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Atividade Avaliativa de Laboratório de Prática Cível (3)

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EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA DE DIREITO DA … VARA 
CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL 
 
 
 
 
 
 
ANTÔNIO DA SILVA​, brasileiro, natural do Rio de Janeiro, marceneiro, viúvo, 
aposentado, inscrito no CPF sob o nº (...), portador da cédula de identidade (...) residente na 
Rua da Lapa, n. 20, apartamento 305, Centro, Rio de Janeiro/RJ, representado no presente por 
seu filho, ANTÔNIO JÚNIOR​, brasileiro, natural do Rio de Janeiro, divorciado, professor, 
residente no endereço supramencionado, vem, respeitosamente, por intermédio de sua 
advogada infra-assinada, perante Vossa Excelência, ajuizar a presente 
 
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE 
URGÊNCIA ANTECIPADA 
 
com fulcro no art. 300 do CPC, em face de Plano de Saúde Boa Vida, inscrito no 
cadastro de pessoas jurídica sob o nº(...), com sede situada à Rua(...), nº(...), Bairro (…) 
Cidade, Estado, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos. 
 
 
1- DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA 
 
Conforme prenuncia o art. 300 do CPC, se concederá tutela de urgência quando 
presentes fatores que ilustrem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao 
resultado útil do processo. 
 
Consoante os documentos ora anexados, o autor vem quitando religiosamente o plano 
de saúde com a ré, e ao necessitar dos seus serviços de Home Care, vê seu direito negado pela 
ré. 
 
Cumpre destacar que o Home Care foi requisitado pelo próprio médico, não se 
tratando de mero capricho da parte autora. 
 
Considerando que o autor foi acometido por um grave acidente vascular cerebral, que 
o levou ao estado de coma, faz-se necessário banho no leito, troca de fraldas, administração 
de dieta e medicamentos pelo GTT e limpeza do local para evitar infecções, pois o autor, 
devido ao coma não engole, ser virado na cama a cada 2h, para evitar eventual pneumonia ou 
outras enfermidades; necessita ainda de uma cama hospitalar para poder elevar e descer o 
corpo, e da dieta industrializada, que custa em torno de R$ 31,00 (trinta um reais) por dia. 
 
Dessa forma, requer seja fornecido pela ré todo o aparato necessário ao autor a 
fim de que se proceda ao Home Care, ficando o mesmo responsável pelo custeio do 
tratamento do autor pelos dias que se excederem da mora em atender à tutela de 
urgência que ora se pleiteia dentro do prazo de quarenta e oito horas, bem como multa 
diária a ser estipulada por este juízo. 
 
2- DOS FATOS 
 
O Requerente é procurador de seu pai que possui o plano de saúde da Ré matrícula 
número XXX, com assistência médico hospitalar com cobertura total em casos de acidentes, 
cirurgias, emergências, exames, consultas ambulatoriais, resgate em ambulâncias e até 
mesmo com uso de helicópteros, conforme se pode observar pelos documentos anexados. 
 
Diante da idade já avançada do autor, buscou um bom plano de saúde que pudesse lhe 
dar suporte em casos de emergência, considerando a situação caótica na área da saúde no 
estado do Rio de Janeiro. 
 
Ocorre que em 15 de junho de 2020, o autor foi internado no Hospital Copa Dor, na 
zona sul do Rio de Janeiro, em virtude de um grave AVC. Após ficar internado por cinco 
dias, em estado de coma, o médico responsável pelo atendimento, Dr. Plínio Cabral, atestou 
que o tratamento adequado ao autor deverá ser feito via home care e que deveria deixar o 
hospital em quarenta e oito horas. 
 
Todavia, ao entrar em contato com a ré acerca do fornecimento dos insumos inerentes 
ao home care, o requerente obteve uma negativa como resposta. 
 
Resta, portanto, evidente que a Ré está sendo omissa e negligente e não tem 
comprometimento com a saúde do autor, que paga seu plano de saúde em dia, não quer arcar 
com a continuidade do tratamento na residência deste, mesmo diante do prognóstico médico 
relatando a necessidade de tratamento domiciliar. O Home Care se faz necessário, haja vista 
ser indeterminado o prazo de duração do coma. 
 
Ademais, cumpre esclarecer que a internação domiciliar é um meio de diminuir os 
custos que a ré teria em caso continuidade do tratamento hospitalar, sendo assim um serviço 
mais vantajoso. 
 
Por fim, verifica-se que a demora em autorizar o home care, e todo o seu aparato 
coloca em risco à saúde do autor, visto que o hospital determinou a sua saída imediata após o 
prazo de 48h. Diante disso, o requerente decidiu buscar uma solução recorrendo à tutela 
jurisdicional do Estado por meio da presente ação. 
 
3- DO DIREITO 
 
Válido ressaltar que todo e qualquer plano ou seguro de saúde estão sob a égide do 
CDC, tal qual relação de consumo através da prestação de serviços médicos. 
 
Nesse sentido, as súmulas do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de 
Janeiro. 
 
SÚMULA Nº. 338 TJRJ "É abusiva a cláusula contratual que 
exclui tratamento domiciliar quando essencial para garantir a 
saúde e a vida do segurado." 
 
SÚMULA Nº. 209 TJRJ "Enseja dano moral a indevida recusa de 
internação ou serviços hospitalares, inclusive home care, por 
parte do seguro saúde somente obtidos mediante decisão 
judicial." 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RELAÇÃO DE CONSUMO. 
PLANO DE SAÚDE. PACIENTE PORTADOR DE "DEMÊNCIA 
DE ALZHEIMER E SÍNDROME PARKINSON". REQUISIÇÃO 
MÉDICA PELA NECESSIDADE DE TRATAMENTO NA 
MODALIDADE "HOME CARE". RECUSA EXPRESSA DA 
SEGURADORA. AUSÊNCIA DE COBERTURA CONTRATUAL. 
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA DETERMINANDO A 
INCLUSÃO DO AUTOR NO PROGRAMA DE 
ATENDIMENTO DOMICILIAR NO PRAZO DE 48 HORAS, 
ALÉM DE MATERIAIS E MEDICAMENTOS NECESSÁRIOS 
SUGERIDOS PELOS LAUDOS. RECURSO DO PLANO DE 
SAÚDE. PRESENÇA DOS PRESSUPOSTOS NECESSÁRIOS AO 
DEFERIMENTO DA TUTELA PROVISÓRIA AQUI ATACADA. 
PRESERVAÇÃO DA SAÚDE E DA VIDA DO SEGURADO. 
PRAZO PROPORCIONAL A PERICLITAÇÃO DO BEM 
JURÍDICO. DECISUM QUE NÃO SE MOSTRA 
TERATOLÓGICA, CONTRÁRIA À LEI OU À PROVA DOS 
AUTOS. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA Nº 59 DO TJRJ. 
DESPROVIMENTO DO RECURSO. (ACÓRDÃO; 
0041549-29.2016.8.19.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO 
FRANCISCO DE ASSIS PESSANHA FILHO - VIGÉSIMA 
QUINTA CÂMARA CÍVEL CONSUMIDOR; Data de julgamento: 
24/10/2016). Grifou-se. 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RELAÇÃO DE CONSUMO. 
PLANO DE SAÚDE. DECISÃO QUE DEFERIU A TUTELA DE 
URGÊNCIA, NO SENTIDO DE COMPELIR A PARTE RÉ. A 
AUTORIZAR E CUSTEAR TRATAMENTO DOMICILIAR - 
HOME CARE. INSURGÊNCIA DA PARTE AGRAVANTE 
QUANTO AO PRAZO DE 48 HORAS, PARA CUMPRIMENTO 
DA DECISÃO. PRECENDENTE DESTE TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA. PRAZO ESTIPULADO QUE SE REVELA 
ADEQUADO. RECURSO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 
(ACÓRDÃO; 0054269-28.2016.8.19.0000 - AGRAVO DE 
INSTRUMENTO; FERNANDA FERNANDES COELHO 
ARRABIDA PAES - VIGÉSIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL 
CONSUMIDOR; Data de julgamento: 14/12/2016). Grifou-se. 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RELAÇÃO DE CONSUMO. 
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE. 
PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA PARA 
AUTORIZAÇÃO DE HOME CARE DEFERIDO. IRRESIGNAÇÃO 
DA PARTE RÉ. 1. A AGRAVADA DEMONSTROU SER 
BENEFICIÁRIA DO PLANO DE SAÚDE ADMINISTRADO PELA 
RECORRENTE. 2. INTERNAÇÃO DOMICILIAR QUE DEVE SER 
CONSIDERADA COMO UM RECURSO TERAPÊUTICO 
SUBSTITUTO OU ALTERNATIVO À INTERNAÇÃOHOSPITALAR. 3. AUTORA QUE POSSUI PARAPLEGIA E 
CEGUEIRA CORTICAL, DECORRENTES DE UMA 
ENCEFALOMIELITE PÓS-RUBÉOLA, CONTRAÍDA NO ANO 
DE 1993. 4. MÉDICO ASSISTENTE QUE INDICOU 
EXPRESSAMENTE A NECESSIDADE DO SERVIÇO DE 
ENFERMAGEM 24 HORAS. DEMANDANTE QUE NÃO TEM 
CONDIÇÕES DE SE LOCOMOVER PARA FAZER 
FISIOTERAPIA E IR A CONSULTAS MÉDICAS, ALÉM DE SER 
NECESSÁRIO REALIZAR CURATIVOS DIÁRIOS. AGRAVADA 
QUE FEZ PROVA MÍNIMA QUANTO À NECESSIDADE DO 
SERVIÇO EM SUBSTITUIÇÃO À INTERNAÇÃO HOSPITALAR. 
5. DOCUMENTOS E LAUDOS PRODUZIDOS 
UNILATERALMENTE PELA AGRAVANTE QUE NÃO 
COMPROVAM QUE O SERVIÇO DE HOME CARE É 
DISPENSÁVEL. ​6. PARA QUE O PLANO DE SAÚDE 
DISPONIBILIZE O HOME CARE AO CONSUMIDOR É 
NECESSÁRIA A CONCESSÃO DE PRAZO QUE ATENDA ÀS 
CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO CONCRETO, TENDO EM 
VISTA AS PECULIARIDADES DOS SERVIÇOS A SEREM 
PRESTADOS. DILAÇÃO DO PRAZO PARA 48 HORAS, A 
CONTAR DA INTIMAÇÃO PESSOAL DA RECORRENTE. 7. 
A MULTA APLICADA É COERCITIVA, BASEADA NO ARTIGO 
537 DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, E SE DESTINA 
A COMPELIR A AGRAVANTE A SATISFAZER A 
DETERMINAÇÃO JUDICIAL. IMPOSIÇÃO QUE NÃO SE 
MOSTRA EXCESSIVA, TAMPOUCO DESPROPORCIONAL, 
NOTADAMENTE EM RAZÃO DA RELEVÂNCIA DO BEM 
JURÍDICO TUTELADO. MULTA COMINATÓRIA QUE DEVE 
SER FIXADA COM RAZOABILIDADE, NÃO PODENDO O 
VALOR SER IRRISÓRIO, SOB PENA DE INEFICÁCIA DA 
MEDIDA COERCITIVA. CUMPRIDA A OBRIGAÇÃO 
DETERMINADA, NO PRAZO DETERMINADO, A MULTA 
APLICADA SE TORNA IRRELEVANTE. MANUTENÇÃO DAS 
ASTREINTES FIXADAS. 8. REFORMA PARCIAL DA DECISÃO. 
9. DÁ-SE PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO. (ACÓRDÃO 
Nº 0060799-14.2017.8.19.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO. 
SÉRGIO SEABRA VARELLA; VIGÉSIMA QUINTA CÂMARA 
CÍVEL; Data de julgamento: 13/12/2017) Grifou-se. 
 
DA APLICABILIDADE DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
 
SÚMULA 469 DO STJ: “APLICA-SE O CÓDIGO DE DEFESA 
DO CONSUMIDOR AOS CONTRATOS DE PLANO DE SAÚDE" 
 
O código consumerista é taxativo em definir que o consumidor de produtos e 
serviços deve ser agasalhado pelas suas regras e entendimentos conforme o preleciona em seu 
art. 3º, §2°. 
 
Considerando tal posição, a legislação consumerista supracitada consegue 
abranger todos os fornecedores de produtos ou serviços, seja pessoa física ou jurídica, 
ficando responsabilizados por quaisquer espécies de danos eventualmente causados aos seus 
tomadores. 
 
Isto posto, não restam dúvidas acerca da responsabilização da ré submetida à Lei 
nº 8.078/90, mormente tratar-se de um fornecedor de serviços que trouxe prejuízo efetivo a 
um de seus consumidores. 
 
DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA 
 
Observa-se que o autor faz jus à inversão do ônus da prova, pelo que preceitua o 
inciso VIII do artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor, posto que a narrativa dos fatos 
está embasada nos documentos anexos, que corroboram com o pedido, conforme a citada 
disposição legal. 
 
Sob uma perspectiva de interpretação sistemática, o autor encontra respaldo em 
diversos estatutos do ordenamento jurídico pátrio, tal qual o Código Civil, que ensejam a 
pertinência do pedido de reparação de danos. Outrossim, consoante o Princípio da Isonomia, 
todos devem ser tratados de forma igual perante a lei, mas sempre na medida de sua 
desigualdade. Sendo assim, deve o autor receber a inversão, visto que se encontra em estado 
de hipossuficiência em relação à parte ré, uma vez que disputa a lide com uma empresa de 
grande porte, que possui maior facilidade em produzir as provas necessárias para a cognição 
deste juízo. 
 
4- DAS INTIMAÇÕES ELETRÔNICAS 
 
Considerando que o autor e o requerente não possuem endereço eletrônico, as 
intimações poderão ser realizadas através dos e-mails 
mouraeadvogadosassociados@gmail.com​ ou ​andressamouraadv@gmail.com​ . 
 
5- DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO 
 
Manifesta o requerente o desinteresse em compor com a parte ré, motivo pela qual 
registra-se no presente o repúdio pela audiência de conciliação. 
 
6- DOS PEDIDOS 
 
 Posto isso requer que Vossa Excelência se digne a: 
 
a) Determinar a citação da Ré; 
b) Seja dispensada a realização da audiência de conciliação; 
c) Concessão da Tutela antecipada, para que a Ré seja obrigada a custear a 
continuidade do tratamento do pai do requerente em sua residência, 
fornecendo o Home Care, a cama hospitalar, a dieta industrializada, 
medicamentos e material de curativo, haja vista o estado de coma do autor, no 
prazo de 48h sob pena de multa diária a ser estipulada por este juízo; 
d) Não sendo respeitado o prazo de 48h, o custeamento pelo tratamento 
hospitalar pela ré, onde quer que ocorra; 
e) A condenação da ré em custas e honorários advocatícios; 
f) A confirmação da tutela em definitiva; 
g) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidos. 
 
Dá-se a causa o valor de R$ XXXX 
 
 
Nesses termos, pede deferimento. 
 
Rio de Janeiro, 05 de dezembro de 2020. 
 
ANDRESSA MARTINS DE MOURA 
OAB/RJ 3669 
mailto:mouraeadvogadosassociados@gmail.com
mailto:andressamouraadv@gmail.com
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA … VARA CÍVEL 
DA COMARCA DA CAPITAL 
 
 
 
 
 
PAULO HENRIQUE DE ARAÚJO, ​brasileiro, estado civil, naturalidade, profissão, 
inscrito no CPF sob o nº (...), portador da cédula de identidade (...), residente no endereço 
XXX, Rio de Janeiro/RJ, vem, respeitosamente, por intermédio de sua advogada 
infra-assinada, perante Vossa Excelência, ajuizar a presente 
 
AÇÃO MONITÓRIA 
 
com fulcro no art. 700 do CPC, em face de João Pereira de Souza, nacionalidade, estado civil, 
profissão, inscrito no cadastro de pessoas física sob o nº(...), portador da cédula de identidade 
sob o nº(…), residente e domiciliado na Rua(...), nº(...), Bairro (…) Cidade, Estado, pelos 
fundamentos de fato e de direito a seguir expostos. 
 
 
1- DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO 
 
Considerando que o autor tentou junto ao réu propostas de conciliação anteriormente 
ao ajuizamento da presente ação, as quais restaram infrutíferas devido à desídia do réu quanto 
ao pagamento da dívida, a parte autora dispensa a realização de audiência de conciliação. 
 
2- DOS FATOS 
 
Na data de 01º de agosto de 2019, o autor emprestou ao réu a quantia de R$10.000,00​1 
(dez mil reais), acordo celebrado entre as partes mediante contrato particular, contudo sem a 
assinatura de duas testemunhas (anexo). 
 
1 Atualmente, corresponde à R$ 10.391,39 (dez mil trezentos e noventa e um reais e trinta e nove centavos), 
conforme atualização do cálculo anexa. 
 
Observa-se pelo comprovante de depósito (anexo) que o montante foi enviado à conta 
do réu, devendo o mesmo valor ser devolvido no prazo de 60 (sessenta) dias, conforme 
consta no contrato. 
 
Ocorre que, findo o prazo contratual para o adimplemento do empréstimo, o réu não 
efetuou o pagamento, alegando estar passando por dificuldades financeiras. Todavia, mesmo 
o autor buscando meios de pagamento e parcelamento, o réu se esquivou do cumprimento da 
sua obrigação pactuada. 
 
Assim, não restaram opções ao autor que não fossem socorrer-se da tutela 
jurisdicional do estado a fim de ter assegurado o seu direito de receber o valor emprestado ao 
réu (devidamente atualizado). 
 
3- DO DIREITO 
 
A ação emtela se adequa perfeitamente à previsão legal expressa no art. 700 do CPC, 
na medida em que o autor trouxe aos autos prova escrita da existência da obrigação (contrato 
assinado pelo devedor,e comprovante do depósito na conta do réu), sendo suficiente para a 
formação do convencimento deste douto Juízo. 
 
Nesse sentido. 
 
APELAÇÕES CÍVEIS. DIREITO CIVIL. AÇÃO MONITÓRIA 
CONEXA À AÇÃO DE REVISÃO DE CLÁUSULAS 
CONTRATUAIS. CONTRATO DE MÚTUO FIRMADO POR 
INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSÃO DE DÍVIDA, 
COM GARANTIA HIPOTECÁRIA. INADIMPLEMENTO DAS 
NOTAS PROMISSÓRIAS VINCULADAS AO PACTO. 
SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA DA MONITÓRIA E DE 
IMPROCEDÊNCIA DA REVISIONAL. INCONFORMISMO DOS 
DEVEDORES. ANÁLISE CONJUNTA DOS APELOS. 
CERCEAMENTO DE DEFESA. SEGUNDA DEVEDORA QUE, 
EMBORA NÃO FIGURE NO POLO ATIVO DA REVISIONAL, 
NÃO SE INSURGIU CONTRA A DECISÃO QUE DECRETOU A 
PERDA DA PROVA NA AÇÃO MONITÓRIA, ONDE É RÉ, EM 
RAZÃO DO NÃO RECOLHIMENTO DOS HONORÁRIOS 
PERICIAIS. NOTAS PROMISSÓRIAS SEM FORÇA 
EXECUTIVA, UMA VEZ QUE ULTRAPASSADO O PRAZO 
TRIENAL PARA PROPOSITURA DA AÇÃO CAMBIAL. ARTS. 
70 E 77 DA LEI UNIFORME DE GENEBRA. CREDOR QUE TEM 
A OPÇÃO DE REAVER SEU CRÉDITO POR MEIO DE AÇÃO 
MONITÓRIA, CUJO PRAZO PRESCRICIONAL É 
QUINQUENAL, CONSOANTE PREVISTO NO ARTIGO 206, §5º, 
INCISO I, DO CÓDIGO CIVIL. APLICAÇÃO DO VERBETE 504 
DA SÚMULA DO STJ. ALEGAÇÕES DE ABUSIVIDADE DAS 
CLÁUSULAS CONTRATUAIS AFASTADAS. 
INAPLICABILIDADE DO CÓDIGO DE PROTEÇÃO E 
DEFESA DO CONSUMIDOR. CONTRATO DE MÚTUO 
CELEBRADO ENTRE PESSOAS FÍSICAS. EQUÍVOCO 
RECONHECIDO PELO CREDOR NA FIXAÇÃO DOS JUROS DE 
MORA EM 1% AO DIA. MERO ERRO MATERIAL. PLANILHA 
APRESENTADA COM A INICIAL DA AÇÃO MONITÓRIA QUE 
EXIBE JUROS MORATÓRIOS DE 1% AO MÊS, DE ACORDO 
COM O ART. 406 DO CÓDIGO CIVIL. CORREÇÃO 
MONETÁRIA DEVIDA. NECESSIDADE DE RECOMPOSIÇÃO 
DO PODER AQUISITIVO DA MOEDA. MANUTENÇÃO DA 
SENTENÇA. REJEIÇÃO DAS PRELIMINARES E 
DESPROVIMENTO DOS RECURSOS. (TJRJ APELAÇÃO 
0007947-85.2005.8.19.0209 Des(a). LUIZ ROLDAO DE FREITAS 
GOMES FILHO - Julgamento: 03/05/2017 - SEGUNDA CÂMARA 
CÍVEL) 
 
 
Veja-se que o autor preenche os requisitos do cabimento da ação monitória, conforme 
sedimenta o ilustre jurista Daniel Amorim. 
 
“Não havendo título, mas existindo uma prova literal e suficiente para 
convencer o juiz da probabilidade do direito, será adequado o 
processo sincrético, cabendo ao autor a escolha da primeira fase desse 
processo: fase de conhecimento ou monitória.”​2 
 
Desta forma, resta cristalino o direito do autor reivindicado na presente ação. 
 
 
 
4- DAS INTIMAÇÕES ELETRÔNICAS 
 
Considerando que o autor não possui endereço eletrônico, as intimações poderão ser 
realizadas através dos e-mails ​mouraeadvogadosassociados@gmail.com ou 
andressamouraadv@gmail.com​ . 
 
2 NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de direito processual civil – Volume único / Daniel 
Amorim Assumpção Neves – 8. ed. – Salvador: Ed. JusPodivm, 
2016. Pág. 1687. 
mailto:mouraeadvogadosassociados@gmail.com
mailto:andressamouraadv@gmail.com
 
5- DOS PEDIDOS 
 
 Posto isso requer que Vossa Excelência se digne a: 
 
a) determinar a imediata expedição do mandado de pagamento do valor de R$ 10.391,39 
(dez mil trezentos e noventa e um reais e trinta e nove centavos), destinado ao réu, 
conforme o art. 701 do CPC, convocando-o a efetuar o pagamento da dívida no prazo 
legal, sendo-lhe facultada a apresentação da defesa no mesmo prazo, em respeito ao 
princípio do contraditório e da ampla defesa; 
b) ao final, e opostos os embargos monitórios, rejeitar supracitada defesa, constituindo 
de pleno direito o título executivo judicial; 
c) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidos; 
d) A condenação do réu em custas e honorários advocatícios. 
 
 
Dá-se a causa o valor de R$ 10.391,39 (dez mil trezentos e noventa e um reais e trinta 
e nove centavos). 
 
 
Nesses termos, pede deferimento. 
 
 
 
Rio de Janeiro, 06 de dezembro de 2020. 
 
 
 
ANDRESSA MARTINS DE MOURA 
OAB/RJ 3669 
 
 
06/12/2020 Relatório de Atualização Monetária
www4.tjrj.jus.br/correcaoMonetaria/faces/correcaoMonetaria.jsp;jsessionid=0afafa4330d7b84707b25a5547bc93d3d5c92229468e.e34NbhiMaxmQci0… 1/1
Cálculo de Débitos Judiciais
 
 
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
Cálculo de Débitos Judiciais
Valor a ser atualizado: R$ 10.000,00
Período de atualização monetária: de 01/08/2019 até 06/12/2020 (485 dias)
Tipo de juros: Sem Juros
Taxa de juros: -
Período dos Juros: Sem incidência
Honorários (% sobre valor corrigido + juros): 0,00%
 
Índice de correção monetária: 1,03913946
Valor corrigido: R$ 10.391,39
Valor dos juros: R$ 0,00
Valor corrigido + juros: R$ 10.391,39
Total de honorários: R$ 0,00
 
Total: R$ 10.391,39
Total em UFIR: 2.923,04
 
O cálculo acima não possui valor legal. Trata-se apenas de
uma ferramenta de auxílio na elaboração de contas.
 
 
Calculado em 06/12/2020 
 
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EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA DE DIREITO DA VARA CÍVEL 
DA COMARCA DE CONDONÓPOLIS 
 
 
 
NORBERTO DA SILVA​, brasileiro, viúvo, profissão, inscrito no CPF sob o nº (...), 
portador da cédula de identidade (...), residente e domiciliado à Rua Cardoso Soares nº 42, 
no bairro de Lírios, Condonópolis/TO por intermédio de sua advogada infra-assinada, perante 
Vossa Excelência, ajuizar a presente 
 
AÇÃO DE USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA 
 
 
com fulcro no art. 183 da CF, art. 1.24 0 do CC, art. 12, § 2 da Lei nº 10.257/0 1 e art. 
246, §3 do CPC, em face de Cândido Gonçalves, nacionalidade, estado civil, profissão, 
inscrito no cadastro de pessoas física sob o nº(...), portador da cédula de identidade sob o 
nº(…), residente e domiciliado na Rua(...), nº(...), Bairro (…) Cidade, Estado, pelos fatos e 
fundamentos seguir expostos : 
 
 
1- DA JUSTIÇA GRATUITA 
 
Requer o autor sejam concedidos os benefícios da justiça gratuita com base no art. 98 
do CPC, e na Lei n°1.060/50, em virtude de sua hipossuficiência econômica não dispor de 
meios suficientes para arcar com os custos decorrentes do presente procedimento sem 
comprometer o seu sustento e o de sua família. 
 
2- DA PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO DO PROCESSO 
 
Consoante dispõe o art. 1048 do CPC, bem como a Lei n° 10.741/03 que dispõe sobre 
o Estatuto do Idoso, o qual em seu art. 71 e parágrafos institui a prioridade na tramitação de 
processos e procedimentos, atos e diligências judiciais das partes que possuem idade de 60 
anos ou superior à ela. 
 
Desta forma, uma vez que está comprovada a idade do autor conforme documentos 
anexos, requer a Vossa Excelência que sejam deferidos todos os benefícios conferidos pela 
Lei n.º 10.741/03. 
 
3- DOS FATOS 
Há nove anos e meio, o autor adquiriu de terceiro a posse do terreno situado à Rua 
Cardoso Soares nº 42, no bairro de Lírios, na cidade de Condonópolis, no estado de 
Tocantins, medindo 240 m quadrados em área urbana. São seus vizinhos do lado direito 
Carlos, do esquerdo Ezequiel e, dos fundos, Edgar. 
 
Ao adquirir o terreno, o autor construiu uma casa simples com o objetivo de ali viver 
com sua família. 
 
A posse vem sendo exercida de forma ininterrupta, mansa e pacífica há 09 anos e 
meio. Contudo, com a recente valorização do bairro, o autor vem sendo sondado a se retirardo local por indivíduos do mercado imobiliário que oferecem ao autor valores irrisórios pelo 
terreno devido ao fato de a propriedade do mesmo estar em nome de Cândido Gonçalves e 
não do autor. 
 
Fatigado desta situação, o autor não possui qualquer interesse em deixar o local. 
Dispondo de setenta e dois anos, o autor deseja apenas permanecer na sua residência 
construída com o fruto de seu suor, gozando dos frutos do seu trabalho com a sua família 
nesta fase mais tranquila da vida. 
 
Assim, sem ter outros bens a que possa se socorrer, o autor busca a propriedade do 
presente terreno em que exerce a posse, a fim de se resguardar de problemas futuros com as 
empresas do ramo imobiliário que dominaram o bairro. 
 
4 - DO DIREITO 
 
 
A Constituição Federal, em seu art. 183 e o Código Civil, em seu art. 1240, 
asseguram a aquisição do imóvel desde que presentes alguns requisitos. 
 
São estes os requisitos: 
 
1- Posse de área urbana de até 250 metros quadrados; 
2- Por 5 anos, ininterruptamente sem oposição; 
3- Utilização do terreno para sua moradia ou de sua família; 
4- Não ser proprietário de outro imóvel rural ou urbano. 
 
 
Diante do narrado no tópico anterior, verifica-se que o autor faz jus ao domínio da 
propriedade, posto que estão preenchidos os requisitos legalmente previstos. 
 
Não obstante, a jurisprudência tem ratificado tais requisitos. 
 
 
"USUCAPIÃO. Pedido que pode ser acolhido com base no art. 183 da 
CF/1988 e no art. 9º, da lei 10257, Estatuto da Cidade Usucapião 
especial de imóvel urbano Imóvel de 250m2, cuja posse é exercida há 
mais de 5 anos, para moradia Requisitos Existência Decisão 
reformada Recurso provido." (TJ/SP Apelação nº 
0124758-47.2006.8.26.0000 (477.034.4/4-00) - Des. Rel. Álvaro 
Passos - Julgado em 08/11/2011) 
 
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE USUCAPIÃO 
EXTRAORDINÁRIA URBANA. REQUISITOS. ART. 183, CF. 
Tratando-se de usucapião extraordinária urbana, e sendo demonstrado 
pela autora o preenchimento dos requisitos elencados no art. 183 da 
CF, a saber: possuir como sua área urbana de até 250m², pelo período 
ininterrupto e sem oposição de 05 anos, utilizando-o para moradia, é 
de ser declarada a prescrição aquisitiva em seu favor. Ação 
procedente. Sentença mantida." (TJ/RS - Apelação Cível 
70051050011 - Porto Alegre - 19ª Câmara Cível - Julgado em 
20/11/2012) 
 
"Usucapião especial urbano - Imóvel destinado à moradia,"animus 
domini"e posse pacífica e ininterrupta de área urbana de até duzentos 
e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos - Inexigibilidade de 
justo título e boa-fé - Recurso improvido. A aquisição da propriedade 
imóvel por usucapião, na modalidade especial urbano, requer 'animus 
domini' e posse pacífica e ininterrupta de área urbana de até duzentos 
e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, desde que seja 
destinada à sua moradia ou de sua família e não seja proprietário de 
outro imóvel." (TJ/SP - Apelação na 994.03.074145-1, da Comarca de 
Barretos - 3ª Câmara de Direito Privado - V.U. - Des. Rel. Jesus 
Lofrano - Julgado em 09/03/2010) 
 
Logo, resta cristalino o direito do autor em relação ao imóvel, já que em perfeita 
harmonia com a legislação e a jurisprudência acerca do tema. 
 
 
5- DAS INTIMAÇÕES ELETRÔNICAS 
 
Considerando que o autor não possui endereço eletrônico, as intimações poderão ser 
realizadas através dos e-mails ​mouraeadvogadosassociados@gmail.com ou 
andressamouraadv@gmail.com​ . 
 
 
 
6- DOS PEDIDOS 
 
 Posto isso requer que Vossa Excelência se digne a: 
 
a) Que seja citado o réu, que figura formalmente como proprietário do imóvel litigioso, 
para responder a presente ação, nos endereços informados no preâmbulo, no prazo 
legal, sob as penas da lei; 
b) Que sejam intimados todos os confrontantes Carlos, Ezequiel e Edgar, conforme as 
especificações já citadas, nos endereços já informados nesta petição inicial, para que 
se manifestem nos autos sobre o pedido autoral, nos termos do parágrafo 3º, artigo 
246 do CPC; 
c) Que sejam intimado os representantes da Fazenda Pública da União, Estados, Distrito 
Federal e Município para que manifestem eventuais interesses na causa; 
d) Que seja intimado o Ministério Público; 
e) Que seja concedido ao autor os benefícios da Justiça Gratuita, inclusive perante 
o Cartório de Imóveis de acordo com o art. 12, §2 º da Lei nº 10.2 57/01 – 
Estatuto da Cidade; 
f) Que a sentença seja transcrita no registro de imóveis, mediante mandado, por 
constituir esta, título hábil para o respectivo registro junto ao Cartório de 
Registro de Imóveis; 
g) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidos; 
h) A condenação do réu em custas e honorários advocatícios. 
 
 
Dá-se a causa o valor de R$... 
 
mailto:mouraeadvogadosassociados@gmail.com
mailto:andressamouraadv@gmail.com
Nesses termos, pede deferimento. 
 
 
Condonópolis, 08 de dezembro de 2020. 
 
ANDRESSA MARTINS DE MOURA 
OAB/RJ 3669 
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SOCIEDADE - MACAÉ 
DEPARTAMENTO DE DIREITO DE MACAÉ 
Aluno: Andressa Martins De Moura 
Disciplina: Laboratório de Prática Cível 
Professor: Priscila Petereit 
 
Resposta às Questões 
 
1.2 - Além do pedido de indenização por parte da perda material de João Pedro quanto à sua 
motocicleta, bem como os custos de despesas médico-hospitalares e medicamentosas, deve ser 
pleiteado o valor referente aos lucros cessantes que deixaram de ser adquiridos por João Pedro 
durante a recuperação de sua saúde. Ademais, considerando o trauma de perda de parte de seu 
corpo, cabível o pedido de danos morais e estéticos. 
1.3 - ​Sim, poderá. A ação de consignação em pagamento pode ser ajuízada quando o credor exige o 
pagamento superior ao entendido como correto pelo devedor, conforme entende-se pelo art. 335, I 
do Código Civil. Perceba-se que Carlos não se recusou a efetuar o pagamento, apenas solicitou que 
fossem revistos os juros aplicados ao financiamento. Assim, a fim de que a obrigação principal seja 
cumprida, exercendo o seu direito ao pagamento, Carlos poderá fazê-lo por meio da supracitada 
ação. 
2.2- O único pedido levantado por Leonardo a ser apreciado pelo Juízo será a preliminar de 
incompetência relativa, haja vista que, por não haver apresentado o valor correto a ser executado 
por João, tampouco os cálculos demonstrativos que o levaram a essa monta, o magistrado não 
analisará esse pleito de excesso de execução em respeito ao disposto no art. 917, §4º, II do CPC. 
2.3- O posicionamento do tribunal está de acordo com o posicionamento do Superior Tribunal de 
Justiça​1​. Apesar de ser reconhecido como válido, o contrato, para ser considerado título executivo 
extrajudicial precisa atender aos requisitos do art. 784, III do CPC, qual seja, a assinatura de duas 
testemunhas. Ainda assim, como contrato particular é possível a sua executoriedade pelas vias 
ordinárias. 
3.2- ​As ações possessórias tem o condão de única e exclusivamente discutir a posse do bem em 
questão. As ações possessórias são o interdito proibitório, a manutenção da posse e a reintegração 
da posse. Em outro liame, as ações petitórias discutem os direitos oriundos da propriedade. As 
ações petitórias são a reivindicaçãoda posse e a imissão de posse. Quanto à fungibilidade, 
consoante o art. 554 do CPC, é expressamente permitida a sua aplicação entre as ações 
1 ​REsp. n. 1.495.920 
possessórias. Contudo, a jurisprudência não admite a fungibilidade quando o equívoco ocorre entre 
as ações possessórias e petitórias calcada na ausência de interesse processual adequado. 
 
3.3 - ​A cumulação de pedidos em ação de nunciação de obra nova é muito comum, haja vista que a 
demora do julgamento da ação pelo judiciário pode comprometer a finalidade do procedimento em 
si. Desta forma, os patronos costumam pedir cumulativamente a demolição do imóvel construído, 
posto que há a possibilidade da obra ser concluída antes que a ação seja julgada. Saliente-se que a 
previsão da cumulação foi feita pelo próprio CPC/73 em seu art. 936, I. É por esta cumulação que 
também é convertida a ação de nunciação de obra nova em ação demolitória, prática recorrente 
entre os magistrados de todo o Brasil a fim de que não se perca a utilidade do procedimento.

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