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Anatomia da parede torácica Resumo de Izabelly Julia Estrutura conectiva extremamente complexa cuja função é permitir a mobilidade durante o ciclo respiratório e proteger os órgãos nobres abraçados por ela, da qual é composta por: músculos, coluna vertebral e arcos intercostais (ancorados na coluna vertebral e no esterno). Parte óssea • Posterior: coluna vertebral composta por 12 vértebras torácicas; • Póstero lateral anterior: 12 arcos costais em articulação posterior com as vértebras torácicas e em articulação anterior cartilaginosa com o esterno. Abaixo da clavícula existem 24 costelas, 12 no lado esquerdo e 12 no lado direito. Ao todo são 7 costelas verdadeiras, 3 falsas e 2 flutuantes em cada lado. Esterno O esterno é um osso de proteção das estruturas mediastinais e de ligamento da caixa torácica na parte anterior. Ele possui 3 porções, sendo que a parte mais superior é chamada de manúbrio, seguida do corpo do esterno e do apêndice xifóide. Vale, ressaltar que em ambas as partes laterais, o esterno possui facetas articulares que se ligam a cartilagem costal responsável por fazer ligação com os arcos costais. A parte posterior do esterno é extremamente trabeculada (trabéculas são as lacunas entre as lamínulas ósseas) com diversos ligamentos responsáveis pela estabilização entre a cartilagem costal e o esterno. Ademais, a cartilagem que faz articulação entre o manúbrio e o corpo do esterno é conhecida como sínfise manubrioesternal, enquanto a articulação mais calcificada que faz ligação entre o corpo do esterno e o apêndice xifóide é chamada de sincondrose xiloesternal. Parte muscular Os músculos localizados na parede torácica são separados por fáscias (tecido conjuntivo fibroso) e dão sustentação e mobilidade ao tórax e são divididos em: Parte anterior • Músculo peitoral maior: tem o maior volume na porção anterior do tórax, se liga à parte lateral do esterno até o apêndice xifóide, tem inserção nos arcos costais (até o 6°/7° arco) e caminha em direção ao úmero; • Músculo peitoral menor: inserção na escapula, se insere nos arcos costais, faz sustentação, participa da mobilidade da parede e protege vasos de órgãos nobres (artéria e veia subclávia); • Músculos intercostais: são divididos em duas camadas, estão localizados entre as costelas, fazem parte da mecânica respiratória; • Musculo serrátil anterior: se inserem na borda ântero-lateral dos arcos costais, ajudam na proteção lateral; • Músculo reto do abdome: se insere na parede torácica na parte posterior ao peitoral maior próximo ao apêndice xifóide e aos arcos costais; Parte posterior • Músculo trapézio: inserção na coluna vertebral, caminha em direção a parte superior da parede torácica, se insere também na clavícula, na escapula e na região cervical com proteção posterior e superior da parede torácica; • Músculo infraespinhal, músculo supraespinhal, músculo redondo maior e músculo redondo menor: se inserem na escápula, estabilizadores, protetores e auxiliadores na movimentação da articulação do ombro. • Músculo latíssimo do dorso: proteção e movimentação da parte ínfero-posterior da parede torácica, se liga superiormente ao tríceps, músculo inferior ao bíceps que está em baixo do músculo deltoide; Diafragma O diafragma é um músculo que faz o limite inferior da caixa torácica (superior – 1° arco costal) e que abriga o repouso do coração. Na face torácica pode-se observar centros de inserção tendínea e ventres de músculos diafragmáticos. Durante a inspiração (P positiva) o diafragma abaixa e na expiração (P negativa) ele sobe, para ajudar o pulmão e a dinâmica ventilatória. Na parte abdominal do diafragma é possível observar o osteo de passagem da veia cava inferior, o osteo de passagem do esôfago e mais posteriormente (próximo ao corpo vertebral) há a passagem da aorta que de torácica se tornará abdominal. A aorta abaixo do diafragma se ramifica em duas artérias frênicas, as quais são vasos que se ramificam ainda mais para nutrir toda a estrutura diafragmática. Na parte abdominal do diafragma, também é possível observar o nervo frênico que se origina entre a vértebra cervical 3 e 5, descendo no mediastino ao redor do pericárdio enervando também o diafragma (motora e sensitiva). Apesar de participar da dinâmica respiratória, a principal função desse nervo é realizar a contração do diafragma. Vascularização A artéria torácica interna (mamária interna) tem origem na artéria subclávia e envia sangue para nutrir e oxigenar o tórax, já a veia torácica interna devolve o sangue desoxigenado para a subclávia ou tronco braquiocefálico. Esses dois vasos emitem a vascularização anterior e correm em conjunto com a enervação na porção inferior dos arcos intercostais, onde posteriormente fazem rede com vasos vindo da aorta e do sistema ázigo hemiázigo (duas fontes de abastecimento). Drenagem linfática Existem vasos de drenagem linfática na estrutura paravertebral (junto da coluna vertebral) e nos arcos costais que ao longo de suas estruturas possuem linfonodos intercostais que recebem a drenagem linfática da parede torácica e envia a linfa dos tecidos ali localizados para os pulmões. Inervação Cada arco costal carrega uma inervação (motora e sensitiva) que auxilia na proteção da caixa torácica, pois quando o indivíduo recebe um trauma na região, impulsivamente ele pode se defender. Além disso a riqueza da enervação permite uma maior dinâmica da contração da musculatura para a realização da ventilação. Os nervos se originam na medula espinal e caminham no sentido póstero-lateral anterior, emitindo ramos que saem dos arcos intercostais e fazem a enervação da musculatura da parede torácica, parte superior da musculatura abdominal (arcos costais inferiores) e na musculatura da parede torácica paravertebral da musculatura do dorso (também se ramificam para a pele - parte sensitiva/reflexo). Detalhe importantes As veias, artérias e nervos que passam pelos arcos intercostais são dirigidas pelo sulco formado na parte póstero-inferior das costelas de cada arco. Pleuras A pleura visceral recobre o pulmão e a parietal é a que está em contato direto com a face interna da parede torácica e a parte lateral do mediastino. Entre as duas pleuras existe um espaço virtual (não deve haver ar entre elas – pneumotórax) preenchido com o líquido pleural para lubrificar e permitir durante a dinâmica respiratória que não ocorra atrito entre as pleuras. A pleura parietal é vascularizada pela mamária interna e pelos vasos posteriores. Já a visceral é vascularizada pelo hilo pulmonar (artérias e veias pulmonares). A pleura visceral vai drenar pro pulmão e, consequentemente, para os linfonodos que drenam o pulmão. Já a parietal vai drenar através da enervação da parede torácica. Toda a inervação dos arcos intercostais vai inervar a pleura parietal, entretanto, somente na parte mediastinal que será inervada pelo nervo frênico que também inerva o pericárdio e o diafragma. Mediastino Limites do mediastino • Superior: abertura do tórax; • Inferior: diafragma; • Anterior: esterno; • Posterior: coluna vertebral; • Lateral: pleura. Mediastino Superior Limite: transição entre o manúbrio e o corpo esternal // Conteúdo: anteriormente o timo, arco da aorta e grandes vasos que se ramificam dela, traqueia e esôfago. Mediastino inferior Limite anterior: parte anterior do pericárdio e posterior do esterno; Limite médio: pericárdio, coração e grandes vasos Limite posterior: parte posterior ao pericárdio e anterior à coluna vertebral // Conteúdo: restante do esôfago e aorta torácica que vai em direção ao abdômen.
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