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1 GENÉTICA- SÍNDROME DE TURNER DANIEL DUARTE MED79 ETIOLOGIA DA S. DE TURNER A síndrome de Turner está associado a alterações no cromossomo X. Essa modificação pode ocorrer de algumas maneiras, são elas: Monossomia do cromossomo X (45,X)- A mais prevalente , em torno de 50 %. Em 70% desse tipo de Turner, ocorre por erros na espermatogênese. 46, X Iso(Xq)- É resultado de alteração em um cromossomo X. O Isso significa que os dois braços cromossômicos são iguais. Assim, nesse caso, há um cromossomo X com dois braços longos (q) iguais, o braço curto (p) foi deletado. 46, XXp – Um dos cromossomos X apresenta o braço longo (q)deletado, ou seja, apresenta só o braço curto(p). Mosaicismo– Causa em 25% dos casos. Cromossomo X em anel, X(r)- Ocorre devido a deleção de áreas teloméricas, a qual é responsável por impedir a formação do anel cromossômico, de ambos os braços (q e p). Assim, forma-se o anel do cromossomo X. Os outros 25% dos casos de S. de Turner (ST) é causada pelas alterações estruturais do cromossomo X, como as deleções ou as duplicações dos braços cromossômicos. Essa síndrome é restrita ao sexo feminino com uma prevalência de 1:2000 ou de 1:4000 meninas vivas. É importante mencionar que muitos casos não chegam ao fim da gestação (Algo em torno de 99% são abortados), devido à relevância do dos cromossomos Xs, sobretudo, no segundo trimestre da gestação. Socialmente, os pacientes com Síndrome de Turner tendem a serem mais tímidos e mais reservados. SINAIS E SINTOMAS DA ST Há alguns sinais bem característicos na síndrome de Turner e, muito deles, é de fácil associação, uma vez que está relacionado com as características sexuais femininas. Entre as características da ST temos: Baixa Estatura- Está presente em todos os casos de Turner. Ele é resultado pela ausência do gene SHOX (presente no braço curto do x), o que promove um não desenvolvimento ovariano e uma resistência ao hormônio GH. o Deve-se analisar a estatura a partir da Curva de Lyon; o Há a diminuição Progressiva da velocidade de crescimento o Ausência do estirão na puberdade. OBS: Não há deficiência do hormônio do crescimento na St. Disgenesia Gonadal- Presente em 90% dos casos. Não há o desenvolvimento adequado dos ovários e do útero e, consequentemente, não há o funcionamento correto deles, o que acaba por gerar um outro sinal. o Há o funcionamento adequado do Eixo Hipotálamo-hipófise. Atraso/ não desenvolvimento puberal- Com o não funcionamento adequado do ovário, as meninas não vão apresentar o desenvolvimento da mamas e não vai apresentar menstruação (Amenorreia). Região Crítica: O braço Curto do Cromossomo X é mais susceptível a mutações. Obs: Única Monossomia compatível com a vida. 2 GENÉTICA- SÍNDROME DE TURNER DANIEL DUARTE MED79 o Ausência dos Hormônios sexuais (Testosterona, progesterona, estrogênio) Hipertelorismo Mamário- É o afastamento dos mamilos e podem se encontrar invertidos. Fenótipos faciais de Turner- A paciente vai apresentar olhos grande e cílios bem longos. Pescoço Alado e Curto. Linha posterior da implantação capilar baixa ou em três pontas. Inchaço de pés e de mãos (Edema)- Linfedema nos pés e nas mãos bilateral em recém-nascidos. Cubitos e Genu valguns- É os cotovelos e os joelhos voltados para dentro, respectivamente. Miopia ou Hipermetropia com Estrabismo. Alterações cardíacas- Valva aórtica bicúspide (50% dos casos, risco aumentado de dilatação e dissecção da raiz aórtica), Coarctação da aorta. Aumento do risco de fraturas- Devido à ausência de concentrações adequadas de estrogênio. Tireoidite de Hashimoto- O sistema imune ataca a tireoide, o que promove uma inflamação com a liberação excessiva de hormônio (hipertireoidismo). Em seguida, há a ausência desses hormônios (hipotireoidismo), devido a incapacidade de produção pelo processo inflamatório. Alterações estruturais renais. o Disgenesia Renal; o Rim em ferradura; Ptose palpebral- Normalmente, Unilateral. ESCOLIOSE. Deformidade de Madelung: Encurtamento do rádio. Quanto ao desenvolvimento dos ovários, há um gênese e desenvolvimento destes, entretanto é seguida de uma atrofia e, concomitantemente, há a formação de um tecido fibroso neles. Há outro aspecto importante associado a possíveis marcadores do cromossomo Y (SKY- Marcadores de Y) no cariótipo dessa paciente. Caso existe esses marcadores, é sinal da presença de “porções cromossômica do Y”. Essa presença simboliza o desenvolvimento de tumor na gônada, o Gonadoblastoma. Assim, faz a opção por retirar as gônadas (Os ovários), o que é chamado de Gonadectomia profilática e possui o intuito de evitar a formação tumoral. DIAGNÓSTICO DA ST O diagnóstico pode ser obtido antes ou depois do nascimento. Pré-Natal: o Ultrassonografia: - Translucência nucal; - Anomalias renaise cardíacas; - Fêmur curto; - Hidropsia fetal. o Amniocentese o Aumento do HCG associado à diminuição do estradiol não conjugado e da alfafetoproteína. Pós-Natal: Na anamnese, devido à queixa de baixa estatura, à amenorreia e ao não desenvolvimento das mamas. O Cariótipo pode ser usado como exame diagnóstico, uma vez que em mais de 50% dos casos há a deleção completa de um dos cromossomos X. 3 GENÉTICA- SÍNDROME DE TURNER DANIEL DUARTE MED79 TRATAMENTO O tratamento para a baixa estatura é feito quando a paciente encontra-se dois percentis abaixo e consiste no uso de GH até que atinja uma idade óssea de 15 anos. Quanto mais cedo for o inicio do tratamento, maior é a perspectiva de crescimento. Ao chegar por volta dos 15 anos, a paciente começa a usar estrogênio, a fim de desenvolver os caracteres sexuais secundários e reduzir o risco de osteoporose. OBS: O uso de estrogênio dificulta a ação do GH, por isso há essa não concomitância no tratamento. Há também o uso de progesterona, no intuito de induzir a menarca ou regular o ciclo menstrual. A associação entre estrogênio e progesterona aumenta o risco de trombose nessas pacientes com ST, quando comparadas com mulheres sem esse agravo. Além disso, Há a necessidade de acompanhamento frequente da raiz aórtica e da valva bicúspide aórtica (Ecocardiograma), do funcionamento renal (Ultrassom) e da glicemia (Diabetes mellitus). PROTOCOLO CLÍNICO Para iniciar ou não o tratamento, há alguns critérios norteadores. Os critérios de inclusão terapêutica, são: Diagnóstico pelo cariótipo, A paciente deve ter mais de 2 anos, a idade óssea deve ser inferior a 14 anos (Estimativa a partir de radiografia dos punhos e das mãos) e função tireoidiana normal. Entre os fatores de exclusão terapêuticas temos: Neoplasia maligna, problemas cardíacos e renais não tratados/acompanhados e com possível necessidade de intervenção cirúrgica, hipertensão craniana, retinopatia diabética e doença aguda grave (necessidade de internação e tratamento parenteral ou internação na UTI). 4 GENÉTICA- SÍNDROME DE TURNER DANIEL DUARTE MED79 Diretrizes Terapêuticas Critérios de Inclusão Paciente deve apresentar idade igual ou superior a 2 anos; Pacientedeve apresentar uma estatura inferior ao percentil 5 (entre 2 e 5 anos); Paciente com mais de 5 anos deve encontrar-se abaixo do percentil 5 e com idade óssea inferior a 14 anos; Função Tireoidiana basal (TSH e T4 Livre) dentro dos limites de normalidade. o O Hormônio do crescimento (GH) pode induzir uma quadro de Hipotireoidismo. Critérios de Exclusão Pacientes com doenças neoplásicas malignas ativas; Pacientes com Instabilidade clínica, devido a problemas congênitos não corrigidos (cardíacos e renais) ou com necessidade de internação hospitalar ou cirúrgica; Paciente com Hipertensão craniana; Paciente com Hipersensibilidade ou com intolerância ao medicamento; Paciente com doenças agudas graves, com necessidade de internação e tratamento parenteral ou tratamento por via de unidade de tratamento intensivo (UTI). Tratamento Consiste no tratamento das manifestações clpinicas presentes no paciente. o Problemas Cardíacos; o Problemas Renais; o Hipotireoidismo; o Hipogonadismo; o Baixa estatura, e outros. Fármacos Usados: o Somatotropina Injetável (3UI = 1 mg). o Estrogênios conjugados Comprimidos de 0,3 mg. o Medroxiprogesterona Comprimidos de 10mg. Esquema de tratamento: o Somatrotopina: Pode ser administrado de duas formas, 1. Uma única dose na semana (0,3 a 0,375 mg/Kg) ou 2. 6 a 7 vezes na semana (0,045 a 0,05 mg/Kg/dia). Pode-se prescrever doses maiores que 0,2 UI/Kg/dia se a paciente apresentar baixa velocidade de crescimento. Entretanto, deve ser feito o monitoramento das concentrações de IGF-1. O tratamento é iniciado assim que há o diagnóstico, caso a paciente se enquadre nos critérios ditos anteriormente; O tratamento deve ser interrompido quando: Velocidade de crescimento for inferior a 50% ou menor que 2 cm/ano. Idade Óssea igual u superior a 14 anos. o Estrogênios conjugados: Tratamento contínuo e progressivo, com ajustes de doses. 5 GENÉTICA- SÍNDROME DE TURNER DANIEL DUARTE MED79 Dose de 0,3 mg/dia por via oral em dia alternados A cada 4 ou 6 meses, há o aumento da dose e isso ocorrer por 2 ou 4 anos até que se chegue a dose do adulto (1,25 a 2,5 mg). o Medoxiprogesterina: 5 a 10 mg dos 20 a 30ª dias do ciclo menstrual. Monitoramento do Tratamento Consultas clinicas regulares (3 a 6 mese), a fim de avaliar as curvas de crescimento e a curva de Lyon. Monitoramento da glicemia e da função tireoidiana; o Glicemia alta Reduzir a dose de somatotropina. Efeitos adversos da somatotropina: o Intolerância à insulina, pode promover hipotireoidismo, hipertensão craniana benigna, escoliose, deslizamento da epífese femoral e pancreatite. Monitoramento da indução puberal Escala de Tanner. Indução puberal, normalmente, inicia-se entre 11 e 12 anos; o Baixas doses de estrogênio, a fim de não interferis na ação da somatotropina. Transdêrmica: São mais aconselhadas, devido a questão da glicemia. Orais: Devidos a questão do colesterol. Reposição da Somatotropina é feita em uma posologia de 0,3 a 0,375 mg/Kg da paciente e deve ser uma vez na semas. o Deve ser administrado à noite, devido ao pico fisiológico do GH (2 horas após o início do sono).
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