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Ian Dondoni | Neuroanatomia | Medicina Ufes 1 Circulação do Líquor LÍQUIDO CEREBROSPINAL • PRODUÇÃO: plexos corióideos dos ventrículos encefálicos e o próprio epitélio ependimário CIRCULAÇÃO DO LÍQUIDO CEREBROSPINAL VENTRÍCULOS LATERAIS > ATRAVESSA OS FORAMES INTERVENTRICULARES > CAI NO III VENTRÍCULO (fenda entre o diencéfalo) > AQUEDUTO DO MESENCÉFALO > IV VENTRÍCULO > ELE TEM ACESSO AS ABERTURAS LATERAIS E ABERTURA POSTERIOR MEDIANA > EXTRAVASA O LÍQUIDO CEREBROSPINAL > ESPAÇO SUBARACNÓIDEO CISTERNAS SUBARACNÓIDEAS • Em algumas regiões, onde tem-se uma separação da aracnóide e da pia-máter, onde tem uma concentração maior de líquido cerebrospinal é chamado de cisternas (exemplo: a cisterna lombar, que é muito utilizada para fazer a punção lombar ou anestesia nesse espaço subaracnóideo) • No cérebro, também tem cisternas com o mesmo conceito, áreas onde tem um espaço subaracnóideo maior e aí tem-se uma concentração maior de líquido cerebrospinal 1. CISTERNA CEREBELOBULBAR (MAGNA) 2. CISTERNA PONTINA 3. CISTERNA PERICALOSA 4. CISTERNA QUIASMÁTICA 5. CISTERNA INTERPEDUNCULAR 6. CISTERNA COLICULAR IMPORTÂNCIA DO LÍQUOR NO ESPAÇO SUBARACNÓIDEO • Proteção contra choque mecânico: o líquido reveste todo o SNC, encéfalo e medula, e isso protege contra choques mecânicos que vem do exterior • Diminuição do peso do encéfalo: pois o líquido sustenta • Transporte de substâncias: hormônios, metabólitos e eletrólitos, pois ele circula por todo o corpo • Protege o tecido nervoso das pulsações arteriais: todas as artérias estão mergulhadas no espaço subaracnóideo, logo estão mergulhadas no líquido cerebrospinal o que protege o tecido nervoso. Nas pulsações arteriais, as batidas no tecido nervoso são discipadas no espaço subaracnóideo • Impede a comprenssão dos vasos sanguíneos e nervos cranianos contra a face interna do crânio: se não tivesse o líquido nessa região, todas as estruturas ficariam apoiadas na base do crânio e ia acabar esmagando essas estruturas. Quase todos os nervos cranianos emergem da parte anterior do tronco encefálico, as artérias passam na parte anterior do tronco encefálico ABSORÇÃO O líquido vai circular no espaço subaracnóideo e ele tem que ser reabsorvido. Esse líquido se origina do sangue, então ele deve retornar para o sangue. Na hora que ele retorna para o sangue, ele vai retornar para o seio sagital superior através das granulações aracnóideas PRANCHA 110 Ian Dondoni | Neuroanatomia | Medicina Ufes 2 • GRANULAÇÕES ARACNÓIDEAS: são projeções da aracnóide. São evaginações da aracnóide que perfuram a dura máter e se colocam no interior da luz do seio sagital superior, somente separadas por uma fina camada de tecido epitelial que é o da própria aracnóide “A saída do líquido cerebrospinal pelas granulações aracnóideas depende da pressão. As células endoteliais da vilosidade aracnóideas sofre vacualização do lado do líquido cerebrospinal. Os vacúolos aumentam em tamanho devido ao gradiente diferencial de pressão entre os compartimentos liquoricos (mais alto) e sanguíneo (mais baixo). E finalmente, as células que sofreram vacualização, chegam ao lado sanguíneo das células endoteliais, onde se rompem esse vacuolos e criam um canal patente entre o líquido cerebrospinal e o sangue” HIDROCEFALIA • Problema na circulação ou na absorção do líquido cerebrospinal, onde você pode ter um aumento de produção ou uma diminuição de absorção ou quando você tem um entupimento, então entope alguma parte dos ventrículos (forame interventricular ou aqueduto do mesencéfalo) e começa a aumentar o volume de líquido cerebrospinal • A hidrocefalia é muito evidente em recém- nascidos, pois ainda não se tem a ossificação dos ossos do crânio. Então você começa a aumentar o espaço interno dos ventrículos e começa a empurrar de dentro para fora, o cérebro e os ossos do crânio • A pessoa tem prejuízos neurológicos por lesões no tecido e apresenta um crânio muito aumentado completamente fora do que consideramos normal • COMUNICANTE: aumenta a produção ou diminui a absorção do líquido cerebrospinal • NÃO COMUNICANTE: obstrução na circulação do líquido cerebrospinal DRENAGEM VENOSA DO ENCÉFALO As veias cerebrais são subdividas em superficiais (externas) e profundas (internas). Superficiais (externas) → drenam a superfície dos hemisférios (córtex e substância branca subjacente) → seios da dura-máter → VEIA JUGULAR INTERNA Profundas (internas) → drenam o interior dos hemisférios (centro branco medular, diencéfalo, ínsula, cápsula interna e corpo estriado) → veia cerebral Magna (Veia de Galeno) → seios da dura- máter → VEIA JUGULAR INTERNA VEIAS CEREBRAIS SUPERFICIAIS • Traça uma linha imaginária passando no sulco lateral, as veias que estão acima são as veias cerebrais superiores e as que estão abaixo são as veias cerebrais inferiores • A veia cerebral média superficial é colocada exatamente no sulco lateral • VEIAS CEREBRAIS SUPERIORES: desembocam no SEIO SAGITAL SUPERIOR • VEIAS CEREBRIAS INFERIORES: desembocam no SEIO MAIS PRÓXIMO Granulações aracnóideas Seio sagital superior Ian Dondoni | Neuroanatomia | Medicina Ufes 3 VEIAS CEREBRAIS PROFUNDAS • VEIA CEREBRAL MAGNA: desemboca no seio reto HEMORRAGIA\HEMATOMA SUBDURAL • Veias “em ponte” que cruzam o espaço subdural • Bem na transição que a veia faz no espaço subaracnóideo, no momento que ela vai ter que atravessar a aracnóide para poder desembocar no seio sagital superior, bem nesse momento, as veias em ponte que cruzam o espaço subdural, pode acontecer uma ruptura. E se acontecer uma ruptura bem nesse espaço, esse sangue venoso começa a extravasar e a acumular no espaço subdural • Entre a dura-máter e a aracnóide • Hematoma silencioso e lento, oposto do hematoma epidural • Ás vezes a pessoa lava uma pancada, dá uma tontiada, melhora e vai para casa, mas depois de 1 semana começa a ter sintomas PRANCHA 103 PRANCHA 145
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