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IMUNO - Resumo

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IMUNOLOGIA 
CAROL PORTO 
 
 
CONCEITOS 
A Imunologia é o estudo da resposta às agressões ao organismo, podendo ser invasões bacterianas, 
parasitárias, traumáticas, infecciosas, alérgicas, tumorais, doenças auto-imunes, e outros. Imunes 
são aqueles que não sucumbem a uma doença quando infectados. Imunidade se refere ao status de 
resistência específica a uma determinada doença. Sistema Imunológico é fundamental para a 
sobrevivência do animal, atuando de forma eficiente com grande quantidade de componentes e 
mecanismos distintos, otimizados para defender contra um único invasor enquanto outros são 
direcionados contra uma grande variedade de Agentes Infecciosos. 
TIPOS DE AGRESSÕES 
• Toda infecção tem uma inflamação, mas nem toda inflamação tem uma infecção. A 
inflamação é a resposta do organismo a uma agressão, como cortes e batidas. Ela causa 
inchaço, vermelhidão e dor enquanto o corpo se esforça para reparar o local. Já as infecções 
são causadas por agentes externos, levando a uma resposta do organismo, uma inflamação. 
Normalmente, ocorre aumento de volume na região acometida pelo agente e pode ocorrer 
a destruição dos tecidos. 
• Traumáticas dizem respeito às contusões, feridas. Ocorre um aumento de volume na região 
acometida, inflamação. 
• Alérgicas é quando o sistema de defesa do organismo reage contra o antígeno estranho não 
reconhecido, causando alergia. 
• Tóxicas são agentes de origem química. 
• Em casos tumorais, neoplasias, ocorre devido à um crescimento anormal das células em 
qualquer tecido do corpo, gerado por uma falha de um “sinal de parada” para a reprodução 
das células devido a alguma modificação no DNA, ou a presença de um material genético 
que ative e estimule a replicação celular. 
MECANISMOS DE DEFESA 
• Ativação contra um único invasor. 
• Aprendizagem e memória, características fundamentais do sistema imunológico, extraindo 
informações dos agentes infecciosos e disponibilizando para uso futuro com novas infecções 
pelos mesmos agentes ou agentes similares. 
IMUNIZAÇÃO 
• Inoculação de indivíduos sãos, com amostras atenuadas ou mortas de agentes causadores 
de doenças, objetivando a proteção futura contra a enfermidade. 
• Vacinação – O princípio da vacinação consiste em, através do uso especificamente 
controlado de microorganismos causadores de doenças, ou suas toxinas, estimular o sistema 
imunológico de modo que este seja capaz de montar uma defesa contra tal antígeno. Pode 
conter organismos vivos ou mortos. 
• Atenuação – Deixar o organismo em condição de estresse para expressar um gene que induz 
o sistema imune. As vacinas atenuadas são muito mais eficazes, pois se parecem mais com o 
microorganismo. 
• Soro – Contém anticorpos em sua composição, e é usado como resposta imediata em 
situações onde o corpo não teria tempo para criar uma defesa contra o agente invasor. 
• Vacina – São compostas por antígeneos atenuados ou inativos, que estimulam o corpo a 
criar uma resposta defensiva, ou seja, expõe o microorganismo para que possa ser induzido 
a produção de anticorpos. 
• Anafilaxia – Estado frequentemente letal de choque induzido por uma segunda exposição a 
um certo antígeno. 
• Alergia – Ataque exagerado (alérgenos), mastócitos, IgE- grudado nos mastócitos. 
• Citocinas – Produzidas pelas células do sistema imune, tanto inato quanto adaptativo, a fim 
de ativar, mediar ou regular a resposta imune total, proteínas mensageiras. 
• Auto Tolerância – A tolerância se refere a ausência de reatividade imunológica específica a 
um antígeno, resultando de uma exposição prévia ao mesmo antígeno. 
• Sepse – Quando há uma inflamação descontrolada causando vasodilatação, levando a 
falência múltipla dos órgãos. Resposta exagerada da infecção, uma vez o sistema imune 
ativado não tem controle de parada. 
• Fagócitos – Principal mecanismo de defesa contra os microorganismos. 
• Glóbulos Brancos ou Leucócitos – Células mediadoras do sistema imunológico. 
• Antígenos – Quaisquer moléculas capazes de serem reconhecidas pelo sistema imune. 
 
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA IMUNE 
• Inoculação em indivíduos sãos, com amostras atenuadas ou mortas de agentes causadores 
de doenças, objetivando a proteção futura contra a enfermidade. 
• As células do sistema imune são distribuídas pelo organismo, preferencialmente nos órgãos 
linforreticulares (medula óssea, linfonodos, baço, timo e tecidos linfóides associados as 
mucosas das vias gastrointestinais e respiratórias). 
• Medula Óssea – Parece uma esponja, ricamente 
vascularizada com células reticulares na região medular 
dos ossos. Realiza a hematopoiese, ou seja, geração dos 
elementos celulares do sangue como hemácias, leucócitos 
e plaquetas. Nos mamíferos, é o sítio de desenvolvimento 
das células B e a fonte de células-tronco que dão origem 
aos linfócitos T após a migração para o timo. 
• Timo – Não participa diretamente das reações imunes, 
algumas células migram para o timo a partir da medula 
óssea. Atrai as células primordiais, multiplicam e 
amadurecem as células T. Hormônios tímicos são timulina, 
timosina alfa-1, timosina beta-4, timopoietina. Possui dois 
lobos, com cada lóbulo tendo sua região cortical (externa e densamente povoada por 
timócitos) e medular (interna e menos povoada por linfócitos). Para a maturação, os 
timócitos expressam receptores TCR para reconhecimento de moléculas próprias das não 
próprias, fazendo uma seleção que pode ser positiva (células que não apresentam TCR, não 
diferenciam antígenos e são eliminadas) e negativa (células super reativas para os próprios 
antígenos também são eliminadas). 
• Bolsa de Fabrícius – Órgão linfóide primário, diferenciação e maturação dos linfócitos B em 
aves. Modificação da parede dorsal da cloaca das 
aves, composta por dobras e vilos dos intestinos. 
• Baço – Maior órgão linfóide secundário, possuindo 
polpa vermelha (responsável pela remoção de células 
sanguíneas envelhecidas, funções não imunológicas, 
filtração do sangue e hemoglobina) e polpa branca 
(responde aos antígenos levados ao baço pelo 
sangue, é o único órgão linfóide entreposto na 
corrente sanguínea, local onde os linfócitos 
combatem os organismos que invadem a corrente 
sanguínea). Zona Marginal é rica em célula B, 
organizada em folículos linfóides primários e 
secundários. Nos centros germinativos, linfócitos B transformam-se em plasmócitos e 
produzem anticorpos. 
• Linfonodos – Filtros para partículas estranhas, é o ambiente onde ocorre a resposta imune 
adaptativa. São regiões de convergência de um extenso sistema de vasos que coletam o 
fluido extracelular dos tecidos, fazendo-o retornar ao sangue. Este fluido celular é produzido 
continuamente por filtragem do sangue, a linfa. Na região cortical externa, é rica em 
linfócitos B e macrófagos, onde após a ativação com o antígeno, intensa diferenciação de 
células B em plasmócitos e células de memória. Na região paracortical intermediária, estão 
os linfócitos T e as células dendríticas que migraram dos tecidos para os linfonodos. A região 
medular é externa. Com a passagem da linfa, APCs podem capturar os antígenos de 
micróbios que entraram pelos epitélios nos tecidos. Células dendríticas apanham antígenos 
de micróbios dos epitélios e transportam esses antígenos para linfonodos pela linfa. 
• Tecido Linfóide Associado a Mucosas – Superfície das mucosas gastrointestinais, 
respiratórias e urogenitais. As 
membranas mucosas constituem a 
maior porta de entrada de patógenos. 
• Placas de Peyer – Nódulos linfóides 
na parede dos intestinos, contém 
folículos com centros germinais 
desenvolvidos após a estimulação 
antigênica. O transporte é realizado 
por células especializadas. Os 
linfócitos B ativados por antígenos 
provenientes das mucosas transformam-se em plasmócitos e produzem anticorpos IgA. 
• Vasos Linfáticos – Rede de canais que transporta a linfa para sangue e órgãos linfóides. 
Vasos Aferentesdrenam o líquido dos tecidos e carregam células portadoras dos antígenos 
dos locais de infecção para linfonodos, que irão apresentar antígeno aos linfócitos. 
• Hemácias/Eritrócitos/Glóbulos Vermelhos – Tem a função de transporte de gás oxigenio. 
Cada pessoa possui, em média, cerca de 30 trilhões de hemácias em sua circulação. 
• Leucócitos/Glóbulos Brancos – Células especializadas na defesa do organismo, como vírus, 
bactérias e outros invasores. Há entre 5-10 mil leucócitos por milimetro cubico de sangue. 
• Macrófago – Estão presentes em todos os organismos, tendo funções de fagocitose, 
remodelação tecidual e interface entre inata e adquirida. Tem como ativadores o LPS, 
produtos de degradação tecidual, produtos do sistema complemento ou cascata da 
coagulação. Tem como produtos GM-CSF, IL-1, IL-6, TNF-alfa, IFN, quimiocinas, lisozima, 
elastase, colagenase, etc. 
• Neutrófilos – Tem as funções de fagocitose, degranulação e lesões teciduais, morte e pus. 
• Eosinófilos – Tem as funções de combater alergias e infecções. Sua ativação se dá pelo 
aumento da atividade citotóxica, maior número de receptores e aumento do metabolismo 
oxidativo. 
• Mastócitos – Liberação de histamina em lesões. 
• Células de NK – Lise de células tumorais e infectadas por vírus. 
• Células Dendríticas – Apresentação de antígenos de alta qualidade, linhagens mielóide e 
plasmocitóide. 
• Linfócitos – Pouco citoplasma, imunidade adquirida. 
• Linfócitos B – Síntese de imunoglobulinas, imunidade humoral, sofrem alterações 
morfológicas dando origem aos plasmócitos e possuem anticorpos na superfície. 
• Linfócito T – Não produz anticorpos, célula auxiliar ao sistema imunológico. 
• Linfócito Citotóxico/Citolítico/LTCD8+ - Promovem uma resposta celular, destroem células 
neoplásicas e células infectadas por vírus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMUNIDADE INATA 
• Resposta Imune Inata – Inespecífica. Defesa 
presente em indivíduos saudáveis, desde o nascimento. 
Tem a função de bloquear a entrada de agressores e 
eliminar os que tem sucesso entrando em tecidos. Não 
requer exposição prévia ao organismo, nem é 
específica para o antígeno. Intensidade não varia com o 
número de exposições, não tendo mecanismo de 
memória. Reconhecimento de estruturas compartilhadas por vários microorganismos, 
ativamente envolvida na resposta adaptativa. Realiza os mecanismos de fagocitose, 
liberação de mediadores inflamatórios, ativação de proteínas do Sistema Complemento, 
síntese de proteínas de fase aguda, citocinas e 
quimiocinas. Utiliza os componentes de 
barreiras físicas, químicas e biológicas, além 
de células especializadas e moléculas solúveis. 
Pode ocorrer a quebra da integridade física 
dessas barreiras, como lesões na pele e 
mucosa, queimaduras, traumas, agentes 
químicos ou radioativos, deficiências 
nutricionais, etc. Se essas barreiras não se 
mostrarem suficientes, várias células estão 
estrategicamente localizadas no corpo, como 
Macrófagos, Células Dendríticas, Neutrófilos, 
Células NK etc. 
• As células possuem receptores que possibilitam a discriminação entre os próprios e não-
próprios microorganismos. Cada tipo de receptor reconhece uma molécula característica 
dos mais diversos tipos de microorganismos, mas não reconhecem nenhuma molécula 
própria. Algumas moléculas encontradas na superfície destes são: 
o PAMPS – Padrões Moleculares Associados à Patógenos, ativam a resposta imune 
inata e realiza interação com receptores de reconhecimento padrão. Não há 
diversidade, nem capacidade adaptativa para novos receptores. 
o TLRs – Receptores do Tipo Toll-Like, com ligação a patógenos e iniciação da resposta 
inflamatória, com atuação de macrófagos, neutrófilos e células dendríticas. 
• Fagocitose – Processo de ingestão e destruição de partículas sólidas, como bactérias ou 
pedaços de tecido necrosado, por células amebóides chamadas de fagócitos. 
• Sistema Complemento – Aumento de Opsonização de bactérias pelos anticorpos, que 
recobrem as bactérias e facilitam o reconhecimento, complementando a atividade do 
anticorpo. Na opsonização, é fixado as opsoninas e imunoglobulinas, permitindo a 
fagocitose. Diapedese é a passagem dos leucócitos do sangue para o Tecido Conjuntivo, só 
ocorrendo se o vaso permitir por mecanismos como vasodilatação. Tem as funções de 
defesa contra infecções, eliminação da circulação de alguns anticorpos, e atuação de alguns 
fragmentos como mediadores inflamatórios. 
• Inflamação – É uma resposta do organismo mediante uma infecção, fazendo parte da 
resposta imune inata. Não age de maneira específica, mas ocorre de uma maneira 
padronizada independente do estímulo. É benigna desde que seja controlada, sendo uma 
resposta dos tecidos conjuntivos a agressões de diversas naturezas. Tem a função de 
destruir, diluir ou limitar a disseminação do agente agressor, defesa contra agentes 
agressores e reparo dos tecidos lesados. Alguns sinais negativos na fase aguda são: 
o Rubor e Calor – Alterações no calibre das arteríolas, mediadores liberados levam à 
produção de neuropeptídeos com efeito pró-inflamatório e aumento de 
temperatura, vasodilatação e permeabilidade vascular. 
o Edema – Aumento da permeabilidade vascular, vasodilatação. 
o Dor – Causada pelo acúmulo de líquido nos tecidos que podem pressionar 
terminações nervosas por ação de mediadores. 
o Perda de Função – Migração de leucócitos, granuloma e reparo. 
• Microcirculação – Supre os tecidos com micronutrientes, removendo resíduos indesejáveis e 
controlando a pressão sanguínea. 
o Agressão Física e Entrada de Microorganismos -> Liberação de Histamina que age 
nos vasos, realizando contração nas células endoteliais para que aumente o 
tamanho das junções (poros) entre elas, permitindo que proteínas e células 
fagocíticas possam sair de dentro dos vasos e fagocitar agentes agressores -> 
Hemácias se depositam e avermelham a região, além de plaquetas realizando 
agregação plaquetária -> Neutrófilos atuando na defesa -> Limpeza do sistema 
imune no local. 
o Liberados Mediadores Químicos, como mastócitos e macrófagos, causando a 
dilatação das arteríolas e aumento de permeabilidade dos capilares e vênulas. 
Permite um maior afluxo de sangue para a área agredida, extravasamento líquido, 
proteínas e células de defesa para o espaço intersticial. Sangue torna-se mais viscoso 
pelo aumento da concentração de hemácias e causando edema inflamatório. 
Pequenos vasos dilatados e repletos de hemácias. Migração dos leucócitos através 
da parede vascular para o espaço intersticial, emigração leucocitária. 
o Velocidade do fluxo sanguíneo diminui. Macrófagos estimulados por indutores de 
resposta inflamatória, citocinas TNF e IL-1 ativam o endotélio vascular. 
• Fases do Processo de Defesa – Se dividem em: 
o Captura englobamento das partículas e formação do fagolisossomo. 
o Morte ou Degradação ocorre nos fagossomas, degradação através das proteínas dos 
grânulos primários (lisozima, catepsinas, elastases, etc) e secundários (lisozima, 
colagenase, etc) ou Explosão Respiratória, produção de metabólitos do oxigênio em 
resposta da ativação de complexo enzimático (sistema NADPH oxidase) para o 
aumento do consumo de oxigênio pelo fagócito e formação de componente 
microbicida, ácido hipocloroso. 
o Se a causa da lesão inicial não for totalmente eliminada, ela pode passar de Aguda 
para Crônica, com persistência do fator etiológico podendo ter agentes infecciosos, 
restos de microorganismos, corpos estranhos e produtos de metabolismo. 
o Ativação persistente dos macrófagos podem induzir a fibrose, com destruição 
irreversível e substituição por tecido fibroso, comprometimento de órgãos afetados. 
o Pode ocorrer formação de granulomas, nódulos e presença de organismos de difícil 
destruição. 
• Lesão Tecidual – Liberação de enzimas losossomais de neutrófilos durante a fagocitose, 
regurgitação durante o englobamentoe liberação de ROIs durante a explosão respiratória. 
Reparo do tecido danificado, microorganismo eliminado, morte de neutrófilos por apoptose 
e expressão de moléculas em suas membranas, receptores para sinalizar macrófagos. 
• Comunicação Celular – Mediadores Químicos estão presentes no sangue e necessitam ser 
ativados para adquirirem atividade biológica. Mediadores de Origem Celular ficam 
armazenados em grânulos citoplasmáticos ou requerem nova formação. Muitos estimulam a 
liberação de outros, exercendo uma ação cooperativa. A maioria dos mediadores são 
potencialmente danosos para os tecidos, onde sistemas de regulação e inativação são 
importantes para manter o equilíbrio das respostas inflamátorias. As células se comunicam 
graças aos mediadores. Os metabólitos do ácido aracdônico (eicosanóides) são sintetizados 
por duas vias enzimáticas, das enzimas lipoxigenases (LOX, formação de leucotrienos e 
lipoxinas) e das enzimas cicloxigenases (COX, formação de prostaglandinas e tromboxanos). 
• Histamina – É armazenada pré-formada em basófilos e mastócitos. Liberada em resposta 
direta á agressão ou por ação de outros mediadores da inflamação. Se for liberada de forma 
exagerada, causa danos aos tecidos. 
• Citocinas – Proteínas produzidas por diversos tipos de células, atuando no local da lesão 
como sinalizador celular. Uma única citocina pode agir em diversos tipos de células assim 
como ações semelhantes podem ser desencadeadas por diferentes citocinas. Com 
frequência, são formadas em cascata, ou seja, uma citocina estimula suas células-alvo a 
produzir mais citocinas. Se ligam a receptores específicos, ativando mensageiros 
intracelulares que regulam a transcrição gênica. Influenciam a atividade, diferenciação, 
proliferação e sobrevida da célula do sistema imune, regulando a produção e atividade de 
outras citocinas, que podem aumentar (pró-inflamatórias) ou atenuar (anti-inflamatórias) a 
resposta inflamatória. São uma das principais formas de comunicação entre as células, além 
do crescimento, ativação e diferenciação celular, febre e inflamação. Se dividem em: 
o Linfocinas – Citocinas produzidas por linfócitos ativados. 
o Monocinas – Produzidas por monócitos. 
o Interleucinas – Produzidas por células hematopoiéticas que agem em leucócitos. 
o Fatores de Crescimento – Estimulam a proliferação celular. 
o Quimiocinas – Atuam como agentes quimiotáxicos. 
• Fagocitose – Responsável pela eliminação dos agentes nocivos, participação de neutrófilos 
(aguda) e macrófagos (crônica). 
 
IMUNIDADE ESPECÍFICA/ADAPTATIVA 
• Resposta Imune Adaptativa – Suplementa a proteção dada pela imunidade inata, tendo as 
características de fase tardia com células envolvidas sendo linfócitos T e B. Se divide em 
imunidade celular (defesa intracelular) e imunidade humoral (defesa extracelular). Esse tipo 
de imunidade possui especificidade, garantindo que antígenos diferentes desencadeiem 
respostas específicas e obtendo-se uma diversidade, permitindo respostas a grandes 
variedades de antígenos. Possui o mecanismo de memória (melhora a resposta durante 
exposições posteriores do mesmo antígeno), especialização (respostas apropriadas a defesa 
contra diferentes tipos de microrganismos), auto-limitação (sinais de parada) e tolerância a 
antígenos próprios (previne aparecimento de auto-imunidade). 
• Imunógeno – Molécula capaz de induzir uma resposta imune. O destino dos imunógenos 
podem ser por três vias, sanguínea e seguindo para o baço, pele por resposta inflamatória 
de vasos aferentes e linfonodos regionais, ou mucosas (MALTs). Embora a resposta se inicie 
localmente se espalha pelo organismo com tráfego de linfócitos por via sanguínea e linfática. 
• Células Estranhas – Compostas por muitos imunógenos, que podem gerar uma resposta 
imune particular. 
• Células Apresentadoras de Antígenos – Capturam e processam o antígeno, tornando-o apto 
a estimular a resposta imune adquirida. 
o Células Dendríticas – DCs, mais eficientes e somente elas podem estimular as 
células T virgens (naive). As DCs imaturas estão espalhadas por todo o corpo, exceto 
no cérebro, partes dos olhos e testículos, sendo equipadas para capturar antígenos 
estranhos. DCs maduras são estimuladas por antígenos, altamente eficientes na 
apresentação de antígenos e expressam altos níveis de receptores antigênicos. 
Ingerem os antígenos, os quebram em pequenos fragmentos e geram a 
apresentação pela primeira vez nas moléculas de MHC de classe II da sua superfície, 
reconhecidos pelas células T. 
o Processamento Antigênico – Eliminação pelas células da imunidade inata, 
fortalecimento de defesas e prevenção de segunda invasão pelo mesmo organismo. 
o Macrófagos – Menos eficientes apresentando antígenos, destroem o ingerindo. 
o Células B – Eficientes durante uma resposta secundária. 
• Expansão Clonal – Aumento no 
número de células que expressam 
receptores idênticos para o antígeno. 
• Ativação de Linfócitos – Linfócitos 
efetores altamente específicos, 
produção de anticorpos e citocina, 
efeitos citotóxicos. 
• Resposta Imune Humoral – 
Reconhecimento de antígenos pelos 
anticorpos, extracelular. Ligação com o 
antígeno, receptor das células B e BCRs 
com formato e reconhecimento sem 
estar previamente processado. 
o Resposta Primária – Primeira 
exposição ao antígeno, de 5 a 10 dias 
após contato, secreção de IgM e pouca 
produção de IgG, menor afinidade e 
baixa produção dos anticorpos. 
o Resposta Secundária – Segunda 
exposição ao antígeno, resposta rápida, de 1 a 3 dias após o contato. Secreção de 
IgG, mudança de classe de cadeia pesada (IgA, IgE), maior afinidade dos anticorpos. 
• Resposta Imune Celular – Reconhecimento de antígenos pelas células T, intracelular. 
• Anticorpo é uma globulina sintetizada por linfócitos B, após estímulo de um imunógeno, 
interagindo com este de maneira específica. As moléculas de anticorpos possuem 
características estruturais básicas, como duas cadeias leves e duas pesadas idênticas. Possui 
a região variável, onde ocorre o reconhecimento dos antígenos, e a região constante das 
cadeias pesadas, com funções efetoras. Vasto arsenal de especificidades para ligação dos 
antígenos, diferentes atividades biológicas, classes de Ig e cadeias pesadas. 
• IgG – Imunoglobulina predominante no soro e em grande parte 
responsável pela defesa sistêmica. 
• IgM – Produzida principalmente durante a resposta imune primária. 
• IgA – Superfícies corpóreas e defesa dos tratos intestinais e 
respiratório. 
• IgE – Encontrada em quantidades muito pequenas no soro. 
Imunidade a helmintos e alergias. 
• IgD – Superfície dos linfócitos imaturos. 
• Secreção Diferencial de Citocinas – Th1 (ativação da resposta 
celular), Th2 (ativação da resposta humoral) e Treg (regulatórias e modulação da resposta). 
• Atividade Efetora de LTh1 – Produção e secreção de IFNy, TNFalfa e 
IL-1 e IgG. Ativação de macrófagos e neutrófilos (recrutamento). 
• Atividade Efetora de LTh2 – Produção e secreção de IL-4, IL-5, IL-13. 
Supressão de macrófagos, produção de IgG e IgE. Recrutamento e 
ativação de eosinófilos. 
• Atividade Ltreg TH3 – Produzem IL-10 e TGF-beta. Agem na resposta 
imune central e periférica. 
• Linfócitos T – Células T são citotóxicas, possuem capacidade de 
eliminar células que são reconhecidas como estranhas, como as 
infectadas com vírus, provenientes de transplantes, etc. Reconhecem 
antígenos apresentados por MHC classe I. 
• Apoptose – Balanço entre proliferação e morte celular. Mecanismos 
de fragmentação do núcleo e condensação do citoplasma. Membranas 
celulares e organelas em corpos apoptóticas são digeridos. Interação 
com receptores de morte e respectivos ligantes, como TNF, FAS – FASL, 
ligação de recrutamento de proteínas de ativação de apoptose. 
o Ação de LTC – Liberação de grânulos contendo enzimas líticas, 
perforina, granzimas A e B e granulisina. Interação Fas e FasL. 
o Perforina– Presente em grânulos de linfócitos T citotóxicos e células 
NK. Subunidades montam um poro na membrana da célula-alvo. 
o Granzimas – Enzimas proteolíticas que estão presentes em grânulos 
citoplasmáticos de linfócitos T citotóxicos e células NK. Ativam caspases 
nas células alvo, provocando apoptose. 
 
 
IMUNIDADE AOS MICRORGANISMOS 
• Infecção – É um processo multifatorial, que não depende somente da presença dos agentes. 
Depende do estado imune do hospedeiro, do número de organismos na exposição inicial e 
da natureza da espécie ou cepa, fatores de virulência. 
• Bactérias Extracelulares – São frequentes, capazes de se replicarem fora das células do 
hospedeiro, em circulação, tecidos conjuntivos, lúmen das vias respiratórias e 
gastrointestinais. Atuam mecanismos de defesa, como barreiras naturais do hospedeiro, 
resposta imune inata e produção de anticorpos, além do movimento mucociliar, pH ácido do 
estômago e substâncias com atividade antimicrobiana em saliva e secreções. Células da 
imunidade inata participam da defesa contra bactérias, como neutrófilos, monócitos e 
macrófagos que possuem capacidade fagocítica, basófilos e mastócitos são ativados por 
fatores do sistema complemento, etc. Citocinas e Quimiocinas estão presentes desde o início 
das infecções, exercem sua ação tanto na fase inata como na adaptativa, onde IL-1 TNF-α 
aumenta a expressão das moléculas de adesão e quimiocinas atraem células para a lesão. 
• Helmintos – TH2, produção de anticorpos é fundamental para se obter uma resposta 
efetiva. Produção de IgE pelas células B, eosinófilos, mastócitos e basófilos. 
• Mecanismos Imunes – São múltiplos e complexos, variando por tamanho e diversidade 
metabólica dos parasitas, que podem sobreviver por muitos anos no hospedeiro, devido a 
mecanismos de escape como se manter coberto por antígenos do hospedeiro deixando de 
ser estranho para o sistema imunológico. Helmintos são grandes para a fagocitose, e o 
hospedeiro desenvolve inflamação e hipersensibilidade por superliberação de produtos de 
mastócitos no local. Eosinófilos e IgE iniciam respostas inflamatórias no intestino e pulmões. 
• Imunossupressão – Manipulação da resposta imune, em altas infestações 
pode se passar por assintomática. Parasitos podem secretar agentes anti-
inflamatórios que suprimem o recrutamento e ativação de leucócitos efetores 
ou bloqueiam a ação de quimiocinas. 
• Bactérias Intracelulares – Capacidade de sobreviver e replicar dentro dos 
fagócitos. Eliminação requer mecanismos da imunidade mediada por células, 
a imunidade inata pode limitar o crescimento bacteriano mas a erradicação 
requer a imunidade adaptativa mediada por células. Manipulam a resposta 
imune, induzindo a liberação de citocinas anti-inflamatórias como IL-6 e IL-10, 
inibindo a ativação macrofágica, diminuindo a expressão de MHC II e gerando 
supressão da produção de oxidantes. Estratégias de sobrevivência dentro dos 
macrófagos, passando de célula a célula e não sendo expostas aos fluídos 
extracelulares. 
• Fungos – Infecções primárias na pele e outras superfícies. Podem ser extra 
ou intracelulares, se relacionam com ativação de macrófagos, neutrófilos e 
sistema complemento. Th1 necessita de ativação macrofágica. Evasão e sobrevivência no 
interior de fagócitos e liberação de antígenos fúngicos. 
• Vírus – Microorganismos intracelulares obrigatórios, utilizando da síntese de proteínas do 
hospedeiro. Vírus selecionados possuem habilidade em escapar das defesas imunes do 
hospedeiro, e animais selecionados possuem resistência a doenças causadas por esses 
patógenos. Doenças Virais podem ser letais na infecção pela primeira vez na espécie 
hospedeira ou infectando a espécie errada. A relação entre o vírus e hospedeiro pode ser 
por muito tempo uma infecção mais branda. Na imunidade inata, a reação é rápida e 
potente, limitando a infecção viral inibindo a replicação do patógeno. Atuam lisozimas, 
enzimas intestinais, bile, proteínas surfactantes que neutralizam o vírus mas não se aderem 
a ele, e defensina com peptídeos e atividade antiviral. IFN tipo I é a defesa mais importante 
para a contenção dos estágios iniciais. Ligação com receptores em células próximas, ativação 
de genes e atividade antiviral. Indução de ativação de enzimas que bloqueiam a replicação 
viral. IFN tipo I gera a ativação de macrófago e células NK, induzindo o aumento de 
expressão de MHC classe II e atuando diretamente sobre LB e LT. Moléculas que passam a 
ser expressas, ligante ativador produzido por estresse e ação opsonizante. Ativadas dois dias 
após o início da infecção viral, combate da replicação viral e morte da célula infectada. 
Formação de poro, acesso a proteínas indutoras de apoptose e sinalização direta via 
citocina, liberam INF-y e TNF- α, além de grânulos contendo enzimas líticas (perforina, 
granzimas A e B e granulisina). 
• Perforina – Está presente em grânulos de linfócitos T citotóxicos e células NK. Subunidades 
de perforina montam um poro na membrana da célula-alvo. 
• Granzimas – Enzimas proteolíticas que estão presentes em grânulos citoplasmáticos de 
linfócitos T citotóxicos e células NK. Ativam caspases nas células alvo, provocando apoptose. 
• Imunidade Humoral – Impede a 
invasão celular, bloqueio da adsorção 
dos vírus nas células e estímulo da 
fagocitose. Linfócitos T e células T 
citotóxicas possuem a capacidade de 
eliminar células estranhas. 
• Vírus – LTc podem destruir os vírus 
sem prejudicar as células infectadas. 
Quando a infecção é disseminada, 
ocorre a ativação de vias virucidas (INF-y 
e TNF-a), eliminação de partículas do 
nucleocapsídeo e desestabilização do 
material genético viral. Por evasão dos 
mecanismos imunes, evita o 
reconhecimento e dificulta a resposta 
do hospedeiro. O reconhecimento pode 
ser prejudicado pela latência invisível, onde saem em oportunidades específicas. Infecção de 
sítios imunologicamente privilegiados e diminuição da visibilidade das células infectadas 
com variação antigênica. Dano disseminado ou locais nas funções imunes, diminuição da 
expressão de MHC classe I. Impedimento de recrutamento de DC e modulação da resposta. 
• Protozoários – Agentes infecciosos intracelulares habitualmente infectam o hospedeiro por 
longo período de tempo, com mecanismos que lhes permitem escapar das agressões 
mediadas pelo sistema imune. Geralmente, só causam doença em uma parcela dos 
indivíduos infectados. O sistema imune não permite, na maioria das vezes, a multiplicação 
em grande escala dos protozoários. Podem permanecer no hospedeiro por toda a vida sem 
causar doença, depressão imune, desencadeamento de uma resposta imunitária exacerbada 
com inflamação tecidual. Defesa contra os protozoários ocorre por ativação do 
complemento, destruição macrofágica e participação de células NK. Utilizam vias 
metabólicas e de controle do hospedeiro a seu favor. 
• Resposta Imune Adaptativa – Defesa contra os protozoários, resposta humoral (pouco 
importante, equilíbrio entre Th1 e Th2) e resposta celular (muito importante, LTh e LTc). A 
presença do vírus não significa necessariamente o desenvolvimento da patologia. 
• Artrópodes – Componentes na saliva designados a minimizar a resposta imune do 
hospedeiro. Quinases destroem a bradicinina, proteínas ligantes de histamina, dor e prurido. 
Promovem resposta Th2, aumento da produção de citocinas, IL4 e IL10. Impede a ativação 
de macrófagos, suprime a resposta e atividade de LT e NK. Diminuição da resposta 
inflamatória, dos atos de se coçar e se limpar, beneficiando parasitas injetados. 
Componentes salivares, de baixo peso molecular, incapazes de promover uma resposta 
primária se ligam ao colágeno e na segunda exposição ocorre reação de hipersensibilidade 
tardia, resposta Th1. Na Th2, hipersensibilidade do tipo I, inflamação local severa, dor e 
prurido. Por picadas de pulgas por exemplo, ocorre resposta alérgica inicialmentedo tipo IV 
(linfócitos) passando ao tipo I (eosinófilos). 
 
 
REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE 
São classificadas em: 
• Hiper Tipo I – Hipersensibilidade imediata, mediada por anticorpos IgE, agindo de 2 a 30 
minutos. Alguns exemplos são a asma, eczema e anafilaxia. 
• Hiper Tipo II – Hipersensibilidade citotóxica, mediada por anticorpos citotóxicos IgM e IgG, 
agindo de 5 a 8 horas. Exemplo é a transfusão de sangue. 
• Hiper Tipo III – Hipersensibilidade mediada por imunocomplexos, agindo de 2 a 8 horas. 
Exemplos são a artrites e glomerulonefrites. 
• Hiper Tipo IV – Hipersensibilidade mediada por células, agindo de 24 a 72 horas. Exemplo é 
o teste de tuberculina. 
HIPER TIPO I 
• Reações de hipersensibilidade imediata, alergia ou anafilaxia. 
• Ocorrem poucos minutos antes do contato com o antígeno, com anticorpos IgE específicos. 
• Consequência depende do tipo de antígeno, via de entrada e intensidade de resposta imune. 
• Mastócitos ligam-se à IgE via receptores. Indução da degranulação e liberação de 
mediadores vasoativos dos mastócitos. 
• Animais expostos a antígenos ambientais no alimento ou ar inalado, onde a maioria 
responde a eles produzindo anticorpos IgA ou IgG, sem consequência clínica óbvia. Alguns 
animais geram uma resposta th2 exagerada, produzindo quantidades excessivas de 
anticorpos IgE, reações de hipersensibilidade do tipo I ou alergias. 
• Atopia é a produção excessiva de IgE, onde os atópicos se relacionam com genes e fatores 
ambientais. Tendência de desenvolver alergias regulada pela microbiota intestinal, reações 
alérgicas semelhantes às contra vermes intestinais, reagindo aos alérgenos como se fossem 
parasitas. Falta de estímulos apropriados na infância e alteração na alimentação podem 
induzir a resposta th2 também. 
• O aumento de doenças alérgicas observado nos países de desenvolvimento é influenciado 
por alterações na microbiota provocadas por mudanças na dieta ou pelo uso de antibióticos. 
Animais infestados por parasitas também tendem a produzir grandes quantidades de IgE. 
• Principais Órgãos Afetados na Alergia – Nasofaringe (rinite, amigdalite, inflamação dos 
pólipos nasais), pele (urticária e eczema), olhos (conjuntivite), pulmão (asma) e trato 
gastrointestinal (diarréia e vômito). 
• Sequência de Eventos – Fase de sensibilização -> contato com alérgeno -> apresentação de 
anticorpos -> indução de respostas Th2 (IL-4, IL-5, IL-10, IL-13 -> produção de IgE -> 
sensibilização de mastócitos. 
• Alergia Alimentar – Reação adversa a um antígeno alimentar mediado pela presença de 
mecanismos imunológicos. São facilitados pela presença de nematódeos. Alergias ocorrem 
através do aumento da capacidade em que os linfócitos B sintetizam o IgE, com o anticorpo 
envolvido na alergia e anafilaxia. As consequências são vistas tanto no trato digestório como 
na pele, onde os alimentos envolvidos geralmente são ricos em proteínas, como produtos 
lácteos, carnes, ovos, etc. É indicado, então, remover os potenciais alimentos alergênicos e 
inserir uma dieta hipoalergênica, realizando testes cutâneos e ensaios sorológicos. 
• Dermatite Alérgica a Inalantes – Ocorre devido a antígenos presentes no ambiente, 
provocando alergia ao serem inalados. Os motivos podem ser mofo, pólens de árvores, ervas 
daninhas, ácaros, tecidos de lã, etc. O diagnóstico é dado por histórico e testes cutâneos 
diretos. 
• Dermatite Atópica – Doença crônica que apresenta pele inflamada e pruridos, podendo 
ocorrer em detrimento de alérgenos ambientais, alimentares e respiratórios. Acomete o 
animal atraves de via oral, respiratória ou cutânea. A frequência das lesões é maior nas 
áreas de contato, como patas e orelhas. Diagnóstico se dá por teste cutâneo, ensaios 
sorológicos que quantificam o IgE a alérgenos agressores. O IgE possui tempo de meia vida 
muito curto, com presença de linfócitos th2 reativos. 
• Tratamentos – Evitar o alérgeno 
é o melhor tratamento. Pode 
ser realizada também a 
imunoterapia específica. Anti-
histamínicos são de utilidade 
limitada, mas podem ser 
favoráveis em casos brandos. 
• Infecções Secundárias – Bacterianas ou leveduras, pulgas devem ser controladas. 
• Alergias a Vacinas e Medicamentos – Resposta ao IgE. 
• Imunoterapia Específica a Alérgenos – Ocorre a administração de quantidades 
gradualmente crescente de alérgenos. Promovem maior produção de IgG que IgE e reduzem 
recrutamento de células inflamatórias, induzindo desvio nas respostas th2 para th1. 
• Choque Anafilático – Reação alérgica que ocorre quando alguma substância excita o sistema 
imunológico. 
HIPER TIPO II 
• Nas reações desse tipo, anticorpos IgG e IgM são autoimunes e ligam-se a antígenos 
presentes na membrana celular. 
• Na gestação as mães podem ficar sensibilizadas pelo feto, isso ocorre através do vazamento 
de eritrócitos fetais da placenta para a circulação sanguínea. 
• Anticorpos ingeridos no colostro podem causar a destruição de eritrócitos do recém nascido. 
• Isoeritrólise Neonatal – Ocorre durante o parto, potros sofrem anemia hemolítica por conta 
da incompatibilidade sanguínea com a mãe. 
• Doenças Infecciosas – Microorganismos são adsorvidos na superfície dos eritrócitos e se 
tornam imunologicamente estranhos. 
HIPER TIPO III 
• Ocorre através de imunocomplexos circulantes que ao depositar-se sobre os tecidos causam 
a ativação de granulócitos e macrófagos. 
• Remoção dos Complexos Imunes Deficitária – Infecção persistente, defeito intrínseco no 
sistema de depuração ou sistema fagocítico. Já no extrinseco, fagócito fica sobrecarregado. 
• Processos Inflamatórios – Interação com o sistema complemento, liberação de mediadores 
vasoativos pelos mastócitos e basófilos, interação com plaquetas. Polimorfonucleares 
atraídos tentam fagocitar os complexos, quando não conseguem ocorre liberação de 
enzimas líticas que causam inflamações. 
 
 
 
 
AUTO-IMUNIDADE 
CONCEITOS GERAIS 
• Respostas imunes de reconhecimento que ocorre contra antígenos próprios. Nem toda auto-
imunidade é patológica! Uma resposta autoimune normal pode ser montada contra 
antígenos adquiridos em estágios tardios da vida, contra antígenos intracelulares e contra 
antígenos resultantes do desenvolvimento de novas configurações moleculares. 
• A maioria das doenças autoimunes resulta da falha em garantir a manutenção da tolerância 
contra autoantígenos. Pode haver um forte predisposição genética para o desenvolvimento 
de autoimunidade, já outras são desencadeadas por estimulação do sistema imune, como 
infecções virais, imunização e alguns fármacos. 
• A supressão linfocitária é controlada por múltiplos mecanismos,como seleção negativa pelo 
timo, requerimento de múltiplos sinais coestimulatórios, cooperação linfocitária, etc. 
Surgimento de clones de linfócitos “mal comportados”, direcionados contra componentes 
corporais normais. O fato destes linfócitos tenderem a surgir em períodos posteriores da 
vida sugere que representem o resultado de múltiplas mutações que podem eventualmente 
permitir que linfócitos autorreativos se desenvolvam. 
• Fatores que influenciam a suscetibilidade à autoimunidade são o sexo, idade, genética, 
infecções virais, etc. Desenvolvimento de autoanticorpos é relativamente comum e, por si 
só, não leva inevitavelmente à doença autoimune, alguns tendo função fisiológica. 
 
RESPOSTA IMUNE NORMAL 
Muitos autoanticorpos de ocorrência natural participam da homeostasia e regulação. São 
usualmente de baixa titulação, imunoglobulinas M de baixa afinidade (IgM) ou são anticorpos IgG 
direcionados contra fragmentos de proteínas danificadas por oxidação ou enzimas. 
o Antígenos Gerados Por Alterações Moleculares – Eritrócitos devem ser removidos 
do sangue conforme chegam ao fim do ciclo de vida. Conforme envelhecem, a 
proteína de transporte CD233 é gradualmente oxidada e um novo epítopo é 
exposto, reconhecido por autoanticorpos IgG. Se ligam aos eritrócitosvelhos e 
desencadeiam fagocitose. A produção de alguns autoanticorpos pode ser 
desencadeada por desenvolvimento de epítopos novos em proteínas normais. 
o Fatores Reumatóides – Autoanticorpos dirigidos contra outras imunoglobulinas. 
Quando um anticorpo se liga a um antígeno, o formato da molécula de 
imunoglobulina se altera de tal forma que novos epítopos são expostos em sua 
região Fc, que podem estimular a formação de RF, os quais são produzidos grandes 
quantidades de imunocomplexos, como artrite reumatóide, lúpus, etc, com 
linfócitos B respondendo a muitos autoantígenos diferentes. 
o Antígenos Ocultos ou Expressos Tardiamente – Muitos autoantígenos não induzem 
tolerância por estarem ocultos em células ou tecidos. Após um infarto de miocárdio, 
autoanticorpos podem ser produzidos contra mitocôndrias das células musculares 
cardíacas. Cães com hepatite crônica desenvolvem anticorpos contra proteínas de 
membrana dos hepatócitos. Algumas doenças, como tripanossomíase e tuberculose, 
podem gerar danos nos tecidos, onde autoanticorpos a antígenos teciduais 
diferentes podem ser detectados. Antígenos expressos tardiamente, como 
espermatozóide, pode permitir que proteínas dos tecidos danificados alcancem a 
circulação sanguínea, encontrem células sensíveis e estimulem autoimunidade. 
 
RESPOSTA IMUNE NORMAL 
• Falha na eliminação, sem disponibilidade de autoantígenos no timo. O gene AIRE controla a 
expressão de milhares de autoantígenos no timo. Linfócitos autorreativos são normalmente 
destruídos no timo por apoptose disparada pelo Fas. Defeitos nele ou em seu ligante podem 
fazer com que linfócitos T anormais sobrevivam e causem doenças. 
• Tolerância Periférica – Falha do controle regulador, defeitos funcionais, fenotípicos e 
quantitativos de células reguladoras. Relatados em várias doenças reumáticas autoimunes, 
tendo importância na manutenção da tolerância imunológica e mecanismos fisiopatológicos. 
• Autoimunidade Induzida Por Infecção – Mimetismo molecular, que é o compartilhamento 
de epítopos entre um agente infeccioso ou parasitário e um autoantígeno. 
• Fatores Predisponentes – Predisposição genética, genes perdidos ou superexpressos. 
Codificam para citocinas, receptores e coestimuladores, moléculas que regulam apoptose, 
depuração de antígenos e membros das cascatas sinalizadoras de citocinas ou antígenos. 
• MHC – Moléculas do MHC regulam a apresentação de epítopos processados. Determinam 
resistência ou suscetibilidade a muitas doenças. 
• Predisposição Racial – Em cães, as raças tem sido desenvolvidas como resultado de seleção 
fenotípica agressiva, muitas vezes resultando em endocruzamentos e falta de diversidade 
genética. Mamíferos domésticos são acometidos por uma ampla gama de doenças 
autoimunes. Qualquer órgão ou tecido é uma vítima potencial de ataque autoimune. As 
doenças autoimunes mais comuns nesses animais afetam o sistema endócrino, pele e 
eritrócitos. O tratamento geralmente envolve a supressão da lesão inflamatória destrutiva, 
pela administração de corticosteróides. A terapia pode ser suplementada com drogas 
imunossupressoras. Alguns exemplos são o hipotireoidismo, diabetes mellitus 
insulinodependente, polineurite canina, anemia hemolítica autoimune, trombocitopenia 
autoimune, lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatóide, etc. 
 
RESPOSTA IMUNE ANTI-TUMORAL 
• Eliminação de patógenos – Contribui para a resolução da inflamação ou exacerbação de 
seus efeitos, impedindo a instalação de um microambiente propício à gênese tumoral a 
partir de um processo inflamatório. 
• Identificação e Eliminação de Células Tumorais – LTc específicos para antígenos tumorais, 
exercendo uma vigilância imunológica. Ao se ligarem a esses antígenos eliminam as células 
geneticamente mutadas antes que se proliferem e se instalem no organismo. 
• Como Ocorre a Resposta? – Sinais de alarme para recrutar e ativar células da resposta 
imune inata local. Crescimento progressivo, desregulação gênica e disturbios metabólicos, 
envolvendo células dendríticas, macrófagos, neutrófilos, células NK e células T (adaptativa). 
• Imunoestágio – Eliminação, equilíbrio e escape. 
o Eliminação – Vigilância imunológica. Células do sistema imune detectam e eliminam 
células neoplásicas que resultam da falha de mecanismos intrínsecos de supressão 
tumoral. Considerada completa quando todas as células neoplásicas são eliminadas. 
• Principais Mecanismos de Eliminação – Células NK possuem receptor ao MICA, proteína 
expressada em células infectadas por vírus ou cancerígenas, que ao se ligar, os efeitos 
inibitórios de MHC-I são superdirecionados e células NK matam o alvo. 
• LTC – Liberação de grânulos com enzimas líticas, perforina, granzimas A e B, granulisina. 
Aumenta expressão de MHC-I e sensibilidade de células neoplásicas à lise, induz a apoptose. 
• Equilíbrio – Se apenas uma parte das células for eliminada, ocorre um equilíbrio temporário. 
O tumor permanece em estado de dormência ou evolui lentamente. Acumula-se aumento 
de mutações no DNA e pleomorfismo na expressão gênica, modulando a expressão dos 
antígenos específicos dos tumores. Sistema imune realiza uma pressão seletiva para eliminar 
as células mais vulneráveis e impedir a expansão clonal, controlando a progressão tumoral. 
• Escape – Quando a resposta imunológica é insuficiente para eliminar as células mutadas. 
Evolução de processo, seleção de variantes de células tumorais resistentes à imunidade 
antineoplásica, mutações gênicas. Malignidade, crescimento de forma descontrolada e 
progressiva, possibilidade de infiltrar o sítio primário e alcançar órgãos distantes, metástase. 
o Por Que Ocorre o Escape Tumoral? – Emergência de tumores com reduzida 
imunogenicidade. Três critérios são requeridos para a destruição de tumores já 
estabelecidos, sendo o número suficiente de células imunes com grande capacidade 
de reconhecimento aos antígenos tumorais que precisam ser geradas in vivo, essas 
células precisam ir até o tumor e infiltrar em seu estroma, células imunes precisam 
ser ativadas no local do tumor para manifestar mecanismos efetores apropiados tais 
como lise direta ou secreção de citocinas, capazes de causar a destruição tumoral. 
o Mecanismos de Escape Tumoral – Diminuição da expressão de MHC classe I na 
superfície celular. Diminuição da expressão de antígenos tumorais ou seleção de 
variantes tumorais com baixa antigenicidade. Falta de moléculas coestimulatórias 
nas células tumorais. Produção de citocinas imunossupressoras. 
o Microambiente Tumoral – Ativação e inibição de células T dependem da presença 
ou ausência de citocinas em seu microambiente. Próprias células tumorais 
produzem uma variedade de citocinas e quimiocinas. Podem afetar negativamente a 
maturação e função das células do sistema imune. 
 
IMUNOTERAPIA 
Ataca antígenos tumorais específicos. Destroem células tumorais diretamente, através de lise. Surgiu 
recentemente, com base na melhor compreensão dos processos imunes contra tumores. 
Inicialmente focada na elucidação da resposta das células T citotóxicas, onde muitos antígenos 
tumorais são proteínas intracelulares. LTc respondem aos peptídeos apresentados no contexto de 
MHC de classe I, mais frequentemente derivados de proteínas intracelulares. Anticorpos 
monoclonais interferindo diretamente no crescimento celular, inibição da proliferação. 
Desencadeando processos de morte celular, mediando funções efetoras imunes, citoxicidade 
dependente de complemento e anticorpo. Primeiro anticorpo monoclonal aprovado pelo FDA foi o 
rituximab (rituxan). Específico para antígeno de superfície CD20, presente em neoplasias linfóides de 
células B. Resistentes a quimioterapia convencional. 
• Citoxicidade Celular Dependente de Anticorpo (CCDA) – Células efetoras se ligam ao complexo 
antígeno-anticorpo pelo receptor com liberação de granzimas, perforinas e granulisina. 
• Citoxicidade Dependente de Complemento(CDC) – A proteína C1 se liga ao complexo anticorpo 
monoclonal-antígeno e ativa a vida clássica do sistema complemento. 
• Fagocitose Celular Dependente de Anticorpo (FCDA) – Os fagócitos mononucleares e 
neutrófilos possuem FcRs e receptores do complemento, ativam a fagocitose após se ligarem a 
porção Fc do anticorpo e C3b, respectivamente. 
• Bevacizumab, Avastin anti VEGF – Bloqueia todas as isoformas de VEGF (fator de crescimento 
vásculo-endotelial) aos receptores, inibindo angiogênese, diminuindo a perfusão do tumor. Volume 
de vascularização, densidade microvascular, pressão do fluído intersticial e número de células 
endoteliais e progenitoras circulantes. 
• Anticorpos Antitumorais Para Transportar Substâncias Tóxicas – Seletivamente até as 
células tumorais. 
• Radioimunoterapia (RAIT) – Consiste na administração sistêmica de um elemento radiativo 
(radionuclídeos) que possuem emissão de partículas alfa ou beta, conjugado a um mAb 
dirigido contra antígenos tumorais. Pode aumentar a acumulação de radioatividade. 
• Antígenos Tumorais – Identificação de 
antígenos tumorais. Expressão é essencial 
para a sobrevivência das células neoplásicas. 
Novo caminho para prevenir a perda 
emergente de variantes antigênicas devido à 
imunosseleção, principalmente durante a 
imunoterapia. Importância no diagnóstico e 
prognóstico de tumores, podendo ser 
utilizados como marcadores tumorais. Podem 
ser reconhecidos por anticorpos, tecidos 
como imunocitoquímica, imunohistoquímica 
ou imunofluorescência. No sangue periférico 
por técnicas imunoenzimáticas. 
• Uso de Citocinas – Modificação da resposta biológica. Manipulação imune, IL-12 e IL-4. 
Tumores invasivos podem regredir completamente sob uma estimulação imune apropriada. 
IFN-alfa é um mediador da atividade antitumoral, baseados na idéia de que alguns vírus são 
conhecidos por destruir células tumorais seletivamente. Indução de imunidade adaptativa, 
introdução de DCs preenchidas com antígenos tumorais, permite ao sistema imune 
responder apropriadamente aos antígenos e promove imunidade antitumoral específica, 
pela geração de células efetoras que podem atacar e lisar as células tumorais. 
 
IMUNODIAGNÓSTICO 
São testes que dependem da ligação de antígenos com anticorpos específicos, sendo um diagnóstico 
laboratorial por meio de técnicas imunológicas. A interação Ag-Ac é um tipo de reação química, 
sujeita a vários tipos de forças. O reconhecimento se dá pela superfície da célula em solução. Possui 
finalidades de pesquisa, diagnósticos e inquéritos epidemiológicos. 
• Imunoensaios – Afinidade, tem a capacidade de ligação do Ac com o Ag que estimula a sua 
síntese. Especificidade, células imunes sintetizam o Ac sob influência da estrutura do Ag. 
• Reações de Precipitação – Baixo custo, baixa sensibilidade e boa especificidade. Complexo 
Ag-Ac forma uma malha de grandes agregados insolúveis. Visualmente a olho nú, com 
microscópio ou por medida da turbidez. Tem as desvantagens de fatores físico-químicos e 
imunológicos interferirem na quantidade de precipitado formado. É uma reação reversível 
que pode se dissolver quando há excesso de um dos componentes. 
• Imunodifusão – Processo pelo qual a substância é transportada, de uma parte para outra, 
como resultado do movimento molecular. Na imunodifusão simples, fixa-se um dos 
reagentes no suporte e difunde-se o outro. Na imunodifusão dupla, ambas movem-se, utiliza 
ágar em uma lâmina de vidro, perfurações no gel em aplicação da amostra. Tem a 
desvantagem lenta e baixa sensibilidade. 
• Imunoeletroforese – Identificação de misturar complexos de antígenos que são separados 
em gel de agarose, pela aplicação de uma corrente elétrica. As moléculas migram, 
distribuindo-se no gel de acordo com os seus pesos moleculares e cargas. 
Sensibilidade – Detecta baixas quantidades de anticorpos, bem sensível. 
Especificidade – É bem específico para cada doença, diminuindo chances de falso-positivos. 
• Reações de Aglutinação – Permite a detecção de 
pequenas quantidades de anticorpos. Formação de 
grandes agregados de micropartículas, imunocomplexos 
de antígenos e anticorpos. As vantagens é sua elevada 
sensibilidade, baixo custo, leitura visual e facilidade de 
executação. A reação ocorre quando se formam 
agregados grandes de partículas com múltiplos 
determinantes antigênicos interligados por pontes 
moleculares de anticorpos. Ligam-se em sítios antigênicos iguais em partículas diferentes, 
com presença de IgG e IgM. Pode ser realizada em placas, tubos ou lâminas, sendo que os 
fatores que interferem na formação de agregados são eletrólitos, classe do anticorpo 
envolvido, enzimas, pH, tempo, temperatura e macromoléculas hidrofílicas. 
• Aglutinação Direta – Em um resultado 
positivo, a aglutinação fica visível, com 
aglomeração dos eritrócitos na placa teste. 
• Imunocromatografia – Procura o antígeno 
na amostra, anticorpo fixado no teste rápido. 
• Fixação de Complemento – Baseado no 
princípio de que o complemento é um agente 
lítico, ligado e fixado a um complexo antígeno-
anticorpo. Possui duas fases, onde na primeira 
fase, o soro teste (anticorpo) é misturado e incubado com o antígeno e o complemento. Se 
tiver anticorpos, o complexo antígeno-anticorpo é formado e o complemento é fixado. Já na 
segunda fase, um complexo formado por hemácia e anticorpo anti-hemácia, que funciona 
como um complexo revelador, é adicionado à mistura. Se o complemento foi fixado na 
primeira fase, não estará mais ativo ou disponível para atuar, e assim, as hemácias 
permanecerão intactas e não serão lisadas gerando resultado positivo. A ausência de 
hemólise indica que tem anticorpo, e se não tem anticorpo o resultado é negativo, onde o 
complemento não será fixado e permanecerá livre e ativo. Quando for adicionado o sistema 
revelador, o complemento ativo irá reconhecer o imunocomplexo ao qual irá se fixar, 
ativando a cascata de complemento e resultando na lise das hemácias. 
• Western Blotting – Transferência de amostras biológicas de um gel para uma membrana, e 
consequente auxiliando na detecção e análise de proteínas, obtendo informações sobre a 
massa molecular e a quantidade relativa existente na proteína específica de uma amostra. 
• Teste de Neutralização – Estimam a habilidade de anticorpos em neutralizarem a atividade 
biológica do antígeno quando misturados in vitro. Identifica toxinas bacterianas, mensuração 
de anticorpos antivirais e impedimento de vírus de infectar células após anticorpo específico 
ter se combinado e bloqueado seus sítios críticos de ligação. 
o Vírus Infeccioso – Neutralizado por anticorpos específicos, perde a capacidade de 
infectar células permissivas. 
o Possui duas etapas, onde a primeira o vírus infeccioso e o anticorpo são incubados 
para que ocorra a interação vírus anticorpo. Na segunda, alíquotas da mistura vírus-
anticorpo são inoculadas num hospedeiro permissivo, geralmente em uma cultura 
de células. Após a incubação, a cultura é observada para visualizar se houve efeito 
citopático. Se os anticorpos se ligarem ao vírus na primeira etapa, ele é neutralizado 
e não irá infectar a cultura de células. Consequentemente, não haverá ECP. Se os 
anticorpos não se ligarem ao vírus na primeira etapa, o vírus permanecerá infeccioso 
e irá infectar a cultura de células, produzindo ECP. 
• Imunohistoquímica ou Imunocitoquímica – Método de análise dos tecidos via microscópio. 
Identifica características moleculares das doenças, realiza diagnóstico de doenças 
inflamatórias, infecciosas e neoplasias. Importante para determinação de fatores preditivos 
e prognósticos no câncer. Permite a visualização em microscópio comum e a obtenção de 
preparações permanentes. Localizar um epítopo de interesse em cortes de tecido, onde o 
tecido é removido do ser vivo e conservado/fixado por congelação ou por métodos químicos 
(formaldeído), embebido em parafina. Posteriormente sãoobtidas secções muito finas. É 
possível colocalizar os antígenos nos componentes histológicos e celulares, mantendo a 
arquitetura original do tecido circundante. 
• Reação de Imunofluorescência – Se baseia na capacidade das moléculas de anticorpo se 
ligarem covalentemente a fluorocromos e isotiocianato de fluoresceína, mantendo a 
especificidade contra o antígeno. A reação de antígeno e anticorpo é detectada pela emissão 
de fluorescência, realizando a pesquisa de antígeno por microscópio de fluorescência. 
• ELISA – Tem o objetivo de detectar a presença de antígenos e anticorpos. Quantificação da 
concentração da amostra em análise ou relato dos valores das absorbâncias (expressão do 
resultado em unidade). Tem as vantagens de sensibilidade, especificidade e simplicidade da 
técnica, versatilidade, rapidez, baixo custo e objetividade da leitura. De desvantagens, tem 
erros operacionais, variáveis analíticas, adaptação a diferentes graus de automação, 
instabilidade dos reagentes e influência em manipulações e do equipamento. 
• Citometria de Fluxo – Separação de células marcadas por fluorescência. Anticorpos dirigidos 
contra moléculas de membrana ou antígenos do conjunto de diferenciação. Cada anticorpo 
é marcado com um fluorocromo diferente, teste qualitativo e quantitativo. 
 
VACINAS 
• Qualquer imunofármaco capaz de estimular o sistema imune a combater as células 
neoplásicas. Dividida em duas categorias: células tumorais (ou lisados derivados de células 
tumorais) e antígenos cancerígenos definidos. Antígeno simples transportado por um 
sistema carreador, proteínas recombinantes, vetores virais, peptídeos ou células dendríticas 
tratadas. 
• Limitações – Origem, estágios de desenvolvimento e genética dos tipos de câncer. 
• Futuro – Identificação e caracterização dos antígenos alvos. Mecanismos supressivos, 
regulação das células T regulatórias CD4+, definição da resposta imune desejada a ser obtida 
pela vacina. Escolha do sistema de aplicação da vacina mais apropriada. Células T 
geneticamente modificadas, chamadas receptoras de antígeno quimérico, são aplicadas na 
corrente sanguínea dos pacientes, onde se multiplicam e começam a combater o câncer. 
• Vacina - Uma ampla variedade de preparações de antígenos pode ser utilizada como 
vacinas, sendo a maioria ainda de administração parenteral. Adjuvantes aumentam a 
produção de anticorpos. A segurança da vacina é uma consideração primordial! A vacinação 
simula uma primeira infecção com o antígeno. 
• Imunização Ativa – Presença de antígenos. Exposição natural ou artificial. Imunidade 
duradoura. Aplica princípios imunológicos à saúde. Ativação de mecanismos de defesa 
contra um único invasor, mecanismos de aprendizagem e memória, capacidade de extrair 
informações dos agentes infecciosos e disponibilizá-las para uso futuro. Se divide em natural 
(exposição ao antígeno) e artificial (imunização). 
• Imunização Passiva – Transferência de anticorpos. Placentária, colostro, soro, plasma, 
catabolismo natural e riscos. Tem a vantagem de proteção imediata, e desvantagens de 
curto período de proteção, risco de transmissão de doenças e reações anafiláticas. 
• Plasma e Soro – A diferença entre soro e o plasma é que o soro é o plasma sem fibrinogênio, 
liberado após a coagulação do sangue, enquanto o plasma é preparado para coagulação do 
sangue, e com função no sistema imunológico. 
• Produção de Vacina – Devemos entender o patógeno e encontrar o melhor antígeno para 
ele. Entender os mecanismos imunológicos estimulados pelo patógeno, irá desencadear 
uma resposta imune celular ou humoral? 
A vacina ideal deve ter as seguintes características: 
A. Conter antígenos que são alvos do sistema imunológico 
B. Gerar um imunidade efetiva, com anticorpos e células T 
C. Produzir imunidade duradoura 
D. Bom nível de proteção sem a necessidade de uma dose de reforço 
E. Seguras, não podendo causar doença ou morte 
F. Baixo custo por dose 
G. Fácil de administrar 
H. Estável biologicamente 
I. Pouco ou nenhum efeito colateral! 
Realidade: 
A. Múltiplas doses 
B. Efetividade variável 
C. Segurança variável 
D. Geralmente, proteção de curto prazo 
 
• Vacina Viva/Atenuadas – Constituídas de microorganismos obtidos através da seleção de 
cepas selvagens e atenuadas, através de passagens em meios de cultura, em diversos 
hospedeiros e manipulação genética. Não necessitam de adjuvantes, excelente ação contra 
vírus. Tem as vantagens de proteção duradoura, baixo custo, resposta humoral e celular. 
Tem as desvantagens de risco de reversão da patogenicidade, pouca definição da 
composição, estocagem a baixas temperaturas e não utilizadas em imunodeprimidos. 
• Vacina Inativada – Microorganismos inteiros inativados por meios físicos ou químicos. 
Perdem a capacidade infecciosa, mantém a imunogenicidade. Toxóides e vacinas de 
subunidade também são inativadas. Tem as vantagens de não existir risco de reversão da 
patogenicidade e sem risco de transmissão. Tem as desvantagens de múltiplos reforços, 
composição pouco conhecida, patógeno deve ser cultivado in vitro, gera resposta 
principalmente humoral e necessita do uso de adjuvante. 
• Vacinas de Subunidade – Apenas um pedaço do agente. Induz o anticorpo que bloqueia a 
transmissão do organismo do cão para o mosquito vetor, impedindo a ligação do agente ao 
organismo. Tem as vantagens de ter uma composiçaõ conhecida, produção em larga escala, 
sem risco de patogenicidade e armazenada em temperatura ambiente. Tem as desvantagens 
de resposta humoral, múltiplas doses e adjuvantes. 
• Toxóides – Isolamento de toxinas, inativação da toxicidade por formol e adição de 
estabilizante e adjuvante. 
• Vacinas Recombinantes/DNA – A maioria das vacinas recombinantes está baseada no 
conceito de antígeno-chave, que é aquele que permite ao sistema imune reconhecer o 
agente infeccioso e desenvolver uma resposta imune eficiente. Tem as vantagens de 
imunogenicidade, segurança, facilidade de manipulação e são estáveis. Tem desvantagens 
de baixa expressão. 
• Vacinais Virais ou MO Atenuados – Genes que codificam antígenos microbianos que são 
introduzidos em vírus, induzindo resposta LTh. 
 
 Vias de Administração: 
A. Intramuscular – Possui fácil técnica e permite um grande 
volume. Porém, é invasiva, pode causar dano no músculo ou 
no nervo e possível administração sistêmica. 
B. Subcutânea – Possui fácil técnica e permite um grande 
volume possível, com menor chance de administração 
sistêmica. Tem desvantagens de absorção pela gordura. 
C. Intradérmica – Possui acesso a APC, langerhans. Tem a 
desvantagem de volume menor, menos que 250ul e técnica 
mais difícil. 
D. Intranasal/Aerosol – Não é invasiva, tem indução de 
resposta imune de mucosa e mínima diluição do antígeno. 
Porém, pode ocorrer absorção errada. 
E. Oral – Não é invasiva, tem indução de resposta imune de 
mucosa. Tem desvantagens de tolerâncias e diluição do 
antígeno. 
 
• Adjuvantes – Adjurave é qualquer substância que quando adicionada a uma formulação 
vacinal, aumenta sua imunogenicidade. Tipos de adjuvantes podem ser 
imunoestimulatórios, particulados (sais minerais, partículas lipídicas e micropartículas) e 
mucosa. 
• Reações Vacinais – Qualquer ocorrência clínica indesejável, nenhuma vacina está fora de 
riscos, podendo causar virulência, toxicidade residual, efeitos alérgicos e doença nos 
hospedeiros imunodeficientes. As reações associadas ao 
uso das vacinas podem ser divididas em locais e 
sistêmicas. Ocorrem devido a reações inerentes a vacina, 
técnica de administração, hipersensibilidade aos 
componentes da vacina, comprometimento imunológico, 
ansiedade ou manejo inadequado. Reações podem ser 
graves em animais com deficiências de imunidade, além 
disso é preciso se atentar com as agulhas e seringas 
empregadas, contaminação no preparo e nas técnicas, 
além dos fatores do vacinado como idade, sexo, doses, 
datas,reações, doenças, etc. 
• EAPV – Algumas reações como febre, dor local, etc, já são esperados. Os inesperados, não 
identificados anteriormente, podem se relacionar com novas vacinas ou problemas na 
produção, como teor indevido de endotoxina, ocasionamento de sepse e contaminação, 
abscessos, etc. Reações sistêmicas inespecíficas são extremamente variáveis, onde algumas 
são consideradas normais com possibilidade de ocorrer. Reações de hipersensibilidade são 
consideradas sistêmicas. 
• Reações de Hipersensibilidade do Tipo I – Imediata, relacionadas à uma resposta ao 
antígeno que pode ocorrer minutos ou horas após a exposição, também chamadas de 
reações anafiláticas. Processos mediados por IgE que se ligam aos antígenos presentes na 
vacina e então aos mastócitos, desencadeando sua degranulação e consequente liberação 
de aminas vasoativas, como a histamina, produção de mediadores inflamatórios e citocinas. 
• Reações de Hipersensibilidade do Tipo IV – Comum a formação de granuloma no local de 
aplicação. Considera-se normal a manutenção de um granuloma no local de aplicação por 
um período de até três meses após a administração da vacina, e a partir de então, deve-se 
preconizar a realização de medidas diagnósticas, como a biópsia. 
• Locais de Vacinação de Gatos – Sarcoma do local de injeção em felinos, reação inflamatória 
crônica localizada inicia a transformação maligna de células mesenquimais e que esse 
processo tem alguma base genética. Vacinas sem adjuvantes devem ser administradas aos 
gatos sempre que possível. Notificação nacional apropriada para suspeita de reações 
adversas ou para o fabricante da vacina. 
• Eventos Adversos – Informar o proprietário que o uso de vacinas não está fora de riscos. 
Animais menores de 12 semanas de idade e cães de raças pequenas possuem maior 
probabilidade. As doses das vacinas não são calculadas em mg/kg, mas sim com carga 
antigênica total para estimulação, então elas não podem ser fracionadas. 
• Falhas Vacinais – Mesmo um produto adequado não é capaz de imunizar 100% dos 
indivíduos de uma população. Produtos altamente eficazes, variações biológicas são 
responsáveis por falhas vacinais em uma pequena porcentagem de indivíduos. Anticorpos 
maternos neutralizam o vírus da vacina, sendo um dos motivos mais comuns de falha. 
Outros fatores devem ser a cepa do vírus, histórico de passagem, falhas de agências 
reguladoras, fabricação, transporte e armazenamento, administração, concepção, etc. 
 
RESPOSTA IMUNE NA GESTAÇÃO E NEONATOS 
• Neonatologia – Mudanças imunológicas, circulatórias, respiratórias e metabólicas. Devem 
assumir o controle de suas trocas gasosas, eliminar seus próprios excrementos, controlar sua 
temperatura e seu fluxo sanguíneo e procurar por alimentação, tolerância x rejeição. 
A sobrevivência fetal é um grande enigma do ponto de vista imunológico. Feto deveria ser 
reconhecido e rejeitado, apresenta 50% de antígenos de origem paterna. O embrião se 
comporta, no organismo materno, como um transplante sujeito a rejeição ou tolerância 
imunológica, porém o sistema imune reconhece o embrião e não o rejeita. A placenta funciona 
como um filtro, e ocorre supressão da expressão de antígenos paternos (MHC – complexo de 
histocompatibilidade maior) pelas células trofoblásticas. Em um abiente de tolerância, a 
presença de uma resposta do tipo TH2 na mãe gera liberação de citocinas, e o feto não é visto 
como um corpo estranho. 
• Progesterona – O hormônio da gravidez, possui efeitos sobre a proliferação e diferenciação 
de células endometriais uterinas. É capaz de suprimir a ação efetora das células T, alterar a 
expressão gênica dessas células e modular canais de potássio da membrana celular. Sendo 
assim, neonatos apresentam resposta celular preferencialmente Th2. 
• Potros – Submetidos a desafios e adaptações fisiológicas, aquisição de imunidade passiva 
por ingestão de colostro. Modulação da imunidade ativa pelo contato com o ambiente, 
adequação do sistema digestivo e da condição de lactente. Potros são muito protegidos, por 
placenta epiteliocorial difusa com seis camadas teciduais entre a mãe e o feto. 
• Neonatos – Possuem diferenças na resposta imune de adultos. Componentes e mecanismos 
são semelhantes, maior regulação e menor resposta imune. Suscetíveis a infecções por 
microorganismos intracelulares. 
• Neutrófilos – Tem habilidade fagocítica reduzida até 3 semanas, e capacidade microbicida 
até 3 meses. 
• Imunidade Inata – Deficiente sinalização via TLR por neonatos e deficiência na resposta 
inata. Menor expressão de MHC de classe II pelas células apresentadoras de antígenos, 
suscetibilidade desses animais. Atraso na maturação e na ativação das APCs. 
• Imunidade Adaptativa – Reduzida produção de anticorpos, resposta de linfócito T e 
diferente padrão de secreção de citocina contra patógenos quando comparado a adultos. 
• Produção de Anticorpos / Imunidade Humoral – Anticorpos neutralizantes são produzidos 
após os 200 dias de gestação, IgG, IgM, IgG1, IgG3, IgG5, IgA. Em adultos, IgG4, IgG7 e IgE. 
• Imunidade Celular – Linfócitos responsivos a antígenos, no timo em 80 dias de gestação. 
Presentes no sangue do feto, 120 dias de gestação. Linfoproliferação em 140 dias de 
gestação, resposta proliferativa reduzida ao nascimento. 
Colostro – Não possui anticorpos específicos, células de memória ou células efetora. O colostro 
atua como uma primeira secreção láctea por ocasião do parto, constituído de leite e elementos 
do soro sanguíneo como imunoglobulinas, principalmente a Imunoglobulina G. Possuem 
receptor específico, neonatal Fc-receptor FcRn. Transfere importantes componentes imunes ao 
filhote, imundiade humoral e celular, como citocinas, leucócitos e fatores de crescimento que 
ativarão o sistema imune do potro. Bovinos contém altos níveis de citocinas próinflamatórias. O 
pico na circulação ocorre de 12 a 24 horas após a ingestão, desaparecendo 36 horas após a 
ingestão. Migra para tecidos linfóides secundários, iniciando as respostas imunes adaptativas. A 
transferência de células maternas vivas do colostro para o neonato aumenta a resposta dos 
bezerros a antígenos que as mães foram previamente imunizadas. A transferência de imunidade 
mediada por célula para o neonato pode ser melhorada pela vacinação das mães.

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