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Apresentação de antígenos e características da imunidade adaptativa

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1 IMUNOLOGIA – JULIANA OLIVEIRA 
APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENOS E CARACTERÍSTICAS 
DA IMUNIDADE ADAPTATIVA 
➔ Características da resposta adquirida: 
Para nos ferir a substâncias estranhas que cheguem em nosso organismo e sejam reconhecidas pelos receptores dos linfócitos 
que são o TCR e o BCR, chama-se de antígenos. 
Há uma diferença entre antígeno e imunógeno, de forma que o imunógeno é quando o antígeno é capaz de ativar uma 
resposta imune, então, ao chegar uma substância estranha, chama-se de antígeno, no entanto, quando essa substância é capaz 
de ativar uma resposta imune recebe o nome de imunógeno; ao falar de antígeno, o vírus ou bactéria não é reconhecido 
inteiramente pelos receptores presentes na superfície dos linfócitos, uma bactéria ou vírus pode possuir vários epítopos, de 
forma que o epítopo imunogênicos é prioritariamente reconhecido pelos linfócitos, sendo o epítopo a porção à ser reconhecida 
e que produz uma resposta contra ele. 
 
▪ Especificidade: 
A especificidade é elevadíssima ao contrário da imunidade inata, que apesar de existir, é altamente limitado. Na imunidade 
adaptativa, além de diferenciar um vírus de uma bactéria, é possível diferenciar uma bactéria de uma outra bactéria, podendo 
reconhecer possíveis mutações sofridas em um determinado vírus que alterou um epítopo. 
Essa especificidade se refere ao receptor que está presente no linfócito, assim, o receptor da imunidade adaptativa reconhece os 
epítopos com alta especificidade e isso, consequentemente, resulta em uma elevada especificidade de resposta. Assim, ao se 
falar de elevada especificidade antigênica precisa-se mostrar os receptores da imunidade adaptativa que reconhece com essa 
especificidade. 
 
▪ Diversidade: 
No BCR a estrutura responsável pelo reconhecimento antigênico é um anticorpo de membrana, sendo essa ou um IgM de 
membrana, a qual pode ser pentamérica, que é a forma secretada e é neutralizante ou a monomérica que é de membrana e tem 
função de receptor ou é uma IgD, que só pode ser de membrana. 
Tem-se uma gama de receptores, o que confere uma capacidade de reconhecer uma variedade de antígenos, conferindo 
diversidade à essa imunidade. 
 
▪ Memória imunológica: 
Garante que diante de uma reexposição antigênica, o organismo vai gerar uma resposta intensa e muito mais rápida, assim, 
quando o indivíduo é exposto pela primeira vez a um determinado antígeno chamado de “antígeno X”, após a imunidade inata 
tem-se a ativação das células T e B naives a partir do encontro com antígeno X nos órgãos linfoides periféricos, essas células 
ativadas conseguem resolver a infecção e após a resolução completa restam as células B e T de memória, porquê as células 
efetoras já fizeram o trabalho de resolver a infecção, quando o indivíduo é reexposto ao antígeno tem-se o “ antígeno x” e o 
“antígeno Y”que pode ser resultado de uma mutação viral ou o reconhecimento de um novo epítopo naquele mesmo antígeno. 
Assim, para o antígeno Y, que é novo, tem-se uma nova resposta primária, no entanto, a resposta gerada contra o antígeno X, é 
rapidamente estabelecida devido à existência de células de memória, as quais se reativam e proliferam rapidamente. 
 
2 IMUNOLOGIA – JULIANA OLIVEIRA 
 
▪ Autolimitação e homeostasia: 
Isso significa que o sistema adaptativo foi ativado para resolver uma determinada infecção, posterior a isso, não tem porquê 
continuar ativando linfócitos T e B, assim, a medida que um antígeno é eliminado, a resposta imune também precisa ser cessada, 
assim, quanto mais rápido a resposta imune conseguir resolver uma infecção e as células imunes retornarem ao seu estado basal, 
melhor, pois isso evita que o tecido sofra um dano secundário. 
 
▪ Tolerância a antígenos próprios: 
No timo e no baço durante o desenvolvimento dos linfócitos as células são testadas contra antígenos próprios de forma que as 
células autorreativas vão morrer por apoptose e somente as células não reativas estarão aptas a saírem pela corrente linfática e 
ficar recirculando pelo nosso corpo para conferir proteção. No entanto, na periferia esses linfócitos podem encontrar um 
antígeno próprio e se ativar, assim, seja em um órgão linfóide primário que são o timo, medula óssea ou na periferia, os 
linfócitos B e T podem encontrar um antígeno próprio e se ativarem, assim, existem mecanismos de tolerância para anular essas 
células, contudo, quando esses mecanismos falham, a doença autoimune acontece. 
 
Fases da resposta imunológica adquirida: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 IMUNOLOGIA – JULIANA OLIVEIRA 
➔ Célula inata: 
▪ Fagócitos: 
Sabe-se a importância dos fagócitos, principalmente dos macrófagos e neutrófilos atuando nos tecidos para fazer a depuração de 
micróbios e células mortas. A célula dendrítica é um fagócito, no entanto, sua especialidade é a apresentação de antígeno, o 
macrófago perpassa muito bem por ambas as funções, é um excelente fagócito e um excelente apresentador de antígeno. 
Quando se tem um micróbio entrando no organismo, ele 
foge de fagócitos e procura células não fagocíticas, de 
preferência não imunes, para infectar, assim, ele infecta uma 
célula não fagocítica e consegue sem proliferar sem ser 
atacado, uma célula infectada por expressar epítopos desse 
antígeno em sua superfície, de forma que isso gera 
reconhecimento pelos componentes imunológicos, no 
entanto, como essa célula não tem mecanismo nenhum 
para destruir esse micróbio ele ganha tempo até ser 
reconhecido, consegue se proliferar e sair dessa célula para 
infectar novas células e se disseminar, ganhando tempo para 
progredir nesse processo infeccioso inicial. 
Quando esse micróbio vai infectar um fagócito ele não sabe 
das espécies reativas de oxigênio, não sabe que fagossomo 
vai se fusionar com os lisossomos, no entanto, tem-se 
alguns micróbios que conseguem sobreviver no macrófago, 
outros conseguem evitar a fusão do fagossomo com o 
lisossomo. 
 
➔ Apresentação de antígenos: 
O MHC apresenta o antígeno proteico para o TCR que é o receptor de célula T, além disso, existe uma alça no MHC que vai 
interagir ou com a molécula T CD4+ ou com a molécula CD8+, ou seja, tem-se restrição da classe do MHC, o MHC de classe I 
tem uma alça chamada de alfa-3 que vai se ligar a molécula CD8+, mas no MHC de classe II tem uma alça chamada de beta-2 
que vai se ligar ao CD4+, então, isso não só faz com que o MHC de classe I apresente só o CD8+ e o MHC de classe II 
somente o CD4+, mas com isso também não se tem as células próximas, assim, quando o CD4+ se fixa no MHC de classe II, o 
linfócito T e a célula apresentadora de antígeno, que é a célula dendrítica, se mantêm próximas e não se separam porquê essa 
molécula possui função adesiva. No entanto, existem moléculas mais especializadas nessa adesão que são as integrinas, assim, na 
superfície da célula T tem uma integrina e na célula dendrítica tem um ligante específico para essa integrina, garantindo a 
permanência da proximidade entre essas células. Essas células precisam estar juntas para que todas as interações necessárias 
ocorram para a apresentação de antígeno e posterior ativação das células T, assim, sem as integrinas essas células poderiam se 
unir, mas se soltar devido a uma ligação fraca. 
 
▪ Integrinas: 
Enquanto a célula T está em repouso, ou seja, antes de receber qualquer estímulo antigênico, ela já expressa uma integrina de 
baixa afinidade, bem como tem seu ligante na célula dendrítica. No entanto, no momento em que a célula dendrítica amadurece 
e ela vai apresentar o antígeno proteico via MHC para o receptor da célula T, esse reconhecimento pelo TCR vai gerar uma 
sinalização intracelular para o linfócito T, a qual aumenta a afinidade da integrina, fazendo com que ela ligue fortemente ao 
ligante de integrina que é expresso na célula apresentadora de antígeno, além disso, a célula dendrítica pode produzir 
quimiocinas, as quais interagem com os seusreceptores na célula T, gerando um sinal de quimiocinas, as quais são capazes de 
aumentar a afinidade da integrina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 IMUNOLOGIA – JULIANA OLIVEIRA 
▪ Vias de processamento antigênico: 
O processamento de antígenos depende da sua localização dentro da célula e depois disso tem-se uma associação com o MHC 
de classe I ou de classe II, e também a apresentação exclusiva ou para o linfócito T citotóxico ou auxiliar, assim, tem-se uma 
célula dendrítica com a capacidade de apresentar o antígeno proteico para a célula T auxiliar e para o linfócito T citotóxico via 
MHC de classe I. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sequência de ativação da célula T: 
Enquanto que as células inatas são locais, as células T e B estão recirculando pelo nosso corpo e órgãos linfoides periféricos, 
quando um antígeno entra no linfonodo é que essas células vão se ativar, passando por uma sequência de eventos, vão se 
proliferar (expansão clonal), para só depois se diferenciarem em células efetoras e células de memória. 
A célula citotóxica tem duas funções, a principal é matar por citotoxidade e a segunda é que essa célula T também é capaz de 
produzir citocinas, em menor quantidade, que vão ativar macrófagos. Já a célula auxiliar efetora depende do perfil para qual foi 
diferenciada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Respostas efetoras: 
Quando acontece a interação entre o MHC, o TCR e os coestimuladores a célula T se ativa, de forma que a ativação é a 
resposta efetora que o núcleo determinou para aquela célula, mas antes da transcrição a nível de núcleo tem-se diferentes 
sinalizações intracelulares, as quais são responsáveis pelo aumento da sobrevida da célula, estágio de ativação e proliferação, 
diferenciação em células efetoras e células de memória, produção de citocinas inflamatórias, assim, quando o linfócito recebe o 
estímulo do antígeno e dos coestimuladores isso vai gerar sinalizações intracelulares que vão promover vários eventos celulares. 
 
 
5 IMUNOLOGIA – JULIANA OLIVEIRA 
Sinais de ativação de linfócitos T: 
Moléculas constitutivas, ou seja, que já são expressas na superfície dessas células são a CD28 na superfície da célula T e CD40 
na superfície da célula dendrítica. As demais moléculas, que são complementares a essa, o MHC ao apresentar o antígeno 
processado ao TCR, gerando uma sinalização para a célula T, em resposta a esse primeiro sinal surge na membrana da célula T o 
ligante para o CD40 e ao se ligarem gera uma sinalização para a célula dendrítica, em resposta a isso, essa passa a expressar a 
molécula B7, a qual é a ligante para o CD28 que era a molécula constitutiva da célula T. Além da interação entre a B7 e a 
CD28, por fim, a célula dendrítica libera as citocinas que vão ser reconhecidas por receptores específicos de citocinas na célula 
T. O TCR mandou o primeiro sinal de ativação para a célula T e a interação entre B7 e CD28 e a citocina e o seu receptor 
mandaram o segundo sinal de ativação para a célula T, possibilitando a sua ativação e depois da ativação ela vai proliferar. 
 
 
 
Co-estimulação: 
A proliferação ocorre graças a citocina IL-2, a qual é uma citocina linfoproliferativa e possui ação autócrina, sendo produzida 
pela célula T auxiliar, assim, após a ativação, a célula T auxiliar vai proliferar devido a essa ação autócrina da IL-2. 
Quando a célula T ainda é uma célula naive, ela já expressa um receptor para a IL-2, no entanto, é um receptor de baixa 
afinidade, porquê a célula está em repouso, no entanto, depois que a célula T se ativou, esse receptor de IL-2 passa a ser um 
receptor de alta afinidade e se prepara para receber a citocina que vai ser produzida pela célula T ativada.

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