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Prótese Fixa São aquelas que nós cimentamos, seja em um implante, seja em um remanescente dental. Ficam definitivamente no dente de nossos pacientes. colocar algo no lugar de algo que foi perdido ou não formado. Prótese dentária é a ciência arte de prover substitutos convenientes para a porção coronária dos dentes, ou para um ou mais dentes perdidos e para suas partes associadas, de maneira a restaurar as funções perdidas, a aparência estética, o conforto e a saúde do paciente. 1- Aprender tudo sobre a prótese unitária nesse período. Coroa: repor uma estrutura um pouco maior do dente que foi perdida e nós não temos mais uma boa adaptação de material restaurador direto. Por ex. uma resina composta e amálgama. Assim é preciso utilizar uma restauração indireta. Toda vez que se fala de restauração indireta se trata de uma reabilitação que não é feita pelo dentista no consultório. O dente é 1 preparado, o dentista faz a moldagem envia o modelo para o laboratório que construirá essa restauração. O laboratório devolve e o dentista faz a cimentação no paciente. ** Existem próteses sobre implantes que são fixas, mas é um tipo diferente e que não é classificada como prótese fixa. ** O laminado cerâmico ou lente de contato é um tipo de faceta indireta. Assim, se tratando de próteses fixas há 4 grupos. 1. C�r�a Finalidade: restaurar um ou mais dentes destruídos por cárie ou traumatismo, que resultam na perda parcial ou total da porção coronária, restabelecendo sua forma e função. Pode ser intra-coronária ou extra-coronária. É um tipo de restauração mais extensa que foi feita em laboratório e que vai ser cimentada no dente Classificar coroa como prótese unitária está errado, pois uma restauração indireta como uma inlay e onlay também é uma prótese unitária ** O cimento adesivo é o cimento que será utilizado para a cimentação de uma coroa, um cimento dual, ou seja, ele tem ativação de polimerização química e polimerização por luz, é um cimento que irá promover a união de estrutura protética ao remanescente dental tanto por uma ação química, quanto por uma ação física, ou seja, pela luz do fotopolimerizador. Então há superioridades comparada à uma coroa feita por resina composta. 1.1 C�r�a t�tal Restauração que reveste toda a superfície externa da coroa clínica, respeitando a morfologia e os contornos danificados. Praticamente não utilizamos pinos metálicos em dentes anteriores, pois devido a sua dureza, dependendo do esforço gerado no dente pode ocorrer a fratura da raiz. O pino de fibra de vidro apresenta resiliência semelhante ao do dente. 2 1.2 C�r�a Parcial Apenas algumas porções da coroa são restauradas. 2.Restaurações Intrac�r�nárias São restaurações que se ajustam aos contornos anatômicos internos da coroa clínica do dente. São subdivididas em Inlays e onlays. Inlay onlay Inlay: uma restauração intracoronária indireta que não envolveu basicamente cúspides vestibulares e cúspides linguais. Onlay: envolve cúspides Como ela envolve cúspide, alguns autores chamam as onlays de coroas parciais. Atualmente não se usa o conceito de Overlay, pois se trata de uma coroa parcial *** Se envolve todas a cúspides é uma coroa parcial. 2.1 Inlay São restaurações de dentes unitários, que por motivos de lesões próximo-oclusais ou gengivais, com extensão mínima, perderam estruturas. Os inlays podem ser substituídos pela resina. Porém em alguns casos como bruxismo, inúmeras restaurações e pacientes que não possuem boa higiene a prótese pode ser mais viável. Pensando em prótese fixa também é importante levar em conta a longevidade, qualidade de tratamento e resistência mecânica. 2.2 Onlay são restaurações de dentes unitários, que sofreram lesão da região proximal- oclusal, gengival, mais a cobertura de cúspides. 3 3. Facetas Indiretas Restaurações usadas mais por questões estéticas, são constituídas por uma lâmina de cerâmica ou resina fundida em laboratório, ligada apenas a face vestibular do dente (famosas facetas de porcelana). ** Usa-se resina laboratorial por questões financeiras se o paciente não puder pagar cerâmica. A qualidade estética da resina laboratorial não é muito boa. Entre se fazer uma faceta indireta com resina laboratorial e uma faceta direta com resina composta, é muito melhor fazer uma restauração com resina composta. As resinas compostas que utilizamos no consultório elas têm uma maior variedade de cor e estabilidade de pigmentação muito boa. Quando utilizado um correto sistema adesivo, um bom isolamento absoluto, um bom acabamento e polimento as facetas indiretas com resina composta apresentam uma excelente qualidade. As facetas indiretas são cimentadas na face vestibular do dente, mas geralmente elas possuem algum tipo de envolvimento incisal ou ainda proximal. A faceta de porcelana apresenta uma boa espessura( 1, 1.5, 2mm). Elas não entram na classificação de coroas. Para a confecção de facetas indiretas precisamos fazer preparo, é preciso fazer o desgaste. uma estrutura com uma espessura suficiente para receber a faceta indireta. 4.Laminad�s Cerâmic�s Esse termo ainda está incluído dentro das facetas indiretas. É um termo muito recente, popularmente conhecido como “Lentes de contato”, devido à espessura do laminado cerâmico ser entre 0,1 e 0,5mm ( diminuição do custo biológico da estética). 4 ** Característica marcante é a sua espessura É uma faceta indireta, porém a sua espessura varia de 0,1 a 0,5mm. Com isso diminui o custo biológico da estética, diminuindo os desgastes dentais. Tem reabilitações com lentes de contato que não se realiza nenhum tipo de desgaste, são feitas apenas as cimentações nos dentes. Lente de contato não é para pacientes que apresentam deformações, restaurações e doenças. Lente de contato é para pacientes que apresentam dentes em ótima qualidade estética, funcional e biológica. 5. Prótese Parciais Fixas São restaurações indiretas que ficam permanentemente ligadas aos dentes remanescentes, substituindo dois ou mais dentes perdidos ( pontes fixas). **Atualmente não são praticamente usadas em dentes hígidos, devido a necessidade de desgaste da estrutura dental, causando perda biológica para apoiar uma prótese parcial fixa. ❏ Pilares: dentes que servem de suporte à ponte fixa ❏ Pônticos: dentes que estão sendo repostos entre os pilares ❏ Retentores: restaurações que são cimentadas nos pilares e retêm a PPF ❏ Conectores: unem os pônticos aos retentores Próteses s�bre Implantes ● Coroas unitárias Existem próteses sobre implantes que também são cimentadas ( são fixas). ● Prótese Parcial Fixa dentoimplanto suportada 5 cimentada sobre implantes e dentes em conjunto. ● Prótese total fixa sobre implantes - Prótese Protocolo Faz implantes e uma prótese total é cimentada nesses implantes Existe uma prótese total que é encaixada no implante, no qual o paciente consegue remover e ela pode ser higienizada Essas próteses não possuem a parte do palato, apenas do rebordo alveolar, trazendo mais conforto para o paciente. 6 Classe I: a cúspide mesiovestibular do 1º molar sup. deve está no sulco mesiovestibular do 1º molar inferior - oclusão normal neutroclusão Classe II: distoclusão se caracteriza pela posição mais distal dos primeiros molares inferiores em relação aos primeiros molares superiores Princípios Biomecânicos Aplicados à prótese fixa Os preparos protéticos são extremamente invasivos. Não adianta falar de odontologia de mínima intervenção. Mesmo que não tenha feito desgaste mecânico( lentes de contato que não necessitam de preparo) ainda é feito o condicionamento ácido que agride as estruturas dentais, promovendo desgaste químico. É certeza que alguns prejuízos o paciente vai ter. Por isso é necessário atribuir estratégias para que os prejuízos sejam menores. Antes da estética é necessário preocupar com a saúde do paciente. Saúde pulpar e periodontal são mais importantes. Intr�dução O preparo de dentes com finalidade protética é um processo de desgaste seletivo de esmalte e/ ou dentina, emquantidades, extensões e formas predeterminadas, dentro de uma sequência de etapas preestabelecidas, empregando instrumentais corretos, com a finalidade de criar espaço para uma restauração individual ou para um retentor de prótese parcial fixa ou parcial removível- PPR de encaixe. 7 Temos que oferecer para os pacientes as possibilidades de reabilitação existente, pois não é um procedimento barato. O paciente de prótese precisa de acompanhamento. Se o paciente não procurar pelo amor vai procurar pela dor. São procedimentos que demandam uma complexidade muito grande e são procedimentos que por conta disso acabam sendo passíveis de erros e complicações no decorrer da vida do paciente. Princípi�s Princípios fundamentais para a execução dos preparos protéticos 1. Preservação da estrutura dentária 2. Retenção e resistência 3. Durabilidade da estrutura 4. Integridade das margens 5. Preservação do peri�d�nto Princípios Mecânicos ❖Retenção Qualidade de um preparo em impedir o deslocamento da prótese sobre ele instalada quando esta é submetida à forças de tração no sentido contrário à sua inserção.( capacidade do preparo conseguir segurar a prótese). Princípio básico- Oposição de duas superfícies verticais. O posicionamento das paredes verticais tem que ser favorável para que eu consiga um meio de inserção da prótese, para que eu consiga espaço suficiente para eu utilizar um cimento que vai ser o agente cimentante e por fim o espaço que vai manter a prótese na posição que eu quero que ela fique. Precisamos de simetria entre paredes proximais do nosso preparo. 1. Paralelismo 2. Área de superfície preparada 3. Única via de inserção 4. Textura superficial 1.Paralelismo Grau de paralelismo- 6º a 12º de conicidade nos preparos é recomendado Paredes divergentes para oclusal. O terço oclusal ou incisal tem que ser menor que o terço cervical. 2. Área de superfície preparada Quanto maior a área do preparo, maior a sua retenção. 8 3. Obtenção de uma única via de inserção A retenção aumenta quanto menor for o número de trajetórias ao longo das quais a restauração pode sair do preparo. A- confeccionou as paredes do procedimento protético de forma que eu vou inserir a minha coroa e ela vai encaixar de uma única forma.A prótese precisa de uma trajetória só para que ela só tenha uma forma de escapar quando ela for pressionada por uma força oclusal. Preparos muito cônicos requerem retenções auxiliares como caixas, sulcos, canaletas, pinos - um único eixo de inserção Se ficar muito cônico pode fazer retenções auxiliares Quanto menos cônico for o preparo melhor vai ser a retenção paralelismo entre as paredes com inclinação máxima de 12º 4. Textura superficial Pode ser obtida por meio de micro-retenções, uma vez que a cimentação consiste em o agente cimentante entrar nas microrrugosidades do dente e da prótese, unindo-as Textura superficial já é feita no laboratório. Nós ficamos responsáveis por devolver lisura, integridade de superfície para o nosso preparo. ❖Resistência: Qualidade de um preparo em prevenir o deslocamento da prótese sobre ele instalada 9 quando esta é submetida a forças oblíquas que podem provocar sua rotação.(Forças em sentido lateral que podem provocar a rotação ou movimentação da prótese). Fatores relacionados com a forma de resistência do preparo: 1- Magnitude e direção da força 2- Relação altura/ largura do preparo 3- Integridade do preparo 1. Magnitude e direção da força- forças de grande intensidade e direcionadas lateralmente (bruxismo) podem ocasionar o deslocamento da prótese planejamento ajuste oclusal para depois reabilitação 2. Relação altura/largura Quanto maior a altura das paredes, maior a resistência da prótese em se deslocar. Se largura for maior que a altura, maior o raio de rotação e menores as possibilidades de as paredes do preparo oferecerem resistência adequada ( utilizar retenções adicionais) Principal fator relacionado a diminuição de resistência do preparo de uma coroa maior altura da parede aumenta superfície de contato, maior número de superfície de contato, além de aumento da retenção, também aumenta a resistência. É importante que a altura do preparo seja, no mínimo, igual a largura. Caso não seja possível: sulcos, canaletas ou caixas criarão novas áreas de resistência. 180º de um sulco para o outro 3. Integridade do preparo: Porção coronária íntegra- estrutura dental, núcleo metálico, em resina, fibra de vidro- resiste melhor às forças laterais do que coroas parcialmente restauradas ou destruídas. 10 ❖Rigidez estrutural O preparo deve ser executado de tal forma que a restauração apresente espessura suficiente para resistir às forças mastigatórias sem comprometimento estético ou do tecido periodontal. Redução �clusal É necessário uma redução oclusal mínima suficiente para resistir às forças mastigatórias sem haver fratura ou desgaste da prótese. ❖Integridade das margens As margens cervicais dos preparos devem permitir uma boa adaptação da restauração, com uma linha de cimento mínima( 20 a 60micras), para que ela possa permanecer o máximo de tempo possível em função. O término gengival deve ser nítido, apresentar espessura suficiente para acomodar a coroa sem sobrecontorno. Se o término apresenta sobrecontorno, se envolve o espaço biológico, ocorrerá resposta periodontal negativa. Quando essa resposta periodontal não consegue ser corrigida através de um polimento, instalação de uma nova coroa provisória, a solução será uma cirurgia periodontal. ex: rebater o retalho, fazer pequeno desgaste osteotomia, aumentar coroa clínica e depois de cicatrizado eu tenho uma boa adaptação marginal Princípios biológicos ❖Preservação da polpa Preparos protéticos do tipo coroa total podem expor até 2 milhões de túbulos dentinários. O potencial de irritação pulpar depende de fatores com: ● Calor gerado ao desgaste ● Qualidade das pontas diamantadas ● Qualidade da caneta de alta rotação ● Quantidade de dentina remanescente ● Permeabilidade dentinária ● Reação exotérmica de materiais empregados ● Infiltração marginal broca 3215 e 3216 iremos utilizar durante a graduação Grande possibilidade de ter um comprometimento pulpar por conta Preparos protéticos. Preparos protéticos do tipo coroa total pode expor até 2 milhões de túbulos dentinários. Grande chance de exposição pulpar devido a permeabilidade dos túbulos dentinários ser favorecida com essa situação. 11 Quanto mais se aprofunda no sentido da câmara pulpar, aumenta a quantidade e espessura dos túbulos dentinários de túbulos dentinários Dependendo da necessidade de extensão do preparo é preciso prever uma possível irritação ou complicação pulpar. Evidências: ● Após 25 segundos de corte ininterrupto da dentina sem refrigeração, a temperatura pulpar pode elevar-se aproximadamente para 42ºC- comprometimento da vitalidade. Fazer irrigação abundante, se não sai água da caneta, utilizar seringa tríplice ou descartável e se não haver, agendar o paciente para outro dia. ● Preparos cavitários executados com aparelhos de AR (acima de 50000rpm) produzem respostas menores do que os de BR sob as mesmas condições. As canetas de baixa rotação se utiliza para apenas refinar o preparo, não é interessante seu uso para a execução do preparo. ● Em geral, 2 mm de espessura de dentina entre a parede da cavidade e a polpa poderão proporcionar adequada barreira protetora contra as agressões de corte. Se considerar que o preparo vá se estender em profundidade deixando uma espessura menor que 2mm entre dentina e polpa, pode ser que convenha pensar em outro tipo de indicação ou até um outro tipo de material ou um outro tipo de reabilitação (ex.:Uma resina direta). Pois a chance de irritação é muito grande. ● Preservar a vitalidade do órgão pulpar de acordo com as necessidades estética e funcional da prótese planejada. ● Evitar sobretratamento. ❖Preservação do periodonto 1. Volume de estrutura removida. 2. Limite e a qualidade da terminação cervical. 3. Cuidados durante o ato operatórioem evitar danos às estruturas gengivais. ● Localização ideal para o término cervical: Onde o profissional controle os procedimentos clínicos e o paciente a higienização supragengival ou mínimo necessário dentro do sulco gengival, por razões estéticas, para o ganho de retenção e resistência, presença de cárie, restaurações antigas, traumas... A localização ideal do nosso término cervical é sempre uma localização supragengival, pois nessa região o profissional tem maior capacidade, maior habilidade de controlar os 12 procedimentos clínicos e o paciente de controlar a sua higienização. Se for preciso podemos aprofundar no sulco gengival ou seja subgengivalmente até 1mm. Quando nós temos necessidade por razões estéticas, quando é preciso ganhar retenção ou resistência, dente cariado, restauração antiga insatisfatória, teve um trauma. Quando avaliamos o periodonto existe uma avaliação extremamente essencial que é a avaliação de espaço biológico. As medidas de sulco gengival é de aproximadamente 0,69mm e após já entramos no espaço biológico que é de aproximadamente 2,04mm. O epitélio juncional corresponde a 0,97mm e a inserção conjuntiva 1,07mm. Se pode estender o término cervical por até 1mm subgengivalmente, isso quer dizer que a invasão foi de 0,3mm do epitélio juncional. Então se for optar por invadir 0,3mm do epitélio juncional eu tenho que está ciente que eu posso ter uma resposta periodontal, porém envolvendo até 0,7mm do sulco gengival nós não temos grandes respostas negativas. O ideal é que se for preciso estender o nosso término cervical nós façamos a extensão de 0,5mm subgengivalmente, dessa forma deixaremos 0,2mm de sulco livre antes do epitélio juncional. Wallace relatou que todasas vezes que teve que estender o término além dos 0,69mm teve resposta periodontal insatisfatória O epitélio do sulco é mais resistente e menos passível de inflamação. quando entra mais 3mm do epitélio juncional o tecido já é extremamente propício a inflamação, Se entrar completamente e entrar na inserção conjuntiva acabou, encostou nela o periodonto já responde imediatamente. Estender no máximo 0,5mm. Há casos em que o paciente é cooperativo e possui boa higienização e tem indicação para estender 1mm. Se eu precisar estender e achar que não é viável pode fazer uma cirurgia de cunha interproximal com osteotomia, aumentando o espaço do epitélio juncional e do epitélio do sulco,consequentemente rebaixando o espaço biológico ganhando coroa clínica. Razões para términos supragengivais: ● Quando não houver comprometimento da retenção e estabilidade da prótese. ● Quando a estética não for fator importante. Razões para términos subgengivais: ● Razões estéticas, com intuito de mascarar a cinta metálica de alguns tipos de coroas. 13 ● Restaurações de amálgama ou resina composta em cavidades cujas paredes já se encontram no nível intrassulcular. ● Presença de cáries ou fraturas que se estendam para dentro do sulco gengival. ● Razões mecânicas, para obtenção de maior área do dente preparado e, consequentemente, maior retenção e estabilidade.(Questionável) O ideal é o término cervical ser supragengival Princípios estéticos Influenciado pela saúde gengival do dente preparado e da forma, contorno e cor da restauração protética, fatores estes diretamente relacionados à quantidade e qualidade do desgaste da estrutura dentária. Considerações Finais O sucesso de uma prótese fixa consiste em confeccionar restaurações longevas, que preservem a saúde gengival e pulpar dos dentes envolvidos e que satisfaçam o paciente. Para isso, todas as fases do tratamento, desde os exames iniciais até a confecção da prótese, devem ser cuidadosamente valorizadas e executadas pelos CDs.Dentre todas essas fases, a confecção do preparos é a mais crítica, dada a irreversibilidade das manobras de desgaste dentário. Em se tratando de dente anterior convém estender 0,5mm subgengivalmente . Preparos para coroa total anterior e posterior Preparo de C�r�as T�tais ◆ O preparo para coroa total é aquele que abrange todas as faces da porção coronária do dente. 14 ◆ Indicações: 1. Presença de cáries extensas; 2. Anomalias de forma, estrutura e posição; 3. Relações oclusais anormais; 4. Necessidades estéticas; 5. Retentor de prótese parcial fixa; 6. Nas cavidades em que as onlays são contra-indicadas. ◆ Vantagens: 1. Preenchem todos os requisitos mecânicos de um retentor; 2. Facilidade na obtenção do “paralelismo”; 3. Possibilidade de melhores ajustes estéticos; 4. Obtenção de estética relativamente boa. ◆ Desvantagens: 1. Grande sacrifício de estrutura dental; 2. Maior dificuldade em produzir o contorno original ou adequado para reduzir a retenção de placa bacteriana; 3. Estética: a cor é dificilmente reproduzida com fidelidade; 4. Injúria ao periodonto nos preparos subgengivais. Considerações: ◆ As coroas totais podem ser completamente metálicas, de porcelana, de resina e mistas (metaloplásticas e metalocerâmicas). ◆ O preparo para coroa total de porcelana, metalocerâmica ou metaloplástica difere do preparo para coroa total metálica apenas no desgaste maior da estrutura dental. Tipos de Materiais X Espessura 1. Coroa em ouro: 1,5mm nas cúspides funcionais e 1,0mm nas cúspides não funcionais; 2. Coroa metálica: 1,0mm; 3. Coroa metalocerâmica: de 1,3 a 2,0mm; 4. Coroa metal free (total cerâmica ou coroa total de porcelana): 1,5 a 2,0 mm. Término Cervical • Área de transição entre o elemento dental e o material restaurador; 15 • Determina a forma e espessura do material restaurador na margem do preparo. Término Cervical ● Lâmina de faca(0º) ● Chanfro ● Chanfro com bisel ● Chanfro em 135º ● Chanferete ● Ombro em 90º ● Ombro em 90º arredondado ● Ombro com bisel 16 Qual Término Cervical utilizar? Término Cervical • A melhor localização do término é onde o dentista possa controlar a adaptação e o paciente, a higienização, ou seja, SUPRAGENGIVAL. ● Película de cimento- 25µm(Zn(PO4) ● Adaptação- 22,24µm ● Inspeção visual -60µm ● Radiografia-> 80µm ● Desajuste aceitável-50 a 100µm Um fio de cabelo mede, indicativamente, 100µm de diâmetro, ou espessura 17 Preparo de Coroa Total Anterior ◆ Sulcos de orientação: - cervicais → 1014 - V, L e incisal → 3215/3216 ◆ Eliminação do contato proximal → 3203/3195 ◆ União dos sulcos → 3215/3216 ◆ Preparo proximal → 3215/3216 ◆ Preparo concavidade lingual → 3118 ◆ Término do preparo→ 3215/3216 ◆ Acabamento → 3215/3216 em BR Preparo de Coroa Total Anterior ◆ Dente anterior 1o passo: sulcos de orientação ➢ Ao longo de todo o diâmetro do dente, a 0,5mm da margem gengival, penetrar metade da broca 1014 (± 0,7mm) numa inclinação média de 45°. ◆ Sulcos de orientação ➢ Face vestibular : - realizar sulcos acompanhando os planos axiais do dente (mésio-cervical e mésio- incisal e, logo após, os planos distais), introduzindo todo o diâmetro da broca 3215 ou 3216. ◆ Sulcos de orientação ➢ Face vestibular : 3216 18 ◆ Sulcos de orientação ➢ Borda incisal: Produzir sulcos aprofundando 1 �⁄� broca 3215/3216 (1,8 a 2,0mm). ◆ União dos sulcos: 3215/3216 - a união dos sulcos de orientação possibilita um desgaste relativamente uniforme, acompanhando a anatomia do dente a ser preparado e garantindo o desgaste necessário. ◆ 2º passo: rompimento do contato proximal 3195/ 3203 - fazer um corte proximal que garanta uma expulsividade nessa área e permita o acesso a outras brocas; - utilizar matriz de aço para proteger dentes vizinhos. ◆ 3º passo: desgaste proximal (3215/3216) - complementar o preparo nesta área até a metade proximal, com o término em chanfro. 19 ◆ 4º passo : desgaste lingual (3215/3216) - desgastar no terço cervical lingual com a broca paralela à face vestibular, criando a zona de retenção friccional; - formando o término em chanferete (metálica) e chanfro (cerâmica e metalocerâmica/plástica). ◆ 5o passo: desgaste da concavidade lingual/palatina 3118 - se a face lingual/palatina for receber somente metal, desgastar cercade 1mm; - se for metal e porcelana (ou só porcelana) , desgastar 1,5mm - o desgaste deve acompanhar a forma côncava da face lingual/palatina. ◆ Inclinação das paredes: ◆ 6º passo: preparo subgengival (3215/3216) - usar a ponta da broca para dar a forma ao término ( chanfro e chanferete); - estender o preparo, no máximo, 0,5mm subgengivalmente. 20 Obs: Término em Ombro ◆ Ombro ou degrau (2135): - coroas de cerâmica pura. Término mais usado: ◆ Chanfro/chanferente: - coroas metalocerâmicas com ligas não áureas; - coroas metaloplásticas em qualquer liga; - cobertura de cúspide em MOD; - coroa total cerâmica, ◆ 7º passo: acabamento - uso de brocas de 12 lâminas, de granulação fina ou mesmas pontas diamantadas em BR. Preparo de Coroa Total Posterior ◆ Sulcos de orientação: - cervicais → 1014 - V, L e oclusal (2,0mm) → 3215/3216 ◆ Eliminação do contato proximal → 3203/3195 ◆ União dos sulcos → 3215/3216 ◆ Preparo proximal → 3215/3216 ◆ Término do preparo→ 3215/3216 ◆ Acabamento → 3215/3216 em BR 21 Prepar�s para inlays, �nlays, facetas e laminad�s cerâmic�s restaurações intracoronárias O overlay não é muito utilizado por necessitar de perda de estrutura dental considerável, já optamos por uma coroa total que ganha em retenção e resistência 1 Inlay Inlays: É uma restauração protegida por cúspide - Não possui cúspide- preparo extenso sentido mesio-diastal(próximo-oclusais) ou gengivo-oclusais. Uma restauração classe II ideal em resina composta precisa de um término cervical ou gengival terminando em esmalte. Quando o término gengival ou cervical ultrapassa a linha amelocementária e ele passa a iniciar em cemento o prognóstico não é tão bom, justamente por conta do sistema adesivo que em cemento não funciona tão bem. Por isso é interessante fazer a adesão do nosso material restaurador utilizando um cimento restaurador ao invés de um sistema adesivo convencional. E para utilizar um cimento adesivo precisamos fazer uma restauração indireta. Também pode optar pelas restaurações semi- indiretas que são realizadas no próprio consultório, nós construímos em laboratório e depois só cimentamos no preparo cavitário. Técnicas de Preparo Restaurações intra-coronárias 1. “ Inlays” ou incrustações: - São restaurações usadas quando existe considerável espessura da estrutura dentária intacta, porque as “inlays” se limitam a 22 substituir as estruturas perdidas, sem proteger o restante da dente. - Têm a mesma indicação dos amálgamas e resinas extensas. A inlay tem indicação por ter melhor resistência Se o término gengival ou cervical for muito profundo e já tiver ultrapassado o esmalte, se não tiver mais término cervical ou gengival em esmalte essa é uma clássica indicação de uma reabilitação indireta. Preparos Protéticos “inlays” metálicas Na prática clínica, hoje não realizamos um inlay metálico mais. Entre se fazer um inlay metálico e uma resina composta, é preferível a resina. Se o paciente não possuir boa higienização e não poder fazer resina,é só fazer um amálgama. É claro que que toda restauração metálica apresenta coeficiente de expansão muito maior que o dente, coeficiente de dilatação e capacidade de resiliência inferior ao dente, então a restauração metálica não absorve as forças coincididas sobre o dente jogando para o remanescente dental. ⚫ Brocas : 170 L (multilaminada e cortante) e 3203 (faz bisel, rompe ponto de contato proximal, que facilmente pode ser substituída pela 3195) Preparos Protéticos “inlays” metálicas ❖ 1º passo: caixa oclusal (170L) - abertura V-L→ �⁄� da distância entre as cúspides; - profundidade→ 1/3 da ponta ativa da broca;( A profundidade também será guiada pela extensão da cárie. Por isso não optamos tanto pelos inlays metálicos. Se tiver uma cárie que tem apenas metade da ponta ativa da broca esse inlay metálico já não terá tanta resistência, pois a largura será maior que a sua profundidade e será preciso aprofundar mais a broca. Quando nós não optamos por reabilitações adesivas nós somos mais invasivos). - Inclinação das paredes→ o mesmo grau de inclinação da ponta ativa da broca;( Todas as paredes são divergentes para oclusal em caso de restaurações indiretas intracoronárias). - Parede pulpar → plana (Está associada a resistência e longevidade da nossa reabilitação. Caixa oclusal→ Caixa oclusal da inlay feita com a broca 170L, a própria ponta ativa da broca já oferece a expulsividade de 40º. Nesse caso a parede pulpar está plana a 23 depender de cada tipo de caso a gente opta por fazer um aplainamento melhor da caixa oclusal, levando a um desgaste maior. ❖ 2º passo : caixa proximal ( 170 L ) - proteção dos dentes vizinhos com matriz de aço; - pela caixa oclusal, rompe a crista marginal, penetra com a broca confeccionando a caixa proximal. - ruptura do ponto de contato com instrumental ( cortante manual: machado, cinzel ou enxada) ou broca (3195) - definição das paredes V e L da caixa proximal; Em se tratando de inlays metálicos a gente faz a proteção do ângulo cavo superficial que é protegido através de biséis - execução dos biséis proximais (3203); a 3195 pode substituir - sulcos proximais (170 L); ( são retenções adicionais, vai depender da necessidade, tem casos que não há. Isso depende de um bom planejamento - arredondamento do ângulo áxio-pulpar; ( independente do material restaurador sempre manter os ângulos internos arredondados O ângulo axio-pulpar é positivo, ele que promove o efeito cunha no material restaurador. O não arredondamento do ângulo pode causar fraturas. Se o ângulo estiver vivo vai fornecer uma força em forma de cunha que irá fraturar o material reabilitador. Se for em um ângulo interno negativo e ele ficou vivo o material restaurador que vai oferecer o efeito cunha que irá fraturar o remanescente dental. Os outros ângulos internos, diedro de primeiro e segundo grupo, triedro pode fraturar o remanescente dental Em caso de inlay metálico o ângulo cavo superficial das superfícies proximais é biselado 24 Curva reversa de holemback com angulação de 40º - acabamento. É feito com instrumentos manuais cortantes( machado, cinzel e enxada), Cada um tem sua indicação. Moldar e mandar para o laboratório e cimentar e colar Prepar�s Pr�tétic�s para “inlays” cerâmic�s confecção da caixa oclusal com profundidade e extensão mínima de 1,5mm que é uma profundidade mínima para uma cerâmica. Com a mesma broca utilizada para a confecção da caixa oclusal faz-se a extensão de cerca de 1mm para cervical na região proximal. Então a caixa proximal é sempre 1mm mais baixa que a parede pulpar. Acabamento do preparo com as mesmas brocas diamantadas ou de granulação fina(2131 f ou � ou em baixa rotação) Principal indicação: parede cervical ou gengival não é mais em esmalte 2 Onlay Onlay: Possui cúspide, mas não queremos realizar um núcleo de preenchimento para um preparo completo para uma coroa total. Opta-se por fazer um onlay para tentar manter o máximo de estrutura dental possível. Se considera vários fatores: dente antagonista, se ele é hígido, cerâmica, metálico, padrão oclusal e forças musculares. Preparos Protéticos MOD “onlays” Indicações: - dentes muito destruídos, mas com as cúspides V e L intactas; 25 - quando a metade ou mais da largura V-L está envolvida num preparo MOD; - dentes posteriores tratados endodonticamente com V e L íntegras. * Não deve ser usada como retentor de ponte adesiva. Brocas: 170 L, 3203, 3216. onlay em metal ❖ 1º passo : redução oclusal (170 L) - sulcos de orientação → 1 �⁄� broca; - união dos sulcos. Redução oclusal só vai envolver as cúspides comprometidas. Se tenho cúspides sem comprometimento ela não vai envolver em se tratando de um onlay cerâmico. Já o onlay metálico irá envolver todas, sendo o principal motivo de não se fazer mais onlay metálico. ❖ 2º passo : caixa oclusal ( 170 L ) - 1/3 a �⁄� da distância entre as cúspides; - profundidade → cerca de 1 mm; - paredes V e L ligeiramente expulsivas. ❖ 3º passo: caixa proximal ( 170L ) - proteção dos dentes vizinhos com matriz de aço; - pela caixa oclusal, na crista marginal, penetrar com a broca esboçando a caixa proximal; - remoção do ponto de contato com instrumental ou broca; - definição das paredes V e L da caixa proximal. ❖ 4º passo : proteção de cúspide * término em contra-bisel: 26 - confecção de bisel com sentido contrário à redução oclusal (3216), na cúspide de contenção cêntrica. * término em contra-bisel: ⚫ Proteção de cúspide c/ término em chanfro: - sulcos de orientação vestibular (3216) na vertente externa da cúspide de contenção; Na prática clínica se for fazer um onlay metálico,a gente faz essa proteção de cúspide em todas as faces não somente nas faces das cúspides de contenção cêntrica que são as vestibulares dos dentes inferiores e as palatinas dos dentes superiores. Faz em todos os dentes e em todas as cúspides para conferir resistência um pouco maior - união dos sulcos; - definição do chanfro com a ponta da broca. ⚫ Proteção de cúspide c/ término em chanfro: ❖ 5º passo : biséis proximais - confecção do bisel proximal com a broca 3203 → esse bisel se une ao bisel ou ao chanfro da proteção de cúspide. ❖ 6º passo: retenções adicionais Retenções adicionais a gente só vai fazer em casos específicos em que nós temos uma coroa muito curta, oclusão muito desajustada. Regra geral: Não iremos fazer retenções adicionais, pois representa perda de estrutura dentária - sulcos nas paredes V e L das caixas proximais ( 170 L). 27 ❖ 7º passo : acabamento (instrumentos manuais ou pontas diamantadas que fizemos o preparo em baixa rotação) - alisamento das paredes cavitárias; - arredondamento do ângulo áxio-pulpar. Prepar�s Pr�tétic�s para “�nlays” cerâmic�s extensão no mínimo 2mm 3. Facetas Indiretas Faceta indireta em cerâmica 28 Remoção da vestibular, proximais terminando em chanfro e redução incisal de pelo menos um 1,5mm condicionamento com ácido fluorídrico, condicionamento com ácido fosfórico, aplicação de silano na peça, aplicação de sistema adesivo no dente e fotopolimerização e aplicação de cimento resinoso na faceta 4. Laminad�s Cerâmic�s molda o paciente manda para o laboratório e o laboratório vai construir o laminado cerâmico e manda pra gente só cimentar desgaste mínimo de 0,5mm para adaptação ou nenhum 29 Moldagem: ato Molde é uma cópia negativa da estrutura Modelo: cópia positiva da estrutura 30 2 fios retratores fino e grosso e no momenta da moldagem retira o grosso molhar o fio antes de inserir 31 32 33 34 35
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