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Função e Disfunção II Tá tudo junto mesmo pq fica mais fácil de entender (aceitem que é melhor) Fisiologia: Sistema Respiratório 07.08 Introdução: Respiração -> CO₂ + H₂O --------> H₂CO3 H+ (é eliminado quando respiramos. Quanto menos H+ circulante (respiração ofegante elimina mt), mais alcalino fica o pH e isso pode fazer com que haja desnaturação proteica, ou seja, as enzimas param de funcionar. HCO3- ● [H] no organismo leva à hipocalemia, quando isso ocorre a alternativa é tirar o H de dentro das células, porém, nesta tentativa o K acaba saindo junto e as células que precisam de K para se excitarem não conseguem exercer sua função, levando o animal à falência cerebral (primeiro) e à falência cardíaca (segundo) ● Níveis ideais de K no organismo = 4,5 mmol/L - 5,5 mmol/L ● Níveis baixos de K no organismo = 3,0 mmol/L (ou menos) Fisiologia: ● Principais funções do S. Respiratório: ○ trocas gasosas ○ controle pH ○ homeostase (manutenção) ○ sistema imunológico (IgA) ○ transformação de substâncias (ocorre no endotélio pulmonar) (Ex.: ECA) ○ fonação ○ aquecer e umidificar os gases (perda de H2O) ● Consumo de O2: ○ o consumo de O2 e a produção de CO2 dependem do metabolismo do animal (animais pequenos- metabolismo acelerado- alta FR, animais grandes- metabolismo lento- baixa FR) ● Condução de ar: ○ caminho: narinas, cavidade nasal, faringe, laringe, traquéia, brônquios e bronquíolos ○ via de condução umedece e aquece o ar e retém e expele sujidades * tixotropismo: elasticidade da secreção * Existem dois tipos de doenças no sistema respiratório: restritiva e obstrutiva Célula ciliada caliciforme Cílios Muco grosso Fluído líquido: promove a movimentação correta dos cílios, em caso de animais fumantes passivos há o espessamento destes cílios e como consequência, seu mau funcionamento * Mamíferos respiram com o auxílio do diafragma e aves apresentam ausência do mesmo ● Pulmões: ○ subdivididos por tecido conjuntivo ○ evitam a ventilação entre lóbulos (exceto aves e répteis) ○ suínos e bovinos têm separação completa entre lóbulos ○ cães e gatos não têm separação ○ equinos e ovinos têm separação parcial ● Ventilação: ○ é o movimento dos gases para dentro e fora do pulmão ○ Perfusão: é o oxigênio no sangue ○ Difusão: é a passagem de oxigênio dos alvéolos para os capilares ○ necessidades metabólicas (volume necessário de ar): volume total por minuto = ventilação minuto (VE) → determinado pelo volume de cada respiração ○ Tipos de ventilação: ■ Contracorrente (peixes)--> a água entra na direção oposta em que o sangue corre ■ Bidirecional (mamíferos)--> o ar entra e sai da câmara respiratória por um único caminho ■ Unidirecional (aves)--> o ar faz um caminho em que ele não se cruza na entrada ou saída ● Aves (unidirecional): a difusão ocorre na expiração (nos mamíferos ocorre na inspiração) 1. Na primeira inspiração os sacos aéreos anteriores inflam e na expiração o O2 vai para o pulmão 2. Onde ocorre a troca gasosa com os capilares. 3. Então ocorre a segunda inspiração que enche os sacos aéreos posteriores e na segunda expiração todo o gás é eliminado. São necessários dois processos de inspiração e expiração para que o ciclo respiratório das aves se complete, isso promove maior oxigenação do organismo e maior resistência respiratória dos animais. ● Volume Corrente (Vc): ○ é o volume total que entra e sai em um ciclo respiratório ○ Volume minuto (Ve): quanto de volume foi inspirado e expirado por minuto ○ nem todo volume corrente participa das trocas gasosas ○ Espaço morto (Em): ■ Em fisiológico = Em anatômico (narinas, faringe) + Em alveolar (alvéolos) ■ Em anatômico: ar presente nas vias aéreas condutoras ■ Em alveolar: ar que não sofreu trocas gasosas no alvéolo Em alveolar Área de difusão A troca gasosa efetiva ocorre nos alvéolos perto dos capilares→ Ventilação alveolar (Va) Va = Vc - V Emf Continhas (exemplo em sala): 1. Um animal com capacidade pulmonar de 120ml com 30 movimentos por minuto e 30% de volume morto, volume alveolar morto de 5ml terá qual: a. Volume alveolar -> Va = 120 - 36 = 84ml b. Volume alveolar minuto -> Va/min = 84 x 30 = 520ml/min c. Volume minuto -> V/min = 30 x 120 = 3600ml d. Volume corrente -> Vc = 120ml e. Volume morto em ml -> Vm = 36ml ● Informações: ○ Vc = 120ml ○ Fr = 30rpm ○ EMf = 30% de 120 = 36ml ○ EMa = 5ml Façam aí pra treinar: 1. Um animal com 900 ml de volume minuto, tem 30% de volume morto e frequência respiratória de 20 movimentos por minuto, terá: a. qual volume corrente? b. qual volume alveolar? c. qual volume alveolar minuto? d. volume morto em ml? 2. Um animal com volume corrente 30ml, frequência respiratória de 30 movimentos/minuto, ao ficar exposto ao sol tem uma alterações dos padrões respiratórios que se tornam VC 20 e FR 45. Quais são as consequências para: a. profundidade da respiração b. volume minuto c. oxigenação do sistema Fisiologia: Sistema Respiratório Parte II 14.08 ● Volume morto serve para: ○ manter as vias aéreas infladas ○ resfriar os gases * Amplitude: é a profundidade da respiração, ela pode ser profunda ou raza (troca de calor). * Quando o animal está desidratado: baixa volemia; baixa pré-carga; baixa Dc; baixa pressão (não ativação dos barorreceptores); ativa SNA (libera noradrenalina → aumenta FR e FC, broncodilatação). * Receptores de noradrenalina: β1 (coração) e β2 (brônquios). CO2 → tem pouca afinidade com as hemácias (gera morte com dor quando inalado); CO → tem muita afinidade com as hemácias (gera morte indolor quando inalado); O2 → tem muita afinidade com a hemoglobina Trabalho respiratório: ● Quantidade de energia necessária para ventilar os pulmões: ○ propriedades elásticas do pulmão e da parede torácica (fibra elástica) ○ resistência do as - passagens: ■ complacência pulmonar (facilidade de distensão) ■ elastância pulmonar (medida de grau de retorno) ● Enfisema pulmonar: ○ ocorre quando os brônquios perdem as fibras elásticas (perdem a capacidade de desinchar e fazer a expiração) ○ paciente enfisematoso → maior elastância e menor complacência (se for fibrose brônquica → baixa elastância e alta complacência) ● Trabalho respiratório (inspiração): ○ Diafragma: ■ contração (puxado caudal), aumento da cavidade torácica ■ aumenta a pressão intra-abdominal ■ desloca costelas caudais para fora ■ gera pressão negativa ○ músculos intercostais externos: ativos (costelas movem-se externamente) ○ respiração forçada (músculos que conectam o esterno à cabeça se contraem) * no pulmão: V = P H h Diafrágma → a caixa torácica aumenta sua altura e profundidade na inspiração ● Músculos usados na: ○ inspiração (pescoço) → esterno cleidomastóide e escaleno ○ expiração → reto (expiração máxima) e intercostal interno * são necessárias estruturas para manter as vias aéreas abertas (para que não haja colabamento), como músculos (nariz) e cartilagens (traqueia) * animal enfisematoso: muita força abdominal para manutenção respiratória * a P pleural é sempre mais negativa que a pulmonar * surfactante pulmonar: líquido produzido pelos pneumócitos tipo II com a intenção de diminuir a tensão superficial dentro dos alvéolos, o que previne seu colabamento (é parecido com o soro fisiológico) → os alvéolos, além de surfactante, são preenchidos com água. Porque o alvéolo colabaria se não houvesse surfactante? pois as moléculas de água têm muita afinidade umas pelas outras, portanto tem tendência à “se puxarem” entre si, o que sem o surfactante levaria ao colabamento das paredes * Prova: quanto maior a membrana alvéolo-capilar (pneumócito tipo I, interstício -membrana basal- e endotélio), melhor será a difusão dos gases. Fisiologia: Sistema Respiratório Parte III 21.08 * vasos linfáticos: filtram o líquido pleural para que ele não acumule * se há compressão pulmonar, haverá uma insuficiência inspiratória também (ex.: tumor hepático muito grande) → implica na produçãode albumina (hipoalbuminemia- diminui a PO) pode levar à um quadro de ascite e edema pulmonar (interstício) → insuficiência respiratória * quando há uma fibrose pulmonar grande (no interstício), o lobo pulmonar não consegue expandir, então gera-se uma P negativa no interstício e isso atrai água para a pleura. ● Fluxo sanguíneo pulmonar (2 circulaões): ○ Circulação pulmonar (faz apenas troca gasosa) → débito do VD ○ Circulação brônquica (joga CO2 na aorta) → ramo da circulação sistêmica; suprimento de sangue para as vias aéreas e estruturas do pulmão * a saturação de O2 nunca será de 100% por conta da circulação brônquica Circulação pulmonar: ● todo sangue passa pelo pulmão ● aumenta o Dc = aumenta o fluxo pulmonar ● a capacidade de controlar o fluxo: ○ depende da contração da musculatura lisa arterial ○ muda entre espécies ○ reserva orgânica ● Hipóxia alveolar e contração de artérias pulmonares: ○ baixa P de O2 → contração da artéria ○ baixo fluxo para alvéolos pouco ventilados ○ redistribui para regiões mais ventiladas * Perfusão: se dá através da artéria pulmonar → capilares pulmonares Circulação pulmonar * Atmosfera: CO2 (0,03%); O2 (20%); N2 (71%) → o N2 faz volume no alvéolo sem fazer troca gasosa (ele mantém o alvéolo inflado- importante) * quanto mais O2 no alvéolo, mais os capilares se dilatam para melhorar a difusão * quanto maus CO2 no alvéolo, ha vasoconstrição capilar (é bom, pois faz com que o alvéolo que não está sendo ventilado direito não receba tanto O2, e esse O2 vai para um alvéolo que está fazendo uma boa difusão, ou seja, não há alteração- manutenção da oxigenação dos tecidos) * o alvéolo recebe 100 mm/Hg (isso foi o q ela falou na aula, ta diferente da imagem pq foi arredondado)de O2 e 40 mm/Hg de CO2 → Os gases vão para o lugar de maior P para o de menor P, ou seja, o O2 vai para os capilares e o CO2 fica no alvéolo, sai do capilar e volta para ele. Corpo VD VE ● Trocas gasosas (estratégias respiratórias): ○ para que as moléculas de gases possam se difundir, devem se dissolver no líquido (extracelular) ○ os líquidos fluem de áreas de alta pressão para áreas de baixa pressão: ■ alta P o ar sai ■ baixa P o ar entra ● Transporte de CO2: ○ fica na forma de bicarbonato dentro da hemácia (70%) ○ fica na forma líquida no plasma (07% CO2 dissolvido) ○ ligado a hemoglobina Hb- CO2 (23% carboxiemoglobina) H2O + CO2 ←→ H2CO3 ←→ H+ + HCO3- anidrase carbônica (produzida pela hemácia) *quanto mais H+ (pH ácido) ligado à hemoglobina, mais a sua conformação se altera e menor fica sua afinidade com o O2 * tamponamento: deixar menos ácido o pH (hemoglobina é um tamponador) * quanto mais CO2 livre se têm, mais H+ livre terá também *em alta P de O2 no sangue, o H se solta da hemoglobina ● Controle respiratório: ○ voluntários: canto, fala, nado, suspiro ○ involuntários: automaticidade do sistema *centro respiratório dorsal do bulbo é responsável pela inspiração → nervo frênico (sua raiz situa-se entre vértebra C3 e C5)leva a informação para o diafragma que é responsável pela respiração * inspiração: há potencial de ação para contração muscular; expiração: não ha potencial, a musculatura relaxa *o potencial de ação ocorre no núcleo (conjunto de cabeças de neurônios; pneumotaxico inibe esse núcleo para que a expiração ocorra) inspiratório dorsal- entre ponte e bulbo *vários núcleos = centro (ex.: centro respiratório) *quanto mais o centro pneumotaxico é estimulado, maior fica a FR e a respiração fica raza ● Quimiorreceptores de P de O2: ○ ligados ao centro respiratório ○ ficam na aorta e carótida ○ quando a PO2 esta baixa, estimula-se o centro respiratório para aumentar a FR ○ Periféricos ficam na aorta ○ Centrais ficam no quarto ventrículo (percebem H qnd tem mt CO2) Patologia: Infecções Respiratórias 24.08 ● Generalidades: ○ aquece e umidifica o ar inspirado ○ mecanismo primário de defesa ○ a limpeza de elementos estranhos ao trato respiratório é dividida entre: ■ vias respiratórias superiores ■ via aerógena (pulmão) tosse, espirros, limpeza por fagocitose ■ via hematógena * Epitélio respiratório: pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes → o epitélio se modifica quando há alguma lesão ou um processo inflamatório (os brônquios param de produzir muco) * Alvéolo: pneumócito tipo I pneumócito tipo II (síntese de surfactante) Pneumócito Tipo I Membrana Basal Alveolar Membrana Basal do Capilar Células Endoteliais Alvéolo + + + Barreira Hematoaérea ou alvéolo-capilar * Barreira Hematoaérea: existe para que não haja nenhuma deficiência na hematose (sem perda de oxigênio) *Epitélio Respiratório: Cinetocílios Membrana Basal Patologia da cavidade nasal e seios faciais: ● Alterações inflamatórias: ○ Rinites: ■ agentes: bacterianos, virais, fúngicos, alérgenos ■ evolução: meningite, encefalite, mienite ou meningoencéfalomienite (evolução máxima) ■ formas: etiología viral (bovinos e felinos), etiología fúngica (rinite purulenta) Patologia: Sistema Respiratório Parte II 31.08 ● Lesão intersticial: ○ causada pela pneumonia viral ○ se caracteriza por um infiltrado inflamatório formado por células mononucleares (altera a consistência do pulmão em aspecto macroscópico→ parece borracha) ● Patologia da cavidade nasal e seios faciais ○ alterações inflamatórias → sinusites ○ pode ocorrer por conta de → traumatismo, iatrogenia (descorna), parasitismo (Oestrus ovis) ● Neoplasias: ○ papiloma ○ condrossarcoma (maligno→ derivado de células mesenquimais) → osteoblastos; fibras musculares; fibroblastos; células endoteliais; células mesoteliais ○ tumor venéreo transmissível (TVT) → célula do sistema mononuclear fagocitário (monócito e macrófago); muito encontrado em animais de rua; transmissível apenas com inalação (células cancerígenas implantam-se na cavidade nasal) responde bem à quimioterapia ● ● Alterações da laringe: ○ Hemiplegia Laringeana Equina (paralisia da laringe): é uma doença característica dos equinos; caracterizada por uma lesão no nervo Laringo-recurrente, devido a um traumatismo ou compressão. ○ Lesão no nervo Laringo-recurrente → perda de inervação → atrofia muscular → prolapso da corda vocal ● Patologia da traquéia: ○ alterações inflamatórias: traqueíte, perfurações ● Patologia dos brônquios: ○ Traqueobronquite Infecciosa Canina: agentes → Bardotella bronchiseptica; Adenovírus Canino tipo II; Mycoplasma ○ Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (ou Bronquite Crônica, ou Enfisema Pulmonar Crônico) ● Patologias dos pulmões: ○ Pigmentação exógena → antracose ○ Pigmentação endógena → melanose ○ Alterações circulatórias: congestão passiva (ICCE- edema pulmonar); hemorragia (trauma, diapedese, erosão). ○ Alterações do conteúdo gasoso: atelectasia (congênita); atelectasia (adquirida Fisiologia: Renal Parte I 28.08 ● Funções dos rins: ○ equilíbrio de água e eletrólitos do corpo ○ secreção de hormônios e vitaminas ○ excreção de metabólitos e produtos químicos ○ manutenção da homeostase (regula a Pa e o pH) ○ gliconeogênese ○ formação de urina ● Como ocorre a formação da urina: ○ etapas → filtração glomerular; reabsorção tubular. secreção tubular (sai dos capilares e vai para os túbulos); excreção final. * urina ≠ ultrafiltrado, pois conforme o plasma é filtrado e segue pelos túbulos as concentrações de substâncias vão se alterando * a P do glomérulo deve ser sempre maior do que a P dos túbulos para que o sangue vá para o lugar certo. As pressões se igualam quando há choque hipovolêmico *a P tubular fica maior que a glomerular (anormal) em caso de obstrução (cálculo renal), e consequentemente, o sangue não consegue ir do glomérulo para os túbulos → levandoo animal à um quadro de hidronefrose (acúmulo de líquido no rim) ● Tipos de transporte: ○ transporte ativo → bombas de Na/K; hidrogênio ○ transporte passivo → osmose; difusão simples; difusão facilitada (glicose) ● Transporte Passivo: ○ sem gasto de energia ○ Ex. I: durante a reabsorção de Na, íons negativos como o Cl-, são atraídos junto com o Na por conta do potencial elétrico oposto que eles carreiam ○ Ex. II: uréia é reabsorvida passivamente do túbulo ● Transporte Ativo: ○ função → mover o soluto contra o gradiente eletroquímico ○ gasta energia ○ transporte ativo primário → bomba de Na/K ATPase ○ transporte ativo secundário → reabsorção de glicose e aa * vasodilatação aguda = choque * tudo o que não for filtrado e que não é lixo nunca será secretado (ex.: água). Água é sempre reabsorvida ou excretada. * secretado: é o que não consegue passar pelo glomérulo porque é muito grande (sai do capilar e vai para o túbulo) * do glomérulo para o túbulo, passa muito soluto e pouco solvente (hemácias, leucócitos, gl. brancos) * em desidratação há aumento de uréia mas não há aumento de creatinina na corrente sanguínea → concentra-se uréia e hemácia. Quando um paciente está com aumento de hemácias, uréia e creatinina normal, não quer dizer que ele é nefropata e sim que está desidratado *há aumento de creatinina quando o animal pratica atividade física intensa, então o aumento de creatinina também não indica necessariamente, que o animal é nefropata ● Rins: ○ recebem 25% do Dc ○ unidade funcional = néfron ○ néfrons não se regeneram ● Néfrons: ○ componentes → glomérulo, túbulo proximal, alça de Henle, túbulo distal, ductos coletores ○ quantidade varia entre espécies (quanto mais néfrons, melhor o rim trabalha) ○ tipos → cortical (glomérulo na periferia e região média do córtex); justaglomerulares (glomérulo na região cortical e próximo à medula) são mais efetivos em desenvolver e manter o gradiente osmótico (filtram mais) *Túbulo proximal: local de maior absorção * aves e répteis: a circulação dos membros inferiores em aves e anteriores em répteis desemboca na circulação renal (a dos mamíferos desemboca na cava) * aves: o sangue venoso das patas vai para os capilares peritubulares (sangue cheio de ác. úrico → têm que ser secretado para poder ser excretado) *uréia: muito hidrossolúvel; ác. úrico: não é hidrossolúvel ● Formação da urina: ● Determinantes da Filtração Glomerular: ○ características da membrana do capilar glomerular ○ fatores hemodinâmicos → PH (volume); PO (proteínas plasmáticas); P exercida do corpúsculo glomerular ● Filtração Glomerular: ○ Endotélio capilar: ■ são capilares fenestrados ■ rico em cargas elétricas negativas que impedem a passagem de proteínas ○ Membrana Basal: ■ filtra água e pequenos solutos (evita a passagem de proteínas) ● Células Epiteliais (podócitos): ○ recobrem a superfície externa do glomérulo ○ fendas de filtração → filtrado glomerular Fisiologia: Sistema Renal Parte ll 04/09 ● Determinantes da Filtração Glomerular: ○ características da membrana do capilar glomerular ○ fatores hemodinâmicos ■ fluxo sanguíneo renal → pH (volume); PO (proteínas plasmáticas); P do corpúsculo glomerular; diâmetro das arteríolas aferentes e eferentes ○ área disponível para filtração ○ importante → TGF deve sempre ser mantida ● Fatores que afetam a filtração glomerular ○ permeabilidade dos capilares glomerulares ○ tamanho (filtrabilidade) das partículas a serem filtradas ○ carga elétrica ● Mecanismo de homeostase para manutenção da TFG ○ controle intrínseco (autoregulação) ■ reflexo miogênico: arteríola aferente (responde a distensão) contrai quando a PAM sobre (mantendo a TGF normal) ■ feedback túbulo glomerular: as arteríolas aferentes respondem de acordo com a concentração de Na nos túbulos renais detectados pela mácula densa *TGF: deve ser mantida de forma estável (fisiológico). Independentemente da quantidade de urina produzida, a TGF deve ser sempre a mesma (sempre haverá uma taxa do que deve ser filtrado) *TGF = 5,2 ml/Kg/min → para que essa taxa de filtrado seja mantida, o organismo usa dois mecanismos: o reflexo miogênico e o feedback túbulo glomerular *arteríola aferente: quando a P está ela contrai (diferente da circulação periférica) → isso é um sistema de manutenção da TGF, para que ela não passe de 5,2ml/Kg/min (caso haja muita água no organismo) → REFLEXO MIOGENICO *aumento de Pressão: reflexo miogênico (art. aferente contrai) *diminuição de pressão: art. eferente contrai e aferente relaxa (para aumentas a quantidade de líquido dentro do glomérulo) ● Aparelho justaglomerular ○ componente vascular: art aferentes e eferentes ○ componente tubular: mácula densa ○ células mesangiais ○ células justaglomerulares (art aferentes): células da musculatura lisa das art aferentes que fazem contato com a mácula densa. Secretam renina. ○ mácula densa: detecta as mudanças de pressão e estimula as células justaglomerulares *quando a pressão cai as células da mácula densa detectam e induzem as células produtoras de renina a secretarem a renina. quando a renina cai na corrente sanguínea, ela transforma o angiotensinogênio em angiotesina (vasocontrição - produção de aldosterona) , dando início ao processo de regulação da pressão *células mesangiais: produzem prostaglandinas (fazem dilatação, se não houver prostaglandinas as arteríolas vão ficar contraídas → anti-inflamatórios inibem a produção de prostaglandinas, o que ocasiona em uma insuficiência renal agudas pois o vaso fica em vasoconstrição direto, o que corta o fluxo sanguíneo para os rins) e auxiliam na contração arteriolar (muito pouco) ● Mecanismo de reabsorção tubular: a reabsorção tubular ocorre através de seu epitélio → líquido intersticial → capilar peritubular ● Túbulo proximal (reabsorção) ○ local mais permeável (absorve muita subst.) ○ têm um espaço entre as células ○ há pregueamento (aumento capacidade absortiva) ○ cheio de bombas ○ muito ativo (gasta muita energia) ● Secreção de ácidos e bases no túbulos proximal ○ secreção de ácidos biliares, urato e catecolaminas (produtos finais do metabolismo sendo importante a renovação rapidamente) ○ secreção de fármacos e/ou toxinas ○ secreção de H+ *urato=ác úrico ● Alça de Henle ○ segmento descendente delgado → 20% de reabsorção de água ○ segmento ascendente delgado e espesso (impermeáveis a água) → reabsorção de Na, Cl, K, Mg e Ca; concentração da urina / secreção de H+ ● Túbulo distal: ○ porcao inicial → macula densa ○ reabsorcao e caracteristicas semelhantes ao componente ascendente espesso da AH ○ reabsorcao: Ca, Na, Cl e Mg ○ praticamente impermeavel a agua ○ capacidade de diluir o liquido tubular (tirando Na) ○ secrecao: K e H+ *Há reabsorcao de Na pelo TCD (túbulo contorcido distal) *ocorre uma reabsorcao facultativa (dependendo das necessidades do organismo) do filtrado restante no final do tcd (a liberacao de aldosterona que desencadeia esse processo) ● Carencia de H2O: ○ diminuicao de pressao arterial e aumento da osmolaridade estimulam o centro da sede e a producao de ADH, o que aumenta a reabsorcao de H2O e diminui a excrecao de urina ● Excesso de H20: ○ diminuicao da osmolaridade inibe a producao de ADH e desestimula o centro da sede. Inibicao da producao de ADH abaixa a reabsorcao de H2O e aumenta a excrecao de urina ● Tubulo coletor: ○ reabsorcao: 5% de H2O e Na; Cl, ureia, HCO3 ○ secrecao: H+ → equilibrio acido base ○ importante na determinacao do debito urinario de agua e solutos ○ permeabiliade controlada pelo ADH ○ transportadores de ureia = manutencao de osmolaridade Fisiologia: Sistema Renal parte lll 11.09 ● alca de henle: ○ animais deserticos → reabsorvem muita agua na alca ○ repteis e aves → nao possuem e reabsorvem muita agua na cloaca e no intestino ○ tem aquaporinas *osmolaridade: quantidade de sal no liquido ● Quando o animal precisa poupar agua: ○ é a macula densa que identifica a situacao pela concentracaode soluto → libera renina (celulas justaglomerulares - arteriola aferente) → angiotensinogenio → angiotensina l → angiotensina ll → (ECA) → angiotensina lll → aldosterona → vasoconstricao potente / aumento da reabsorcao de na (+H2O no sangue) ● Aquaporinas: ○ sao canais formados por proteinas que conduzem moleculas de H2O. Deixam membranas mais permeaveis ● aldosterona: ○ a vasoconstricao gerada e tao forte que acomete ate o intestino, diminuindo sua capaciade de reabsorcao de agua e nutrientes (o animal nao consegue engordar). Ha vasoconstricao em musculo esqueletico e pele também, deixando o animal cada vez mais debilitado. Os rins sao os primeiros a serem comprometidos pela falta de irrigacao. Animal magro, pelos fracos e em pouca quantidade (por conta da vasoconstricao cutanea) ● Insuficiencia cardiaca esquerda: ○ sistema renina-angiotensina-aldosterona é ativado para aumentar a Pressao. Mas esse mecanismo nao funciona pois o coracao nao faz o seu papel ○ deve-se administrar diureticos ● Por que o aumento da glicose faz com que a agua seja excretada?: ○ porque o organismo precisa eliminas a glicose que esta em excesso no sangue, e a maneira que ele faz isso é com a agua. Portanto a glicose sera eliminada com a agua sempre. Por isso que diabeticos urinam muito e bebem muita agua ● ADH (hormonio anti-diuretico): ○ produzido no hipotalamo, armazenado e secretado pela hipofise ○ ativa normalmente com aldosterona ○ age no tubulo distal e ducto coletor ○ qualquer estresse o estimula ○ animal que nao tem volemia baixa e tem muito sal no sangue (ingeriu muito sal) produz ADH *aumento da osmolaridade (desidratacao intersticial) ou queda de pressao estimula a sede ● Onde a agua e reabsorvida sem a ajuda de hormonios? TUBULO PROXIMAL E ALCA DE HENLE ● E com a ajuda de hormonios? DUCTO COLETOR E TUBULO DISTAL ● Tubulo renal: ○ quando a ureia sai, a agua sai junto e depois essa ureia é secretada para o tubulo ● Ureia: ○ unico elemento que é filtrado, reabsorvido, secretado e excretado ● Hormonios: ○ renina → ativacao no SRAA; ADH (vasopressor) ○ eritropoetina → atua na medula ossea (eritropoese) secretada por fibroblastos especializados no intersticio medular ○ vitamina D: (1,25-di-hidroxicolecalciferol) → forma ativa da vitamina; reabsorcao intersticial de ca; depende da acao do PTH (paratormonio) / pele ou alimentacao - ATIVADA NO TUBULO CONTORCIDO PROXIMAL ● Azolemia: ○ elevacao dos niveis de compostos nitrogenados no sangue (ureia, acido urico, creatinina, proteinas) sem sinal clinico ● Explique o hiperparatireoidismo (excesso de producao de PTH) secundario renal: ○ o excesso de PTH diminui a producao de Ca, já que o organismo nao consegue produzir calcitrol e nao consegue reabsorver o Ca. A vitamina D nao é ativada. ○ O corpo comeca a tirar Ca do osso para manter o calcio sérico. ● Hipocalemia ≠ hiperparatireoidismo: ○ ha convulsoes e nao ha calcio no sangue / nao há convulsoes, tem Ca do osso no sangue *sem vitamina D, a absorcao de Ca no intestino é comprometida ● O que faz o SRAA ser ativado? ○ insuficiencia cardiaca ○ restricao de Na ● Hormonios natriuréticos: ○ produzidos no coracao em aumento de pressao ○ atuam no rim inibindo a reabsorcao de na no ducto coletor ○ joga Na fora, junto com a agua ○ tentam abaixar a pressao ● Em uma insuficiencia renal: ○ nao ha vitamina D ○ nao ha eritropoetina (anemia) ○ baixa volemia ○ gera acidose ○ retencao de metabolitos ● Como ter uma insuficiencia renal aguda por falta de H2O? ○ ocorre a vasoconstricao das arteriolas eferentes por conta da baixa volemia, o que ocasiona na diminuicao do fluxo de sangue para os peritubulares, ocorre morte do néfron ● Vasoconstrição: ○ angiotensina ll → vasoconstricao de arteriola eferente ○ adrenalina → vasoconstricao de arteriola aferente e eferente ○ se a prostaglandina é cortada, ha vasoconstricao também (AIEs cortam as prostaglandinas) Fisiologia: Sistema Digestório parte l 02.10 ● Só funciona com o sistema em movimento ● o HCL so é produzido quando há alimento ou quando o pH do estomago esta alcalino (detectado por receptores - o funcionamento deste sistema depende do funcionamento adequado dos receptores) ● Funcoes: ○ captacao do alimento (carnivoros usam os membros também para a captacao, repteis so usam a boca) ○ secrecao ○ motilidade ○ digestao ○ absorcao ○ armazenamento *as enzimas do trato digestorio protegem o organismo, o HCL também presentes em todo o trato (enzimas da boca sao importantes para os carnivoros, as quais os ruminantes nao têm) *a fisiologia do SD tem a ver com motilidade, machucados, capacidade de buscar pelo alimento (SN) → ou seja, as alteracoes nao precisam ser necessariamente do trato digestorio em si para que haja alteracao nele. *bovinos produzem 100L de saliva por dia, que é (e deve ser) reabsorvida (muito importante para a espécie) conteúdo: meio externo conteúdo: meio interno ● Estruturas: ○ cavidade oral/dentes/lingua ○ faringe ○ esofago ○ estomago ○ intestino delgado → absorcao (glicose, lipideos, aminoacidos e vitaminas) ○ bovinos ■ papilas da lingua queratinizadas (sem sensibilidade), tornando-a muito forte e resistente ○ absorcao ■ monogastricos → ID ■ ruminantes → ID ■ fermentadores pos-gastricos → ceco (carboidratos estruturais) ○ fermentacao (anaerobica): quebra feita por enzimas bacterianas ○ ruminantes ■ pre-estomagos (rumem, reticulo e omaso) → digestao inicial, absorcao, movimentacao e reabsorcao ■ estomago (abomaso) → digestao enzimatica ● orgao pequeno, que recebe grande volume dos pre-estomagos (diferenca do abomaso para um estomago é que ele recebe alimento o tempo todo dos pre-estomagos, isso faz com que ele nao estoure por conta do volume muito grande. Os sfíncters sao reabsorvidos para auxiliar nesse processo, ou seja, o abomaso nao tem muita funcao por conta do curto tempo que o conteudo fica nele) saliva e mastigação são muito mais importantes para bovinos do que para canídeos ● 3 tipos de glândulas salivares: ○ mucosas → secrecao grossa (adrenalina) ○ serosas → secrecao transparente e fina (Ach), ruminantes tem muitas ○ mistas *existem receptores, na boca, de alimento que estimulam a mastigacao e a salivacao ● Fase cefálica: ○ alimento na boca ○ cheiro ○ visao ○ horario ● Detalhes: ○ pH alcalino → estimula a producao de Hcl no estomago ○ adrenalina → inibe o trato digestorio ○ saliva → agua, amilase, lisozima e muito bicarbonato (faz com que o pH do alimento fique alcalino, o que aumenta a producao de HCl no estomago (facilita o processo de digestao) Fisiologia: Sistema Digestório parte ll 09.10 ● Parede do trato gastro intestinal: ○ mucosa ■ membrana mucosa ■ lamina propria → linfoide (nodulos linfaticos) ■ muscular da mucosa → contracao ■ mucosa alterada → absorcao de substancias indesejaveis ○ submucosa (tecido conjuntivo) ■ permite elasticidade do sistema ■ contem plexo nervoso ● indica quando o sistema esta com conteudo (tecido estica), gerando uma resposta → contracao: ocorre sempre da porcao cranial para a caudal, isso faz com que o bolo seja direcionado para o caminho certo (boca → anus) ■ comeca a partir da faringe e vai ate o reto ■ estomago: tem capacidade de reagir a contracao, ele nao empurra o conteudo para frente. Estira e “chacoalha” o conteudo dentro para misturar e quebrar para seguir pelo trato. O que indica que os sfincteres do estomago podem abrir? consistencia do alimento, pH acido e intestino com capacidade para receber conteudo. ● o conteudo sai do estomago com o pH acido e quando chega no intestino vai ficando cada vez mais alcalino e assim pode seguir em frente ○ muscular externa (musculo liso) ■ responsável pela motilidade ■ apresenta 2 camadas (externa e interna) ● externa ○ depende do estímulo neural (conteúdo alimentar) ○ contração de forma longitudinal ● interna ○ automatica → contrai o tempo todo (essa contracao ocorre a partir de celulas autoexcitáveis, igual o coracao) ○ contracaode forma circular ■ sao necessárias duas movimentações para fazer o conteúdo se mover (longitudinalmente e circularmente) ○ serosa (tecido conjuntivo) ● Estimulação do sistema digestório: ○ estimulação local (dentro) ■ sistema nervoso local e sistema endócrino local: detectam a consistência, pH e conteúdo, gerando uma reação a isso ■ gastrina: hormonio local produzido pelo estomago ● sistema endocrino local ● estimula a producao de HCl ate o pH voltar a ficar acido e o estomago desinchar ■ *gastrina, histamina e Ach estimulam a producao de HCl ○ estimulacao central (fora) ■ sistema nervoso simpatico e parassimpatico (Ach que estimula; estímulos externos - cheiro, visao etc - chegam no SNC e geram respostas no sistema digestorio) e sistema endócrino *o intestino possui receptores que dizem se o conteudo estomacal pode ou nao ir para o intestino ( caso o intestino esteja cheio, o movimento do estomago diminuira e as secrecoes intestinais aumentarao) EX.: quanto mais gordura houver no trato, mais lenta sera a digestao. ● Regulação do Sistema Digestorio ○ mecanorreceptores: grau de distencao ○ quimiorreceptores: concentracoes de substancias especificas (gordura, ions, hidrogenio) ○ osmorreceptores: osmolaridade da luz intestinal ○ aferentes desses receptores se projetam para o sistema nervoso enterico (controla o sistema gastrointestinal) e autonomo (controla as celulas efetoras de musculo liso e secretoras) ● Hormonios gastroentericos ○ gastrina: estimula secrecao e motilidade gastrica e ileal ○ enterogastrona: inibe secrecao e motilidade gastrica e ileal ○ secretina: estimula secrecao biliar e pancreatica, inibe motilidade e secrecao gastrica ○ colecistoquinina: inibe secrecao e motilidade gastrica, ileal, potencializa a secretina ○ peptideo insulinotrópico dependente de glicose: inibe a secrecao e motilidade gastrica, estimula secrecao de insulina ● Estímulos: ○ cerebrais: controle da fase cefálica (odor, lembranca, horario, habitos, paladar) ○ controle da fase gastrica: estimulos por vias reflexas longas e curtas e hormonal ○ controle da fase intestinal: estimulos por vias reflexas longas e curtas e hormonal ● Conteudo: ○ alimento → bolo alimentar (pasta) ○ quimio (acido) ○ quilo → gorduroso (aumenta bile) ; acido (aumenta suco pancreatico) ○ bolo fecal Processo físicos da digestão ● Preenção dos alimentos: ○ estrutura do aparelho bucal e hábitos alimentares ○ motilidade coordenada de labios, lingua, dentes, boca e faringe (inicio do processo digestivo) ○ captura do alimento ate a cavidade oral ○ processo regulado do SNC e SN periferico ● Motilidade: movimento da parede muscular do TGI: ○ desde a preenção ate a defecacao ○ aumento da motilidade diminui o tempo de transito ○ propulsao e mistura (camada circular interna) ○ despolarizacao espontanea e lenta → juncoes comunicantes entre celulas permitem propagacao de estimulos ○ ondas eletricas lentas → promovem contracao das celulas em uma regiao e relaxamento na outra ○ atividade neural ou hormonal → aumentam amplitude (desviam o potencial de acao para cima) ● Peristalse: ○ onda de contracao sentido caudal propulsiona o conteudo; acao dos musculos circular e longitudinal ● Segmentação: ○ contracoes e relaxamentos sem movimento propulsivo (mistura) ● Mastigação: ○ controle consciente e inconsciente ○ desdobramento mecanico dos alimentos na boca ○ incisivos → reabsorção dos alimentos (equinos e ruminantes) ○ caninos → preenção (carnívoros) ○ nobres → trituracao ○ funcoes: ■ maior area de superficie ■ diminuicao do formato do alimento ■ misturar alimento e saliva ■ produzir saliva ● Deglutição: ○ nao é sempre voluntaria ○ estimulo para degluticao → massa semi-sólida misturada com saliva (diferente entre espécies) ○ ato voluntario → lingua, mecanorreceptores, centro da degluticao (medula), esfíncteres ○ ato involuntario → movimentacao esofagica (relaxamento receptivo da porcao superior do estomago - centro degluticao medula) ● Esôfago: ○ faringe ao estomago (cruza o diafragma) ○ musculos estriados - longitudinais e circulares ■ roedores: toda extensao ■ cao, gato, suino: praticamente toda a extensao ■ ruminante: ate a entrada do diafragma ■ primaras, equinos: ⅔ do esofago ■ aves: nao tem ○ motilidade do esofago ■ dividido em esfíncter superior, corpo e esfíncter posterios ■ movimentos peristálticos: uma ou mais contracoes levam o alimento para o estomago (peristalse primaria e secundaria) ■ sem degluticao: esfíncteres contraidos e musculatura do corpo relaxada ■ peristalse mais efetiva no musculo estriado ● Estômago: ○ caes, gatos, suinos e equinos: estomago ○ aves: pro-ventriculo: moela ou ventriculo ou estomago mecanico ○ ruminantes: abomaso ○ Motilidade Gástrica ■ fase cefalica, gastrica e intestinal ■ aumento da motilidade → estimulo: gastrina ■ diminuicao da motilidade → estimulo: colecistoquinina, peptideo inibidor gastrico e enterogastrona e secretina ■ o envio do conteudo ao duodeno depende de dois fatores: velocidade do esvaziamento gastrico e consistencia material ■ antrum → ondas peristalticas lentas e fortes empurram o alimento para o piloro, que esta contraido na fase de digestao e permite a passagem de conteudo bem triturado. O resto é lancado para cima novamente. ○ Motilidade do estomago (vômito/emese) ■ atividade reflexa coordenada pelo tronco cerebral (relaxamento do estomago, fecamento do piloro, expansão da caixa toráxica/ fechamento da glote, abertura do esfíncter esofagico superior, relaxamento do esfincter esofagico inferior, contraco da musculatura abdominal) ■ estimulacao do centro do vomito → estimulo em mucosa de faringe ou gastrica, excessiva distencao gastrica e outras causas ■ onivoros e carnivoros vomitam com facilidade ■ ruminantes → ejecao do conteudo adomasal para os pre-estomagos ■ equinos, coelhos e roedores → dificuldade de êmese ■ sinais caracteristicos de vomito (causa SNC) ● salivacao ● estomago parado (relaxamento) ● inspiracao profunda ● contracao de abdomem ● Intestino delgado: ○ motilidade do intestino delgado ■ peristalse, segmentacao e complexos migratorios periodicos (jejum → peristalse e segmentacao param; processos migratorios periodicos impulsionam o bolo) ■ SNC e enterico ● fase gastrica: gastrina estimula a abertura do esfincter ileo cecal e motilidade do ID ● fase intestinal: dor, extrema distencao e diminui a motilidade ■ mistura, proporciona contato e impulsiona (estimulado pelas fases gastricas e intestinais) ■ reflexo de defecacao: distencao retal ■ orificio anal ● esfíncter interno (musculo liso) → principal responsavel pela manutencao do tonus (estimulo simpatico → constricao; estimulo parassimpatico → relaxamento) ● reflexo retoesfinctérico → entrada de fezes no reto Secreções 1. Saliva ● Funcoes ○ umidecer ○ lubrificar ○ iniciar digestao de amido ○ tampao ○ antibacteriana ○ resfriamento ○ facilita degluticao (bovinos de 100 a 200 L/dia; equino de 50 a 60 ml/min) ○ ruminantes (possibilita fermentacao ruminal) ○ termorregulacao (tipo suor humano em caes e gatos) ○ composicao ■ amilase salivar: ausente em carnivoros, ruminantes e aves ■ aumento de bicarbonato: maior em ruminantes 2. Suco gástrico ● Enzimas e substancias: ○ HCl (celulas parietais) → altera pH ○ fatos intrinseco (celulas parietais) → absorcao de B12 ○ pepsinogenio (celulas principais) → lumem, pepsina digere proteinas ○ gastrina (celulas G) → corrente sanguinea → estimulo gastrico e ileal ○ lipase → digestao de gordura ○ mucina (celulas mucosa) → protecao ○ bicarbonato (celulas superficiais) → protecao ○ sais → NaCl e KCl ● Estimulacao: ○ fase cefalica, gastrica e intestinal ○ pH diminui inibindo a gastrina ○ pepsinogenio → convertido em pepsina, na luz, na presenca de acidez ● Obs ○ histamina, Ach e gastrina → estimulam a secrecao gastrica / ligadas na celula parietal ( que produz HCL) estimulam a anidrase carbonica (enzima dentro da celula parietal gastrica que aumenta a velocidade do processo produzindo HCL ○ bicarbonatono estomago → protecao da mucosa para nao corroer (fica entre a parede e o muco) ○ gastrina fica no sangue, entao nao faz parte do suco gastrico ○ se aumenta HCL, aumenta o muco 1. Suco pancreático 2. Suco entérico 3. Suco biliar ● Processo de produção de HCL 3. Secreção pancreática (pancreas endocrino e exocrino) ● Porcao exocrina ○ secrecao de bicarbonato (produzido na bile também) e enzimas digestivas, isotonica ○ proenzimas sintetizadas e estocadas em vesiculas (zimogenicos) → liberadas com estimulacao na luz do duodeno; enzimas so funcionam em pH alcalinos ou se forem ativadas por outras enzimas (enteroquinase) ○ secretina → estimula a liberacao de agua, bicarbonato e inibe o estomago ○ colecistoquinina e Ach estimulam a liberacao de enzimas ○ Pancreas produz amilase e lipase que sao mais efetivas em pH alcalino, porem também funcionam (com menos eficiencia) em pH acido ○ Suco pancreatico: Bicarbonato, quimiotripsinogenio, procarboxipeptidase (produzidos na forma inativa para nao digerir o pancreas), amilase e lipase (produzidos na forma ativa) ○ enzimas que digerem proteina (exocrinas) armazenadas no zimogenio na forma inativa: FORMA INATIVA ENZIMA CONVERSORA FORMA ATIVA quimiotripsinogênio tripsina quimiotripsina procarboxipeptidase tripsina carboxipeptidase tripsinogênio enteroquinase tripsina (zimogenio) ● Mecanismo de protecao do pancreas (para que ele nao seja digerido pelas enzimas: ○ producao de enzimas inativas ○ enzimas inativas sao armazenadas no zimogenio para mante-las longe dos lisossomos ○ fator anti-tripsina (fica no citosol) → caso o zimogenio se rompa, esse fato destroi as enzimas antes que o lisossomo chegue nelas (so funciona se o vazaento for pequeno, se for grande o fator nao da conta) ● Especies: ○ herbivoros → fluxo de secrecoes continuo (come o dia todo) ○ carnivoros → fluxo irregular (aumenta o fluxo quando chega alimento e diminui o fluxo quando nao tem alimento) ○ equino → secrecao menos potente (menos eficiente) ● Hormonios: ○ secretina → estimula a liberacao de H2O, bicarbonato e inibe o estomago (quanto mais acido o pH, maior a producao de secretina) ○ colecistoquinina → se aumenta a gordura no ID, aumenta a producao dessa enzima; estimula pancreas, secrecao biliar e inibe o estomago. ○ Ach → aumenta a liberacao de enzimas ○ secretina e colecistoquinina → quando interstino esta cheio, estimulam o intestino e inibem o estomago ○ pH acido: producao de secretina ○ pH alcalino: producao de gastrina 4. Secreção Biliar (produzida nos hepatócitos) ● Composição: ○ fosfolipídeos, colesterol, acidos biliares, agua, eletrolitos (muito bicarbonato) ● Função: ○ excrecao de substancias lipossoluveis (excreta colesterol) e outras excretas ● Acidos Biliares: ○ produzidos a partir do colesterol → o que geram micelas (detergente) que no intestino auxilia na aborcao de agua e gordura por conta da alteracao da estrutura molecular ■ micelas: molecula de gordura modificada → partes hidrofilicas se juntam na agua e partes hidrofobicas se juntam envolvendo uma molecula de gordura possibilitando que a molecula consiga adentrar nos enterocitos (celulas do intestino) ● nomes: micela (intestino); quilomicrom (sangue); gordura (figado) - mesma funcao mudando nome de acordo com o local de atuacao ● Forma das micelas Fígado Gorduras TGL Colesterol Triglicérides IDL VLDL LDL Carreiam gordura do fígado para os tecidos Tecidos HDL carreia gordura dos tecidos para o fígado ● Principais carboidratos da dieta: ○ Amido (polissacarideo) → alimentos nao animais, encontrados principalmente nos cereais ○ Sacarose (dissacarideos) → acucar de cana ○ Lactose (dissacarideos) → leite ○ Outros Carboidratos → amilose, glicogenio, alcool, ac lactico, ac piruvico, pectinas, dextrinas ○ Celulose → carboidrato nao absolvido pelo organismo humano ● Digestao de carboidratos: ○ ate os monossacarideos sao quebrados por hidrolise ○ digestao de amido comeca na boca com acao da ∂amilase (hidrolisa o amido) → enzima ∂amilase é inativada com pH menor que 4,0 → ∂amilase pancreatica é muito ativa e funciona terminando a digestao de amido ○ principal produto é a maltose ○ os carboidratos sao oligossacarideos, que em sua digestao, sao hidrolisados no duodeno e jejuno (principalmente) pelos oligossacarideos ■ lactase ■ sacarase ■ maltase ■ ∂dextrinase ● Absorção de carboidratos: ○ duodeno e jejuno proximal tem a mais alta capacidade absortiva de carboidratos, mas somente absorcao de glicose, galactose e frutose. ● Digestao de proteinas: ○ sao formdas por aminoacidos unidos por ligacoes peptidicas ○ estomago: pepsinogenio/ pepsina ○ intestino delgado: secrecao pancreatica e peptidase (aminopolipeptidase e dipeptidase no jejuno e duodeno) hidrolisam e digerem as proteinas ● Digestao de lipideos: ○ as dietas contem → triglicerideos em grande, fosfolipideos, colesterol e esteres de colesterol ○ triglicerideos → 3 moleculas de acido graxo e 1 molecula de glicerol ○ digestao de triglicerideos ocorre por enzimas lipoliticas que separam as moleculas de acido graxo do glicerol (hidrolise) ○ estomago → acao inicial feita pela lipase gastrica ○ duodeno e intestino delgado → lipideos sao emulsificados pelos acidos biliares (enzimas lipoliticas hidrossoluveis) ○ lipase pancreatica → gordura e decomposta em 2-monoglicorideos e acidos graxos ○ enzimas pancreaticas → hidrolise dos esteres de colesterol e fosfolipase A2 ○ apos a hidrolise ha formacao de micelas mistas (que sao absorvidas pelas celulas intestinais - digestorio dos lipideos com os acidos biliares) compostas por sais biliares e produtos primarios da digestao dos lipideos ○ absorcao de lipideos ■ acidos graxos digeridos → absorcao em jejuno medio ■ acidos biliares → absorcao na porcao terminal do ileo ● Absorcao de agua: ○ 99% é absorvido por mecanismo de osmose ■ menor absorcao no duodeno ■ maior absorcao no jejuno ■ absorcao intermediaria no ileo ● Absorcao de sodio: ○ ocorre ao longo de todo o intestino ○ maior velocidade de absorcao no jejuno ○ fornece energia para movimentar os acucares e aminoacidos para o interior das celulas epiteliais (contra o gradiente) ● Absorcao de calcio: ○ absorvidos ativamente em todo o intestino ○ estimulada pela vitamina D ● Absorcao de Ferro: ○ limitada pois sao formados sais insoluveis com certos anions, como hidroxido, fosfato e bicarbonato ○ liga-se a vitamina C para evitar a formacao desses complexos industriais ● Absorcao no IG: ○ ocorre na metade proximal do colon ○ mucosa do intestino grosso → grande capacidade de absorver ativamente o Na e o cloreto, o que cria um gradiente osmotico para absorcao de agua ● Composicao fecal: ○ agua ○ materia solida ■ bacterias mortas ■ materia inorganica ■ proteinas ■ residuos alimentares de sucos digestivos ○ cor: bile ○ odor: depende da flora bacteriana ● Processos absortivos: ○ milhoes de pequenas vilosidades que se projetam acima da superficie da mucosa, elas aumentam cerca de 10x a area absortiva ○ valvulas coniventes: pregas da mucosa intestinal que aumentam 3x a area da mucosa ○ valvulas coniventes + vilosidades + microvilosidades = aumenta a area de absorcao da mucosa; area total de 250 metros quadrados do de ID; sistema vascular → absorcao de liquidos e substancias dissolvidas para o sangue e absorcao pelos vasos linfaticos ● Goteira esofágica: ○ direciona o leite da boca para o abomaso sem passar pelo rumem (invaginacao na parede do reticulo → calha) ○ recem nascidos tem pre-estomagos do mesmo tamanho que o abomaso, o bile deve chegar ao abomaso sem passar pelos pre-estomagos ○ crescimento de pre-estomagos é gradual e rapido, depende da dieta ○ pode haver inatividade de pre-estomago ate 15 semanas de vida se nao ingerir alimentos solidos ○ pre-estomagos sao estereis ao nascer → vao sendo colonizados com a contaminacao do ambiente ○ alimentos concentrados estimulam mais o desenvolvimento epitelial (aumenta a producao de AGV) ○ estimulos ■ expectativade sugar ■ hormonio antidiuretico ■ quando ocorre erro no fechamento da goteira (leite no rumem) ha fermentacao inadequada Fisiologia: Sistema Digestório Fermentativos - herbívoros 16.10 ● Vantagens dos processos fermentativos ○ permite o consumo de dietas muito fibrosas ○ trânsito lento ○ utilização da celulose como principal carboidrato ○ reciclagem de nitrogênio (N) ○ produção de vitamina B ○ massa microbiana (proteína metabolizável) ● Desvantagens dos processos fermentativos dos ruminantes: ○ parte da energia é perdida como calor e metano ○ a proteína alta qualidade pode ser modificada para a media qualidade ○ são necessários mecanismos muito finos para funcionamento adequado (pH, umidade, equilíbrio iônico) ○ não toleram mudanças drásticas na dieta ● Ruminantes: ○ a movimentação ruminal serve para 3 coisas: 1. Misturar o conteudo ruminal 2. Provocar regurgitação se ainda houver alimentos grandes 3. eructação( arrotar) *O processo fermentativo anaeróbio produz → mais microorganismos, vitaminas K e B, acidez, gases (AGV) e calor *Quanto mais alimento a bacteria (produzem muita acidez) digere, mais terão, porém o rumen fica ácido (ele esta sempre com o pH próximo do neutro) porque muita saliva que contém muito bicarbonato de sódio, o que tampona o rumen ● Fermentação: ○ atividade metabólica dos organismos ■ substratos moleculares hidrolisados enzimaticamente pelas bactérias ● metabólito bacteriano → substrato metabólico dos herbivoros ○ a degradação dos substratos é muito mais ampla ● Produtos da fermentação: ○ AGV (90% da energia dos ruminantes) ○ gases → CO2, metano ○ massa microbiana ○ calor ● Microorganismos envolvidos na produção: ○ acetato ○ CO2 ○ propionato ○ butirato ○ metano ● pH ideal: ○ os microorganismos são controlados pelo pH e eles possuem um pH ideal: ■ protozoários, bactérias celulolíticas primárias e a maioria das secundárias → pH 6,2 ■ aminolíticas → pH 5,8 (+ ácido) ■ lactobacilos → pH + baixo ○ alterações na dieta alteram os microorganismos dominantes *Se o animal comer muito amido o pH do rumen ficará ácido (pois os microorganismos que digerem o amido trabalham em pH ácido) *Se o alimento for verde, o pH tende a ficar mais básico pois a vaca tem que mastigar mais o que produz saliva → ou seja, nunca se pode dar apenas concentrado para ruminantes se não o pH do rumen ficará muito ácido *Timpanismo> excesso de gases no rumen ● Fermentação de carboidratos estruturais: ○ celulolíticas → baixo metabolismo e digestão lenta ○ lignina não é digerida ○ produtos finais → CO2, CH4, AGV ● Fermentação de carboidratos não estruturais: ○ amido, amilopectina e açúcares simples → bactérias aminoliticas produzem ácido lático ● Processos fermentativos dos microorganismos: ○ fluxo de ingestão lento mantém população constante ○ bactérias (apenas digere), protozoarios (engloba glicose e aa para que eles não sejam quebrados) e fungos ● Microorganismos: ○ protozoarios e bactérias (mesma capacidade digestiva), protozoarios utilizam bactérias como substrato ■ protozoários → não são essenciais a digestão, tornam digestão mais lenta, estocam amido e proteína para que eles não sejam digeridos pelas bactérias e serem digeridos posteriormente pelos protozoarios ou por digestão normal (estômago ou intestino) ● Processo fermentativo: ○ bactérias anaeróbias facultativas → usam oxigênio ingerido junto com alimento e água ○ bactérias primárias → amilolíticas ou celulolíticas ○ bactérias secundárias → utilizam metabólitos das primárias *Propinobactérias → usam lactato e produzem propianato *Metanogênicas → usam hidrogênio e produzem metano ● Distribuição de conteúdo ruminal: ○ particulas fibrosas sobrenadantes → apresentam grande quantidade de microorganismos ○ fração liquida do sobrenadante = saliva e produtos finais da fermentação ○ material liquido → reticulo, saco cranial e ventral do rumen ○ material na superficie da luz do reticulo (rumen) → troca liquido/sangue ● Digestão de proteínas e carboidratos não estruturais: ○ Ruminantes: ■ praticamente toda proteína e carboidrato são digeridos no rumen (fermentação) ■ reciclagem contínua de proteína de microbios mortos do sobrenadante fibroso ○ Herbívoros não ruminantes: ■ a proteína é digerida como nos carnivoros, estômago quimico e ID ■ carboidrato estrutural é digerido no ceco ● Cecos: ○ proteína bacteriana → eliminada nas fezes ○ menos eficiência fermentativa que nos pré- estômagos ○ movimentos são de mistura ingesta ○ a cada 3-4 min contração empurra conteúdo para a base do ceco ○ contração da base empurra conteúdo para o cólon ventral direito ● Motilidade ruminal: ○ controlada pelo centro gástrico → sequências de contrações cíclicas controladas pelo vago ■ inibição ocorre por distenção exagerda ou alteração de pH ○ Dividido em: ■ ciclo primário ■ ciclo secundário ou da eructação ■ ruminação ■ fechamento da goteira esofágica ● Uréia (nitrogênio e hidrogênio): ○ tem muita saliva da vaca, aumenta a digestibilidade transformando a uréia em proteína bacteriana ( → sobra amônia dessa reação) ■ amônia no sangue é transformada em uréia ➔ Equinos: *30% da proteína que o equino consome (eliminada nas fezes) não é digerida, pois ela é utilizada para alimentar e manter as bactérias do ceco → as bactérias precisam estar vivas para a produção de AGV *Coelho → come o conteúdo cecal para favorecer esse quadro de MO Fisiologia: Sistema Endócrino parte l 30.10 ● Substancias exocrinas: ○ hormonios (substancias quimicas) secretadas para fora do corpo ou para luz dos orgaos ● Substancias endocrinas: ○ hormonios (substancias quimicas) secretadas para dentro da circulacao sanguinea ● Sistema endocrino X hormonios: ○ os hormonios sao substancias quimicas liberadas por tipos especificos de celulas, que sao carreados pela corrente sanguinea para agirem em celulas-alvo distantez para manter a estabilidade do meio interno (homeostase) ● Orgaos endocrinos: ○ pancreas → insulina e glucagon (regulam os niveis de glicose) ○ adrenal → cortisol, adrenalina, aldosterona, DHEA, testosterona e progesterona ○ tireoide → T3, T4, calcitonina ○ paratireoide → PTH ○ gonadas (ovarios e testiculos) → estrogeno, progesterona e testosterona ○ hipotalamo → ○ hipofise → adeno / neuro → ADH, vasopressina, ocitocina ○ figado → seratomedina (IGF1) ○ rim → renina, eritropoetina, vitamina D ○ coracao → peptideo natriuretico ○ pineal → melatonina ● Cortisol, adrenalina e GH: ○ sao hormonios hiperglicimiantes (liberam glicose), ou seja, a glicemia aumenta em estado de estresse (consulta) ● Metabolismo corporal: ○ energetico ■ insulina ■ cortisol ■ adrenalina ■ T3, T4 ■ glucagon ■ Gh ○ eletrolitico ■ PTH ■ calcitonina ■ angiotensina ■ renina ○ controle de crescimento ■ T3, T4 ○ controle de crescimento ■ T3, T4 ■ insulina ■ Gh ■ estrogeno ■ angrogeno ○ controle de reproducao ■ androgeno ■ progesterona ■ LH ■ FSH ■ prolactina ■ ocitocina *sempre que houver hipocalemia, a adrenal é ativada e libera aldosterona ( → reabsorve sodio e secreta potassio) *os hormonios tem seus proprios orgaos alvos (alvos = tem receptores para tipos especificos de hormonios) ● Formas de sinalizacao celular ○ autocrina → atua na mesma celula que o secreta ○ paracrina → atua na celula adjacente a celula secretora ○ neurocrina → atuacao (SN) ○ endocrina → atua a distancia (liberado na corrente sanguinea) *o controle desse sistema é feito por feed-back Tipos de hormônios ● Hormonios proteicos ou peptidicos: ○ sao todos os hormonios que nao sao esteroidais ou derivados do aminoacido trirosina ○ hidrofilicos (hidrossoluveis) ○ secretados: pela hipofise anterior e posterior, pancreas e paratireoide ○ sintese: inicialmente nos ribossomos como pre-pro-hormonios → levados ao RER para a formacao do pro-hormonio → depois levados ao complexo de Golgi como hormonios ativos → armazenados em vesiculas secretoras (sao liberados quando recebem estimulo) ○ o controle de producao e secrecao é feito por feed-back negativoe é muito especifico, estimulado pela acao de seu orgao alvo ● Hormonios esteróides (lipídicos): ○ cortex adrenal (cortisol, aldosterona); ovarios (estrogenios, progesterona); testiculos (testosterona); placenta (estrogenio, progesterona) ○ nucleo esteroidal derivado de uma molecula de colesterol ○ lipofilicos (lipossoluveis) ○ sintese: sao derivados de colesterol ○ nao sao armazenados, sao liberados confrome sao sintetizados ○ receptores (celula alvo): todos atravessam a membrana celular (receptores intracelulares); o receptor encontra-se no citoplasma → hormonio acoplado ao receptor mingra para o nucleo ate o DNA → promove a sintese ● hormônios derivados do aminoácido tirosina: ○ tiroxina T4, triiodotironina T3, adrenalina, noradrenalina ○ hormônios tireoidianos: T3 e T4 sao lipofílicos ○ catecolaminas produzidas na zona medular adrenal sao hidrofílicos ○ hormônios da tireoide ■ síntese: semelhante aos hormônios proteicos ■ mecanismo de ação: semelhantes aos esteroidais → se difunde pelo citoplasma e tem como alvo receptor nuclear ○ catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) ■ sintese: estimula via SN autonomo ■ mecanismo de acao: semelhante aos hormonios proteicos ■ necessitam do receptor de membrana para ativas 2 mensageiros ciroplasmaticos *todos os hormônios proteicos e derivados da tirosina precisam de receptores de membrana (adrenalina, noradrenalina e epinefrina), exceto o T3 e T4 ● Transporte sanguineo: ○ hormonios proteicos e catecolaminas sao hidrofilicas → transporte plasmatico na forma dissolvida (livre) ○ hormonios esteroidais e derivados de tirosina sao lipofilicos → transporte plasmatico associado as proteinas ligadoras ■ especificas: globulinas ■ inespecificas: albumina ■ ha pouco hormonio ativo livre mas pode se difundir na membrana plasmatica ● Caracteristicas fisico-quimicas dos hormonios: caracteristica hormonios proteicos e catecolaminas hormonios esteroidais e da tireoide solubilidade hidrofilico lipofilico circulacao plasmatica livre ligado a proteina meia-vida plasmatica curta (minutos) longa (horas, dias) ● Eixo hipotalamo - Hipofisario: ○ hormonios troficos hipotalamicos → estimulam a liberacao de hormonios troficos da hipofise que por sua vez → estimulam liberacao de hormonios de uma glandula endocrina ○ hipofise produz ocitocina e ADH → neurohipofise so libera ADH, nao produz ● Controle da secrecao hormonal: ○ normalmente mecanismo de feed-back negatico ou retroalimentacao. EX.: hormonios da tireoide - TSH hipofisario ○ algumas glandulas utilizam mecanismos de estimulacao direta pelo SN. EX.: hormonios da medula adrenal - fibras simpaticas ● Hipofise - glandula endocrina anexa ventral ao hipotalamo: ○ adenohipofise (anterior) ■ tecido epitelial ■ hormonios “estimuladores” ■ recebe estimulos dos hormonios hipotalamicos (via vascular ou neural) ■ hormonios especificos para grande parte das glandulas corporais ■ hormonios: GH, ACTH, TSH, FSH, LH e prolactina ● Neurohipofise (posterior): ○ terminais axonais (neurohormonios) ○ secrecao de hormonio anti-diuretico (ADH) e ocitocina ○ sintetizados por neuronios hipotalamicos ○ armazenados em vesiculas secretoras e transportados por fibras nervosas para a neurohipofise → liberados por exocitose apos um estimulo ○ hormonios: ADH (ou vasopressina) e ocitocina *GHIH → hormonio inibidor do hormonio de crescimento (GH) *dopamina (liberada pelo hipotalamo): é uma excessao, pois quando é liberada, a producao de prolactina é inibida. Quando nao ha dopamina, a prolactina é produzida e nao inibida (aleitamento) Fisiologia: Sistema Endócrino parte ll 06.11 ● Tireóide e Paratireóide *colóide (proteína) consistência de gelatina ● Histologia da Tireóide: ● Hormônios Tireoidianos: ○ T3 e T4 ○ tem caracteristicas lipofílicas, portanto não são armazenados ○ T3 (triiodotironina) → muito ativo; 20-50% produção tiroidiana ○ T4 (tiroxina) → precisa ser convertido em T3 dentro da célula; 100% produção tireoidiana ○ na corrente sanguínea → 99% ligados á proteínas transportadoras (TBG, albumina, lipoproteínas) Hipotálamo → TRH controle por feed-back Adenohipofise → TSH Tireóide → T3 e T4 → 93-96% da produção tireoidiana todas as células ● Produção de T3 e T4: TG = tireoglobulina I2 + tirosina = Mit (monoiodo-tirosina) 2 I2 + tirosina = Dit (diiodo-tirosina) Mit + Dit = T3 (triiodo-tirosina) Dit + Dit = T4 (tiroxina) *NIS: proteína que leva Na e I2 do sg. para dentro da celula folicular é um transportador simporte (carreia 2 ions para o mesmo lado) *Quando o T4 livre (0,1% de todo t4 produzido) entra nas células (seu destino), ele precisa ser convertido em T3: T4 T3r (reverso) → inativoenzima intercitoplasmatica ● Síndrome do Eutireoide Doente: ○ problemas na conversão do T4 em T3r, é convertido muito mais T3r do que deveria ○ T3r é inativo, o que gera um quadro de hipotireoidisimo T4 e T3r → hipotireoidismo clínico e não laboritorial ● Principais funções: ○ taxa metabolica ○ oxigênio dos tecidos ○ receptores ß- adrenérgico (inotropismo e cronotropismo +) ○ promove catabolismo do tecido adiposo ○ eritropoiese (produção de eritrocitos) ○ sintese e degradação de colesterol ○ maturação do SN e esqueletico ● Tipos de hiper e hipotrireoidismo: ● Hipertireoidismo: ○ é uma doença sistêmica decorrente da produção e secreção excessiva de T3 e T4 pelas glândulas tireoides ○ doença auto imune Hipertireoidismo Hipotireoidismo Primário → tireoide (glandular) Secundário → hipófise (hipofisario) Terciario → hipotalamo (hipotalamico) Hipertireoidismo primário (primário pq o TSH fica na tireoide): é mais comum em gatos machos por conta de hiperplasia da tireoide por estímulo de TSI (imunoglobina) que age imitando o TSH no mesmo receptor, assim produzindo muito T3, T4 ○ exame físico: tireoide palpavel; hiperatividade/ agressividade; animal magro; taquicardia; taquipneia ● Hipotireioidismo: ○ mais comum em cães ○ autoimune → produção de Ig que destroem as células foliculares ○ atrofia da tireoide ○ resulta em produção diminuida dos h. da tireoide ○ manifestações metabólicas: letargia; fraqueza; intolerância ao exercicio; termofilia; diminuição da reação mental; ganho de peso; TSH e T4 ● Calcitonina: ○ secretada pela tireoide em mamiferos ○ controle pela alta concentração de Ca no sangue ○ função oposta a paratireoide ○ hipocalcemiante ○ função osteoclastica hipertireoidismo altos niveis de Ca controlado pela calcitonina que diminui a concentração plasmatica baixos niveis de Ca controlado pelo PTH que aumenta a concentração plasmatica hipotireoidismo *em niveis alterados Patologia: Sistema Urinário 14.09 ● Toda doença é baseada nos 7 pilares da patologia: ○ 1. Lesão irreversível ○ 2. Lesão reversível ○ 3. Resposta inflamatória ○ 4. Reparo tecidual ○ 5. Distúrbios circulatórios ○ 6. Alteração de crescimento ou diferenciação celular ○ 7. Neoplasias 1. Néfron cortical 2. Néfron medular → é mais eficiente para filtrar e fabricar urina pois poupa mais água Revisão de fisiologia: 1. 2. Folheto visceral: revestido por podócitos → prolongamentos “abraçam” os capilares e formam uma membrana de filtragem (é o espaço que existe entre o podócito e o capilar) * Se há uma lesão renal, há acúmulo de metabólitos no meio interno(interstício) → prejudica neurônios e outros sistemas; uremia (aumento de uréia sérica) * Animais que excretam : - amônia → aquáticos - uréia → terrestres (pois a perda de água é menor) TGF (taxa de filtração glomerular) = PH capsular + PH capilar - PO arteríola aferente contraí (abaixa a TGF) em caso de baixa volemia arteríola eferente contraí (aumenta a TGF) em cado se pressão alta * urina: carnívoros → ácida; herbívoros → básica Começando a patologia: ● Existem 3 locais de acometimento em uma patologia renal: ○ pré-renal (vascular) ○ renal (néfron - glomérulo; interstício; túbulos) ○ pós-renal (obstrução; problemas na excreção) ● Função do sistema urinário: ○ função metabólica (excreção) ○ função endócrina (adrenal) ● Alterações congênitas: ○ fisiológico→ no feto, os rins “nascem” a partir de uma massa única no abdômen. Com o tempo, essa massa vai se posicionando retroperitonialmente, até atingirem o local onde ficarão permanentemente ○ rins ectópicos ou fundidos → problema no processo de formação ○ Agenesia renal → não houve formação renal ○ Hipoplasia renal → não houve o desenvolvimento renal completo ● Alterações circulatórias: ○ Hiperemia e congestão: ■ rins com coloração acentuadamente vermelha ■ causas sistêmicas → IC e doença pulmonar crônica ■ causas locais → trombo, intoxicação, lesões compressivas ○ Hemorragia: ■ causas tóxicas → ex.: acidente ofídico ■ causas infecciosas → ex.: bactérias e vírus ○ Trombos e êmbolos: ■ lesões vasculares oclusivas ■ isquemia Pré - renais ex.: nefrites, lesões tubulares (glomérulo, interstício ou túbulo renal) Renais Pós - renais Causas ex.: lesões obstrutivas (cálculo renal, pedra, problemas na excreção) ex.: hipovolemia, desidratação (volemia → tratar com soro) *TGF deve estar sempre igual, se mudar, significa que há algum processo patológico envolvido ● Consequências (não importa a causa, as consequências sempre serão as mesmas): ○ acúmulo intravascular de resíduos (uréia, creatina, ác. fenólicos, alcoóis) ○ pH do sangue fica ácido (acidose metabólica) ○ alterações na concentração iônica no plasma (Ca, K, PO4) ○ hipertensão * Azotemia: níveis elevados de produtos nitrogenados no sangue sem manifestação clínica Uremia (evolução da azotemia): níveis elevados de produtos nitrogenados no sangue com manifestações clínicas * Quando há uma lesão e substituição das células originais do tecido por células do tecido conjuntivo, há retração (cicatriz) ● Lesões extra-renais de uremia: ○ lesões: ■ edema pulmonar ■ gastrite ulcerativa e hemorrágica ■ estomatite ulcerativa e necrótica ■ anemia hipoplásica ■ mineralização das partes moles ■ osteodistrofia fibrosa ■ hiperplasia da paratireóide ○ mecanismos: ■ aumento da permeabilidade vascular ■ secreção da amônia e necrose vascular ■ secreção da amônia na saliva ■ pouca eritropoetina e fragilidade eritrocitária ■ desregulação de Ca e PO4 ■ desregulação de Ca e PO4 ■ desregulação de Ca e PO4 * hiperparatireoidismo secundário renal → é uma complicação secundária à insuficiência renal crônica. Rins não conseguem eliminar fosfato, que em grande quantidade no sangue estimula muito a paratireóide, ocasionando em sua hipertrofia e produção elevada de PTH *se o animal têm uma insuficiência renal, não se pode dar proteína em sua dieta → proteína = produto nitrogenado = uréia (acúmulo por conta da insuf.) ● Doença glomerular: ○ patogênese da GN (glomerulonefrite) focal ○ processos septicêmicos (bactérias se reproduzindo) → necrose de liquefação (pús) ○ êmbolos sépticos ● Síndrome nefrítica: ○ aguda, rapidamente progressiva → crônica ○ manifestações → hematúria, proteína variável, função renal prejudicada, edema leve (por conta da perda de proteína e baixa PO) ● Síndrome nefrótica: ○ início insidioso (grave) ○ manifestações → proteinúria, hipoalbuminemia, edema grande, hiperlipidemia, lipidúria * GN: uma das causas é o entupimento do glomérulo por imunocomplexos → identificados por imunofluorescência (1. proteinúria; 2. hematúria; 3. baixo fluxo de urina até chegar em anúria) Causas renais: ● Lesão Intersticial (leptospirose) ○ Nefrite intersticial → leptospira (bactéria): ■ petéquia e icterícia ■ está no sangue, quando chega no rim cai no interstício → inicia-se uma resposta inflamatória (macrófago) → pode entrar no túbulo renal e causar lesão tubular → é eliminada na urina ■ tratamento → antibiótico ■ as lesões renais ficam mesmo depois da bactéria ser eliminada do organismo *esclerose glomerular: quando o néfron não filtra nada ● Lesões Tubulares: ○ Patogenia da necrose tubular aguda: ■ restos celulares podem obstruir o túbulo ■ a filtragem para pois a PH capsular aumenta (diminui a TGF) ■ manifestações clínicas → cilindrúria (cilindros de restos celulares na urina ● Lesão Túbulo-intersticial: ○ Pielonefrite (comum em fêmeas): ■ é a inflamação da pelve e parênquima renal ■ é uma lesão túbulo-intersticial supurativa ■ é comum como infecção bacteriana ascendente do trato urinário inferior ○ Hidronefrose ou uronefrose (urina no rim): ■ obstrução ○ Parasitose renal: ■ suínos (Stephanurus dentatus) ■ felinos (Capillaria spp) ■ cães (Dioctophyli renali) ○ Calculose renal: ■ infecção ■ nutrição ■ deficiência de vit A ■ desidratação ■ predisposição genética ● Neoplasias renais: ○ Neoplasias primárias (não é metástase): ■ carcinoma renal ■ nefroblastoma ● Trato urinário inferior: ○ Alterações congênitas: ■ ectopia de ureteres ■ persistência do úraco ■ fístulas uterinas ○ Hemorragias: ■ peste suína clássica ■ neoplasias ■ hematúria enzoótica bovina → quando o animal ingere a samambaia (em tempo de seca) e gera hemorragia e tumor por conta de sua toxicidade ○ Alterações inflamatórias: ■ cistite Patologia: Sistema Cardiovascular 10.08 Coração normal: ● superfície do epicárdio lisa, plana e brilhante. Há gordura em quantidades adequadas; ● irrigado pelo sistema coronário arteriano; ● lascíneas = valvas -> as lesões podem aparecer nessas valvas (principal processo que ocorre nessas valvas são de natureza inflamatória de etiologia bacteriana e pode também haver também- com menor frequência- um processo infeccioso ou degenerativo) Sim, precisa decorar... Cavidade pericárdica Espaço para possibilitar a expansão do coração (diástole)- é o q o Guerra fica falando na aula q pode acumular líquido Endocardiose (processo degenerativo): ● Cães acima de 10 anos de idade comumente apresentam endocardiose (processo degenerativo crônico das valvas cardíacas), uma das causas é o envelhecimento (100% dos animais idosos têm); ● Primeira manifestação do processo degenerativo é o edema na área das valvas, depois o espessamento e formação de nódulos nas mesmas; ● A valva mais atacada é a Mitral. * A cirurgia de remoção de valva e substituição por prótese é muito comum (a prótese de mitral é a mais comum e dura 10 anos) * As valvas possuem muita fibra elástica e pouca fibra colágena ● A degeneração pode levar à: ○ Calcificação (ocorre na febre reumática, ex.: degeneração hidrópica com calcificação) ● Pericárdio seroso é revestido por células mesoteliais ● Mesotelioma: neoplasia de células mesoteliais Parasitas (ele vai pedir 1 na prova): ● Espirocercose (uma das causas do aneurisma) → vermes caminham pela artéria gástrica e vão para a aorta ● Strongylus vulgaris (ingestão de água ou alimentos contaminados) → vermes caminham pela artéria gástrica e vão para artérias mesentéricas: cranial, caudal e ileocecocólica (manifestação clínica: cólica) * Apresentam a mesma patogenia Patologia: Sistema Cardiovascular Parte II 16.08 Circulação Fetal: ● Fisiologicamente: há um forame no septo interatrial, chamado Forame Oval (é uma comunicação atrial) → Forame oval: existe para desviar o sangue venoso para o atrial (pequeno volume). Isso aajuda para que o sangue venoso não seja levado para os pulmões. ● Os pulmões do feto são afuncionais, não tem hematose no pulmão. Ela ocorre via placentária ● Se, no feto, o sangue venoso for enviado para o pulmão haverá uma congestão passiva pulmonar. Então há uma estrutura que desvia esse sangue venoso para que ele não chegue no pulmão, chamado de ducto arterioso (canal que comunica a artéria pulmonar com a artéria aorta): AD VD AE VE Veia Pulmonar Artéria Aorta Há mistura de sangue arterial com venoso!! Ducto arterioso * Pós-natal: a P do lado esquerdo do coração é maior; Pré-natal: a P do lado direito do coração é maior * Se houver congestão pulmonar, consequentemente a PH aumentará ( o que aumenta a permeabilidade dos capilares também), ou seja, o feto fica hipertenso. Com isso, o soro do sangue sai dos capilares e à longo prazo, o sistema linfático não dará conta de filtrar todo esse soro, ocasionando em um edema. * Exceção: artéria pulmonar leva sangue venoso para o pulmão * Prova: animal nasceu (vida pós-natal), o que acontece após o nascimento do ponto de vista cardiovascular? A pressão do coração se inverte, o forame oval se fecha (3-4 dias de vida), da-se origem à fossa oval e o ducto arterioso se colaba * O forame oval pode não se fechar: isso não impacta muito na fisiologia cardiovascular pois o volume de sangue é insignificante. Porém quando há persistência do ducto arterioso (PDA), a patologia é grande → em estado fisiológico o ducto arterioso se contrai, ocasionando em seu fechamento completo. As prostaglandinas são responsáveis por este processo ( torna-se um cordão fibroso chamado ligamento arterioso) ● PDA: ○ após o nascimento de um animal com PDA, pode-se notar um “shunt” (desvio) artério venoso (o sangue que, antes ia do lado venoso para o lado arterial, começa a ir do lado arterial para o venoso), o que sobrecarrega a veia pulmonar com sangue. ○ a veia pulmonar sobrecarregada, gera um quadro de congestão pulmonar e hipotensão. Isso dificulta a chegada de sangue venoso de retorno no pulmão, então há uma inversão de fluxo pelo ducto arterioso (começa a ir sangue venoso para o lado arterial e o sangue se mistura), levando as células a hipóxia (animal fica cianótico) ○ é feita, então, a cirurgia de PDA (fechamento do ducto) ○ causa: falta de prostaglandinas ● Outra patologia: ○ má formação congênita no septo interatrial ou interventricular (ocorre no feto) Tetralogia de Fallot: (ou síndrome do bebê azul, o filhote fica cianótico por conta da mistura de sangue) A. DeStroposição da aorta (fica voltada para o VD) B. Estenose da artéria pulmonar C. Comunicação interventricular D. Hipertrofia concêntrica do VD * toda camada serosa é revestida por células mesoteliais. folheto fibroso ou parietal do pericárdio Pericárdio → fisiologicamente: não é para ter nada neste espaço. Ele serve para que o coração dilate com mais facilidade → patologicamente: - hidropericárdio: presença de transudato no pericárdio, ocorre quando há pouca albumina sérica (perda pela urina- albuminúria), que, por consequência abaixa a PO. O transudato é um líquido de natureza não inflamatória. - pericardite: presença de exsudato no pericárdio. O exsudato é um líquido de natureza inflamatória e pode ser classificado em: seroso; purulento; fibrinoso. - hemopericárdio: presença de sangue no pericárdio. * Acúmulo de líquido no pericárdio: causado por insuficiência cardíaca, dificultam a diástole do coração → Tamponamento cardíaco (muito grave). Tratamento→ drenagem (pericardiocentese) * outra consequência da falta de albumina: glomerulonefrite *Anasarca: edema generalizado * Sinal de Cacife: quando a área edemaciada é pressionada com o indicador e fica um buraco ● Tipos de Exsudato na pericardite: ○ Pericardite Serosa → reação inflamatória na superfície do epicárdio e pericárdio, com muitas células polimorfonucleares, linfócitos e macrófagos. O volume de líquido, geralmente, não é grande e ele acumula-se lentamente, devido ao aumento da permeabilidade dos vasos ( Ex.: Lúpus, Febre Reumática…) ○ Pericardite Purulenta → o exsudato varia de um pus aguado a cremoso em grande quantidade. É indicativa de invasão do pericárdio por microorganismos infectantes. ○ Pericardite Fibrinosa → mais perigosa. Processo inflamatório mais intenso que produz um líquido espesso e com muita fibrina. P sistema fibrinolítico não dá conta de fazer fibrinólise em tanta fibrina , então ela vai se organizando e junta-se colágeno, formando pontos de aderência e os folhetos se colabam em certos pontos. *Sinônimo de aderência: sinéquia → é necessária uma cirurgia para desfazer os pontos de aderência (desgrudar folheto parietal do visceral) *Quando bovinos ingerem objetos pontiagudos (pregos, arames, etc.) presentes na pastagem, eles vão para o retículo (onde os corpos estranhos são armazenados), podem acabar o perfurando, atingindo o diafragma e até perfurando o pericárdio → dando-se a um processo chamado de Retículopericardite traumática (manifestações clínicas: dorso arqueado, patas afastadas e apatia) Coração Diafrágma Retículo Prego → gera uma severa inflamação e pode perfurar o coração. Como consequência da inflamação, será formado exsudato purulento (pericardite purulenta) no espaço do pericárdio. Endocardite e Endocardiose: (muito frequentes em todas as espécies, muito importante) ● Endocardiose (degenerativo): ○ atinge as valvas (principal→ mitral) ○ animais velhos ○ nódulos fibrosos no bordo livre da valva (ricos em fibras colágenas) estende as cordas tendíneas que podem se romper (morte) ○ pode comprometer o pulmão Valva Nódulos nas cordas tendíneas Músculo ● Endocardite (inflamatório): ○ pode ter ou não agentes infecciosos (bactéria, fungos, vírus) ○ insuficiência renal crônica: acumula-se uréia no sangue, podendo lesar as valvas cardíacas (a uréia ulcera a valva- endocardite ulcerosa) ○ a endocardite bacteriana é a que prevalece → lesa células endoteliais, formando-se trombos (tromboendocardite) podem-se formar êmbolos que entram na coronária AVC, trombocardite infecciosa bacteriana uma das causas: tártaro ou canal infeccionado (infecção oral) Patologia: Cardiomiopatia ou Miocadiopatia 24.08 Existem 3 tipos de Cardiomiopatias: 1. Dilatada ou congestiva (sp. canina) → Boxer, Dog Alemão, São Bernardo 2. Hipertrófica (sp. felina) 3. Restritiva * o coração fica com aspecto de bola (inchado) * doença insidiosa: têm evolução lenta e silenciosa→ ex.: câncer de pâncreas, cólon, etc. * A fibra cardíaca apresenta estiramento, porém, inicialmente, o coração mantém o inotropismo positivo (bate com força) Lei de Starlim: o inotropismo passa a ser negativo à partir de um dado momento, pois as fibras dilatam demais (o animal desenvolve uma insuficiência) fadiga Há evidenciação dos sintomas edema pulmonar (ICCD) congestão hepática (ICCE) Tratamento: diurético (prevenir ou tratar o edema pulmonar) e Beta bloqueadores (reverter o inotropismo negativo) ● Por que esta patologia ocorre? ○ Não está relacionada com miocardite ○ não apresenta sinais de degeneração (necrose) ○ Está diretamente relacionada com a deficiência de Carnitina e/ou Taurina → para minimização do quadro: suplementação de carnitina e/ou taurina (aa). Apenas previne ou minimiza o quadro (não isenta o animal de ter a doença). É transmitida hereditariamente (genética) ○ Regra: será desenvolvida em 100% dos casos pela carência desses aa ou por carga genética
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