1 Prof.ª Fernanda Coelho Biossegurança Gerenciamento de Resíduos dos Serviços De Saúde - GRSS Biossegurança Biossegurança Conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, riscos que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos (FIOCRUZ, 2010) 1 2 2 ALVO: Proteção da saúde ‐ homem, animais, ambiente. Proteção da qualidade do trabalho desenvolvido AÇÕES: prevenção, minimização ou eliminação de riscos CONTEXTO: atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços Gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde (GRSS): • Conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas, técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a geração de resíduos e proporcionar um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores e a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente; 3 4 3 GRSS PROCEDIMENTOS DE GESTÃO BASE CIENTÍFICA, TÉCNICA, NORMATIVA OU LEGAL VISANDO A PROTEÇÃO DOS TRABALHADORES, PRESERVAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS, SAÚDE PÚBLICA E MEIO AMBIENTE • Minimizar a geração • Encaminhamento seguro • De forma eficiente Breve histórico • Industrialização - SEC XX – novos padrões de consumo e geração de resíduos • Evolução técnico-científica – aumento da diversidade de produtos, componentes, materiais de difícil degradação e maior toxicidade. • Danos ambientais, danos à saúde humana e animal pela disposição inadequada de resíduos. • “Iatrogenias” do progresso humano 5 6 4 Breve histórico • Até 1999, o GRSS era regulado somente por resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) • Lei 9.782/1999, criou a Anvisa. Coube a esta Agência a competência de regulamentar os procedimentos internos dos serviços de saúde, relativos ao GRSS. • CONAMA Nº283/2001 – tratamento e destinação final dos resíduos dos serviços de saúde • Anvisa – RDC 33/2003 – enfoque no manejo interno de resíduos. Culminou com regras de manejo que não se harmonizavam com a resolução CONAMA 283/01. • Esforços para sincronização das regulamentações. • Anvisa - RDC 306/04 • Resolução CONAMA 358/05 Breve histórico • Novas tecnologias e novos questionamentos. • Instituição da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), com a entrada em vigor da Lei 12.305/2010 • Anvisa percebeu a necessidade de uma nova normativa que contemple as novidades legais e tecnológicas que surgiram nesse período. 7 8 5 RDC 222/2018. • Dispõe sobre os requisitos de Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde. (art 1º) • A norma pretende minimizar os riscos inerentes ao gerenciamento de resíduos no País no que diz respeito à saúde humana e animal, bem como na proteção ao meio ambiente e aos recursos naturais renováveis. Abrangência • Geradores de resíduos de serviços de saúde – RSS cujas atividades envolvam qualquer etapa do gerenciamento dos RSS, sejam eles públicos e privados, filantrópicos, civis ou militares, incluindo aqueles que exercem ações de ensino e pesquisa. • Serviços cujas atividades estejam relacionadas com a atenção à saúde humana ou animal. 9 10 6 Geradores de resíduos de serviços de saúde – RSS estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; drogarias e farmácias, inclusive as de manipulação; serviços de medicina legal; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação); laboratórios analíticos de produtos para saúde; serviços de assistência domiciliar; Geradores de resíduos de serviços de saúde – RSS centros de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores de materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços de piercing e tatuagem, salões de beleza e estética, dentre outros afins. 11 12 7 Exceções: • Esta Resolução não se aplica a fontes radioativas seladas, que devem seguir as determinações da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN, e às indústrias de produtos sob vigilância sanitária, que devem observar as condições específicas do seu licenciamento ambiental. • Indústrias de cosméticos, saneantes, produtos para saúde, medicamentos e outros produtos sob vigilância sanitária que devem ter licenciamento ambiental e se basear nele para as questões de gerenciamento de resíduos. Exceções Fontes radioativas seladas • fonte radioativa selada: fonte radioativa encerrada hermeticamente em uma cápsula, ou ligada totalmente a material inativo envolvente, de forma que nã possa haver dispersão de substância radioativa em condições normais e severa de uso; • Seguirão normas do CNEN Indústria de produtos sob vigilância sanitária • cosméticos, saneantes, produtos para saúde, medicamentos e outros produtos • licenciamento ambiental será 13 14 8 Definições importantes • Gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde: conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas, técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a geração de resíduos e proporcionar um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores e a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente; • Manejo dos resíduos de serviços de saúde: atividade de manuseio dos resíduos de serviços de saúde, cujas etapas são: segregação, acondicionamento, identificação, transporte interno, armazenamento temporário, Armazenamento externo, coleta interna, transporte externo, destinação e disposição final ambientalmente adequada dos resíduos de serviços de saúde 15 16 9 Definições importantes: Segregação: separação dos resíduos, conforme a classificação dos Grupos estabelecida no Anexo I desta Resolução, no momento e local de sua geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos Acondicionamento: ato de embalar os resíduos segregados em sacos ou recipientes que evitem vazamentos, e, quando couber, sejam resistentes às ações de punctura, ruptura e tombamento, e que sejam adequados física e quimicamente ao conteúdo acondicionado Definições importantes: identificação dos resíduos de serviços de saúde: conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos riscos presentes nos resíduos acondicionados, de forma clara e legível em tamanho proporcional aos sacos, coletores e seus ambientes de armazenamento, conforme disposto no Anexo II desta Resolução; Transporte interno: traslado dos resíduos dos pontos de geração até o abrigo temporário ou o abrigo externo. 17 18 10 Definições importantes: Armazenamento temporário: guarda temporária dos coletores de resíduos de serviços de saúde, em ambiente próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta no interior das instalações e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa armazenamento externo: guarda dos coletores de resíduos em ambiente exclusivo, com acesso facilitado para a coleta externa coleta e transporte externos: remoção dos resíduos de serviços de saúde do abrigo externo até a unidade de tratamento ou outra destinação, ou disposição final ambientalmente adequada, utilizando‐se de técnicas que garantam a preservação das condições de acondicionamento; Definições importantes • Destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e do Sistema