínica! Cirurgia de alongamento 
ósseo femoral; 
* Ortodontia e Remodelagem: O movimento dos 
dentes por meio de dispositivos ortodônticos 
exerce pressão sobre o osso que forma os 
alvéolos dos dentes, que ancoram os dentes. Em 
resposta aessa pressão artificial, os osteoclastos e 
os osteoblastos remodelam os alvéolos, de modo 
que os dentes possam ser alinhados de maneira 
correta. 
#PIEZOELETRECIDADE: 
É a habilidade de certos materiais cristalinos 
de desenvolver carga elétrica proporcional a 
um estresse mecânico. A modelação e a 
remodelação respondem principalmente à 
deformação do osso (Piezoeletricidade). 
As maiores cargas sobre os ossos vêm da 
ação dos músculos e não do peso corporal, 
portanto, a força muscular afeta de forma 
significativa a sua massa e resistência. 
- EFEITO PIZOELÉTRICO: voltagem gerada 
pela deformação dos cristais de hidroxiapatita 
que atrai Ca2+ para a estrutura óssea. As 
cargas positivas aumentam a atividade dos 
osteoclastos e as cargas negativas dos 
osteoblastos. 
 Fatores que influenciam 
 
1. GH: o hormônio do crescimento é 
secretado pela adeno-hipofise, promove 
o crescimento geral de todos os tecidos 
do corpo, incluindo ossos, tal fato ocorre 
pela estimulação da produção dos fatores 
de crescimento insulina-similes (IGF). A 
secreção excessiva de hGH na infância: 
produz o gigantismo. A secreção 
deficiente de hGH: produz o nanismo. A 
secreção excessiva de hGH na maturidade: 
produz acromegalia. 
 
2. IGF: tem relação com o Gh e é um dos 
mais importantes para o crescimento dos 
ossos. Eles estimulam osteoblastos e 
auxiliam a cartilagem inicial. 
 
3. PTH: o paratormônio tem relação com a 
homeostasia do cálcio, secretado pelas 
glândulas paratireoides, ele é responsável 
por estimular a absorção de cálcio no 
sangue, agindo nos osteoclastos para 
retirar o cálcio dos ossos e levar ao 
sangue. Atuando também nos rins. 
 
4. Calcitonina: Secretada pelas células 
parafoliculares da glândula tireoide 
quando o nível de cálcio no sangue 
aumenta. Atua para diminuir o nível de 
cálcio no sangue inibindo osteoclastos. 
5. Cortisol: ele atua tanto no sono e seu 
pico de GH como na absorção intestinal 
de cálcio reduzindo-a e induzindo a 
eliminação do sal pelos rins. Bem como 
inibe a IGF que auxilia os osteoblastos, 
aumentando a reabsorção óssea. 
 
6. Hormônios sexuais: tanto o estrógeno 
como a testosterona são os responsáveis 
pelo estirão de crescimento que ocorre 
na adolescência, pois são responsáveis 
pelo aumento da atividade dos 
osteoblastos e síntese de matriz 
extracelular. Os ESTROGÊNIOS, porém, 
desligam o crescimento nos Discos 
Epifisários, fazendo com que o 
alongamento ósseo pare. Isso explica o 
motivo de o crescimento ósseo das 
mulheres terminarem por volta da 
menarca, quando os níveis hormonais de 
estrogênio estão altos. Durante a 
maturidade, os hormônios sexuais 
contribuem para a remodelagem do osso, 
diminuindo a reabsorção do osso antigo e 
estimulando a deposição do osso novo. 
 
Importante! Os estrogênios induzem a apoptose dos 
osteoclastos 
 
7. Exercício Físico: o tecido ósseo é capaz de 
alterar a sua resistência em resposta às 
alterações na tensão mecânica. Quando 
submetido à tensão, o tecido ósseo torna-
se mais resistente por meio do aumento 
da deposição de sais minerais e da 
produção de fibras colágenas pelos 
osteoblastos. Exercícios regulares de 
sustentação de peso, como caminhada ou 
levantamento moderado de peso, ajudam 
a formar e reter a massa óssea, 
adolescentes e adultos devem antes do 
fechamento das cartilagens epifisiais, 
para ajudar a formar massa óssea total, 
antes de sua inevitável redução com o 
envelhecimento. 
 
8. Vitaminas: as duas principais são a A-
estimula osteoblastos e sua ação; D- atua 
no crescimento e remodelação óssea, 
aumentando a reabsorção de cálcio óssea 
e intestinal e regulando a concentração 
de fósforo; e C- utilizada na síntese de 
colágeno. 
 
9. Tabagismo: Afeta a saúde óssea, fumar 
aumenta as exigências para a vitamina C 
em 50%. Também elimina ferro, 
vitaminas e antioxidantes do grupo B. A 
função dos antioxidantes é prevenir os 
danos dos radicais livres às células e 
órgãos. A nicotina e os radicais livres 
afetam a saúde dos ossos, das seguintes 
formas: destruindo matriz, células e vasos, 
portanto os riscos de fraturas aumentam. 
 
10. Envelhecimento: Com o declínio do nível 
dos hormônios sexuais na meiaidade, 
especialmente depois da menopausa, 
ocorre diminuição da massa óssea porque 
a reabsorção óssea realizada pelos 
osteoclastos ultrapassa a deposição óssea 
feita pelos osteoblastos. Na velhice, a 
perda óssea por reabsorção ocorre mais 
rápido do que o ganho. 
 
 
 Doenças importantes 
OSTEOPOROSE: 
A osteoporose (literalmente osso poroso) 
afeta 10 milhões de pessoas por ano nos EUA. 
Além disso, 18 milhões de pessoas 
apresentam baixa massa óssea (osteopenia), o 
que as coloca em risco de desenvolver 
osteoporose. O problema básico está na 
reabsorção óssea (degeneração) maior que a 
deposição óssea (formação). Isso se deve, 
sobretudo, à depleção de cálcio do corpo – 
mais cálcio é perdido na urina, fezes e suor do 
que é absorvido da alimentação. 
A massa óssea é tão depletada que ocorrem 
fraturas, muitas vezes de maneira espontânea, 
sob as tensões mecânicas cotidianas; afeta 
principalmente pessoas idosas e de meiaidade, 
sendo 80% delas mulheres. 
As mulheres mais velhas sofrem de 
osteoporose com mais frequência que os 
homens por dois motivos: (1) os ossos das 
mulheres são menos compactos que os dos 
homens e (2) a produção de estrogênios nas 
mulheres cai de maneira dramática na 
menopausa, enquanto a produção do 
principal androgênio, testosterona, nos 
homens mais velhos diminui de maneira 
gradativa e apenas discretamente. 
Raquitismo e osteomalacia 
O raquitismo e a osteomalácia são duas 
formas da mesma doença que resulta da 
calcificação inadequada da 
matriz óssea extracelular, em geral causada 
por deficiência de vitamina D. O raquitismo é 
uma doença infantil, na qual os ossos em 
crescimento se tornam “moles” ou com 
consistência semelhante a borracha, sendo 
facilmente deformados. Como o osso novo 
formado nas lâminas epifisiais (de crescimento) 
não se ossifica, é comum observarmos joelho 
varo e deformidades no crânio, na caixa 
torácica e na pelve. 
A osteomalácia é o equivalente do raquitismo 
em adultos, às vezes chamada raquitismo do 
adulto. O osso novo formado durante a 
remodelação não se calcifica e a pessoa relata 
graus variados de dor espontânea e à palpação 
nos ossos

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