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CALCULO DE MEDICAÇÃO DOSE E GOTEJAMENTO

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CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO 
Profª. Enfª Vanessa Carvalho 
O cálculo de medicação, dose e gotejamento deve ser realizado com atenção e 
precisão. Um erro de cálculo pode comprometer seriamente a saúde do paciente. 
Doses e diluições devem respeitar as orientações do farmacêutico ou bula do 
medicamento. Gotejamentos acima do calculado podem trazer danos à rede 
venosa do paciente, como infiltração, flebite e dor. 
 
VISÃO GERAL 
 A terapia medicamentosa é uma das rotinas presentes no exercício da enferma
gem. O conhecimento da técnica de aplicação, efeitos dos medicamentos e cálculo 
de dose deve nortear a atuação do profissional no momento da assistência. 
 No panorama da saúde nacional e dos serviços disponíveis ao público, muitas v
ezes os momentos e condições em que o profissional realiza a terapia medicament
osa não favorecem a administração segura dos fármacos. Os erros são frequentes 
e muitas vezes trazem danos irreversíveis aos pacientes. 
 Um dos principais eventos adversos durante o tratamento medicamentoso é o e
rro de dose, diluição e gotejamento para infusão adequada. Todos esses erros con
vergem da execução inadequada dos cálculos durante o preparo da medicação. P
or isso, se faz necessário conhecimento sólido sobre as operações aritméticas e s
ua utilização. 
 Para uma terapia medicamentosa segura e livre de erros, os profissionais deve
m atualizar-se constantemente e ter conhecimento pleno da execução dos cálculos
. 
 O enfermeiro é o responsável pelo gerenciamento e supervisão da terapêutica 
medicamentosa e deve ser o tutor de sua equipe em casos de dúvidas e orientaçõ
es. 
 
MATERIAIS 
▪ Papel e caneta; 
▪ Calculadora; 
▪ Prescrição médica; 
▪ Medicamento a ser utilizado. 
PREPARAÇÃO 
1. Verifique a prescrição médica. 
2. Verifique o medicamento a ser utilizado com apresentação farmacológica 
legível. 
3. Providencie papel, caneta e calculadora se necessário. 
 APRESENTAÇÕES FARMACÊUTICAS 
1. Sólidas 
▪ Comprimido: é a compressão de substâncias em pó ou grânulo
s, polidas, podendo ter sulcos para facilitar sua divisão. Pode c
onter revestimentos especiais para permitir a correta liberação 
entérica. 
 
 
CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO 
Profª. Enfª Vanessa Carvalho 
▪ Cápsula: é composta por substâncias sólidas ou líquidas envolt
as por invólucro de gelatina. É utilizada para a fácil deglutição e 
correta liberação do medicamento na cavidade gástrica. 
▪ Drágea: contém substâncias comprimidas em um núcleo, reves
tidas por duas ou mais camadas de açúcar e/ou queratina. O re
vestimento espesso facilita a deglutição e liberação entérica ad
equada. 
▪ Pó: substância medicamentosa em pó ou grânulos para o prep
aro de soluções ou uso direto. 
2. Semissólidas 
▪ Pomada: base macia e oleosa para aplicação de substâncias m
edicamentosas via transdérmica. 
▪ Creme: base mista de água e óleo que se espalha melhor pela 
pele e tem maior absorção quando comparada à pomada. 
▪ Gel: base aquosa que permite ser aplicada em diferentes super
fícies corpóreas e em maior quantidade. 
▪ Supositórios e óvulos: utilizados em vias retal e vaginal, são feit
os de base semissólida. 
3. Líquidas 
▪ Solução: mistura homogênea de soluto e solvente. Pode ser est
éril para uso parenteral ou preparada para uso oral. 
▪ Suspensão: mistura não homogênea entre sólido e líquido. A m
istura deve ser sempre agitada antes do uso. 
▪ Xarope: mistura de soluto e solvente com até ⅔ de açúcar para 
uso oral. 
▪ Elixir: mistura de soluto e solvente com até 20% de açúcar e álc
ool. 
▪ Emulsão: mistura de dois líquidos imiscíveis, sendo geralmente 
água e óleo. A mistura deve ser sempre agitada antes do uso. 
4. Gasosas 
▪ Gás e spray: substâncias voláteis em spray ou aerossóis para n
ebulização. 
 REVISÃO DE OPERAÇÕES MATEMÁTICAS 
 1) Soma 
▪ Operação que adiciona dois ou mais números em um único número ou s
oma. 
▪ Nos cálculos de adição, os números devem estar alinhados de modo que 
cada unidade correspondente fique embaixo da outra. 
 
 
CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO 
Profª. Enfª Vanessa Carvalho 
o Exemplo: 
 
 
▪ Em números decimais, a vírgula deve ser colocada embaixo da outra par
a a operação. 
o Exemplo: 
 
 
▪ Onde não há algarismo, preencha com zero para facilitar a soma. 
o Exemplo: 
 
 
 2) Subtração 
▪ Operação que gera um número real quando um valor é retirado de outro 
valor. 
▪ Nos cálculos de subtração, os números devem estar alinhados de modo 
que cada unidade correspondente fique embaixo da outra. 
 
 
CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO 
Profª. Enfª Vanessa Carvalho 
o Exemplo: 
 
 
▪ Em números decimais, a vírgula deve ser colocada embaixo da outra par
a a operação. 
o Exemplo: 
 
 
▪ Onde não há algarismo, preencha com zero para facilitar a subtração. 
o Exemplo: 
 
 
 3) Multiplicação 
▪ Operação matemática onde se adiciona uma quantidade finita de número
s iguais. 
▪ Na operação temos o multiplicador e o multiplicando, que juntos geram o 
valor final, chamado de produto. 
 
 
CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO 
Profª. Enfª Vanessa Carvalho 
o Exemplo: 
 
 
▪ Para multiplicações de números inteiros, devemos alinhá-los e iniciar a m
ultiplicação da direita para a esquerda. Depois de multiplicar as unidades
, elas serão somadas embaixo. 
o Exemplo: 
 
 
▪ Para multiplicações com casas decimais, as casas deverão ser adicionad
as e contabilizadas no final. 
o Exemplo: 
 
 
 
4) Divisão 
▪ Operação matemática que divide um número em partes distintas. 
▪ A operação é realizada com um dividendo, um divisor, um quociente e o r
esto. 
 
 
CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO 
Profª. Enfª Vanessa Carvalho 
o Exemplo: 
 
Onde: 
21 = dividendo 
5 = divisor 
4 = quociente 
1 = resto 
 
▪ Quando não é possível dividir o resto pelo divisor, um zero deverá ser adi
cionado ao resto e uma vírgula adicionada ao quociente. A divisão poder
á ser finalizada, dividindo-se o novo resto pelo divisor. 
o Exemplo: 
 
 
 
▪ Quando o dividendo for menor que o divisor, significa que o quociente se
rá menor que 1. Para isto, o quociente deverá ser iniciado com “0,” e um 
zero deverá ser adicionado ao dividendo para possibilitar a finalização da 
operação 
o Exemplo: 
 
 
 
▪ Quando o dividendo tiver casas decimais iguais ao divisor, a vírgula deve
rá ser cortada e a operação, realizada. 
 
 
CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO 
Profª. Enfª Vanessa Carvalho 
o Exemplo: 
 
 
 
▪ Quando dividendo e divisor possuírem casas decimais diferentes, as cas
as devem ser igualadas com zero, a vírgula deverá ser cortada após, e a 
operação poderá ser realizada. 
o Exemplo: 
 
 
 
 
 5) Regra de três 
 
▪ Operação matemática que faz a relação entre grandezas proporcionais. 
▪ Os produtos são obtidos por meio de uma operação de comparação. 
o Exemplo: 
 
Temos um frasco de medicação de 50 ml, e em seu total temos 
100 mg da substância. 
Se precisamos apenas de 50 mg para o uso imediato, quantos 
 
 
CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO 
Profª. Enfª Vanessa Carvalho 
ml devemos administrar? 
 
 
 
 REVISÃO DE UNIDADES, MEDIDAS E APRESENTAÇÕES 
1. Litro 
▪ Unidade de medida de volume; 
▪ Comumente utilizada na forma de mililitro (ml); 
▪ 1 L = 1.000 ml; 
▪ Exemplo: Água destilada - 20 ml. 
2. Grama 
▪ Unidade de medida de peso; 
▪ Comumente utilizada na forma de miligrama (mg); 
▪ 1 g = 1.000 mg; 
▪ Exemplo: Dipirona sódica - 500 mg. 
3. Segundo 
▪ Unidade de medida de tempo; 
▪ Utilizada em gotejamentos de medicações; 
▪ 1 minuto = 60 segundos; 
▪ Exemplo: 60 gotas de soro fisiológico por segundo. 
4. Porcentagem 
▪ Unidade de concentração representada pelo símbolo %; 
▪ Comumente utilizada para concentrações de medicamentos; 
▪ “Por cento” quer dizer partes em cem. Ou seja, 50% quer di
zer 50 partes em cem; 
▪ Exemplo: Soro Glicosado a 5%. 
5. Unidades Internacionais 
 
 
CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTOProfª. Enfª Vanessa Carvalho 
▪ Unidade de medida de quantidade padronizada; 
▪ Utilizada em medicações com unidades padronizadas como 
heparina, insulina e penicilina; 
▪ 1 unidade = 1 UI; 
▪ Exemplo: Insulina Regular - 5 UI. 
6. Proporção 
▪ Relação entre duas quantidades; 
▪ Utilizada em diluição de medicações; 
▪ Exemplo: Permanganato de potássio 1:20.000; 
▪ Ou seja: 1 g de soluto para 20.000 ml de solvente. 
 REGRAS DE ARREDONDAMENTO 
▪ Na enfermagem, utilizamos o arredondamento para tornar o gotejamento 
de soluções mais preciso. 
▪ Medicações não devem sofrer arredondamento de casa decimal, pois a d
ose pode sofrer alterações e também é possível aspirar quantidades deci
mais em seringas. 
▪ Regras de arredondamento: 
 
PROCEDIMENTO 
 
 CÁLCULO DE DOSAGEM E DILUIÇÃO 
▪ As medicações apresentam-se em volumes, medidas e dosagens diferen
tes. As prescrições são feitas com base em cada caso clínico, o que impli
ca muitas vezes na manipulação e no cálculo da medicação. 
▪ O cálculo deverá sempre ser baseado na apresentação farmacêutica dis
ponível na instituição. 
▪ A regra de três é utilizada para descobrir volumes ou doses a serem adm
inistrados conforme a prescrição. 
▪ O cálculo deverá levar em conta a diluição da medicação quando necess
ária. 
 
 
CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO 
Profª. Enfª Vanessa Carvalho 
▪ Para facilitar o cálculo, devem-se ter em mãos os seguintes dados: 
◦ Dose disponível no frasco; 
◦ Volume de referência para a dose; 
◦ Dose prescrita pelo médico; 
◦ Volume a ser identificado. 
▪ Exemplo: 
Prescrição médica: Dexametasona - 1 mg - via intravenosa 
Frasco disponível: Dexametasona - 2mg/ml - ampola 
 
Regra de três: 
Dose disponível -------- Volume disponível 
Frasco prescrito -------- Volume a ser descoberto (x) 
 Então: 
 
 
 CÁLCULO DE DOSAGEM — COMPRIMIDOS 
▪ Comprimidos são formas sólidas e compactas de substâncias medicame
ntosas destinadas ao uso por via oral, sublingual ou via sonda nasoenter
al. 
▪ Os comprimidos possuem dosagens padronizadas conforme seu compos
to farmacêutico, mas nem sempre é necessária a dose inteira. 
▪ Comprimidos podem ser macerados e diluídos em água mineral pura par
a obter a dose exata prescrita. 
▪ Um farmacêutico deverá ser sempre ser consultado para informar se os c
omprimidos prescritos poderão ser macerados e diluídos. 
 
 
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▪ Exemplo: 
 
O comprimido de Captopril deverá ser diluído e deverão ser aspirados e 
administrados 4 ml dessa solução. 
 CÁLCULO DE DOSAGEM — GOTAS 
▪ Medicamentos líquidos para administração por via oral podem vir em fras
cos com dosador em gotas. 
▪ Quando a prescrição médica não informa a dosagem em miligramas ou g
otas, poderá ser utilizada a regra de três também para a obtenção do val
or exato. 
▪ Usualmente os dosadores de gotas dispensam 20 gotas para cada ml. O
u seja, em 1 ml, temos 20 gotas de medicamento. 
 
 
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▪ Exemplo: 
 
 
 CÁLCULO DE DOSAGEM — AMPOLA 
▪ Ampola é um frasco de vidro ou plástico com conteúdo líquido e estéril e
m seu interior. São vedadas, de uso único, e devem ser abertas no mom
ento de seu preparo. 
▪ Ampolas de medicamentos são muito utilizadas em fármacos para uso p
arenteral. 
▪ O medicamento deve ser aspirado de seu interior com uma agulha e seri
nga graduada. 
▪ Medicamentos em ampola podem vir em dose total ou poderá ser fracion
ado. 
▪ Exemplo: 
 
Prescrição médica: Ondansentrona - 5 mg - IV 
Medicamento disponível: Ondansentrona - 8 mg/ 4 ml - ampola 
 
 
CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO 
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A ampola de Ondansentrona tem 4 ml em seu total, e para a dose prescri
ta de 5 mg deverão ser aspirados e administrados 2,5 ml 
CÁLCULO DE DOSAGEM — SOLUÇÕES E FRASCO-AMPOLA 
▪ Soluções são misturas homogêneas entre soluto e solvente. Es
sas misturas poderão ser feitas entre líquidos ou entre líquidos 
e pós. 
▪ Frasco-ampola é um frasco de vidro ou plástico, contendo pó, g
rânulos ou líquido estéril no seu interior, e vedação com borrac
ha em sua porção superior para a injeção do solvente. 
▪ Como o frasco-ampola é um sistema fechado, ao se introduzir 
uma agulha na borracha, deverá ser adicionado ar ou o líquido 
em seu interior para a troca de pressão, sendo possível a aspir
ação da medicação. 
▪ Exemplo: 
 
Prescrição Médica: Cefalotina - 500 mg - IV 
Frasco-ampola disponível: Cefalotina - 1 g - frasco-ampola 
 
Como a medicação é apresentada em pó, um diluente deverá s
er utilizado. Neste caso, será utilizado 10 ml de água destilada. 
 
 
CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO 
Profª. Enfª Vanessa Carvalho 
 
 
 
A Cefalotina deve ser diluída em 10 ml de água destilada e para a dose p
rescrita de 500 mg deverão ser aspirados e administrados 5 ml dessa sol
ução. 
CÁLCULO DE DOSAGEM — UNIDADES INTERNACIONAIS 
▪ Unidades internacionais são medidas padronizadas para algum
as medicações. 
▪ O seu uso deverá ser feito assim como miligramas, mililitros, en
tre outros. 
▪ Exemplo: 
 
CÁLCULO DE DOSAGEM — PENICILINA CRISTALINA 
 
 
CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO 
Profª. Enfª Vanessa Carvalho 
▪ A penicilina cristalina é um antibiótico de amplo espectro muito 
utilizado nas instituições de saúde. 
▪ Sua dosagem é feita em Unidades Internacionais (UI) 
▪ Diferentemente de outras medicações, o soluto de penicilina ad
iciona volume ao solvente durante sua reconstituição. 
▪ Em um frasco-ampola de 5.000.000 UI de penicilina, o pó faz v
olume de 2 ml, ou seja, se for adicionado 8 ml de água destilad
a em sua reconstituição, obtém-se 10 ml de solução. 
▪ Em um frasco-ampola de 10.000.000 UI de penicilina, o pó faz 
volume de 4 ml, ou seja, se for adicionado 6 ml de água destila
da em sua reconstituição, obtém-se 10 ml de solução. 
▪ É importante notar o volume adicionado para o correto cálculo 
de dose. 
▪ Exemplo 1: 
 
Prescrição médica: Penicilina Cristalina - 2.500.000 UI - IV 
Frasco disponível: Penicilina Cristalina - 5.000.000 UI - frasco-a
mpola 
 
Como o frasco-ampola com soluto de penicilina 5.000.000 UI a
diciona 2 ml ao volume, a reconstituição deverá ser realizada c
om 8 ml de água destilada. 
 
 
 
Para a dose prescrita de 2.500.000 UI deverão ser aspirados e 
administrados 5 ml da solução de penicilina cristalina. 
 
 
▪ Exemplo 2 
 
 
Prescrição médica: Penicilina Cristalina - 7.000.000 UI - IV 
Frasco disponível: Penicilina Cristalina - 10.000.000 UI - frasco-ampola 
 
Como o frasco-ampola com soluto de penicilina 10.000.000 UI adiciona 4 
ml ao volume, a reconstituição deverá ser realizada com 6 ml de água de
 
 
CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO 
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stilada. 
 
 
Para a dose prescrita de 7.500.000 UI, deverão ser aspirados e administr
ados 7 ml da solução de penicilina cristalina. 
 
CÁLCULO DE DOSAGEM — PORCENTAGEM 
▪ A porcentagem é expressa pelo símbolo %. 
▪ Nas medicações, é indicada para determinar concentrações. 
▪ As concentrações são determinadas em gramas por 100 ml de 
solvente. Então, um soro glicosado a 5% tem 5 g em cada 100 
ml de solvente. 
▪ Pode ser utilizada também para o cálculo de soluções hipo ou h
ipertônicas. 
▪ Exemplo 1 
 
Quantos gramas de glicose tem em uma bolsa de 500 ml de so
ro glicosado a 5%? 
 
 
 
CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO 
Profª. Enfª Vanessa Carvalho 
 
 
 
▪ Exemplo 2 
 
 
 Quantos gramas de sódio tem uma ampola de 10 ml de NaCl 20%? 
 
 Então, se 20% correspondem a 20 g de sódio em 100 ml, a regra de tr
ês deverá ser feita. 
 
 
 
 
 
 
 
CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO 
Profª. Enfª Vanessa Carvalho 
 
 
▪ Exemplo 3 
 
 
 Prescrição médica: Soro Glicosado a 10% - 500 ml - EV 
 Frasco disponível: Soro glicosado a 5% - 500 ml - Bolsa 
 Glicose 50% 10 ml ampolaPara o preparo da solução será necessário descobrir quantos gramas 
de glicose terá o soro prescrito e, após, quantos gramas deverão ser adic
ionados ao soro glicosado a 5%
. 
 Então: 
 
 
 
 No soro glicosado prescrito deverão conter 50 g de glicose. 
 
 
 
 
CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO 
Profª. Enfª Vanessa Carvalho 
 
 
 
CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO 
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CÁLCULO DE DOSAGEM — PERMANGANATO DE POTÁSSIO 
▪ Dosagens e diluições podem ser apresentadas como proporção
, como é o caso do permanganato de potássio. 
▪ O permanganato é um comprimido solúvel em água utilizado pa
ra banhos. 
▪ A proporção de 1:20.000 quer dizer 1 grama de permanganato 
para 20.000 ml de água. 
▪ Exemplo: 
 
 
 
CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO 
Profª. Enfª Vanessa Carvalho 
 
 
CÁLCULO DE GOTEJAMENTO EM HORAS 
▪ O cálculo de gotejamento é utilizado para o controle da velocid
ade de infusão da solução no paciente. 
▪ O método a ser utilizado dependerá da prescrição médica e do 
tempo de infusão indicado. 
▪ O gotejamento poderá ser em gotas/segundo ou microgotas/se
gundo. 
▪ 1 gota = 3 microgotas 
▪ Quando a solução deve correr por mais de 1 hora, utilizamos a
s fórmulas para horas conforme a seguir: 
 
 
 
 
 
 
CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO 
Profª. Enfª Vanessa Carvalho 
Exemplo em gotas: 
 
Prescrição médica: Soro Fisiológico a 0,9% - 500 ml IV - de 6/6 horas 
 
 
Exemplo em microgotas: 
 
Prescrição médica: Soro Fisiológico a 0,9% - 500 ml IV - de 6/6 horas 
 
 
 
CÁLCULO DE GOTEJAMENTO EM MINUTOS 
▪ O cálculo de gotejamento é utilizado para o controle da velocid
ade de infusão da solução no paciente. 
▪ O método a ser utilizado dependerá da prescrição médica e do 
tempo de infusão indicado. 
▪ O gotejamento poderá ser em gotas/segundo ou microgotas/se
gundo. 
▪ 1 gota = 3 microgotas 
▪ Quando a solução deve correr por menos de 1 hora, utilizamos 
as fórmulas para minutos conforme a seguir: 
 
 
 
CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO 
Profª. Enfª Vanessa Carvalho 
 
 
 
Exemplo em gotas: 
 
Prescrição médica: Soro Fisiológico a 0,9% - 250 ml IV - em 40 minutos 
 
 
Exemplo em microgotas: 
 
Prescrição Médica: Soro Fisiológico a 0,9% - 250 ml IV - em 40 minutos 
 
 
REDILUIÇÃO 
▪ A diluição é a adição de soro ou água destilada para solubilizar 
uma mistura. 
▪ A rediluição é a adição de soro ou água destilada em uma solu
ção já diluída para que seja possível obter uma dose menor co
m mais facilidade. 
 
 
CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO 
Profª. Enfª Vanessa Carvalho 
▪ É muito utilizada para a obtenção de doses pediátricas. 
▪ Exemplo: 
 
Prescrição médica: Cefalotina Sódica - 25 mg - IV 
Frasco disponível: Cefalotina Sódica 1 g e diluente de 10 ml de 
água destilada 
 
 
 
 
 
 
 
CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO 
Profª. Enfª Vanessa Carvalho 
 
 
 
 
Os 2,5 ml de medicação poderão ser aspirados com segurança após a re
diluição, garantindo a administração da dose exata. 
RESULTADOS ESPERADOS 
▪ Cálculo exato da medicação a ser administrada. 
 
 
CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO 
Profª. Enfª Vanessa Carvalho 
▪ Conhecimento adequado da medicação a ser administrada. 
RESULTADOS INESPERADOS 
▪ Erro de medicação devido a cálculo incorreto. 
▪ Administração errada do medicamento por desconhecimento d
e seu preparo. 
DOCUMENTAÇÃO 
▪ A documentação irá ser realizada após a administração do med
icamento, conforme a via indicada. 
▪ A prescrição médica deverá ser checada e o profissional dever
á realizar a anotação de enfermagem após a administração. 
CONSIDERAÇÕES PEDIÁTRICAS 
▪ Alterações nas dosagens e no preparo podem ser necessárias 
para crianças e neonatos. 
▪ Rediluições podem ser feitas conforme explicado anteriormente 
para obter-se a dose exata do medicamento. 
▪ O volume a ser infundido na diluição deve respeitar a prescriçã
o médica e o peso da criança. 
CONSIDERAÇÕES GERONTOLÓGICAS 
▪ Atente-se às orientações da bula ou do farmacêutico sobre a dil
uição do medicamento para idosos. O preparo varia conforme o 
fármaco. 
REFERÊNCIAS 
1. Wilkinson JM, Leuven KV. Fundamentos de Enfermagem: teori
a, conceitos e aplicações. Vol.1. São Paulo: Rocca; 2010. Seçã
o 3: Capítulo 23 – Administração de medicamentos. p. 566-629 
2. Wilkinson JM, Leuven KV. Fundamentos de Enfermagem: Pens
ando e Fazendo. Vol. 2. São Paulo: Rocca; 2010. Seção 3: Cap
ítulo 23 – Administração de medicamentos. p. 398-475. 
3. Giovanni AMM. Enfermagem, cálculo e administração de medic
amentos. 14. ed. São Paulo: Scrinium; 2016. 
4. Clayton BD, Stock YN, Cooper SE. Farmacologia na prática da 
enfermagem. 15. ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2012. 
5. Silva MT, Silva SRLPT. Cálculo e administração de medicamen
tos na enfermagem. 5. ed. São Paulo: Martinari; 2018. 
6. Dicionário de Administração de Medicamentos na Enfermagem: 
2007-2008. 10. ed. Rio de Janeiro: EPUB; 2017. 
7. Wilson D, Hockenberry MJ. Wong manual clínico de enfermage
m pediátrica. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2013. Capítulo 22: 
Especificidades pediátricas das intervenções de enfermagem: a
dministração de medicamento. 
8. Tumby BK. Conceitos e habilidades fundamentais no atendime
nto de enfermagem. 10 .ed. Porto Alegre: Artmed; 2014. Unida
de 10 – Administrando medicamentos. 
9. Gimenes FRE, Mota MLS, Teixeira TCA, Silva AEBC, Opitz SP, 
Cassiani SHB. Segurança do paciente na terapêutica medicam
entosa e a influência da prescrição médica nos erros de dose. 
Rev Latino-Am Enfermagem [Internet]. 2010 [acesso em 10 dez 
 
 
CALCULO DE MEDICAÇÃO, DOSE E GOTEJAMENTO 
Profª. Enfª Vanessa Carvalho 
2017]; 18(6):telas 1-7. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rl
ae/v18n6/pt_03 
10. Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. Boas Prática
s: Cálculo Seguro. Volume I: Revisão das Operações Básicas. 
2011. Versão eletrônica. 
11. Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. Boas Prática
s: Cálculo Seguro. Volume II: Cálculo e Diluição de Medicament
os. 2011. Versão eletrônica. 
Revisão Científica e Adaptação 
 
Anna Verena de Carvalho Sousa 
Docente do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEPAE) 
Enfermeira pela Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein 
(FEHIAE) 
Especialista em Neurologia e em Docência em Saúde pelo Instituto Israelita de 
Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEPAE)

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