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Pneumonia em pediatria

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Pneumonia 
A PAC é uma infecção respiratória aguda (IRA) de trato respiratório baixo. 
As IRAs correspondem a ¼ de todas as doenças entre as crianças. cerca de 2-3% das IRAs evoluem para infecções do parênquima 
pulmonar . 
Fatores de risco para PAC: desnutrição, baixa idade, comorbidades e gravidade da doença, que podem concorrer para o óbito. Outros 
fatores, como baixo peso ao nascer, permanência em creche, episódios prévios de sibilos e pneumonia, ausência de aleitamento 
materno, vacinação incompleta, variáveis socioeconômicas e variáveis ambientais, também contribuem para a morbidade e a 
mortalidade. 
EPIDEMIOLOGIA 
A PAC é responsável por aproximadamente 3 milhões de mortes de crianças/mundo/ano. 
Dados do DataSUS, apontaram a pneumonia como causa mortis de 886 casos de óbitos infantis no Brasil no ano de 2016. 
Com a vacinação contra o pneumococo (pneumococcica 10 valente- sus) obtivemos uma redução na incidência de pneumonia. 
ETIOLOGIA 
A PAC pode ser etiologia VIRAL ou BACTERIANA. 
Em crianças até 05 anos os vírus são os principais agentes etiológicos. Quanto mais jovem a criança, excluindo‐se os primeiros 2 
meses de vida, maior a chance de ocorrência de doença de etiologia viral. 
O vírus sincicial respiratório (VSR) é o mais frequentemente 
encontrado, seguido dos vírus influenza, parainfluenza, adenovírus e 
rinovírus. Mais recentemente, o metapneumovírus humano (HMPV), o 
boca‐ vírus e um coronavírus – associado à SARS – têm sido associados à 
PAC. Os vírus podem ser responsáveis por até́ 90% das pneumonias no 1o 
ano de vida e por 50% dos casos na idade escolar. 
Por outro lado as PACs mais graves em crianças são causadas por 
bactérias (maior mortalidade). O Streptococcus pneumoniae ou 
pneumococo é o principal agente bacteriano de PAC, seguido de Haemophilus influenzae e Staphylococcus aureus. A frequência de 
coinfecção vírus‐bactéria em pacientes com PAC tem variado de 23 a 32%. 
Bactérias típicas dos RN: 
Streptococcus agalactiae e E. coli 
(até 48h do nascimento)e S. aureus, 
Staphylococcus epidermides e 
Enterococcus (após 48h do 
nascimento) 
Bactérias típicas dos lactentes e 
pré-escolares: Streptococcus 
pneumoniae, Haemophilus 
influenzae b, S. aureus, 
Streptococcus grupo A 
Bactérias Atípicas dos RN: Chlamydia trachomatis, Ureaplasma urealyticum 
Bactérias Atípicas dos RN: Mycoplasma pneumoniae e Chlamydophila pneumoniae 
CLÍNICA 
O quadro clínico da pneumonia é muito variável, e depende do estado nutricional da criança, do agente etiológico, da idade e 
comorbidades associadas. 
principais sintomas: 
Tosse (inicialmente seca e posteriormente produtiva), febre (que persiste por mais de 72h ou aumenta nesse período), taquipneia e 
dispneia, presença de retrações do tórax (tiragens subcostais), estertores finos (crepitações), dor torácica, hipoxemia e sintomas 
sistêmicos associados. 
Na presença de taquidispneia devemos sempre contar a FR da criança 
A criança pode apresentar-se prostrada 
Sintomas gripais são comuns, bem como otite média. Algumas crianças apresentam dor abdominal, principalmente quando há 
envolvimento dos lobos pulmonares inferiores. 
EXAME FISICO 
Inspeção: a criança pode apresentar sinais de desconforto respiratório 
A palpação de frêmito toracovocal está aumentada na condensação e diminuído no derrame 
Ausculta pulmonar podemos ter a presença de: Estertores, uma redução dos MV (condensação, atelectasia ou derrame pleural), 
broncofonia 
Em crianças pequenas dificilmente encontramos alterações em ausculta pulmonar. A Sibilância ocorre com maior frequência nas 
crianças com infecções virais ou por M. pneumoniae ou C. pneumoniae. 
“sinais de perigo” = INTERNAÇÃO IMEDIATA : 
em crianças menores de 2 meses são: FR ≥ 60 irpm, tiragem subcostal, febre alta ou hipotermia, recusa do seio materno por mais de 
3 mamadas, Sibilância, estridor em repouso, sensório alterado com letargia, sonolência anormal ou irritabilidade excessiva. 
Entre as maiores de 2 meses de vida, os sinais são: tiragem subcostal, estridor em repouso, recusa de líquidos, convulsão, alteração 
do sensório e vômito de tudo que lhe é oferecido. 
As crianças com tiragens subcostais são classificadas como pneumonia grave. 
QUADRO CLÍNICO DE PNEUMONIA ATIPICA: 
crianças maiores de 05 anos, afebris, com tosse persistente (podendo se apresentar em crise de tosse- coqueluchoide), sibilância e 
taquipneia e hipoxemia leve. 
em geral são quadros arrastados com a tosse prolongada como sintoma que leva os pais a procurarem o serviço de saúde. 
Pneumonia afebril do lactente: Criança menor de 03 meses, nascido de PN com mãe com histórico de corrimento, que se apresenta 
afebril, com uma tosse seca persistente e com conjuntivite (ou histórico de conjuntivite neonatal) 
DIAGNÓSTICO 
Essencialmente clínico! 
Radiografia de tórax: confirmação de diagnóstico clínico, avaliação da extensão da pneumonia, identificação de possíveis complicações. 
O RX de tórax NÃO diferencia quadros virais de quadros bacterianos. 
Caso a pneumonia não seja grave/não tenha sinais de internação não é necessário mais nenhum exame 
Caso a pneumonia seja grave/com sinais de internação devemos colher PCR e Hemograma completo, também podemos fazer a pesquisa 
etiológica (hemocultura, pesquisa viral swab nasal ou sorologia pra atípicos) 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
A PAC deve ser lembrada como diagnóstico diferencial de duas importantes síndromes na infância: a síndrome infecciosa e a 
insuficiência respiratória aguda. 
Na síndrome infecciosa onde a criança apresenta-se com febre, prostração e sinais inespecíficos de infecção ou toxemia e o exame 
físico inicial não revela a causa, a pneumonia precisa ser investigada mesmo na ausência de taquidispneia 
 Nos quadros de insuficiência 
respiratória aguda, a PAC deve ser 
diagnóstico diferencial de outros 
quadros como a bronquiolite viral 
aguda, traqueobronquite aguda e crise de 
asma. 
A presença de sibilância tem sido o sinal 
clínico apontado como o principal achado 
que diferencia as demais condições da 
PAC, uma vez que a presença de sibilos 
na pneumonia não é comum 
 
 
 
TRATAMENTO 
O tratamento consiste em antibioticoterapia empírica – com base na epidemiologia local, por faixa etária 
TRATAMENTO AMBULATORIAL: 
Amoxicilina VO por 10 dias – típicos 
 OU 
Claritromicina VO por 10 dias 
TRATAMENTO HOSPITALAR: 
Penicilina Cristalina EV – típicos 
 OU 
Claritromicina EV 
Em RN: Ampicilina + gentamicina 
Tratamento de suporte na internação: 
O2 (caso SAT <92%) Decúbito elevado 
Hidratação Fisioterapia respiratória

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