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microbiologia - micobactérias

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Aliny Alves- Unifacimed- TXVIII 
 
 
Trata-se do gênero Mycobacterium. 
As bactérias mais relevantes são: 
1. Mycobacterium tuberculosis; 
2. Mycobacterium leprae; 
 
 
 
 
 
 
↳ Ambos gêneros supracitados são 
produtores de ácidos graxos de cadeia longa e 
ramificada, denominados de ácido micólicos, e o 
conteúdo genômico de bases Guanina-Citosina. 
 
As micobactérias possuem mais de 160 espécies, 
a maioria são bactérias saprófitas de solo e 
apenas algumas espécies patogênicas ao homem. 
As mais importantes são: 
1. M. tuberculosis; 
2. M. bovis 
3. M. africanum ou hanseníase (lepra) como 
M. leprae. 
 
 
Crescimento das micobactérias: possui um 
crescimento variável (lento, moderado e rápido). 
 
 
 
• São aeróbias estritas; 
• Gram-positivas; 
• Microrganismos pequenos; 
• Forma de bastão; 
• Não possuem flagelos; 
• Não formam esporos; 
• Não produzem toxinas; 
• Não possuem cápsula; 
• Lipídeos complexos presentes no 
envelope; 
• São microrganismos intracelulares, que 
infectam e proliferam-se no interior de 
macrófagos. 
• Possui a retenção de fucsina básica pela 
parece celular, mesmo na presença de 
álcool e ácido, sendo (BAAR). 
• O método de Ziehl-Neelsen permite a 
diferenciação das bactérias BAAR 
positivas e negativas. Pois á a mistura do 
álcool 97% e ácido clorídrico 3%, depois o 
esfregaço é corado com o azul de 
metileno. Bactérias BAAR positivo 
(vermelho), bactérias BAAR negativas 
(azul). 
 
 
As bactérias que crescem em temperaturas 
inferiores a 37ºC causam apenas infecções 
cutâneas. 
EX: M; leprar 
 
 
Possuem uma parede celular singular, pois 
o peptídeoglicano contém ácido N-
glicolilmurâmico em vez de ácido N-
acetilmurâmico. 
60% da parede celular é composta de 
lipídeos que consistem em ácidos graxos de 
cadeia longa incomuns (ácidos micólicos). Que 
estão ligados ao polissacarídeo que compõe a 
parede celular (arabinogalactano), que se liga ao 
peptídeoglicano através de pontes fosfodiéster. 
A parede celular também possui o 
complexo arabinogalactano-peptídeoglicano e 
algumas proteínas. 
Possuem as regiões externa mais fluidas 
que as internas. Além das porinas (proteína de 
membrana formadoras de canais catiônicos 
seletivos). O que evidência na baixa 
permeabilidade da parede celular a solutos 
hidrofílicos. 
A parede singular permite que o 
microrganismo sobreviva dentro de macrófagos. 
 
 M. tuberculosis possui uma das paredes mais 
permeáveis a agentes antimicobacterianos 
hidrofílicos, enquanto as outras espécies são 
mais resistentes as drogas com essa propriedade. 
 
Micobactéria 
 
OBS: O gênero Mycobacterium 
compartilha muitas características 
comuns com o gênero 
Corynebacterium e Actinomyces. 
 
Aliny Alves- Unifacimed- TXVIII 
É uma doença infectocontagiosa, causadas pelo 
complexo Mycobacterium tuberculosis, incluindo 
M. bovis, M. africanum e principalmente M. 
tuberculosis. 
 
Transmissão: através de partículas infectantes. É 
uma doença altamente contagiosa. 
 
Sintomas: tosse (inflamação pulmonar crônica). 
Em situações mais avançadas escarro com 
sangue arterial. Destruição tecidual que 
eventualmente liquefaz porções infectadas do 
pulmão 
 
Sinais: enfraquecimento, febre, perda de peso, 
sudorese noturna, doe no peito, insuficiência 
respiratória, tosse (produtiva ou não) e 
hemoptise. 
 
Diagnóstico da infecção primária: através do teste 
da tuberculina e alguns casos no raio X (lesão 
calcificada). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS 
• É o principal agente etiológico da 
tuberculose no homem. 
• É um patógeno intracelular de 
macrófagos. 
• Estabelece a infecção no sist. pulmonar. 
• Colônias secas e rugosas, necessita de 3 a 
4 semanas de crescimento em placa. 
• Fatores de virulência: fosfolipases C, 
lipases e esterases. 
 
 
SISTEMA IMUNOLÓGICO HUMANO NA 
TUBERCULOSE 
 
O sistema imune é o principal responsável pela 
defesa contra a infecção do bacilo da 
tuberculose, porém ocorre os danos teciduais 
devido a formação de granulomas e necrose. 
 
DORMÊNCIA E REATIVAÇÃO DO MYCOBACTERIUM 
TUBERCULOSIS 
A tuberculose latente não se caracteriza como 
uma doença infecciosa, e não representa risco de 
saúde pública. 
Porém condições imunossupressivas 
comprometem a eficácia do sist. imune, 
permitindo a reativação do bacilo até então 
dormente, levando então o indivíduo a 
desenvolver tuberculose ativa. 
 
OBS: pacientes HIV positivos dão falsos negativos 
para testes de tuberculina, achados atípicos em 
raio X torácicos de tuberculose pulmonar, quadro 
pulmonar com esfregaço de escarro negativo 
para BAAR, tuberculose extrapulmonar. 
 
DIAGNÓSTICO 
O teste de tuberculina (PPD) é utilizado 
para detectar infecção de muitos anos atrás ou 
de origem recente. Única maneira de identificar 
infecções latentes. Teste de Mantoux. 
Técnica de baciloscopia ou esfregaço de 
escarro para BAAR- método mais rápido. 
Testes sensíveis a micobactérias. 
 
EPIDEMIOLOGIA 
É responsável pelo maior número de mortalidade 
humana causada por único agente infeccioso. 
Possuem um ressurgimento principalmente a 
fatores como aumento na incidência de 
resistência a drogas, HIV/AIDS. 
 95% dos casos de tuberculose, ocorre em 
países subdesenvolvidos. 
 
TRATAMENTO 
É a utilização da combinação de 4 drogas, 
conhecidas como DOTS (directly observed 
treatment Short-course), que é a administração 
combinada de isoniazida, rifampicina, 
pirazinamida e etambutol durante os dois 
primeiros meses, seguida da de isoniazida e 
rifampicina por pelo menos mais quatro meses. 
 
 
í
É causada somente pelo M. leprae, a única 
bactéria patogênica conhecida por invadir o sist. 
nervoso periférico. 
 A bactéria afeta a pele, voas aéreas 
superiores, sist. nervoso periférico e os olhos 
 A colonização no sist. nervoso causa 
modificações patológicas como degeneração 
axonal, fibrose aumentada e desmielinização. A 
falta da produção de mielina pelas células de 
Schwann e sua destruição mediada por reações 
imunes do hospedeiro, induzem a lesão nervosa, 
perda da sensorial e desfiguração, que são sinais 
típicos da lepra. 
 A doença pode causar sequelas graves 
como: cegueira, iritis, sinequia posterior, 
catarata, lagoftalmose e ulceração córnea. 
 
 
A tuberculose pode ser extrapulmonar, causada 
pela evolução do granuloma devido ao 
crescimento bacteriano excessivo, atingindo a 
corrente sanguínea e disseminando os bacilos 
por várias partes do corpo, (tuberculose miliar), 
ocorrendo na pleura, os linfonodos, fígado, baço, 
ossos, articulações. Coração, cérebro, no sist. 
geniturinário, mas meninges, no peritônio e na 
pele. 
Aliny Alves- Unifacimed- TXVIII 
 
PATOGENICIDADE E FORMAS DE MANIFESTAÇÃO 
 
É um organismo de baixa patogenicidade. 
• Comum em pessoas entre 10 a 20 anos, 
predomina o sexo masculino. 
• Pode ser classificada em lepra 
tuberculoide (TL) e lepra lepromatosa (LL). 
• A lepra tuberculoide é caracterizada por 
lesões e nervosas localizadas e limitadas, 
com carga paucibacilar (PB). 
• O desenvolvimento da doença varia entre 
dois a cinco anos. 
• As lesões são encontradas nas superfícies 
mais frias do corpo (mucosa nasal, 
exreemidades dos nervos periféricos, 
cotovelos, pulsos, joelhos e tornozelos. 
• O período de incubação varia entre 8 a 12. 
 
MYCOBACTERIUM LEPRAE 
• Temperatura de crescimento é 
aproximadamente 30º, infectam áreas 
mais frias. 
• Sua parece é altamente complexa, 
contendo proteínas, glicolipídeos 
fenólicos, peptídeoglicano, 
arabinogalactano e ácidos micílicos. 
• Sua propriedade BAAR é mais fracas que 
as demais espécies 
• Sobrevive e cresce dentro de um 
macrófago 
• Fatores de virulência: glicolipídeos 
fenólicos, lipoarabinomanano 
 
TRANSMISSÃO: 
• Ocorre pelo envolvimento das vias aéreas 
superiores, onde a mucosanasal possui 
papel central. 
• Em alguns indivíduos ocorre a propagação 
de bacilos para nervos periféricos e pele. 
 
FATORES DE RISCO 
• Fatores genéticos 
• Imunossupressão 
 
REAÇÕES HANSÊNICAS 
Afetam a pele, nervos, olhos, fígado, baço, 
gânglios linfáticos e testículos, além de 
articulações, tendões, músculos e ossos. 
Reações reversas (RR): ocorre em pacientes 
paucibacilates, aumento Th1 contra antígenos de 
M. leprear 
Reações tipo Eritema Nodosum Leprosum (ENL): 
ocorre em paciente multibacilares (LL e BL) é 
uma inflamação sistêmica. 
 
DIAGNÓSTICO 
Exame histológico de biópsias amostrais colhidas 
de lepromas (granulomas). 
 A presença de BAAR. 
 Técnica de PR. 
 Reação de Mitsuda – uma reação de 
hipersensibilidade do tipo tardia cuja avaliação é 
realizada 3 a 4 semanas após a injeção 
intradérmica de bacilos mortos em pacientes 
esse teste é positivo para TL e negativo para LL. 
 
EPIDEMIOLOGIA 
• Mais em regiões tropicais e subtropicais, 
sendo relacionada a pobreza. 
• Mais prevalente em áreas rurais. 
• Está sendo reduzida pela vacinação BCG e 
algumas drogas. 
 
TRATAMENTO E CONTROLE 
• Medicamento Diamino Difenil Sulfona 
(DDS ou dapsona). 
• Dapsona, rifampicina, clofazimina, 
ofloxacina e minociclina, drogas 
comumentes usadas na terapia de 
múltiplas drogas. 
 
VACINAS 
Não há disponibilidade de vacinação conta 
hanseníase. 
 
 
As espécies saprófitas e as 
potencialmente patogênicas são comumente 
denominadas micobactérias não tuberculosis 
(MNT), para-tuberculosas, anônimas, MOTT 
(Mycobacteria Other Than Tuberculosis) ou 
atípicas. 
As micobactérias são classicamente 
separadas em dois grupos, de acordo com a 
velocidade de crescimento: micobactérias de 
crescimento rápido (MCR), que formam colônias 
em meio sólido em menos de sete dias e 
micobactérias de crescimento lento (MCL), que 
demoram mais de sete dias para formar colônias 
em meio sólido 
Infecções pulmonares e de linfonodos são 
causadas principalmente por MCL, enquanto 
infecções de pele, ossos e articulações são 
causadas mais frequentemente por MCR. Além 
disso, os dois grupos diferem em relação à 
susceptibilidade a antimicrobianos. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
afetam principalmente os pulmões, linfonodos, 
pele e tecido subcutâneo ou são disseminadas. 
Com menor frequência foram descritos casos de 
osteomielite, artrite, endocardite, otite média, 
meningite e encefalite por MNT. Em pacientes 
imunocompetentes a doença é frequentemente 
localizada. Já em pacientes 
imunocomprometidos há maior tendência para 
disseminação da infecção. 
 As lesões cutâneas podem ser 
espontâneas ou relacionadas a traumas e 
contato com água. São comumente nodulares, 
subagudas, com evolução para formação de 
abscesso, fistulização ou, mais raramente, 
ulceração. 
A doença ganglionar é mais comum na 
infância, envolvendo, frequentemente de modo 
unilateral, as cadeias submandibulares, 
Aliny Alves- Unifacimed- TXVIII 
submaxilar, cervical ou preauricular. Pode 
ocorrer fistulização e formação de caseum. 
O quadro clínico é de febre, perda de peso 
e tosse crônica e os achados radiológicos 
dependem da presença ou não de doença 
pulmonar subjacente, em particular doença 
pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), fibrose 
cística e bronquiectasia. Apresentações atípicas 
também podem ocorrer, com alterações 
radiológicas menos específicas. Uma forma de 
pneumonite de hipersensibilidade pode estar 
associada a diversas atividades profissionais 
relacionadas a fontes aquáticas. 
Nos pacientes imunocomprometidos, é 
comum a disseminação da doença e a dificuldade 
de identificar um foco primário definido. Nos 
pacientes portadores do HIV com 
imunossupressão avançada, com níveis de 
linfócitos CD4+ inferiores a 50 células/mm3 , a 
infecção é potencialmente letal. Em geral o 
paciente apresenta febre de origem obscura, 
acompanhada de neutropenia. A doença pode 
acometer vários órgãos, como baço, linfonodos, 
pele, pulmões e trato digestivo. Outras formas de 
imunodepressão, como aquelas relacionadas à 
quimioterapia e transplante de órgãos, 
deficiências de IL-12 e IFN-γ e o uso de 
antagonistas do TNF estão associadas a 
infecções por MNT. Na tabela 56.3 podem ser 
vistas resumidamente as principais doenças 
causadas pelas MNTs e espécies mais 
frequentemente identificadas, tanto em 
pacientes imunocompetentes como 
imunodeprimidos. 
 
DIAGNÓSTICO E IDENTIFICAÇÃO 
O diagnóstico de micobacteriose deve ser 
confirmado pela visualização de bacilos álcool-
ácido resistentes (BAAR) em esfregaços corados 
pelas técnicas de Ziehl-Neelsen ou auramina-
rodamina e/ou pelo isolamento da micobactéria 
em cultivos. 
 Métodos de identificação baseados em 
cromatografia de lipídeos (HPLC, GLC, TLC) 
também já foram utilizados, mas são trabalhosos 
e caros. 
 A identificação pode ser feita com testes 
comerciais, como AccuProbe® Culture 
Identification (Gen-Probe Inc., San Diego, CA, 
EUA), INNO-LiPA® Mycobacteria v2 
(Innogenetics, Ghent, Bélgica) ou GenoType® 
Mycobacterium (Hain Lifescience GmbH, Nehren, 
Alemanha). No entanto, estes métodos 
identificam um número limitado de espécies e 
têm custo elevado. 
 método baseado na análise de um 
fragmento de 441 pb do gene hsp65 amplificado 
por PCR e posteriormente digerido com duas 
enzimas de restrição, denominado PCR – 
Restriction Enzyme Analysis (PRA-hsp65). Esse 
método oferece um caminho fácil, rápido e de 
baixo custo para a identificação de diversas 
espécies de micobactérias em um único 
experimento, além de permitir atualizações, 
sempre que novos perfis forem identificados. 
 
EPIDEMIOLOGIA 
 
Ameaça mais pessoas imunodeprimidas, com 
AIDS. 
Ocorre nos grandes centros urbanos 
 
TRATAMENTO 
O tratamento das micobacterioses depende de 
vários fatores, principalmente da espécie 
causadora da infecção, do estado imunológico do 
paciente, das manifestações clínicas e da 
possibilidade de excisão ou drenagem da lesão. 
 A claritromicina é o antimicrobiano com 
maior atividade sobre a maior parte, mas não 
todas, as MNT. Dependendo da espécie, podem ser 
úteis doxiciclina, rifampicina, isoniazida, 
etambutol, quinolonas, cefoxitina, imipenem, 
linezolida e sulfametoxazol-trimetoprim. A 
grande diversidade de espécies e o baixo número 
de casos comparáveis dificultam a realização de 
estudos controlados de avaliação da eficácia de 
esquemas de tratamento. A maior parte das 
recomendações é baseada nas atividades in vitro 
e em relatos de casos. Testes de susceptibilidade 
devem seguir padrões internacionalmente 
estabelecidos, que indicam a sua realização em 
isolados clinicamente significativos e que 
possam apresentar variabilidade quanto à 
suscetibilidade aos antimicrobianos 
recomendados e risco significativo de se 
tornarem resistentes a estes agentes. Isolados 
únicos de sítios estéreis são considerados 
clinicamente significativos. Já no caso de 
isolados pulmonares, é necessário obter pelo 
menos dois isolados positivos de escarro ou um 
de lavado brônquico ou biópsia pulmonar de 
pacientes com sintomas e sinais clínicos 
sugestivos de doença pulmonar causada por 
micobactérias. O método recomendado é o de 
microdiluição para avaliação da concentração 
inibitória mínima (CIM). O manual do Clinical and 
Laboratory Standards Institute (CLSI) tem 
orientações detalhadas para a realização de teste 
de suscetibilidade para micobactérias em geral e 
orientações específicas para os membros do 
Complexo Mycobacterium avium, 
Mycobacterium kansasii, Mycobacterium 
marinum e para MCR

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