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Letícia Andréa 105 – 3O Dinâmica: movimentos laterais e protusivos Todas as estruturas do SE são importantes e independentes Sistema neuromuscular SNC e SNP ATM Direita e esquerda Guia condilar Oclusão dentária Plano de oclusão Curva de Spee Guia anterior Sistema Neuromuscular O componente básico do sistema neuromuscular é a unidade motora, que é composta por um número de fibras musculares que são inervadas por um neurônio motor O neurônio se liga a fibra motora através da placa motora A placa motoro libera acetilcolina que causa a despolarização das fibras musculares Sistema Nervoso Central: receptor da mensagem e origem da resposta muscular Sistema Nervoso Periférico: estímulo das fibras nervosas Fibras aferentes: levam a informação ao SNC Fibras eferentes: trazem a resposta do SNC Contração Isotônico Grande número de fibras motoras estimuladas com contração ou encurtamento com uma carga constante de forma generalizado no músculo Masseter: mandíbula elevada forçando os dentes através do bolo alimentar Contração Isométrica Um número correto de unidades motoras se contrai em oposição a uma determinada força com o objetivo de segurar ou estabilizar a mandíbula É uma contração sem encurtamento Masseter: objeto mantido entre os dentes Relaxamento Controlado (contração cêntrica) Quando o estímulo de uma unidade motora é interrompido, as fibras da unidade motora relaxam e retornam ao seu comprimento normal Um estiramento muscular preciso pode ocorrer, permitindo movimentos suaves e deliberados Masseter: abertura da boca papa o novo bolo alimentar Músculos Quatro pares de músculos compõem um grupo chamado músculos da mastigação: o masseter, o temporal, o pterigóideo medial e o pterigóideo lateral Modo de ação: relaxamento, contração, sinergismo e antagonismo Elevadores Protrusão: masseter e pterigoideo medial Retrusão: temporal Pterigóideo lateral superior (estabilidade) Letícia Andréa 105 – 3O Abaixadores Protrusão: pterigóideo lateral inferior Retrusão: digástrico Lateralidade: temporal e pterigóideo lateral inferior Masseter Proporciona força necessária para uma mastigação eficiente Possui duas porções: porção superficial e porção profunda Porção superficial: fibras que se dirigem para baixo e suavemente para trás Porção profunda: fibras que correm numa direção predominantemente vertical Quando o masseter contrai, a mandíbula é elevada e os dentes entram em contato A porção superficial ajuda na protrusão, estabilizam o côndilo contra a eminência articular durante a protrusão e força mastigatória Pterigoideo Medial Junto com o masseter suporta a mandíbula na altura do ângulo mandibular Quando se contrai, a mandíbula é elevada e os dentes entram em contato Também participa da protrusão mandibular A contração unilateral produzirá um movimento mediotrusivo da mandíbula Pterigoideo Lateral Divide-se em duas porções: ventre inferior e ventre superior que possuem funções diferentes Ventre inferior: Quando o direito e esquerdo se contraem simultaneamente, os côndilos são puxados para baixo e a mandíbula é protruída A contração unilateral cria um movimento mediotrusivo do côndilo e movimento lateral da mandíbula para o lado oposto Quando atua com os depressores mandibulares, a mandíbula é abaixada e os côndilos deslizam para frente e para baixo nas eminências articulares Ventre superior: Fica inativo na abertura da mandíbula Ativo quando há uma força de resistência e os dentes são mantidos juntos A força de resistência se refere a movimentos que envolvem o fechamento da mandíbula com resistência, como na mastigação ou no apertamento dentário À medida que o côndilo se move mais para frente, a angulação medial de tração desses músculos torna-se cada vez maior Letícia Andréa 105 – 3O Temporal Importante músculo posicionador da mandíbula Quando se contrai, e eleva a mandíbula e os dentes entram em contato Divide-se em três partes: porção, anterior, porção média e porção posterior Se somente uma porção se contrai, a mandíbula se move de acordo com a direção das fibras que são ativadas Porção anterior: mandíbula elevada verticalmente Porção média: eleva e retrai a mandíbula Porção posterior: controverso, uns acreditam que retrai a mandíbula, e outros que eleva com uma suave retrusão Como a angulação de suas fibras musculares varia, o temporal é capaz de coordenar os movimentos de fechamento Dinâmica Protrusiva Movimento que a mandíbula faz no sentido póstero- anterior A mandíbula se move para frente a partir da posição de máxima intercuspidação habitual Qualquer área de um dente que contate um dente oposto durante o movimento protrusivo é considerada como um contato protrusivo Normalmente, os contatos protrusivos ocorrem predominantemente nos dentes anteriores Os principais envolvidos são: as bordas incisais e vestibulares dos incisivos inferiores contra as áreas da fossa palatina e bordas incisais dos incisivos superiores Nos dentes posteriores, as cúspides cêntricas inferiores (vestibulares) cruzam anteriormente as superfícies oclusais dos dentes superiores Guia anterior/ Incisal Também chamada de guia incisiva Durante o movimento de protrusão, os dentes anteriores inferiores (principalmente os incisivos centrais) deslizam pela concavidade da face palatina dos dentes anteriores superiores, desocluindo os dentes posteriores Lateralidade Lado de Trabalho: lado que a mandíbula se movimenta e que as cúspides com o mesmo nome se relacionam Lado de Não Trabalho/Balanceio: lado oposto ao lado de trabalho As cúspides com nomes diferentes adotam uma relação de alinhamento As duas guias de desoclusão encontram-se desse lado: guia canina e função em grupo Movimento de Bennett Também chamado de movimento de translação lateral mandibular Ocorre durante os movimentos laterais no lado de não trabalho O côndilo se movimenta baixo, para frente e para dentro da fossa mandibular ao redor dos eixos localizados no côndilo oposto (que rotacional) O grau de movimento é determinado pela morfologia da parede medial da fossa mandibular e pela porção horizontal interna do ligamento temporomandibular Letícia Andréa 105 – 3O Ângulo de Bennett Também chamado de movimento de translação lateral Ocorre no movimento lateroprotusivo no lado de não trabalho É o ângulo descrito pelo movimento do côndilo para dentro O ângulo no qual o côndilo orbitante se move para dentro – observado no plano horizontal – tem efeito significativo na largura da fossa central dos dentes posteriores Ajuda a confeccionar restaurações Guia Canina Também chamada de desoclusão pelo canino Durante a lateralidade, o canino inferior desliza da concavidade palatina do canino superior, desocluindo os demais dentes, tanto do lado de trabalho quanto o de não trabalho Função em Grupo Também chamada de desoclusão em grupo Grupo de dentes que vai do segundo molar até o canino tocam-se, simultaneamente, desde o início do movimento, desocluindo os dentes do lado de não trabalho A medida que a mandíbula se movimenta, ocorre desoclusão progressiva dos dentes posteriores do lado de trabalho A cada 0,5 mm desocluída de um dente posterior até o canino começa a se tocar sozinho ou com outros dentes Praticamente impossível de ser obtida – utopia odontológica Guia Anterior A inclinação vestibular dos dentes anteriores é indicativa de uma função diferente daquela dos dentes posteriores Os contatos dos dentes anteriores em posição MIH são muito mais leves do que os dos dentes posteriores Não é raroencontrar ausência de contato dos dentes anteriores na MIH A oclusão normal tem aproximadamente 3 a 5 mm de sobreposição vertical A finalidade dos dentes anteriores não é manter a dimensão vertical de oclusão, mas guiar a mandíbula durante os vários movimentos laterais Os contatos dos dentes anteriores que servem de guia para a mandíbula é a guia anterior Traspasse Vertical Também chamada de overbite Distância entre as bordas incisais dos dentes anteriores opostos Traspasse Horizontal Também chamado de overjet A distância horizontal que os dentes anteriores superiores sobrepõem os anteriores inferiores, ou seja, distância entre a borda incisal vestibular dos incisivos superiores e a superfície vestibular dos incisivos inferiores Fontes: CARDOSO, A.C. - Oclusão: para você e para mim, Ed Santos, 2003. OKESON, J.P. Tratamento daOKESON, J.P. - Tratamento das desordens temporomandibulars e oclusão, Elsevier, 2010
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