Buscar

Anticorpos: Características e Funções

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

1 IMUNOLOGIA – JULIANA OLIVEIRA 
ANTICORPOS 
CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES 
➔ Antigenicidade x imunogenicidade: 
ANTIGENICIDADE: É a capacidade de um antígeno de ser reconhecido pelo sistema imunológico. Depende do repertório 
de TCRs e de imunoglobulinas de membranas do indivíduo. 
 
IMUNOGENICIDADE: É a capacidade do antígeno de ativar uma resposta imunológica – progressão do estágio de 
reconhecimento para o estágio de ativação dos linfócitos. 
 
Os epítopos ou determinantes antigênicos são reconhecidos, pode-se ter um patógeno que tenha apenas um tipo de epítopo, 
sendo monovalente ou mais de um tipo de epítopo, sendo polivalente. 
 
➔ Estrutura molecular do anticorpo: 
O anticorpo é composto por 4 cadeias polipeptídicas, tem-se duas internas que são maiores, sendo chamadas de cadeias pesadas 
(2 e 3) e duas menores nas ladeiras, que são chamadas de cadeias leves (1 e 4). A extremidade na qual o antígeno se liga é 
composta pela cadeia leve e pesada. 
 
A especificidade de imunoglobulina de membrana em uma célula B e a imunoglobulina secretada pela progênie de plasmócitos de 
uma célula B é a mesma. Em todos os casos a mesma região VDJ é usada e por isso a especificidade do anticorpo permanece a 
mesma. 
 
➔ Imunidade humoral: 
Chama-se toda a região superior do “Y” de porção “FAB”, relaciona-se com a interação com o antígeno”, e a cauda de região 
“FC”, possui a função efetora do anticorpo, pois é a porção que se liga aos receptores celulares para que ativem essas células. 
No laboratório é possível separar as porções superiores das inferiores usando produtos da papaína gerando fragmentos 
proteolíticos. Tem-se também uma estrutura muito interessante que é funcional e confere maleabilidade à estrutura do 
anticorpo, denominada de região da dobradiça, 
 
➔ Imunocomplexos: 
Quando se tem uma zona que se tem excesso de anticorpo ou de antígeno, é comum encontrar apenas um anticorpo ligado ao 
antígeno ou a formação de pequenos complexos, já quando se tem uma zona de equivalência entre anticorpos e antígenos, tem-
se a formação de grandes complexos. 
 
Quando se compara a resposta primária à resposta secundária, na resposta primária tem-se uma curva que a partir do 
reconhecimento microbiano, ativação dos linfócitos B, para que então os plasmócitos produzam anticorpos da classe IgM e só 
depois diferencie para IgG, assim, a proporção de IgM é maio que a de IgG. Quando se tem uma reexposição antigênica, tem-se 
o recrutamento da memória imunológica, levando a dedução de que é um antígeno proteico e que a ativação foi timo 
dependente porquê é a única que desenvolve memória imunológica. Na resposta de memória tem-se uma maior produção de 
anticorpos, de forma que se tem uma maior produção de IgG em relação a IgM. 
 
▪ Avidez: 
Tem a ver com a força de interação do anticorpo com o antígeno levando em conta a ligação de todos os locais a todos os 
epítopos disponíveis. 
Tem-se um teste de avidez para a IgG, de forma que com o tempo vai aumentando a sua avidez ou força de interação com o 
epítopo, assim, caso o teste de avidez para IgG dê baixo, isso significa que essa IgG é baixa ou aguda, caracterizando a fase 
aguda da infecção, no entanto, quando se tem uma IgG mais velha a sua força de interação vai ser muito maior, caracterizando 
a fase crônica. Logo, a avidez é maior na resposta secundária de uma infecção, já que é uma resposta de memória desenvolvida 
por uma infecção mais antiga. 
 
➔ Classes de anticorpos: 
 
 
 
2 IMUNOLOGIA – JULIANA OLIVEIRA 
São encontrados: 
▪ Plasma; 
▪ Secreções mucosas; 
▪ Líquido intersticial dos tecidos; 
 
Função dos anticorpos: 
▪ Neutralização de microrganismos e toxinas: 
Se liga a esses micróbios ou a seus componentes microbianos 
impedindo que ele infecte células e se dissemine pela circulação 
sanguínea, logo, não mata, mas é muito importante para conter a 
infecção e prevenir a infecção de outras células. p.ex. IgA, IgG e IgM. 
Sem neutralização o micróbio consegue infectar o epitélio 
podendo invadi-lo ao ponto de infectar as células residentes, 
interagindo diretamente com os receptores de membrana. 
▪ Opsonização e fagocitose de microrganismo: 
A IgG é a única classe que faz a opsonização, assim, ela envolve 
os micróbios e acaba atraindo os fagócitos porque eles possuem 
receptores de FC para a IgG. 
Se a opsonina estiver sozinha nada acontece, no entanto, quando 
ligada ao micróbio tem-se uma série de sinalizações. 
▪ Ativação do complemento: 
A via clássica é a única via que depende de anticorpos da classe 
IgM ou IgG, assim, produz três funções opsonização, 
inflamação e a lise pelo MAC. 
 
▪ Citotoxicidade celular dependente de anticorpo: ADCC 
É uma forma alternativa de ativação para as células inatas como as células NK e os eosinófilos, assemelha-se a opsonização, 
assim, tanto as células NK quanto os eosinófilos possuem receptores para o FC, reconhecendo-os. Tem-se células inatas que se 
ativam dependentemente de anticorpos, matando por toxicidade. 
 
Eliminação de helmintos por ADCC: 
O eosinófilo possui um receptor de FC específico para IgE, assim, ele se liga a IgE quando ela estiver ligada ao helminto, 
promovendo a ativação rápida do eosinófilo, fazendo com que ele degranule, fazendo lesões no helminto. 
 
Atenção: 
A capacidade das células B produzirem tipos diferentes fornece uma plasticidade para a resposta humoral, pela geração de 
anticorpos que apresentam funções efetoras diferentes e estão envolvidos na defesa contra diferentes agentes infecciosos. 
 
 
 
3 IMUNOLOGIA – JULIANA OLIVEIRA 
 
 
Mas o que estimula a diferenciação dessas classes de anticorpos? 
A produção de IFN-gama estimula o linfócito B a mudar de IgM para IgG, o IFN-gama participa da imunidade celular, logo, tem-
se a citotoxidade do linfócito TCD8+ e a fagocitose dos macrófagos, assim, isso ocorre de forma natural na fase inata e na fase 
adaptativa. Desse modo, quando se tem um IFN-gama estimulando a troca da classe para IgG tem-se essa imunoglobulina 
estimulando ainda mais fagocitose, a qual é inerente a imunidade celular. 
Quando se tem a produção de IL-4, ela estimula a troca de classe para o IgE, a qual promove a degranulação dos mastócitos, 
eosinófilos e basófilos para que promovam proteção ou desencadeie a patogênese da alergia, assim, se ligam aos receptores de 
IgE na superfície dessas células se ativando. 
 
A IgA tem muito mais a ver com o local onde está ocorrendo a lesão, por exemplo, se for na mucosa tem-se naturalmente a 
tendência a mudar para essa classe, além disso tem-se várias citocinas que favorecem essa troca. 
 
O primeiro estímulo para determinar a troca de isotipos não é a citocina, mas sim o próprio patógeno, assim, se o patógeno 
é intracelular ele vai desencadear a imunidade celular, sendo representado pelo IFN-gama, o qual estimula o linfócito B a 
produzir IgG, logo, a citocina é um meio de comunicação com o linfócito B, para que ele saiba qual anticorpo vai conferir 
proteção adequada contra uma determinada doença. 
 
Obs: O th1é um forte produtor de IFN-gama que vai estimular o linfócito B a trocar da classe IgM → IgG. 
Obs: Caso se tenha parasitas promovendo a infecção, tem-se o desenvolvimento do padrão th2 predominante, produzindo altos 
níveis de IL-4, a qual vai atuar nos linfócitos B estimulando a troca de isotipos para IgE ativando mastófilos, basófilos e 
eosinófilos, sendo esses os que conferem proteção contra patógenos extracelulares.

Outros materiais