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Aleitamento materno (técnica, import., composição, imunologia, fisiologia da lactação)

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MARCELA DE CASTRO E CASTRO – MÓDULO VIII – NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
ALEITAMENTO MATERNO 
É o aleitamento (direto na mama ou ordenhado) do 
bebê independente da introdução de outras 
substâncias. 
ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO 
Se caracteriza por ser a única fonte de alimento ao 
bebê. Sendo exceções: medicamentos, minerais, sais 
de reidratação orais, xaropes com vitaminas. 
ALEITAMENTO MATERNO PREDOMINANTE 
É quando o aleitamento vindo do leite humanos, mas 
há a inserção de outras substâncias como água ou à 
base de água (chás, sucos de frutas). 
ALEITAMENTO MATERNO COMPLEMENTADO 
É quando a criança recebe, além do leite materno, 
qualquer alimento sólido ou semissólido com a 
finalidade de complementá-lo, e não de substituí-lo. 
 
ALEITAMENTO MATERNO MISTO OU PARCIAL 
É quando a criança recebe leite materno e outros 
tipos de leite. 
A OMS e o Ministério da Saúde sugerem que a 
amamentação deve durar cerca de 2 anos, época em 
que vai se iniciar o processo de desmame natural, 
sendo que os primeiros 6 meses a amamentação deve 
ser exclusiva. 
Isso é importante pois vários estudos mostram que 
quando se insere outros tipos de alimento antes dos 6 
meses, a probabilidade de contrair doenças e evoluir 
pra óbito é muito maior de quem não insere. Além de 
outras consequências como: diarreia, menor absorção 
de nutrientes, desnutrição etc. 
 
 
EVITA MORTES INFANTIS 
 
EVITA DIARREIA 
 
Há fortes evidências de que o leite materno protege 
contra diarreia, principalmente em crianças mais 
pobres. É importante destacar que essa proteção pode 
diminuir quando o aleitamento materno deixa de ser 
exclusivo. Oferecer à criança amamentada água ou 
chás, pode dobrar o risco de diarreia nos primeiros seis 
meses. 
 
Além de evitar a diarreia, a amamentação também 
exerce influência na gravidade dessa doença. Crianças 
não amamentadas têm um risco três vezes maior de 
desidratarem e de morrerem por diarreia quando 
comparadas com as amamentadas. 
 
EVITA INFECÇÃO RESPIRATÓRIA 
 
A proteção do leite materno contra infecções 
respiratórias foi demonstrada em vários estudos 
realizados em diferentes partes do mundo, inclusive no 
Brasil. Assim como ocorre com a diarreia, a proteção é 
maior quando a amamentação é exclusiva nos 
primeiros seis meses. 
 
DIMINUI O RISCO DE ALERGIAS 
 
Estudos mostram que a amamentação exclusiva nos 
primeiros meses de vida diminui o risco de alergia à 
proteína do leite de vaca, de dermatite atópica e de 
outros tipos de alergias, incluindo asma e sibilos 
recorrentes. 
 
DIMINUI O RISCO DE HIPERTENSÃO, COLESTEROL 
ALTO E DIABETES 
 
Há evidências sugerindo que o aleitamento materno 
apresenta benefícios em longo prazo. Uma revisão 
concluiu que os indivíduos amamentados 
apresentaram pressões sistólica e diastólica mais 
baixas, níveis menores de colesterol total e menor risco 
de apresentar diabetes tipo 2. 
 
Não só o indivíduo que é amamentado adquire 
proteção contra diabetes, mas também a mulher que 
MARCELA DE CASTRO E CASTRO – MÓDULO VIII – NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
amamenta. Atribui-se essa proteção a uma melhor 
homeostase da glicose em mulheres que amamentam. 
 
REDUZ A CHANCE DE OBESIDADE 
 
Entre os possíveis mecanismos implicados a essa 
proteção, encontram-se um melhor desenvolvimento 
da autorregularão de ingestão de alimentos das 
crianças amamentadas e a composição única do leite 
materno participando no processo de “programação 
metabólica”, alterando, por exemplo, o número e/ou 
tamanho das células gordurosas ou induzindo o 
fenômeno de diferenciação metabólica. Foi constatado 
que o leite de vaca altera a taxa metabólica durante o 
sono de crianças amamentadas, podendo esse fato 
estar associado com a “programação metabólica” e o 
desenvolvimento de obesidade. 
 
MELHOR NUTRIÇÃO 
 
O leite materno é capaz de suprir sozinho as 
necessidades nutricionais da criança nos primeiros seis 
meses, e continua sendo uma importante fonte de 
nutrientes no segundo ano de vida, especialmente de 
proteínas, gorduras e vitaminas. 
 
EFEITO POSITIVO NA INTELIGÊNCIA 
 
Os mecanismos envolvidos na possível associação 
entre aleitamento materno e melhor desenvolvimento 
cognitivo ainda não são totalmente conhecidos. Alguns 
defendem a presença de substâncias no leite materno 
que otimizam o desenvolvimento cerebral; outros 
acreditam que fatores comportamentais ligados ao ato 
de amamentar e à escolha do modo como alimentar a 
criança são os responsáveis. 
 
MELHOR DESENVOLVIMENTO DA CAVIDADE BUCAL 
 
O exercício que a criança faz para retirar o leite da 
mama é muito importante para o desenvolvimento 
adequado de sua cavidade oral, propiciando uma 
melhor conformação do palato duro, o que é 
fundamental para o alinhamento correto dos dentes e 
uma boa oclusão dentária. 
 
Quando o palato é empurrado para cima, o que ocorre 
com o uso de chupetas e mamadeiras, o assoalho da 
cavidade nasal se eleva, com diminuição do tamanho 
do espaço reservado para a passagem do ar, 
prejudicando a respiração nasal. 
 
Assim, o desmame precoce pode levar à ruptura do 
desenvolvimento motor-oral adequado, podendo 
prejudicar as funções de mastigação, deglutição, 
respiração e articulação dos sons da fala, ocasionar má-
oclusão dentária, respiração bucal e alteração motora- 
oral. 
 
PROTEÇÃO CONTRA CÂNCER DE MAMA 
 
EVITA NOVA GRAVIDEZ 
 
A amamentação é um excelente método 
anticoncepcional nos primeiros seis meses após o 
parto (98% de eficácia), desde que a mãe esteja 
amamentando exclusiva ou predominantemente e 
ainda não tenha menstruado. 
 
Estudos comprovam que a ovulação nos primeiros seis 
meses após o parto está relacionada com o número de 
mamadas; assim, as mulheres que ovulam antes do 
sexto mês após o parto em geral amamentam menos 
vezes por dia que as demais. 
 
PROMOÇÃO DO VÍNCULO AFETIVO ENTRE MÃE E 
FILHO 
 
Acredita-se que a amamentação traga benefícios 
psicológicos para a criança e para a mãe. Uma 
amamentação prazerosa, os olhos nos olhos e o 
contato contínuo entre mãe e filho certamente 
fortalecem os laços afetivos entre eles, oportunizando 
intimidade, troca de afeto e sentimentos de segurança 
e de proteção na criança e de autoconfiança e de 
realização na mulher. Amamentação é uma forma 
muito especial de comunicação entre a mãe e o bebê e 
uma oportunidade de a criança aprender muito cedo a 
se comunicar com afeto e confiança. 
 
MELHOR QUALIDADE DE VIDA 
O aleitamento materno pode melhorar a qualidade de 
vida das famílias, uma vez que as crianças 
amamentadas adoecem menos, necessitam de menos 
atendimento médico, hospitalizações e medicamentos, 
o que pode implicar menos faltas ao trabalho dos pais, 
bem como menos gastos e situações estressantes. 
Além disso, quando a amamentação é bem-sucedida, 
mães e crianças podem estar mais felizes, com 
repercussão nas relações familiares e, 
consequentemente, na qualidade de vida dessas 
famílias. 
Apesar da sucção do RN ser um ato reflexo, ele precisa 
aprender a retirar o leite de uma forma correta. 
Quando o bebê pega a mama de forma adequadas 
forma-se um vácuo que impede a saída da mama da 
boca do bebê. Essa pega adequada é garantida pelo 
abocanhamento da porção da aréola – não somente do 
mamilo – garantindo a formação de um lacre. 
MARCELA DE CASTRO E CASTRO – MÓDULO VIII – NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
A língua eleva suas laterais e sua ponta formando uma 
espécie de um cano que leva o leite até a faringe 
posterior e esôfago, lá será ativado o reflexo de 
deglutição. A língua faz um movimento rítmico de 
peristaltismo para trás. As narinas continuam sugando 
o ar de forma normal, mantendo a respiração. 
A posição da dupla (mãe-bebê) é muito importante 
para o desenvolvimento da amamentação. Se há um 
posicionamento que leve a má pega, não vai haver 
esvaziamento dela e uma consequente diminuição na 
produção de leite, ou ainda, o bebê não consegue 
mamar todo o leite e não consegue ganhar peso.Além 
disso, a má pega machuca os mamilos. 
Pega adequada: 
 
Posição da mãe: 
 
Pontos a serem vistos para facilitar a mamada: 
• Roupas da mãe e do bebê adequadas e sem 
restringir movimentos 
• A mãe deve estar confortável e bem 
posicionada, com apoio, sem curvaturas para 
frente e para trás. O apoio dos pés acima do 
chão é aconselhável 
• Corpo do bebê todo voltado para a mãe, 
barriga com barriga 
• Cabeça e corpo alinhados 
• Nádegas do bebê apoiadas 
• Braço do bebê não deve ficar preso 
• Segurar a mama de forma que ela fique livre 
• A cabeça do bebê deve estar no mesmo nível 
da mama, com o nariz na altura do mamilo 
• A mãe deve esperar o bebê abrir bem a boca e 
abaixar a língua antes de colocá-lo no peito 
• O bebê deve abocanhar parte da aréola com as 
gengivas e a língua 
• O queixo do bebê toca a mama 
• As narinas do bebê livres 
• O bebê tem que manter a boca bem aberta 
colada na mama, sem apertar os lábios 
• Os lábios do bebê devem curvar para fora, 
formando um lacre 
• A língua do bebê está curvada para cima nas 
bordas laterais 
• O bebê mantém-se fixado à mama, sem 
escorregar ou largar o mamilo 
• As mandíbulas do bebê estão se 
movimentando 
• A deglutição é visível e/ou audível 
Diante de todos esses pontos observados, a OMS traz 
um grupo de 8 pontos que são essenciais para um bom 
funcionamento e uma pega adequada: 
PONTOS-CHAVE DO POSICIONAMENTO ADEQUADO 
 
1. Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz na 
altura do mamilo; 
2. Corpo do bebê próximo ao da mãe; 
3. Bebê com cabeça e tronco alinhados (pescoço não 
torcido); 
4. Bebê bem apoiado. 
PONTOS-CHAVE DA PEGA ADEQUADA 
 
1. Mais aréola visível acima da boca do bebê; 
2. Boca bem aberta; 
3. Lábio inferior virado para fora; 
4. Queixo tocando a mama. 
Quando a mama está muito cheia, a aréola pode estar 
tensa, endurecida, dificultando à pega. Em tais casos, 
recomenda-se, antes da mamada, retirar 
manualmente um pouco de leite da aréola ingurgitada. 
O leite tipicamente começa a fluir dentro de 48 às 96h 
após o parto. Antes deste período, um líquido fino 
amarelo chamado colostro deve aparecer. Mais rico 
em proteínas e mais pobre em gordura e carboidratos 
do que o leite maduro, o colostro fornece 
aproximadamente 15 kcal/28 ml e é uma fonte rica em 
anticorpos. 
Um dos componentes do leite humano é a proteína, ela 
oferece cerca de 6-7% da energia do LH, incluindo alfa-
lactalbumina, a lactoferrina, a lisozima, a 
soroalbumina, as imunoglobulinas e a beta-
lactoglobulina. 
LACTOALBUMINA 
A lactoalbumina no leite humano forma coágulos 
macios, flocosos e fáceis de digerir no estômago do 
lactente. Ela constitui cerca de 40% das proteínas do 
MARCELA DE CASTRO E CASTRO – MÓDULO VIII – NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
soro do leite humano, é necessária para o transporte 
de ferro e ainda para a síntese de lactose na glândula 
mamária. 
LACTOFERRINA 
A proteína lactoferrina (glicoproteína) é um ligante do 
ferro no leite humando, privando as bactérias desse 
nutriente, dificultando, então, seu desenvolvimento. 
Desse modo, a lactoferrina que atua sequestrando o 
ferro nos fluidos corporais atua de forma 
antimicrobiana, defendendo o corpo do neonato de 
vírus, bactérias e protozoários que causam infecções 
do TGI (alta morbidade). De acordo com estudos, a 
lactoferrina é a 2° proteína mais abundante no leite 
humano e ainda tem maior concentração no colostro 
(6-6,7 mg/mL) do que no LH (0,5-2,6 mg/mL). Além 
disso a lactoferrina estimula a proliferação celular e 
desempenha a função anti-inflamatória, prevenindo 
infecções das crianças aleitadas ao peito. 
LISOZIMA 
A lisozima, uma enzima com ação lítica na parede 
celular bacteriana, ao contrário de outros compostos, 
está em maior quantidade no leite maduro do que no 
colostro. Sua ação é sinérgica à da lactoferrina e à da 
IgA secretória, possuindo efeito bactericida contra a 
maioria das bactérias Gram positivas e algumas Gram 
negativas. 
IMUNOGLOBULINAS 
A IgA é a imunoglobulina mais preente no leite 
materno, compondo cerca de 90%. Ela tem origem 
nas células linfoplasmoicitárias sensibilizadas 
maternas, e estão associadas à GALT e BALT no 
sistema materno. Tal anticorpo tem grande 
resistência ao pH e à ação proteolítica devido a sua 
estrutura molecular especial. No neonato, ela 
consegue se aderir as mucosas e impedir a aderência 
de microrganismos, além de atuar como um 
aglutinador de microrganismos e neutralizador de 
enterotoxinas. 
A IgA no colostro tem concentrações de 1,74g/dL, 
enquanto no leite maduro passa a ser 0,1g/dL. 
As outras imunoglobulinas são encontradas no colostro 
e no leite humano em concentrações bem mais baixas 
que a IgA. Dentre elas, destaca-se a IgM como a 
segunda mais abundante. Quando não há IgA 
suficiente no leite materno a IgM atua como 
mecanismo compensatório. Sendo assim, anticorpos 
IgM podem ter um importante papel na defesa das 
superfícies mucosas do lactente. 
CASEÍNA 
A caseína é uma proteína láctea que varia em 
quantidade nos leites dos mamíferos. Ela tem alta 
resistência ao calor e precipita a um pH menor ou igual 
a 5. Existem vários subtipos dela, sendo as mais 
predominantes no LH a beta-caseína (50%) e a kappa-
caseína (20-27%). 
Existe uma acentuada elevação do teor da caseína do 
leite humano durante a lactação, acompanhada de 
concomitante decréscimo dos níveis de proteínas do 
soro. Assim, a relação proteínas do soro/caseína, que é 
de 90:10 no início da lactação, modifica-se 
rapidamente no decorrer da mesma, atingindo valores 
de 60:40 ou até de 50:50 na fase do leite maduro. 
 
Essa proteína vai fazer ligações estáveis e formar 
micelas com o cálcio e o fósforo, conferindo a 
aparência branca ao leite, e por essa ligação, esses 
minerais conseguem ser transportados de uma forma 
mais fácil do que apenas através de sua solubilidade. 
 
MUCINA 
 
É uma proteína presente no colostro ligada aos 
glóbulos de gordura. Sua principal função é inibir a 
adesão bacteriana ao epitélio intestinal. 
 
AMINOÁCIDOS 
 
A taurina é um aminoácido essencial para o RN, 
principalmente para os pré-termos. Ela auxilia na 
conjugação dos dais biliares, aumentando a absorção 
de lipídeos e de zinco; ainda, também, pode ser 
classificada como um neurotransmissor excitatório 
cerebelar e retiniano. 
 
A glutamina é um aminoácido também essencial que 
promove o crescimento do epitélio intestinal e é usado 
como combustível em períodos de estresse. 
 
A carnitina não é produzida pelos RN, sendo então 
muito importante a sua presença no LH. Ela participa 
do metabolismo dos ácidos graxos de cadeia longa, 
fazendo o transporte deles pela membrana 
mitocondrial. 
 
FIBRONECTINA 
 
Aumenta a atividade antimicrobiana dos macrófagos; 
ajuda-os a reparar tecidos que foram lesados por 
reações imunes no intestino do bebê. 
 
 
 
 
MARCELA DE CASTRO E CASTRO – MÓDULO VIII – NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
CITOCINAS 
 
As concentrações de citocinas têm um papel 
fundamental na imunogenicidade do leite materno. As 
citocinas IL-4, IL-5 e IL-13, mais envolvidas com a 
produção de IgE e indução de resposta de eosinófilos, 
podem proteger o lactente contra doenças 
respiratórias. O fator de crescimento transformador 
beta, uma das citocinas predominantes no leite 
humano, aumenta a capacidade do lactente de 
produzir IgA. 
A lactose fornece 42% da energia do leite humano e 
constitui cerca de 70% dos carboidratos dele. Outros 
carboidratos que podem ser encontrados são: glicose, 
galactose e oligossacarídeos complexos. 
As altas concentrações de lactose são importantes pois 
o seu produto metabólico que é a galactose é um 
componente dos galactolipídeos do SNC. Além disso, 
esses açúcares promovem o acúmulo de água livre 
(que não são excretadas com sais pelos rins), 
constituindo uma reserva para a termo-regulação, pela 
sudorese, nos lactentes. 
Os lactentes conseguem absorver cerca de90% da 
lactose do LH e as pequenas quantidades que restam 
na luz intestinal tem ações benéficas como: 
• Produção de fezes amolecidas, reduzindo a 
incidência de obstipação intestinal 
• Promoção do crescimento da flora bacteriana 
não patogênica em conjunto com o fator bífido 
(carboidrato com nitrogênio dialisável) 
levando à queda do pH, impedindo o 
desenvolvimento de bactérias patogênicas, 
fungos e parasitas. 
• Facilita a absorção de cálcio e fósforo 
Eles oferecem cerca de 50% da energia do LH. Sendo 
que a maior proporção da gordura láctea é formada a 
partir dos lipídeos circulantes, derivados da dieta e/ou 
dos depósitos maternos. Ademais, parte da gordura do 
leite humano pode ser sintetizada “de novo” na 
glândula mamária a partir da glicose. 
 
As células alveolares secretam os lipídeos para a luz do 
alvéolo sob a forma de glóbulos de gordura. Estes 
contêm uma região central hidrofóbica, e uma região 
periférica hidrofílica, o que vai facilitar sua mobilidade 
no leite, que possui água e sua digestão no organismo 
do neonato. 
 
A composição nutricional do leite humano, 
especialmente em relação ao componente lipídico, 
apresenta variações biológicas inerentes ao processo 
da lactação. Durante a mamada existe uma elevação 
significativa do conteúdo de gorduras, possuindo o 
leite final ou posterior por volta de três vezes a 
concentração lipídica do leite inicial ou anterior. Estas 
diferenças entre os leites inicial e final poderiam ser 
decorrentes do fenômeno mecânico de absorção dos 
glóbulos de gordura à superfície secretora e aos ductos 
dos alvéolos mamários, resultando em sua liberação 
tardia durante a mamada. Ou ainda pode ser explicado 
porque a síntese lipídica na glândula mamária está sob 
o controle da prolactina, hormônio cuja secreção é 
estimulada pela sucção do RN. Existe considerável 
elevação de seus níveis sanguíneos entre o início e o 
fim da mamada, o que poderia estar relacionado com 
a maior quantidade de gordura presente no leite 
posterior. 
 
ÁCIDOS 
 
Os principais ácidos graxos existentes no leite humano 
restringem-se aqueles com cadeias de 12 a 18 
carbonos, ou seja, ácidos laúrico, mirístico, palmítico, 
palmitoléico, esteárico, oléico, linoléico e linolênico. 
 
Os AGPI, notadamente o linoleico e alfa-linoleico por 
não serem sintetizados pelo organismo constituem-se 
em ácidos graxos essenciais (AGE). Tais ácidos são 
elementos estruturais necessários à síntese de lipídios 
de tecidos, têm um papel importante na regulação de 
vários processos metabólicos, de transporte e 
excreção. Sendo, portanto, os AGPI-CL (ácidos graxos 
poli insaturados de cadeia longa), essenciais para o 
desenvolvimento, crescimento fetal e neonatal, para as 
funções neurológicas, comportamental e de 
aprendizagem. 
 
O ácido oléico monoinsaturado é o ácido graxo 
predominante. O ácido linoléico, um ácido graxo 
essencial, fornece 4% da energia. Os ácidos linoleico e 
linolênico são precursores de ácidos de cadeia mais 
longa o ácido araquidônico (AA) e o ácido 
docosaexaenóico (DHA), que são encontrados em 
grandes quantidades na retina e no cérebro, pois 
promovem a mielinização, além de serem precursores 
de mediadores inflamatórios como prostaglandinas, 
prostaciclinas, tromboxanes e leucotrienos. 
COLESTEROL 
O colesterol é um lipídeo também presente no LH e 
essencial para a mielinização, produção de hormônios 
esteroides, de ácidos biliares e de vitamina D. 
 
MARCELA DE CASTRO E CASTRO – MÓDULO VIII – NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
VITAMINA E 
Um componente importante é o alfa-tocoferol 
(nutriente lipossolúvel) que tem ação oxidante e 
participa do desenvolvimento do sistema imunológico 
do neonato, sendo essencial para a vida do RN. Além 
disso, a vitamina E presente no leite é a única fonte 
para o neonato em aleitamento exclusivo, sendo muito 
importante para a proteção da ação dos radicais livres 
(estresse oxidativo). 
VITAMINA A 
A vitamina A também está presente no leite e é um 
micronutriente fundamental para o crescimento, 
diferenciação e integridade do tecido epitelial, 
especialmente do pulmão. Ela é relacionada a cegueira. 
Assim como as moléculas de defesa, as células do 
sistema imunológico também são abundantes no leite 
humano. A quantidade mais impressionante é 
encontrada no colostro. A maioria das células são 
neutrófilos, algumas evidências sugerem que os 
neutrófilos continuam a agir como fagócitos no 
intestino da criança. Eles são menos agressivos do que 
os neutrófilos do sangue e virtualmente desaparecem 
do leite materno seis semanas após o nascimento. 
Portanto, talvez sirvam para alguma outra função, tal 
como proteger a mama contra infecção. 
O segundo tipo de leucócito mais comum do leite é o 
macrófago, o qual é fagócito tal como o neutrófilo e 
desempenha uma série de outras funções protetoras. 
Os macrófagos constituem cerca de 40% de todos os 
leucócitos do colostro. São muito mais ativos do que os 
neutrófilos do leite, e recentes pesquisas mostram que 
são mais móveis do que os macrófagos do sangue. 
Além de serem células fagocíticas, os macrófagos 
fabricam lisozima no leite materno, aumentando sua 
quantidade no trato gastrointestinal da criança. 
Além disso, os macrófagos no trato digestivo podem se 
juntar aos linfócitos na sua ação contra os invasores. Os 
linfócitos constituem as restantes 10% de células 
brancas do leite. Cerca de 20% destas células são 
linfócitos B, produtores de anticorpos; os restantes são 
linfócitos T. Os linfócitos do leite parecem comportar-
se diferentemente dos linfócitos do sangue. Os do leite, 
por exemplo, proliferam na presença de Escherichia 
coli, uma bactéria que pode causar doença grave em 
bebês, porém são muito menos sensíveis do que os 
linfócitos do sangue a agentes de menor agressividade. 
Os linfócitos do leite também fabricam várias 
substâncias químicas - incluindo gamainterferon, fator 
de migração/inibição e fator quimiotáxico do monócito 
- que podem reforçar uma resposta imunológica 
própria da criança. 
O conteúdo mineral no colostro é superior ao do leite 
maduro. Estes níveis parecem ser, na maioria das 
vezes, suficientes para a nutrição do RN e não resultam 
em sinais ou sintomas de intolerância. 
 
Os macrominerais do leite humano incluem: 
 
• SÓDIO 
• POTÁSSIO 
• CLORETO 
• CÁLCIO 
• MAGNÉSIO 
• FÓSFORO 
• SULFATO 
 
O fator responsável pelas maiores variações nos níveis 
lácteos desses macrominerias é o tempo de lactação: 
enquanto os conteúdos de sódio e cloreto diminuem 
com o passar dos meses, aqueles de potássio, cálcio, 
fósforo e magnésio se elevam. 
 
Os microminerais presentes são: 
 
• ZINCO 
• COBRE 
• FERRO 
• MANGANÊS 
• SELÊNIO 
• IODETO 
• FLUORETO, 
• MOLIBDÊNIO 
• COBALTO 
• CRÔMIO 
• NÍQUEL 
• CÁDMIO 
As propriedades anti-infecciosas do leite humano são 
representadas através dos componentes solúveis e 
celulares. Os solúveis incluem imunoglobulinas, IgA, 
IgM, IgD, IgE, IgG, com predominância da IgA, lisozima, 
lactoferrina, componentes do sistema do 
complemento (C3, C4), peptídeos bioativos, 
oligossacarídeos e lipídios (fator antiestafilococos e 
inativação de vírus). Os componentes celulares 
imunologicamente ativos são constituídos por 
fagócitos polimorfonucleares, linfócitos, macrófagos, 
nucleotídeos, plasmócitos e células epiteliais. O leite 
MARCELA DE CASTRO E CASTRO – MÓDULO VIII – NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
humano possui também lactoperoxidase, que oxida 
bactérias com ação antimicrobiana. Os macrófagos e 
linfócitos são responsáveis pela fagocitose e pela 
produção de fatores do complemento. Os anticorpos 
presentes no leite materno são dirigidos a inúmeros 
microrganismos com os quais a mãe entrou em contato 
durante toda sua vida, representando um tipo de 
“repertório” imunológico. A maior parte desses 
microrganismos já entrou em contato com as 
superfícies mucosas do aparelho gastrintestinalou 
respiratório maternos. Além dos anticorpos, o colostro 
humano contém inúmeros fatores bioquímicos e 
células imunocompetentes, que interagem entre si e 
com a mucosa dos tratos digestivo e respiratório do 
lactente, conferindo não apenas imunidade passiva, 
como também estímulo ao desenvolvimento e 
maturação do próprio sistema imune de mucosas do 
neonato. Os glicoconjugados e oligossacarídeos 
possuem atividade antiaderente para inúmeros 
microrganismos causadores de doenças 
gastrintestinais e respiratórias. 
 
AS CARACTERÍSTICAS IMUNOLÓGICAS 
APROFUNDADAS E ESPECÍFICAS FORAM DITAS LÁ EM 
CIMA EM CADA SEGMENTO. 
O leite de vaca não é recomendado para crianças 
menores de um ano de idade. Este apresenta 
quantidade elevada de proteínas, relação inadequada 
entre a caseína e as proteínas do soro, teores elevados 
de sódio, de cloretos, de potássio e de fósforo e 
quantidades insuficientes de carboidratos, de ácidos 
graxos essenciais, de algumas vitaminas e minerais 
para essa faixa etária. 
O consumo de leite de vaca em idades precoces e 
durante a infância aumenta o risco de anemia nas 
crianças, sendo que para cada mês de uso do leite de 
vaca a partir do quarto mês de vida, ocorre queda de 
0,2 g/dL nas concentrações de hemoglobina da criança. 
A presença de cálcio seria um fator inibidor de ferro da 
dieta. Estudos indicam que um dos mecanismos que 
estaria envolvido nessa associação entre o consumo de 
leite de vaca e a anemia na infância são as altas taxas 
de cálcio presente nesse leite, sendo quase quatro 
vezes maior que no leite materno, o que diminuiria a 
absorção de ferro. 
Além de associado com a anemia, o alto consumo de 
leite de vaca (acima de 500 mL por dia) por crianças 
entre seis meses e dois anos de idade tem sido 
relacionado também com a obesidade infantil. 
Além de não ser nutricionalmente adequado, o leite de 
vaca é um alimento muito alergênico para crianças, e 
seu consumo tem sido associado ao desenvolvimento 
de atopia. 
 
Desde o momento da concepção, as mamas passam 
por alterações funcionais e morfológicas com o 
objetivo de produzir e ofertar o leite materno para o 
recém-nascido. Com isso, acontece um aceleramento 
do crescimento mamário e diferenciação das suas 
estruturas chegando ao desenvolvimento máximo 
durante a gravidez e a lactação. 
Tais modificações que ocorrem na mama dependem de 
fatores hormonais, metabólicos, nutricionais, 
genéticos e nervosos. 
A mama se constitui pela glândula mamária e pelos 
tecidos conjuntivo e adiposo. É revestida por pele lisa 
e fina, possuindo na sua área central a aréola, que 
caracteriza-se como sendo uma área circular e 
pigmentada, sendo este um local onde estão 
localizadas as glândulas sudoríparas, sebáceas e os 
tubérculos de Montgomery (liberam uma secreção que 
previne a maceração da glândula mamária e nutre a 
flora bacteriana normal da região); e o mamilo que se 
situa no centro da aréola, caracterizando-se como uma 
pequena saliência cilíndrica, onde desembocam de 15 
a 20 canais lactíferos (provavelmente não existem 
mesmo). 
A glândula mamária é exócrina (ácinos) e é composta 
por um conjunto de 15 a 20 lobos, sendo cada um 
composto por 20 a 40 lóbulos (cachos de uva) e estes 
são formados por 10 a 100 alvéolos (bagos de uvas). Os 
alvéolos são estruturas onde é produzido o leite, o qual 
é expulso pela contração das células mioepiteliais para 
os ductos lactíferos, estes, antes de chegarem ao 
mamilo, tornam-se mais largos, formando o seio 
lactífero, onde será armazenado o leite. No mamilo 
encontram-se os poros mamilares, por onde o leite é 
excretado. 
 
 
 
MARCELA DE CASTRO E CASTRO – MÓDULO VIII – NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
HISTOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANATOMIA 
 
Para o desenvolvimento total da mama durante a 
gestação e no puerpério, a mama passa por 3 etapas: 
1- MAMOGÊNESE (ou lactogênese fase I) 
É o desenvolvimento da glândula mamária e essa fase 
sofre influência de diversos hormônios. Os estrogênios 
são muito importantes por promoverem a ramificação 
dos ductos lactíferos, e o progestogênio, pela formação 
dos lóbulos. 
Outros hormônios também se envolvem nesse 
desenvolvimento, como o lactogênio placentário (LP), 
prolactina e a gonadotrofina coriônica. 
Na primeira metade da gestação, há crescimento e 
proliferação dos ductos e formação dos lóbulos. Na 
segunda metade, a atividade secretora se acelera e os 
ácinos e alvéolos ficam distendidos com o acúmulo do 
colostro. A secreção láctea inicia após 16 semanas de 
gravidez. 
 
2- LACTOGÊNESE (ou lactogênese fase II) 
É o início da lactação. Nessa fase, a glândula mamária 
que já se encontra previamente preparada para a 
produção do leite vai depender totalmente da 
prolactina, um hormônio hipofisário que tem sua 
síntese aumentada após o parto onde é expulsada a 
placenta e diminuído os níveis de progesterona. A 
prolactina, pela corrente sanguínea, alcança as células 
dos alvéolos mamários e encontra na membrana basal 
dele seus receptores, estimulando a produção láctea. 
O hipotálamo vai produzir o PRF (fator de liberação de 
prolactina), que, por sua vez, irá estimular as células 
mamotróficas (que aumentam muito na fase final da 
gestação) da adenohipófise que irão produzir a 
prolactina (PRL). A prolactina vai, pela corrente 
sanguínea, até a glândula mamária e lá encontra, na 
MARCELA DE CASTRO E CASTRO – MÓDULO VIII – NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
membrana basal dos alvéolos, seus receptores (estão 
aumentados no período periparto) e estimula as 
células secretoras dos alvéolos a produzirem o leite 
materno. 
Concomitantemente, a sucção estimula o hipotálamo a 
produzir ocitocina e a liberação desta pela 
neurohipófise. A ocitocina vai estimular as células 
mioepiteliais a se contraírem e liberarem o leite nos 
ductos, assim, o leite vai seguir a sequência da descida 
do leite (ductos -> poros mamilares). O leite produzido 
é armazenado nos alvéolos e nos ductos, e durante a 
ejeção do leite os ductos ficam cheios e se dilatam. A 
ocitocina também é estimulada pela visão, cheiro, 
choro etc. 
A produção do leite logo após o nascimento é 
controlada por hormônios e a “descida do leite” 
(costuma ser até o 3° e 4° dia pós-parto) ocorre mesmo 
se a criança não sugar o seio. E a secreção do leite 
ocorre gradativamente, no início é pouco e vai 
aumentando. 
Na amamentação, o volume de leite produzido varia, 
dependendo do quanto a criança mama e da 
frequência com que mama. Quanto mais volume de 
leite e mais vezes a criança mamar, maior será a 
produção de leite. Uma nutriz que amamenta 
exclusivamente produz, em média, 800 mL por dia. Em 
geral, uma nutriz é capaz de produzir mais leite do que 
a quantidade necessária para o seu bebê. 
 
3- GALACTOPOIESE (ou lactogênese fase III) 
É a manutenção da lactação. Essa manutenção ocorre, 
principalmente, pelo reflexo neuroendócrino da 
sucção. 
A sucção do bebê estimula os nervos presentes na 
aréola. Em seguida, a estimulação desses nervos, por 
via aferente, vai ser enviado ao hipotálamo, pela 
medula espinhal, de forma que todo o processo 
descrito na lactação irá ocorrer novamente. 
 
INIBIÇÃO DA PRODUÇÃO 
Quando, por qualquer motivo, o esvaziamento das 
mamas é prejudicado, pode haver diminuição na 
produção do leite, por inibição mecânica e química. O 
leite contém os chamados “peptídeos supressores da 
lactação”, que são substâncias que inibem a produção 
do leite. A sua remoção contínua com o esvaziamento 
da mama garante a reposição total do leite removido. 
Outro mecanismo local que regula a produção do leite, 
ainda não totalmente conhecido, envolve os 
receptores de prolactina na membrana basal do 
alvéolo. À medida que o leite se acumula nos alvéolos, 
a forma das células alveolares fica distorcida e a 
prolactina não consegue se ligar aos seus receptores, 
criando assim um efeito inibidor da síntesede leite. 
 
Além disso, adrenalina inibe ocitocina e a dopamina 
inibe a prolactina. 
 
Lembrando que a dor, o desconforto, o estresse, a 
ansiedade, o medo, a insegurança e a falta de 
autoconfiança podem inibir a liberação da ocitocina, 
prejudicando a saída do leite da mama. 
O colostro, primeiro leite secretado após o parto pela 
glândula mamária, é constituído de proteínas, gordura, 
açúcar, sais minerais e água. Em relação ao leite 
maduro, contém mais proteína e menos açúcar e 
gordura, logo, é menos calórico. É rico em anticorpos e 
vitaminas, como imunoglobulina A (IgA), que tem uma 
função especial para esta fase da vida, pela 
transmissão da imunidade ao recém-nascido; e 
caroteno o que lhe confere uma cor amarelada. Possui 
ação laxativa facilitando a eliminação de mecônio, 
primeiras fezes do bebê, ajudando assim a evitar a 
icterícia.

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