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CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO Profª. Enfª Vanessa Carvalho O cálculo de medicação, dose e gotejamento deve ser realizado com atenção e precisão. Um erro de cálculo pode comprometer seriamente a saúde do paciente. Doses e diluições devem respeitar as orientações do farmacêutico ou bula do medicamento. Gotejamentos acima do calculado podem trazer danos à rede venosa do paciente, como infiltração, flebite e dor. VISÃO GERAL A terapia medicamentosa é uma das rotinas presentes no exercício da enferma gem. O conhecimento da técnica de aplicação, efeitos dos medicamentos e cálculo de dose deve nortear a atuação do profissional no momento da assistência. No panorama da saúde nacional e dos serviços disponíveis ao público, muitas v ezes os momentos e condições em que o profissional realiza a terapia medicament osa não favorecem a administração segura dos fármacos. Os erros são frequentes e muitas vezes trazem danos irreversíveis aos pacientes. Um dos principais eventos adversos durante o tratamento medicamentoso é o e rro de dose, diluição e gotejamento para infusão adequada. Todos esses erros con vergem da execução inadequada dos cálculos durante o preparo da medicação. P or isso, se faz necessário conhecimento sólido sobre as operações aritméticas e s ua utilização. Para uma terapia medicamentosa segura e livre de erros, os profissionais deve m atualizar-se constantemente e ter conhecimento pleno da execução dos cálculos . O enfermeiro é o responsável pelo gerenciamento e supervisão da terapêutica medicamentosa e deve ser o tutor de sua equipe em casos de dúvidas e orientaçõ es. MATERIAIS ▪ Papel e caneta; ▪ Calculadora; ▪ Prescrição médica; ▪ Medicamento a ser utilizado. PREPARAÇÃO 1. Verifique a prescrição médica. 2. Verifique o medicamento a ser utilizado com apresentação farmacológica legível. 3. Providencie papel, caneta e calculadora se necessário. APRESENTAÇÕES FARMACÊUTICAS 1. Sólidas ▪ Comprimido: é a compressão de substâncias em pó ou grânulo s, polidas, podendo ter sulcos para facilitar sua divisão. Pode c onter revestimentos especiais para permitir a correta liberação entérica. CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO Profª. Enfª Vanessa Carvalho ▪ Cápsula: é composta por substâncias sólidas ou líquidas envolt as por invólucro de gelatina. É utilizada para a fácil deglutição e correta liberação do medicamento na cavidade gástrica. ▪ Drágea: contém substâncias comprimidas em um núcleo, reves tidas por duas ou mais camadas de açúcar e/ou queratina. O re vestimento espesso facilita a deglutição e liberação entérica ad equada. ▪ Pó: substância medicamentosa em pó ou grânulos para o prep aro de soluções ou uso direto. 2. Semissólidas ▪ Pomada: base macia e oleosa para aplicação de substâncias m edicamentosas via transdérmica. ▪ Creme: base mista de água e óleo que se espalha melhor pela pele e tem maior absorção quando comparada à pomada. ▪ Gel: base aquosa que permite ser aplicada em diferentes super fícies corpóreas e em maior quantidade. ▪ Supositórios e óvulos: utilizados em vias retal e vaginal, são feit os de base semissólida. 3. Líquidas ▪ Solução: mistura homogênea de soluto e solvente. Pode ser est éril para uso parenteral ou preparada para uso oral. ▪ Suspensão: mistura não homogênea entre sólido e líquido. A m istura deve ser sempre agitada antes do uso. ▪ Xarope: mistura de soluto e solvente com até ⅔ de açúcar para uso oral. ▪ Elixir: mistura de soluto e solvente com até 20% de açúcar e álc ool. ▪ Emulsão: mistura de dois líquidos imiscíveis, sendo geralmente água e óleo. A mistura deve ser sempre agitada antes do uso. 4. Gasosas ▪ Gás e spray: substâncias voláteis em spray ou aerossóis para n ebulização. REVISÃO DE OPERAÇÕES MATEMÁTICAS 1) Soma ▪ Operação que adiciona dois ou mais números em um único número ou s oma. ▪ Nos cálculos de adição, os números devem estar alinhados de modo que cada unidade correspondente fique embaixo da outra. CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO Profª. Enfª Vanessa Carvalho o Exemplo: ▪ Em números decimais, a vírgula deve ser colocada embaixo da outra par a a operação. o Exemplo: ▪ Onde não há algarismo, preencha com zero para facilitar a soma. o Exemplo: 2) Subtração ▪ Operação que gera um número real quando um valor é retirado de outro valor. ▪ Nos cálculos de subtração, os números devem estar alinhados de modo que cada unidade correspondente fique embaixo da outra. CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO Profª. Enfª Vanessa Carvalho o Exemplo: ▪ Em números decimais, a vírgula deve ser colocada embaixo da outra par a a operação. o Exemplo: ▪ Onde não há algarismo, preencha com zero para facilitar a subtração. o Exemplo: 3) Multiplicação ▪ Operação matemática onde se adiciona uma quantidade finita de número s iguais. ▪ Na operação temos o multiplicador e o multiplicando, que juntos geram o valor final, chamado de produto. CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO Profª. Enfª Vanessa Carvalho o Exemplo: ▪ Para multiplicações de números inteiros, devemos alinhá-los e iniciar a m ultiplicação da direita para a esquerda. Depois de multiplicar as unidades , elas serão somadas embaixo. o Exemplo: ▪ Para multiplicações com casas decimais, as casas deverão ser adicionad as e contabilizadas no final. o Exemplo: 4) Divisão ▪ Operação matemática que divide um número em partes distintas. ▪ A operação é realizada com um dividendo, um divisor, um quociente e o r esto. CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO Profª. Enfª Vanessa Carvalho o Exemplo: Onde: 21 = dividendo 5 = divisor 4 = quociente 1 = resto ▪ Quando não é possível dividir o resto pelo divisor, um zero deverá ser adi cionado ao resto e uma vírgula adicionada ao quociente. A divisão poder á ser finalizada, dividindo-se o novo resto pelo divisor. o Exemplo: ▪ Quando o dividendo for menor que o divisor, significa que o quociente se rá menor que 1. Para isto, o quociente deverá ser iniciado com “0,” e um zero deverá ser adicionado ao dividendo para possibilitar a finalização da operação o Exemplo: ▪ Quando o dividendo tiver casas decimais iguais ao divisor, a vírgula deve rá ser cortada e a operação, realizada. CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO Profª. Enfª Vanessa Carvalho o Exemplo: ▪ Quando dividendo e divisor possuírem casas decimais diferentes, as cas as devem ser igualadas com zero, a vírgula deverá ser cortada após, e a operação poderá ser realizada. o Exemplo: 5) Regra de três ▪ Operação matemática que faz a relação entre grandezas proporcionais. ▪ Os produtos são obtidos por meio de uma operação de comparação. o Exemplo: Temos um frasco de medicação de 50 ml, e em seu total temos 100 mg da substância. Se precisamos apenas de 50 mg para o uso imediato, quantos CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO Profª. Enfª Vanessa Carvalho ml devemos administrar? REVISÃO DE UNIDADES, MEDIDAS E APRESENTAÇÕES 1. Litro ▪ Unidade de medida de volume; ▪ Comumente utilizada na forma de mililitro (ml); ▪ 1 L = 1.000 ml; ▪ Exemplo: Água destilada - 20 ml. 2. Grama ▪ Unidade de medida de peso; ▪ Comumente utilizada na forma de miligrama (mg); ▪ 1 g = 1.000 mg; ▪ Exemplo: Dipirona sódica - 500 mg. 3. Segundo ▪ Unidade de medida de tempo; ▪ Utilizada em gotejamentos de medicações; ▪ 1 minuto = 60 segundos; ▪ Exemplo: 60 gotas de soro fisiológico por segundo. 4. Porcentagem ▪ Unidade de concentração representada pelo símbolo %; ▪ Comumente utilizada para concentrações de medicamentos; ▪ “Por cento” quer dizer partes em cem. Ou seja, 50% quer di zer 50 partes em cem; ▪ Exemplo: Soro Glicosado a 5%. 5. Unidades Internacionais CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTOProfª. Enfª Vanessa Carvalho ▪ Unidade de medida de quantidade padronizada; ▪ Utilizada em medicações com unidades padronizadas como heparina, insulina e penicilina; ▪ 1 unidade = 1 UI; ▪ Exemplo: Insulina Regular - 5 UI. 6. Proporção ▪ Relação entre duas quantidades; ▪ Utilizada em diluição de medicações; ▪ Exemplo: Permanganato de potássio 1:20.000; ▪ Ou seja: 1 g de soluto para 20.000 ml de solvente. REGRAS DE ARREDONDAMENTO ▪ Na enfermagem, utilizamos o arredondamento para tornar o gotejamento de soluções mais preciso. ▪ Medicações não devem sofrer arredondamento de casa decimal, pois a d ose pode sofrer alterações e também é possível aspirar quantidades deci mais em seringas. ▪ Regras de arredondamento: PROCEDIMENTO CÁLCULO DE DOSAGEM E DILUIÇÃO ▪ As medicações apresentam-se em volumes, medidas e dosagens diferen tes. As prescrições são feitas com base em cada caso clínico, o que impli ca muitas vezes na manipulação e no cálculo da medicação. ▪ O cálculo deverá sempre ser baseado na apresentação farmacêutica dis ponível na instituição. ▪ A regra de três é utilizada para descobrir volumes ou doses a serem adm inistrados conforme a prescrição. ▪ O cálculo deverá levar em conta a diluição da medicação quando necess ária. CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO Profª. Enfª Vanessa Carvalho ▪ Para facilitar o cálculo, devem-se ter em mãos os seguintes dados: ◦ Dose disponível no frasco; ◦ Volume de referência para a dose; ◦ Dose prescrita pelo médico; ◦ Volume a ser identificado. ▪ Exemplo: Prescrição médica: Dexametasona - 1 mg - via intravenosa Frasco disponível: Dexametasona - 2mg/ml - ampola Regra de três: Dose disponível -------- Volume disponível Frasco prescrito -------- Volume a ser descoberto (x) Então: CÁLCULO DE DOSAGEM — COMPRIMIDOS ▪ Comprimidos são formas sólidas e compactas de substâncias medicame ntosas destinadas ao uso por via oral, sublingual ou via sonda nasoenter al. ▪ Os comprimidos possuem dosagens padronizadas conforme seu compos to farmacêutico, mas nem sempre é necessária a dose inteira. ▪ Comprimidos podem ser macerados e diluídos em água mineral pura par a obter a dose exata prescrita. ▪ Um farmacêutico deverá ser sempre ser consultado para informar se os c omprimidos prescritos poderão ser macerados e diluídos. CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO Profª. Enfª Vanessa Carvalho ▪ Exemplo: O comprimido de Captopril deverá ser diluído e deverão ser aspirados e administrados 4 ml dessa solução. CÁLCULO DE DOSAGEM — GOTAS ▪ Medicamentos líquidos para administração por via oral podem vir em fras cos com dosador em gotas. ▪ Quando a prescrição médica não informa a dosagem em miligramas ou g otas, poderá ser utilizada a regra de três também para a obtenção do val or exato. ▪ Usualmente os dosadores de gotas dispensam 20 gotas para cada ml. O u seja, em 1 ml, temos 20 gotas de medicamento. CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO Profª. Enfª Vanessa Carvalho ▪ Exemplo: CÁLCULO DE DOSAGEM — AMPOLA ▪ Ampola é um frasco de vidro ou plástico com conteúdo líquido e estéril e m seu interior. São vedadas, de uso único, e devem ser abertas no mom ento de seu preparo. ▪ Ampolas de medicamentos são muito utilizadas em fármacos para uso p arenteral. ▪ O medicamento deve ser aspirado de seu interior com uma agulha e seri nga graduada. ▪ Medicamentos em ampola podem vir em dose total ou poderá ser fracion ado. ▪ Exemplo: Prescrição médica: Ondansentrona - 5 mg - IV Medicamento disponível: Ondansentrona - 8 mg/ 4 ml - ampola CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO Profª. Enfª Vanessa Carvalho A ampola de Ondansentrona tem 4 ml em seu total, e para a dose prescri ta de 5 mg deverão ser aspirados e administrados 2,5 ml CÁLCULO DE DOSAGEM — SOLUÇÕES E FRASCO-AMPOLA ▪ Soluções são misturas homogêneas entre soluto e solvente. Es sas misturas poderão ser feitas entre líquidos ou entre líquidos e pós. ▪ Frasco-ampola é um frasco de vidro ou plástico, contendo pó, g rânulos ou líquido estéril no seu interior, e vedação com borrac ha em sua porção superior para a injeção do solvente. ▪ Como o frasco-ampola é um sistema fechado, ao se introduzir uma agulha na borracha, deverá ser adicionado ar ou o líquido em seu interior para a troca de pressão, sendo possível a aspir ação da medicação. ▪ Exemplo: Prescrição Médica: Cefalotina - 500 mg - IV Frasco-ampola disponível: Cefalotina - 1 g - frasco-ampola Como a medicação é apresentada em pó, um diluente deverá s er utilizado. Neste caso, será utilizado 10 ml de água destilada. CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO Profª. Enfª Vanessa Carvalho A Cefalotina deve ser diluída em 10 ml de água destilada e para a dose p rescrita de 500 mg deverão ser aspirados e administrados 5 ml dessa sol ução. CÁLCULO DE DOSAGEM — UNIDADES INTERNACIONAIS ▪ Unidades internacionais são medidas padronizadas para algum as medicações. ▪ O seu uso deverá ser feito assim como miligramas, mililitros, en tre outros. ▪ Exemplo: CÁLCULO DE DOSAGEM — PENICILINA CRISTALINA CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO Profª. Enfª Vanessa Carvalho ▪ A penicilina cristalina é um antibiótico de amplo espectro muito utilizado nas instituições de saúde. ▪ Sua dosagem é feita em Unidades Internacionais (UI) ▪ Diferentemente de outras medicações, o soluto de penicilina ad iciona volume ao solvente durante sua reconstituição. ▪ Em um frasco-ampola de 5.000.000 UI de penicilina, o pó faz v olume de 2 ml, ou seja, se for adicionado 8 ml de água destilad a em sua reconstituição, obtém-se 10 ml de solução. ▪ Em um frasco-ampola de 10.000.000 UI de penicilina, o pó faz volume de 4 ml, ou seja, se for adicionado 6 ml de água destila da em sua reconstituição, obtém-se 10 ml de solução. ▪ É importante notar o volume adicionado para o correto cálculo de dose. ▪ Exemplo 1: Prescrição médica: Penicilina Cristalina - 2.500.000 UI - IV Frasco disponível: Penicilina Cristalina - 5.000.000 UI - frasco-a mpola Como o frasco-ampola com soluto de penicilina 5.000.000 UI a diciona 2 ml ao volume, a reconstituição deverá ser realizada c om 8 ml de água destilada. Para a dose prescrita de 2.500.000 UI deverão ser aspirados e administrados 5 ml da solução de penicilina cristalina. ▪ Exemplo 2 Prescrição médica: Penicilina Cristalina - 7.000.000 UI - IV Frasco disponível: Penicilina Cristalina - 10.000.000 UI - frasco-ampola Como o frasco-ampola com soluto de penicilina 10.000.000 UI adiciona 4 ml ao volume, a reconstituição deverá ser realizada com 6 ml de água de CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO Profª. Enfª Vanessa Carvalho stilada. Para a dose prescrita de 7.500.000 UI, deverão ser aspirados e administr ados 7 ml da solução de penicilina cristalina. CÁLCULO DE DOSAGEM — PORCENTAGEM ▪ A porcentagem é expressa pelo símbolo %. ▪ Nas medicações, é indicada para determinar concentrações. ▪ As concentrações são determinadas em gramas por 100 ml de solvente. Então, um soro glicosado a 5% tem 5 g em cada 100 ml de solvente. ▪ Pode ser utilizada também para o cálculo de soluções hipo ou h ipertônicas. ▪ Exemplo 1 Quantos gramas de glicose tem em uma bolsa de 500 ml de so ro glicosado a 5%? CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO Profª. Enfª Vanessa Carvalho ▪ Exemplo 2 Quantos gramas de sódio tem uma ampola de 10 ml de NaCl 20%? Então, se 20% correspondem a 20 g de sódio em 100 ml, a regra de tr ês deverá ser feita. CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO Profª. Enfª Vanessa Carvalho ▪ Exemplo 3 Prescrição médica: Soro Glicosado a 10% - 500 ml - EV Frasco disponível: Soro glicosado a 5% - 500 ml - Bolsa Glicose 50% 10 ml ampolaPara o preparo da solução será necessário descobrir quantos gramas de glicose terá o soro prescrito e, após, quantos gramas deverão ser adic ionados ao soro glicosado a 5% . Então: No soro glicosado prescrito deverão conter 50 g de glicose. CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO Profª. Enfª Vanessa Carvalho CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO Profª. Enfª Vanessa Carvalho CÁLCULO DE DOSAGEM — PERMANGANATO DE POTÁSSIO ▪ Dosagens e diluições podem ser apresentadas como proporção , como é o caso do permanganato de potássio. ▪ O permanganato é um comprimido solúvel em água utilizado pa ra banhos. ▪ A proporção de 1:20.000 quer dizer 1 grama de permanganato para 20.000 ml de água. ▪ Exemplo: CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO Profª. Enfª Vanessa Carvalho CÁLCULO DE GOTEJAMENTO EM HORAS ▪ O cálculo de gotejamento é utilizado para o controle da velocid ade de infusão da solução no paciente. ▪ O método a ser utilizado dependerá da prescrição médica e do tempo de infusão indicado. ▪ O gotejamento poderá ser em gotas/segundo ou microgotas/se gundo. ▪ 1 gota = 3 microgotas ▪ Quando a solução deve correr por mais de 1 hora, utilizamos a s fórmulas para horas conforme a seguir: CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO Profª. Enfª Vanessa Carvalho Exemplo em gotas: Prescrição médica: Soro Fisiológico a 0,9% - 500 ml IV - de 6/6 horas Exemplo em microgotas: Prescrição médica: Soro Fisiológico a 0,9% - 500 ml IV - de 6/6 horas CÁLCULO DE GOTEJAMENTO EM MINUTOS ▪ O cálculo de gotejamento é utilizado para o controle da velocid ade de infusão da solução no paciente. ▪ O método a ser utilizado dependerá da prescrição médica e do tempo de infusão indicado. ▪ O gotejamento poderá ser em gotas/segundo ou microgotas/se gundo. ▪ 1 gota = 3 microgotas ▪ Quando a solução deve correr por menos de 1 hora, utilizamos as fórmulas para minutos conforme a seguir: CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO Profª. Enfª Vanessa Carvalho Exemplo em gotas: Prescrição médica: Soro Fisiológico a 0,9% - 250 ml IV - em 40 minutos Exemplo em microgotas: Prescrição Médica: Soro Fisiológico a 0,9% - 250 ml IV - em 40 minutos REDILUIÇÃO ▪ A diluição é a adição de soro ou água destilada para solubilizar uma mistura. ▪ A rediluição é a adição de soro ou água destilada em uma solu ção já diluída para que seja possível obter uma dose menor co m mais facilidade. CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO Profª. Enfª Vanessa Carvalho ▪ É muito utilizada para a obtenção de doses pediátricas. ▪ Exemplo: Prescrição médica: Cefalotina Sódica - 25 mg - IV Frasco disponível: Cefalotina Sódica 1 g e diluente de 10 ml de água destilada CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO Profª. Enfª Vanessa Carvalho Os 2,5 ml de medicação poderão ser aspirados com segurança após a re diluição, garantindo a administração da dose exata. RESULTADOS ESPERADOS ▪ Cálculo exato da medicação a ser administrada. CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO Profª. Enfª Vanessa Carvalho ▪ Conhecimento adequado da medicação a ser administrada. RESULTADOS INESPERADOS ▪ Erro de medicação devido a cálculo incorreto. ▪ Administração errada do medicamento por desconhecimento d e seu preparo. DOCUMENTAÇÃO ▪ A documentação irá ser realizada após a administração do med icamento, conforme a via indicada. ▪ A prescrição médica deverá ser checada e o profissional dever á realizar a anotação de enfermagem após a administração. CONSIDERAÇÕES PEDIÁTRICAS ▪ Alterações nas dosagens e no preparo podem ser necessárias para crianças e neonatos. ▪ Rediluições podem ser feitas conforme explicado anteriormente para obter-se a dose exata do medicamento. ▪ O volume a ser infundido na diluição deve respeitar a prescriçã o médica e o peso da criança. CONSIDERAÇÕES GERONTOLÓGICAS ▪ Atente-se às orientações da bula ou do farmacêutico sobre a dil uição do medicamento para idosos. O preparo varia conforme o fármaco. REFERÊNCIAS 1. Wilkinson JM, Leuven KV. Fundamentos de Enfermagem: teori a, conceitos e aplicações. Vol.1. São Paulo: Rocca; 2010. Seçã o 3: Capítulo 23 – Administração de medicamentos. p. 566-629 2. Wilkinson JM, Leuven KV. Fundamentos de Enfermagem: Pens ando e Fazendo. Vol. 2. São Paulo: Rocca; 2010. Seção 3: Cap ítulo 23 – Administração de medicamentos. p. 398-475. 3. Giovanni AMM. Enfermagem, cálculo e administração de medic amentos. 14. ed. São Paulo: Scrinium; 2016. 4. Clayton BD, Stock YN, Cooper SE. Farmacologia na prática da enfermagem. 15. ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2012. 5. Silva MT, Silva SRLPT. Cálculo e administração de medicamen tos na enfermagem. 5. ed. São Paulo: Martinari; 2018. 6. Dicionário de Administração de Medicamentos na Enfermagem: 2007-2008. 10. ed. Rio de Janeiro: EPUB; 2017. 7. Wilson D, Hockenberry MJ. Wong manual clínico de enfermage m pediátrica. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2013. Capítulo 22: Especificidades pediátricas das intervenções de enfermagem: a dministração de medicamento. 8. Tumby BK. Conceitos e habilidades fundamentais no atendime nto de enfermagem. 10 .ed. Porto Alegre: Artmed; 2014. Unida de 10 – Administrando medicamentos. 9. Gimenes FRE, Mota MLS, Teixeira TCA, Silva AEBC, Opitz SP, Cassiani SHB. Segurança do paciente na terapêutica medicam entosa e a influência da prescrição médica nos erros de dose. Rev Latino-Am Enfermagem [Internet]. 2010 [acesso em 10 dez CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO Profª. Enfª Vanessa Carvalho 2017]; 18(6):telas 1-7. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rl ae/v18n6/pt_03 10. Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. Boas Prática s: Cálculo Seguro. Volume I: Revisão das Operações Básicas. 2011. Versão eletrônica. 11. Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. Boas Prática s: Cálculo Seguro. Volume II: Cálculo e Diluição de Medicament os. 2011. Versão eletrônica. Revisão Científica e Adaptação Anna Verena de Carvalho Sousa Docente do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEPAE) Enfermeira pela Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein (FEHIAE) Especialista em Neurologia e em Docência em Saúde pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEPAE)
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