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Atividade Avaliativa de Laboratório de Prática Cível

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EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA DE DIREITO DA … VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL
ANTÔNIO DA SILVA, brasileiro, natural do Rio de Janeiro, marceneiro, viúvo, aposentado, inscrito no CPF sob o nº (...), portador da cédula de identidade (...) residente na Rua da Lapa, n. 20, apartamento 305, Centro, Rio de Janeiro/RJ, representado no presente por seu filho, ANTÔNIO JÚNIOR, brasileiro, natural do Rio de Janeiro, divorciado, professor, residente no endereço supramencionado, vem, respeitosamente, por intermédio de sua advogada infra-assinada, perante Vossa Excelência, ajuizar a presente
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA
com fulcro no art. 300 do CPC, em face de Plano de Saúde Boa Vida, inscrito no cadastro de pessoas jurídica sob o nº(...), com sede situada à Rua(...), nº(...), Bairro (…) Cidade, Estado, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos.
1- DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA
Conforme prenuncia o art. 300 do CPC, se concederá tutela de urgência quando presentes fatores que ilustrem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.
Consoante os documentos ora anexados, o autor vem quitando religiosamente o plano de saúde com a ré, e ao necessitar dos seus serviços de Home Care, vê seu direito negado pela ré.
Cumpre destacar que o Home Care foi requisitado pelo próprio médico, não se tratando de mero capricho da parte autora.
Considerando que o autor foi acometido por um grave acidente vascular cerebral, que o levou ao estado de coma, faz-se necessário banho no leito, troca de fraldas, administração de dieta e medicamentos pelo GTT e limpeza do local para evitar infecções, pois o autor, devido ao coma não engole, ser virado na cama a cada 2h, para evitar eventual pneumonia ou outras enfermidades; necessita ainda de uma cama hospitalar para poder elevar e descer o corpo, e da dieta industrializada, que custa em torno de R$ 31,00 (trinta um reais) por dia.
Dessa forma, requer seja fornecido pela ré todo o aparato necessário ao autor a fim de que se proceda ao Home Care, ficando o mesmo responsável pelo custeio do tratamento do autor pelos dias que se excederem da mora em atender à tutela de urgência que ora se pleiteia dentro do prazo de quarenta e oito horas, bem como multa diária a ser estipulada por este juízo.
2- DOS FATOS
O Requerente é procurador de seu pai que possui o plano de saúde da Ré matrícula número XXX, com assistência médico hospitalar com cobertura total em casos de acidentes, cirurgias, emergências, exames, consultas ambulatoriais, resgate em ambulâncias e até mesmo com uso de helicópteros, conforme se pode observar pelos documentos anexados.
Diante da idade já avançada do autor, buscou um bom plano de saúde que pudesse lhe dar suporte em casos de emergência, considerando a situação caótica na área da saúde no estado do Rio de Janeiro.
Ocorre que em 15 de junho de 2020, o autor foi internado no Hospital Copa Dor, na zona sul do Rio de Janeiro, em virtude de um grave AVC. Após ficar internado por cinco dias, em estado de coma, o médico responsável pelo atendimento, Dr. Plínio Cabral, atestou que o tratamento adequado ao autor deverá ser feito via home care e que deveria deixar o hospital em quarenta e oito horas.
Todavia, ao entrar em contato com a ré acerca do fornecimento dos insumos inerentes ao home care, o requerente obteve uma negativa como resposta.
Resta, portanto, evidente que a Ré está sendo omissa e negligente e não tem comprometimento com a saúde do autor, que paga seu plano de saúde em dia, não quer arcar com a continuidade do tratamento na residência deste, mesmo diante do prognóstico médico relatando a necessidade de tratamento domiciliar. O Home Care se faz necessário, haja vista ser indeterminado o prazo de duração do coma.
Ademais, cumpre esclarecer que a internação domiciliar é um meio de diminuir os custos que a ré teria em caso continuidade do tratamento hospitalar, sendo assim um serviço mais vantajoso.
Por fim, verifica-se que a demora em autorizar o home care, e todo o seu aparato coloca em risco à saúde do autor, visto que o hospital determinou a sua saída imediata após o prazo de 48h. Diante disso, o requerente decidiu buscar uma solução recorrendo à tutela jurisdicional do Estado por meio da presente ação.
3- DO DIREITO
Válido ressaltar que todo e qualquer plano ou seguro de saúde estão sob a égide do CDC, tal qual relação de consumo através da prestação de serviços médicos.
Nesse sentido, as súmulas do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
SÚMULA Nº. 338 TJRJ "É abusiva a cláusula contratual que exclui tratamento domiciliar quando essencial para garantir a saúde e a vida do segurado."
SÚMULA Nº. 209 TJRJ "Enseja dano moral a indevida recusa de internação ou serviços hospitalares, inclusive home care, por parte do seguro saúde somente obtidos mediante decisão judicial."
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RELAÇÃO DE CONSUMO. PLANO DE SAÚDE. PACIENTE PORTADOR DE "DEMÊNCIA
DE ALZHEIMER E SÍNDROME PARKINSON". REQUISIÇÃO MÉDICA PELA NECESSIDADE DE TRATAMENTO NA MODALIDADE "HOME CARE". RECUSA EXPRESSA DA SEGURADORA. AUSÊNCIA DE COBERTURA CONTRATUAL. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA DETERMINANDO A INCLUSÃO DO AUTOR NO PROGRAMA DE ATENDIMENTO DOMICILIAR NO PRAZO DE 48 HORAS, ALÉM DE MATERIAIS E MEDICAMENTOS NECESSÁRIOS SUGERIDOS PELOS LAUDOS. RECURSO DO PLANO DE SAÚDE. PRESENÇA DOS PRESSUPOSTOS NECESSÁRIOS AO DEFERIMENTO DA TUTELA PROVISÓRIA AQUI ATACADA. PRESERVAÇÃO DA SAÚDE E DA VIDA DO SEGURADO. PRAZO PROPORCIONAL A PERICLITAÇÃO DO BEM JURÍDICO. DECISUM QUE NÃO SE MOSTRA TERATOLÓGICA, CONTRÁRIA À LEI OU À PROVA DOS AUTOS. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA Nº 59 DO TJRJ. DESPROVIMENTO	DO	RECURSO. (ACÓRDÃO; 0041549-29.2016.8.19.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO FRANCISCO DE ASSIS PESSANHA FILHO - VIGÉSIMA
QUINTA CÂMARA CÍVEL CONSUMIDOR; Data de julgamento: 24/10/2016). Grifou-se.
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RELAÇÃO DE CONSUMO. PLANO DE SAÚDE. DECISÃO QUE DEFERIU A TUTELA DE URGÊNCIA, NO SENTIDO DE COMPELIR A PARTE RÉ. A AUTORIZAR E CUSTEAR TRATAMENTO DOMICILIAR - HOME CARE. INSURGÊNCIA DA PARTE AGRAVANTE QUANTO AO PRAZO DE 48 HORAS, PARA CUMPRIMENTO DA DECISÃO. PRECENDENTE DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PRAZO ESTIPULADO QUE SE REVELA ADEQUADO. RECURSO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. (ACÓRDÃO; 0054269-28.2016.8.19.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO; FERNANDA FERNANDES COELHO ARRABIDA PAES - VIGÉSIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL
CONSUMIDOR; Data de julgamento: 14/12/2016). Grifou-se.
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RELAÇÃO DE CONSUMO. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE. PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA PARA AUTORIZAÇÃO DE HOME CARE DEFERIDO. IRRESIGNAÇÃO DA PARTE RÉ. 1. A AGRAVADA DEMONSTROU SER BENEFICIÁRIA DO PLANO DE SAÚDE ADMINISTRADO PELA RECORRENTE. 2. INTERNAÇÃO DOMICILIAR QUE DEVE SER CONSIDERADA COMO UM RECURSO TERAPÊUTICO
SUBSTITUTO OU ALTERNATIVO À INTERNAÇÃO HOSPITALAR. 3. AUTORA QUE POSSUI PARAPLEGIA E CEGUEIRA CORTICAL, DECORRENTES DE UMA ENCEFALOMIELITE PÓS-RUBÉOLA, CONTRAÍDA NO ANO DE 1993. 4. MÉDICO ASSISTENTE QUE INDICOU EXPRESSAMENTE A NECESSIDADE DO SERVIÇO DE ENFERMAGEM 24 HORAS. DEMANDANTE QUE NÃO TEM CONDIÇÕES DE SE LOCOMOVER PARA FAZER FISIOTERAPIA E IR A CONSULTAS MÉDICAS, ALÉM DE SER NECESSÁRIO REALIZAR CURATIVOS DIÁRIOS. AGRAVADA QUE FEZ PROVA MÍNIMA QUANTO À NECESSIDADE DO SERVIÇO EM SUBSTITUIÇÃO À INTERNAÇÃO HOSPITALAR.
5. DOCUMENTOS E LAUDOS PRODUZIDOS UNILATERALMENTE PELA AGRAVANTE QUE NÃO COMPROVAM QUE O SERVIÇO DE HOME CARE É DISPENSÁVEL. 6. PARA QUE O PLANO DE SAÚDE DISPONIBILIZE O HOME CARE AO CONSUMIDOR É NECESSÁRIA A CONCESSÃO DE PRAZO QUE ATENDA ÀS CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO CONCRETO, TENDO EM VISTA AS PECULIARIDADES DOS SERVIÇOS A SEREM PRESTADOS. DILAÇÃO DO PRAZO PARA 48 HORAS, A CONTAR DA INTIMAÇÃO PESSOAL DA RECORRENTE. 7. A MULTA APLICADA É COERCITIVA, BASEADA NO ARTIGO 537 DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, E SE DESTINA A COMPELIR A AGRAVANTE A SATISFAZER A DETERMINAÇÃO JUDICIAL. IMPOSIÇÃO QUE NÃO SE MOSTRA EXCESSIVA,TAMPOUCO DESPROPORCIONAL, NOTADAMENTE EM RAZÃO DA RELEVÂNCIA DO BEM JURÍDICO TUTELADO. MULTA COMINATÓRIA QUE DEVE SER FIXADA COM RAZOABILIDADE, NÃO PODENDO O VALOR SER IRRISÓRIO, SOB PENA DE INEFICÁCIA DA MEDIDA COERCITIVA. CUMPRIDA A OBRIGAÇÃO DETERMINADA, NO PRAZO DETERMINADO, A MULTA APLICADA SE TORNA IRRELEVANTE. MANUTENÇÃO DAS ASTREINTES FIXADAS. 8. REFORMA PARCIAL DA DECISÃO.
9. DÁ-SE PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO. (ACÓRDÃO Nº 0060799-14.2017.8.19.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO. SÉRGIO SEABRA VARELLA; VIGÉSIMA QUINTA CÂMARA CÍVEL; Data de julgamento: 13/12/2017) Grifou-se.
DA APLICABILIDADE DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
SÚMULA 469 DO STJ: “APLICA-SE O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR AOS CONTRATOS DE PLANO DE SAÚDE"
O código consumerista é taxativo em definir que o consumidor de produtos e serviços deve ser agasalhado pelas suas regras e entendimentos conforme o preleciona em seu art. 3º, §2°.
Considerando tal posição, a legislação consumerista supracitada consegue abranger todos os fornecedores de produtos ou serviços, seja pessoa física ou jurídica, ficando responsabilizados por quaisquer espécies de danos eventualmente causados aos seus tomadores.
Isto posto, não restam dúvidas acerca da responsabilização da ré submetida à Lei nº 8.078/90, mormente tratar-se de um fornecedor de serviços que trouxe prejuízo efetivo a um de seus consumidores.
DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Observa-se que o autor faz jus à inversão do ônus da prova, pelo que preceitua o inciso VIII do artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor, posto que a narrativa dos fatos está embasada nos documentos anexos, que corroboram com o pedido, conforme a citada disposição legal.
Sob uma perspectiva de interpretação sistemática, o autor encontra respaldo em diversos estatutos do ordenamento jurídico pátrio, tal qual o Código Civil, que ensejam a pertinência do pedido de reparação de danos. Outrossim, consoante o Princípio da Isonomia, todos devem ser tratados de forma igual perante a lei, mas sempre na medida de sua desigualdade. Sendo assim, deve o autor receber a inversão, visto que se encontra em estado de hipossuficiência em relação à parte ré, uma vez que disputa a lide com uma empresa de grande porte, que possui maior facilidade em produzir as provas necessárias para a cognição deste juízo.
4- DAS INTIMAÇÕES ELETRÔNICAS
Considerando que o autor e o requerente não possuem endereço eletrônico, as intimações	poderão	ser	realizadas	através	dos	e-mails mouraeadvogadosassociados@gmail.com ou andressamouraadv@gmail.com .
5- DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
Manifesta o requerente o desinteresse em compor com a parte ré, motivo pela qual registra-se no presente o repúdio pela audiência de conciliação.
6- DOS PEDIDOS
Posto isso requer que Vossa Excelência se digne a:
a) Determinar a citação da Ré;
b) Seja dispensada a realização da audiência de conciliação;
c) Concessão da Tutela antecipada, para que a Ré seja obrigada a custear a continuidade do tratamento do pai do requerente em sua residência, fornecendo o Home Care, a cama hospitalar, a dieta industrializada, medicamentos e material de curativo, haja vista o estado de coma do autor, no prazo de 48h sob pena de multa diária a ser estipulada por este juízo;
d) Não sendo respeitado o prazo de 48h, o custeamento pelo tratamento hospitalar pela ré, onde quer que ocorra;
e) A condenação da ré em custas e honorários advocatícios;
f) A confirmação da tutela em definitiva;
g) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidos.
Dá-se a causa o valor de R$ XXXX
Nesses termos, pede deferimento.
Rio de Janeiro, 05 de dezembro de 2020.
ANDRESSA MARTINS DE MOURA OAB/RJ 3669
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA … VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL
PAULO HENRIQUE DE ARAÚJO, brasileiro, estado civil, naturalidade, profissão, inscrito no CPF sob o nº (...), portador da cédula de identidade (...), residente no endereço XXX, Rio de Janeiro/RJ, vem, respeitosamente, por intermédio de sua advogada infra-assinada, perante Vossa Excelência, ajuizar a presente
AÇÃO MONITÓRIA
com fulcro no art. 700 do CPC, em face de João Pereira de Souza, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no cadastro de pessoas física sob o nº(...), portador da cédula de identidade sob o nº(…), residente e domiciliado na Rua(...), nº(...), Bairro (…) Cidade, Estado, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos.
1- DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
Considerando que o autor tentou junto ao réu propostas de conciliação anteriormente ao ajuizamento da presente ação, as quais restaram infrutíferas devido à desídia do réu quanto ao pagamento da dívida, a parte autora dispensa a realização de audiência de conciliação.
2- DOS FATOS
Na data de 01º de agosto de 2019, o autor emprestou ao réu a quantia de R$10.000,001 (dez mil reais), acordo celebrado entre as partes mediante contrato particular, contudo sem a assinatura de duas testemunhas (anexo).
1 Atualmente, corresponde à R$ 10.391,39 (dez mil trezentos e noventa e um reais e trinta e nove centavos), conforme atualização do cálculo anexa.
Observa-se pelo comprovante de depósito (anexo) que o montante foi enviado à conta do réu, devendo o mesmo valor ser devolvido no prazo de 60 (sessenta) dias, conforme consta no contrato.
Ocorre que, findo o prazo contratual para o adimplemento do empréstimo, o réu não efetuou o pagamento, alegando estar passando por dificuldades financeiras. Todavia, mesmo o autor buscando meios de pagamento e parcelamento, o réu se esquivou do cumprimento da sua obrigação pactuada.
Assim, não restaram opções ao autor que não fossem socorrer-se da tutela jurisdicional do estado a fim de ter assegurado o seu direito de receber o valor emprestado ao réu (devidamente atualizado).
3- DO DIREITO
A ação em tela se adequa perfeitamente à previsão legal expressa no art. 700 do CPC, na medida em que o autor trouxe aos autos prova escrita da existência da obrigação (contrato assinado pelo devedor,e comprovante do depósito na conta do réu), sendo suficiente para a formação do convencimento deste douto Juízo.
Nesse sentido.
APELAÇÕES CÍVEIS. DIREITO CIVIL. AÇÃO MONITÓRIA CONEXA À AÇÃO DE REVISÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. CONTRATO DE MÚTUO FIRMADO POR INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSÃO DE DÍVIDA, COM GARANTIA HIPOTECÁRIA. INADIMPLEMENTO DAS NOTAS PROMISSÓRIAS VINCULADAS AO PACTO. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA DA MONITÓRIA E DE IMPROCEDÊNCIA DA REVISIONAL. INCONFORMISMO DOS DEVEDORES. ANÁLISE CONJUNTA DOS APELOS. CERCEAMENTO DE DEFESA. SEGUNDA DEVEDORA QUE, EMBORA NÃO FIGURE NO POLO ATIVO DA REVISIONAL, NÃO SE INSURGIU CONTRA A DECISÃO QUE DECRETOU A PERDA DA PROVA NA AÇÃO MONITÓRIA, ONDE É RÉ, EM RAZÃO DO NÃO RECOLHIMENTO DOS HONORÁRIOS PERICIAIS. NOTAS PROMISSÓRIAS SEM FORÇA EXECUTIVA, UMA VEZ QUE ULTRAPASSADO O PRAZO TRIENAL PARA PROPOSITURA DA AÇÃO CAMBIAL. ARTS.
70 E 77 DA LEI UNIFORME DE GENEBRA. CREDOR QUE TEM A OPÇÃO DE REAVER SEU CRÉDITO POR MEIO DE AÇÃO MONITÓRIA, CUJO PRAZO PRESCRICIONAL É QUINQUENAL, CONSOANTE PREVISTO NO ARTIGO 206, §5º, INCISO I, DO CÓDIGO CIVIL. APLICAÇÃO DO VERBETE 504 DA SÚMULA DO STJ. ALEGAÇÕES DE ABUSIVIDADE DAS CLÁUSULAS	CONTRATUAIS	AFASTADAS. INAPLICABILIDADE DO CÓDIGO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR. CONTRATO DE MÚTUO CELEBRADO ENTRE PESSOAS FÍSICAS. EQUÍVOCO RECONHECIDO PELO CREDOR NA FIXAÇÃO DOS JUROS DE MORA EM 1% AO DIA. MERO ERRO MATERIAL. PLANILHA APRESENTADA COM A INICIAL DA AÇÃO MONITÓRIA QUE EXIBE JUROS MORATÓRIOS DE 1% AO MÊS, DE ACORDO COM O ART. 406 DO CÓDIGO CIVIL. CORREÇÃO MONETÁRIA DEVIDA. NECESSIDADE DE RECOMPOSIÇÃO DO PODER AQUISITIVO DA MOEDA. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. REJEIÇÃO DAS PRELIMINARES E DESPROVIMENTO DOS RECURSOS. (TJRJ APELAÇÃO 0007947-85.2005.8.19.0209 Des(a). LUIZ ROLDAO DE FREITAS GOMES FILHO - Julgamento: 03/05/2017 - SEGUNDA CÂMARA CÍVEL)
Veja-se que o autor preenche os requisitos do cabimento da ação monitória, conforme sedimenta o ilustre jurista Daniel Amorim.
“Não havendo título, mas existindo uma prova literale suficiente para convencer o juiz da probabilidade do direito, será adequado o processo sincrético, cabendo ao autor a escolha da primeira fase desse processo: fase de conhecimento ou monitória.”2
Desta forma, resta cristalino o direito do autor reivindicado na presente ação.
4- DAS INTIMAÇÕES ELETRÔNICAS
Considerando que o autor não possui endereço eletrônico, as intimações poderão ser realizadas através dos e-mails mouraeadvogadosassociados@gmail.com ou andressamouraadv@gmail.com .
2 NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de direito processual civil – Volume único / Daniel Amorim Assumpção Neves – 8. ed. – Salvador: Ed. JusPodivm,
2016. Pág. 1687.
5- DOS PEDIDOS
Posto isso requer que Vossa Excelência se digne a:
a) determinar a imediata expedição do mandado de pagamento do valor de R$ 10.391,39 (dez mil trezentos e noventa e um reais e trinta e nove centavos), destinado ao réu, conforme o art. 701 do CPC, convocando-o a efetuar o pagamento da dívida no prazo legal, sendo-lhe facultada a apresentação da defesa no mesmo prazo, em respeito ao princípio do contraditório e da ampla defesa;
b) ao final, e opostos os embargos monitórios, rejeitar supracitada defesa, constituindo de pleno direito o título executivo judicial;
c) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidos;
d) A condenação do réu em custas e honorários advocatícios.
Dá-se a causa o valor de R$ 10.391,39 (dez mil trezentos e noventa e um reais e trinta e nove centavos).
Nesses termos, pede deferimento.
Rio de Janeiro, 06 de dezembro de 2020.
ANDRESSA MARTINS DE MOURA OAB/RJ 3669
06/12/2020	Relatório de Atualização Monetária
Cálculo de Débitos Judiciais
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
Cálculo de Débitos Judiciais
	Valor a ser atualizado:	R$ 10.000,00
Período de atualização monetária:	de 01/08/2019 até 06/12/2020 (485 dias) Tipo de juros:		Sem Juros
Taxa de juros:	-
Período dos Juros:	Sem incidência
Honorários (% sobre valor corrigido + juros):	0,00%
	
Índice de correção monetária:	1,03913946
Valor corrigido:	R$ 10.391,39
Valor dos juros:	R$ 0,00
Valor corrigido + juros:	R$ 10.391,39
Total de honorários:	R$ 0,00
	Total:	R$ 10.391,39
Total em UFIR:	2.923,04
O cálculo acima não possui valor legal. Trata-se apenas de uma ferramenta de auxílio na elaboração de contas.
Calculado em 06/12/2020
VOLTAR
www4.tjrj.jus.br/correcaoMonetaria/faces/correcaoMonetaria.jsp;jsessionid=0afafa4330d7b84707b25a5547bc93d3d5c92229468e.e34NbhiMaxmQci0…	1/1
EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE CONDONÓPOLIS
NORBERTO DA SILVA, brasileiro, viúvo, profissão, inscrito no CPF sob o nº (...), portador da cédula de identidade (...), residente e domiciliado à Rua Cardoso Soares nº 42, no bairro de Lírios, Condonópolis/TO por intermédio de sua advogada infra-assinada, perante Vossa Excelência, ajuizar a presente
AÇÃO DE USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA
com fulcro no art. 183 da CF, art. 1.24 0 do CC, art. 12, § 2 da Lei nº 10.257/0 1 e art. 246, §3 do CPC, em face de Cândido Gonçalves, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no cadastro de pessoas física sob o nº(...), portador da cédula de identidade sob o nº(…), residente e domiciliado na Rua(...), nº(...), Bairro (…) Cidade, Estado, pelos fatos e fundamentos seguir expostos :
1- DA JUSTIÇA GRATUITA
Requer o autor sejam concedidos os benefícios da justiça gratuita com base no art. 98 do CPC, e na Lei n°1.060/50, em virtude de sua hipossuficiência econômica não dispor de meios suficientes para arcar com os custos decorrentes do presente procedimento sem comprometer o seu sustento e o de sua família.
2- DA PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO DO PROCESSO
Consoante dispõe o art. 1048 do CPC, bem como a Lei n° 10.741/03 que dispõe sobre o Estatuto do Idoso, o qual em seu art. 71 e parágrafos institui a prioridade na tramitação de processos e procedimentos, atos e diligências judiciais das partes que possuem idade de 60 anos ou superior à ela.
Desta forma, uma vez que está comprovada a idade do autor conforme documentos anexos, requer a Vossa Excelência que sejam deferidos todos os benefícios conferidos pela Lei n.º 10.741/03.
3- DOS FATOS
Há nove anos e meio, o autor adquiriu de terceiro a posse do terreno situado à Rua Cardoso Soares nº 42, no bairro de Lírios, na cidade de Condonópolis, no estado de Tocantins, medindo 240 m quadrados em área urbana. São seus vizinhos do lado direito Carlos, do esquerdo Ezequiel e, dos fundos, Edgar.
Ao adquirir o terreno, o autor construiu uma casa simples com o objetivo de ali viver com sua família.
A posse vem sendo exercida de forma ininterrupta, mansa e pacífica há 09 anos e meio. Contudo, com a recente valorização do bairro, o autor vem sendo sondado a se retirar do local por indivíduos do mercado imobiliário que oferecem ao autor valores irrisórios pelo terreno devido ao fato de a propriedade do mesmo estar em nome de Cândido Gonçalves e não do autor.
Fatigado desta situação, o autor não possui qualquer interesse em deixar o local. Dispondo de setenta e dois anos, o autor deseja apenas permanecer na sua residência construída com o fruto de seu suor, gozando dos frutos do seu trabalho com a sua família nesta fase mais tranquila da vida.
Assim, sem ter outros bens a que possa se socorrer, o autor busca a propriedade do presente terreno em que exerce a posse, a fim de se resguardar de problemas futuros com as empresas do ramo imobiliário que dominaram o bairro.
4 - DO DIREITO
A Constituição Federal, em seu art. 183 e o Código Civil, em seu art. 1240, asseguram a aquisição do imóvel desde que presentes alguns requisitos.
São estes os requisitos:
1- Posse de área urbana de até 250 metros quadrados; 2- Por 5 anos, ininterruptamente sem oposição;
3- Utilização do terreno para sua moradia ou de sua família;
4- Não ser proprietário de outro imóvel rural ou urbano.
Diante do narrado no tópico anterior, verifica-se que o autor faz jus ao domínio da propriedade, posto que estão preenchidos os requisitos legalmente previstos.
Não obstante, a jurisprudência tem ratificado tais requisitos.
"USUCAPIÃO. Pedido que pode ser acolhido com base no art. 183 da CF/1988 e no art. 9º, da lei 10257, Estatuto da Cidade Usucapião especial de imóvel urbano Imóvel de 250m2, cuja posse é exercida há mais de 5 anos, para moradia Requisitos Existência Decisão reformada Recurso provido." (TJ/SP Apelação nº 0124758-47.2006.8.26.0000 (477.034.4/4-00) - Des. Rel. Álvaro
Passos - Julgado em 08/11/2011)
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA URBANA. REQUISITOS. ART. 183, CF.
Tratando-se de usucapião extraordinária urbana, e sendo demonstrado pela autora o preenchimento dos requisitos elencados no art. 183 da CF, a saber: possuir como sua área urbana de até 250m², pelo período ininterrupto e sem oposição de 05 anos, utilizando-o para moradia, é de ser declarada a prescrição aquisitiva em seu favor. Ação procedente. Sentença mantida." (TJ/RS - Apelação Cível 70051050011 - Porto Alegre - 19ª Câmara Cível - Julgado em 20/11/2012)
"Usucapião especial urbano - Imóvel destinado à moradia,"animus domini"e posse pacífica e ininterrupta de área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos - Inexigibilidade de justo título e boa-fé - Recurso improvido. A aquisição da propriedade imóvel por usucapião, na modalidade especial urbano, requer 'animus domini' e posse pacífica e ininterrupta de área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, desde que seja destinada à sua moradia ou de sua família e não seja proprietário de outro imóvel." (TJ/SP - Apelação na 994.03.074145-1, da Comarca de Barretos - 3ª Câmara de Direito Privado - V.U. - Des. Rel. Jesus Lofrano - Julgado em 09/03/2010)
Logo, resta cristalino o direito do autor em relação ao imóvel, já que em perfeita harmonia com a legislação e a jurisprudência acerca do tema.
5- DAS INTIMAÇÕES ELETRÔNICAS
Considerando que o autor não possui endereço eletrônico,as intimações poderão ser realizadas através dos e-mails mouraeadvogadosassociados@gmail.com ou andressamouraadv@gmail.com .
6- DOS PEDIDOS
Posto isso requer que Vossa Excelência se digne a:
a) Que seja citado o réu, que figura formalmente como proprietário do imóvel litigioso, para responder a presente ação, nos endereços informados no preâmbulo, no prazo legal, sob as penas da lei;
b) Que sejam intimados todos os confrontantes Carlos, Ezequiel e Edgar, conforme as especificações já citadas, nos endereços já informados nesta petição inicial, para que se manifestem nos autos sobre o pedido autoral, nos termos do parágrafo 3º, artigo 246 do CPC;
c) Que sejam intimado os representantes da Fazenda Pública da União, Estados, Distrito Federal e Município para que manifestem eventuais interesses na causa;
d) Que seja intimado o Ministério Público;
e) Que seja concedido ao autor os benefícios da Justiça Gratuita, inclusive perante o Cartório de Imóveis de acordo com o art. 12, §2 º da Lei nº 10.2 57/01 – Estatuto da Cidade;
f) Que a sentença seja transcrita no registro de imóveis, mediante mandado, por constituir esta, título hábil para o respectivo registro junto ao Cartório de Registro de Imóveis;
g) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidos;
h) A condenação do réu em custas e honorários advocatícios.
Dá-se a causa o valor de R$...
Nesses termos, pede deferimento.
Condonópolis, 08 de dezembro de 2020.
ANDRESSA MARTINS DE MOURA OAB/RJ 3669
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SOCIEDADE - MACAÉ DEPARTAMENTO DE DIREITO DE MACAÉ
Aluno: Andressa Martins De Moura
Disciplina: Laboratório de Prática Cível Professor: Priscila Petereit
Resposta às Questões
1.2 - Além do pedido de indenização por parte da perda material de João Pedro quanto à sua motocicleta, bem como os custos de despesas médico-hospitalares e medicamentosas, deve ser pleiteado o valor referente aos lucros cessantes que deixaram de ser adquiridos por João Pedro durante a recuperação de sua saúde. Ademais, considerando o trauma de perda de parte de seu corpo, cabível o pedido de danos morais e estéticos.
1.3 - Sim, poderá. A ação de consignação em pagamento pode ser ajuízada quando o credor exige o pagamento superior ao entendido como correto pelo devedor, conforme entende-se pelo art. 335, I do Código Civil. Perceba-se que Carlos não se recusou a efetuar o pagamento, apenas solicitou que fossem revistos os juros aplicados ao financiamento. Assim, a fim de que a obrigação principal seja cumprida, exercendo o seu direito ao pagamento, Carlos poderá fazê-lo por meio da supracitada ação.
2.2- O único pedido levantado por Leonardo a ser apreciado pelo Juízo será a preliminar de incompetência relativa, haja vista que, por não haver apresentado o valor correto a ser executado por João, tampouco os cálculos demonstrativos que o levaram a essa monta, o magistrado não analisará esse pleito de excesso de execução em respeito ao disposto no art. 917, §4º, II do CPC.
2.3- O posicionamento do tribunal está de acordo com o posicionamento do Superior Tribunal de Justiça1. Apesar de ser reconhecido como válido, o contrato, para ser considerado título executivo extrajudicial precisa atender aos requisitos do art. 784, III do CPC, qual seja, a assinatura de duas testemunhas. Ainda assim, como contrato particular é possível a sua executoriedade pelas vias ordinárias.
3.2- As ações possessórias tem o condão de única e exclusivamente discutir a posse do bem em questão. As ações possessórias são o interdito proibitório, a manutenção da posse e a reintegração da posse. Em outro liame, as ações petitórias discutem os direitos oriundos da propriedade. As ações petitórias são a reivindicação da posse e a imissão de posse. Quanto à fungibilidade, consoante o art. 554 do CPC, é expressamente permitida a sua aplicação entre as ações
1 REsp. n. 1.495.920
possessórias. Contudo, a jurisprudência não admite a fungibilidade quando o equívoco ocorre entre as ações possessórias e petitórias calcada na ausência de interesse processual adequado.
3.3 - A cumulação de pedidos em ação de nunciação de obra nova é muito comum, haja vista que a demora do julgamento da ação pelo judiciário pode comprometer a finalidade do procedimento em si. Desta forma, os patronos costumam pedir cumulativamente a demolição do imóvel construído, posto que há a possibilidade da obra ser concluída antes que a ação seja julgada. Saliente-se que a previsão da cumulação foi feita pelo próprio CPC/73 em seu art. 936, I. É por esta cumulação que também é convertida a ação de nunciação de obra nova em ação demolitória, prática recorrente entre os magistrados de todo o Brasil a fim de que não se perca a utilidade do procedimento.

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