Buscar

SISTEMA RESPIRATÓRIO E SANGUE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CURSO DE FARMÁCIA
FISIOLOGIA HUMANA
SISTEMA RESPIRATÓRIO E SANGUE
1. Antes de fazermos um estudo sobre a funcionalidade do sistema respiratório
tínhamos como pressuposto que o sistema respiratório está ligado somente com a questão
da troca gasosa do oxigênio e gás carbônico. Porém, com o estudos desse sistemas
podemos ver que ele vai muito além de uma troca de gás, ele tem como propriedades
funcionais: a troca de gases entre o meio externo (atmosfera) e o meio interno (sangue),
manutenção da homeostase do pH corporal e uma proteção imunológica contra substâncias
irritantes e agentes patogênicos que possam vim a entrar contato com com nosso
organismo pelas vias aéreas.
Em relação a troca gasosa temos que, por meio do processo de inspiração, o
oxigênio (e outras partículas) que está contido no ar irá sair da zona de uma maior pressão,
entrará pelas vias aéreas, onde será filtrado e umidificado, indo em direção aos alvéolos
pulmonares para que ocorra a difusão dele para a hemoglobina (que está chegando nos
capilares próximo a esse alvelos) e ocorra a difusão do gás carbônico que está em uma
zona de maior pressão para uma de menor pressão e seja expelido pelo processo de
expiração.
Já quando falamos de pH temos logo a associação ao íon H+, nesse caso teremos
muito a associação dele ao gás carbônico , pois é por meio dele que temos o aumento do
nível da concentração de H+ no meio devido a instabilidade do ácido carbônico e sua
dissociação em íons H+ e HCO3-. Então é de suma importância que tenhamos uma boa
regulação na troca desses gás para que não ocorra um da disponibilidade dele e nem o
aumento do pH, prezando sempre manter o pH fisiológico requerido para a homeostase.
Uma propriedade que não é tão explanada quando pensando em sistema
respiratório é a proteção imunológica contra substâncias irritantes e agentes patogênicos.
Essa proteção dá-se, principalmente, em duas vias: a filtração (cílios e dos mucos) e por
meio do sistema imune da mucosa que contando com a presença de várias células de
defesa como linfocitos T, células natural killer, macrófagos alveolares e de células
dendríticas. Ambas as vias têm o princípio de evitar que haja a entrada ou que ocorra o
processo de doenças ocasionadas pela entrada de um ar tóxico/poluído.
2. A curva de associação e dissociação do oxigênio-hemoglobina nos possibilita
analisar como está relacionado a variação da pressão do oxigênio do sangue, da saturação
da hemoglobina e, também, do volume de oxigênio. Esta curva apresenta o comportamento
ideal dessas três variações, mas também, nos possibilita ver variações da curva tanto para
um pouco superior a curva ideal (esquerda) como um pouco inferior a essa (direita), sendo
esses comportamentos observados devido a concentração de íons H+, da temperatura
corporal e do dióxido de carbono.
Em relação e concentração de íons H+ e ao dióxido de carbono, teremos um
deslocamento à esquerda se tivermos em uma baixa concentração de H+ e diminuição do
CO2 ou seja pH mais alcalino e se tivermos uma maior concentração de H+ e um aumento
de CO2 teremos um desvio para a direita. Esse último provoca a liberação de O2 devido a
ligação do CO2 a hemoglobina, o qual a hemoglobina tem mais afinidade, provocando,
assim, uma maior captura de oxigênio quando o sangue passar no pulmão (pois agora
tem-se uma menor pressão de oxigênio) e uma maior expulsão do CO2 (pois agora tem-se
uma maior pressão), fazendo, assim, com que o pH aumente e a curva seja desviada para a
esquerda.
Já em relação a temperatura corporal, temos que quando há o aumento da
temperatura corporal ocorre uma maior captação de oxigênio pelos sistemas, ocorrendo um
desvio da curva para esquerda e em relação a diminuição da temperatura temos um desvio
para a direita, pois teremos aqui uma dificultação na captação de oxigênio pelos sistemas
ocasionada pelo frio.
3. Os quimiorreceptores centrais são células especializadas que estão situadas
próximo à superfície ventrolateral do bulbo, sendo uma região próxima do líquido
cefalorraquidiano, assim, eles são influenciados por alterações na atividade metabólica
deste líquido. Portanto, é muito importante saber que o líquido cefalorraquidiano é
ultrafiltrado de plasma secretado pelo plexo coróide e que esse irá determinar a sua
composição iônica pelo fluxo de entrada e saída de íons pela barreira hematoencefálica,
sendo essa quase impermeável a íons H+ e HCO3- em comparação a permeabilidade ao
CO2.
Falando desses íons, temos que os quimiorreceptores centrais irão apresentar
sensibilidades ao pH devido a ação do H+ e do CO2 (de forma indireta). O CO2, como já
citado, é permeável a barreira hematoencefálica, logo quando houver um aumento da
disponibilidade dele no LCR ocorrerá um aumento dele, também, no líquido intersticial do
bulbo. Esse CO2 que entrou no líquido disposto perto da região de ativação dos
quimiorreceptores centrais não afeta diretamente esses quimiorreceptores, ele, então, irá
reagir com a água do meio formando o ácido carbônico, o qual é instável e logo dissocia-se
em H+ e HCO3-, provocando o aumento do pH do meio devido a disposição da
concentração de H+, o qual possibilitará uma resposta de ativação dos quimiorreceptores
que irão ativar o centro de controle respiratório, promovendo uma resposta de aumento na
ventilação.
4. A hemostasia pode ser mantida em equilíbrio principalmente por meio desses
mecanismos: constrição vascular, formação de tampão plaquetário, formação de coágulo
sanguíneo, como resultado da coagulação do sangue e eventual crescimento de tecido
fibroso no coágulo para o fechamento permanente no orifício do vaso.
Na constrição vascular, após a secção de um vaso sanguíneo, o próprio trauma da
parede do vaso irá induzir a contração da musculatura lisa desse vaso, reduzindo o fluxo de
sangue pelo vaso lesado. Essa contração pode dar-se devido ao espasmo miogênico local,
à fatores autacoides locais dos tecidos traumatizados e das plaquetas ou aos reflexos
nervosos.
A formação do tampão plaquetário ocorre quando as plaquetas entram em contato
com a superfície vascular lesionada, especialmente com as fibras de colágeno dessa
parede, mudando de conformação e liberando vários fatores importantes para esse
processo, sendo um desses fatores responsáveis por liberar proteínas que liberam
tromboxanos e ADP que são responsáveis por ativar mais plaquetas, formando, assim, o
tampão plaquetário.
A coagulação ocorre por meio de reações químicas que vão liberar os fatores de
coagulação sanguínea, resultando na formação do complexo de substâncias ativas,
chamado ativador da protrombina, a qual catalisa a conversão da protrombina em trombina
que atua como uma enzima, convertendo o fibrinogênio em fibras de fibrina, formando
emaranhado de plaquetas, células sanguíneas e plasma para formar o coágulo. Vale
ressaltar que o cálcio é muito importante nesse processo porque ele é um dos ativadores da
protrombina e que as plaquetas têm também papel importante na conversão da protrombina
em trombina, pois grande parte da protrombina se fixa, inicialmente, nos receptores de
protrombina, nas plaquetas já ligadas ao tecido lesionado. A trombina atua na
transformação do fibrinogênio em monômeros de fibrina e esses, com a ajuda do cálcio,
formam as fibras de fibrina, as quais junto às plaquetas formam uma malha que evita a
perda de sangue.
Em relação ao processo de quebras desses coágulos a fim de evitar que possa
ocorrer a formação de trombos, tem-se que a proteína plasmina que irá atuar na
degradação desses coágulos pela digestão das fibras de fibrina e algumas outras proteínas
coagulantes, como o fibrinogênio.

Outros materiais