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ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA APARELHO UROGENITAL– Caso clínico com exames de imagem, microscópio virtual e mapa conceitual ALUNA: Nathany dos Santos Nunes CURSO: Enfermagem Caso clínico 1 – Litíase do sistema pielo-ureteral em paciente com rim único e perda progressiva da função renal Baseado em : http://arquivos.sbn.org.br/casosClinicos2/DHEAB/Caso6/apres.html Paciente do sexo masculino, 45 anos, rim único, com histórico de litíase renal a cerca de 10 anos, com 4 séries de litotripsia extracorpórea, sendo que o último episódio de cólica renal ocorreu em maio de 2001. O paciente relatou que a meses vinha sentido dores na região lombar à esquerda e que fez uso contínuo de diclofenaco de sódio, um anti- inflamatório não esteroidal (AINE). O paciente foi levado ao pronto atendimento com fortes dores no flanco esquerdo com irradiação para o escroto ipsilateral. O paciente apresentou edema generalizado e dificuldade respiratória, associado ao aumento da pressão arterial (200/90 mmHg) e frequência cardíaca acima de 140 bpm. O paciente foi encaminhado à Unidade de terapia intensiva do hospital de base. Na tomografia computadorizada por scanner com contraste (TCSC) (figura 1) e urografia excretora (figura 2) foram identificados cálculos no sistema pielocalicinal, dilatação da pelve e ureter e obstrução quase total da Junção pielo-ureteral (JUP). A hidronefrose esquerda acentuada e redução do parênquima renal também foram observados nos exames de imagem. As concentrações plasmáticas de ureia e creatinina foram de 65 mg/dL e 6,0 mg/dL, respectivamente. Após cirurgia de desobstrução da JUP e hemodiálise, o paciente foi medicado e recebeu encaminhamento para transplante. Diagnóstico: Insuficiência renal crônica secundária à litíase e estenose de JUP. Figura 2. Urografia excretora. Imagem obtida Figura 1. TCSC demonstrando aumento renal esquerdo (seta) e volumosa hidronefrose (asterisco) associada à redução do parênquima renal, em paciente com cólica à esquerda e irradiação para testículo. após 60 minutos da injeção endovenosa do meio de contraste. Observa-se dilatação acentuada do sistema pielo-calicinal- ureteral à esquerda. Com bexiga pouco repleta e ausência de imagem renal à direita mesmo no tempo de 360 minutos. Imagens obtidas de http://radiologianota10.blogspot.com.br/2011/10/hidronefrose-2.html Questões propostas da atividade 1 a) Observe a imagem abaixo referente a um exame de urografia excretora em um indivíduo que não apresenta nenhuma disfunção das vias urinárias e identifique as estruturas inumeradas de 1 a 4. 1._RIM_ 2._PELVE RENAL_ 3._URETER_ 4.__BEXIGA_ b) Observe o exame de imagem referente a urografia excretora apresentada no caso clínico 1 e faça uma análise comparativa entre as estruturas que foram afetadas, correlacionando com as causas que provocaram a insuficiência renal crônica nesse paciente e o desfecho clínico que culminou na necessidade de hemodiálise e transplante renal. Hidronefrose é a dilatação do rim devido ao acúmulo de urina, causada pela pressão retrograda sobre o rim, quando existe uma obstrução ao fluxo urinário. Normalmente, a hidronefrose é decorrente de uma obstrução da junção ureteropélvica (obstrução localizada no ponto de conexão do ureter e da pelve renal). O paciente passa a fazer hemodiálise ou vai pra fila de transplante renal por que os rins param de funcionar. c) Os exames clínicos apresentados no caso clínico 1 revelaram aumento das concentrações plasmática de ureia e creatinina plasmáticas. Faça uma pesquisa a respeito dos valores de referência plasmática desses metabólitos nitrogenados e suas respectivas vias metabólicas. Ureia 150 16-40 mg/dL – Ureia é pela via Gastrointestinal Creatinina 2,8 0,6-1,2 mg/dL – Creatinina é pela contração muscular d) Analise as respectivas taxas de depuração da ureia e creatinina e explique porque esses metabólitos nitrogenados são utilizados como marcadores de função renal. Ureia: A Ureia pertence ao grupo dos compostos nitrogenados não -proteicos. É uma molécula pequena que se difunde livremente entre os espaços extra e intracelular, e, posteriormente, se concentra na urina para excreção. Níveis elevados de ureia na urina sugerem insuficiência renal. Níveis de baixos podem estar associados com dietas pobres em proteínas, com expansão do volume plasmático ou com hepatopatias graves. Valor referência no soro ou na vida: de 10 a 45 mg/dL. Creatinina: A Creatinina é o produto final do metabolismo da Creatina. Sua quantidade é proporcional à massa muscular esquelética do indivíduo. A Creatinina é excretada de forma muito eficiente pelos Rins, e sua concentração plasmática torna-se elevada quanto há insuficiência renal. Valores de referência no plasma. Homens –de 0,8 a 1,2 mg/dL; Mulheres- de 0,6 a 1,0 mg/dL. Clearance de Creatinina: A depuração, ou clearance de Creatinina, ou ainda, a taxa de filtração glomerular (TFG) é um indicador da função renal, principalmente nos casos mais avançados, em que os níveis se encontram bem abaixo do valor mínimo de referência (80 a 120 ml/min/1,73m2). e) Pesquise a via de síntese das prostaglandinas e analise de que forma uso contínuo de AINEs, para o tratamento da dor crônica, pode ter contribuído para falência renal apresentado no caso clínico 1. Por terem sido primeiramente descobertas e isoladas de líquido seminal, como secreção da próstata, foram assim denominadas, sendo o sufixo “glandinas” associado à glândula. Atualmente sabe-se que as Prostaglandinas estão presentes em todos os tecidos animais, exercendo várias funções. As prostaglandinas (assim como os Leucotrienos) têm sua síntese desencadeada por estímulos nas membranas celulares, que podem ser de natureza fisiológica, farmacológica ou patológica. Os Anti-inflamatórios AINES agem inibindo uma enzima chamada Ciclooxigenase que produz outra chamada Prostaglandina, são essas as substâncias responsáveis pela inflamação e dor. Porém, existem mais de um tipo de Prostaglandina e Ciclooxigenase, apresentando outras funções além de mediar processos inflamatórios. Como a inibição realizada pelos anti-inflamatórios é não seletiva, além de abortar a inflamação, ocorre também uma alteração nos efeitos benéficos dessas substâncias. As prostaglandinas são responsáveis pelo fluxo de sangue no Rins, Pessoas normais conseguem tolerar essas alterações, mas pacientes com problemas renais dependem muito das prostaglandinas para função dos Rins, e sua inibição pode levar a um quadro de insuficiência renal aguda. Não existe nenhum anti-inflamatório que não piore a função renal em pacientes com insuficiência renal. São todos contraindicados neste caso. f) Proponha pelo menos 2 formas de intervenção e prevenção da insuficiência renal crônica relacionadas à competência de sua formação acadêmica. Prevenir distúrbios hemodinâmicos: Evitar desidratação (Diarreia, Vômitos, Diminuição da ingestão liquida, uso excesso de laxantes e diuréticos). Hipotensão arterial;
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