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Clínica de Pequenos Animais 1 @Thaianycostavet Cardiologia ✓ Introdução - Crescimento da população canina e felina (**); - Os animais estão vivendo mais; - Cardiologia e Doenças respiratórias; - Conhecer Anatomia e fisiologia cardíaca, e as cardiopatias; - Jovens, idosos e raças predisponentes. ✓ Anatomia - Sistema circulatório é formado pelo coração e vasos. - É um sistema fechado: vasos sanguíneos arterial (rico em O2) e venoso (rico em CO2), mantendo um fluxo de sangue, bombeado pela força de contração do coração, com a força de resistência dos vasos hematose leva nutrientes para os tecidos do corpo remove impurezas pelas veias. - É um órgão muscular! Sistema de condução especializado. - Levemente cônico: Base e Ápice; - Estruturas cardíacas: Pericárdio; líquido pericárdico fibrosseroso (diminuir o atrito entre o pericárdio e a musculatura); Miocárdio e Endocárdio. - Coração direito fluxo venoso Coração esquerdo fluxo arterial (o sangue arterial não deve se misturar com o venoso); - A Artéria pulmonar passa sangue venoso e a Veia Pulmonar passa sangue arterial! - O sangue rico em CO2 entra pela veia cava superior e inferior Átrio Direito passa pela válvula TRICUSPIDE Ventrículo Direito Sai pelas artérias pulmonares Pulmões HEMATOSE (troca de CO2 por O2) O sangue volta pro coração pelas veias pulmonares Átrio Esquerdo valva MITRAL Ventrículo Esquerdo Artéria AORTA Corpo! ✓ Função das valvas cardíacas - IMPEDIR REFLUXO DE SANGUE! 1º barulho: primeira bulha (fechamento das valvas atrioventriculares > tricúspide e mitral) (mais forte) e 2º bulha (som mais baixo; fechamento das valvas semilunares); Importante ouvir o barulho, pois indica que não está tendo refluxo de sangue. - Se tiver barulho diferente, ou sopro, é indicativo de refluxo e problema na valva! - Sopro sistólico ou diastólico ✓ Cães e gatos têm Infarto Agudo do Miocárdio? Sim, pode acontecer! ✓ Mecanismo intrínseco do coração - Fibras especializadas para comandar o impulso cardíaco: nodo sinoatrial, nó atrioventricular, fibras de condução atrial, feixes de Hiss e Fibras de Purkinge Impulso cardíaco. - Miocárdio se contrai como um todo > ejeta o sangue. - Nó sinoatrial dá inicio ao potencial de ação! E o musculo se contraindo ao mesmo tempo, fazendo o sangue ser ejetado. Aí tem uma pequena pausa do impulso > enchimento total dos ventrículos fechamento das valvas atrioventriculares > início da propagação de novo > contrai ventrículo... ✓ Posicionamento: -60% voltado para a esquerda do PSM; - Rotacionado em seu próprio eixo: LD = cranial LE= caudal Inclinado caudalmente. ✓ Fisiologia ** Sopro cardíaco: valvas insuficientes (frouxas) ou estenosadas (não se abre corretamente). - Sístole = contração e esvaziamento - Diástole = enchimento e relaxamento. - Volume sistólico final = qt de sangue ejetada ao final da sístole ventricular. - Débito cardíaco = Quantidade de sangue ejetada do coração por minuto DC = VSF x FC - Pré carga: Grau de distensão da fibra do miocárdio > Entrada do sangue; - Pós carga: Estresse sistólico na parede do miocárdio > Saída. Endocardiose ✓ Introdução - Cardiopatia mais comum em cães na rotina cardiológica; - também conhecida como Doença Valvar Degenerativa Crônica (DVDC); - Pode resultar em Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC); - Doença degenerativa, progressiva e crônica. -Deformidade nodular dos foliolos; - Espessamento dos folíolos; -Distensão das cordas tendíneas. - Rara em gatos. - Início silencioso, assintomático. - Pode acometer mitral ou bicúspide. - Insuficiência Cardíaca Congestiva Direita: acúmulo de sangue em tricúspide, acúmulo de sangue em vasos abdominais Ascite! - Insuficiência Cardíaca Congestiva Esquerda: acúmulo de sangue nas artérias pulmonares (Átrio esquerdo congesto) > sangue vai em direção as veias pulmonares > vão ficar congestas > congestão pulmonar > Edema pulmonar! - Maior incidência em animais IDOSOS. - Raças pequenas é mais comum que em Raças grandes. Poodle, Yorkshire, Pinscher, Chihuahua, Spitz Alemão e etc - Causa ainda desconhecida. ✓ Estadiamento - A: Pacientes com alto risco de desenvolvimento, sem alterações estruturais. - B: Pacientes com alteração estrutural, porém sem ICC: *B1: Pacientes assintomáticos (ICC), sem evidências de remodelamento cardíaco. *B2: Assintomáticos (ICC), com regurgitação hemodinamicamente significativa e sinais de remodelamento. - C: Pacientes com sinais de ICC -D: Pacientes em estágio final da doença, refratários aos tratamentos de suporte. ✓ Sinais clínicos - Assintomático - Tosse improdutiva - Intolerância ao exercício - Dispneia - Cianose - Síncope - Convulsão. ✓ Diagnóstico - Histórico e Anamnse. - Exame clínico. - Radiografia torácica. - Ecodopplercardiograma. - Alteração da silhueta cardíaca no Raio-X. ✓ Tratamento - QUEM TRATAR? Estágio B2 (AE/Ao > 1,2) Estágio C Estágio D. ✓ Medicações: - Inibidores de ECA: Benazepril, Enalapril, Lisinoprill Benazepril: 0,25 mg/kg/SID (período noturno) - Inodilatador: Pimobendan: 0,25 a 0,3 mg/kg/BID - Diuréticos: Furosemida: 1 a 3 mg/kg Espironolactona 0,5 a 2 mg/kg - Broncodilatador xantínico (se tiver ICCE) Aminofilina: 10 mg/kg/BID. - Ômega 3 ✓ Prognóstico - Dependerá da precocidade do diagnóstico e do tratamento. - Dependerá também da evolução clínica do paciente. Cardiomiopatia dilatada ✓ Doença no músculo cardíaco, causando uma disfunção sistólica (contração ventricular). - Boxer e Labradores; - Raças grandes a gigantes; - Meia idade. ✓ CMD primária Predominância de alterações do músculo cardíaco, não resultantes de distúrbios congênitos ou adquiridos. ✓ CMD secundária Doxorrubicina (tóxica) Neoplásicas Miocardite (hemoparasita) Deficiência de taurina (nutricional) Hipotireoidismo (metabólica). ✓ Fisiopatogenia Diminuição da contratilidade (disfunção sistólica) Diminuição do DC Dilatação das 4 câmaras. ✓ CMD Cardiopatia adquirida mais comum em cães de grande porte. Doberman, Pastor alemão, Dogue alemão, labrador, fila brasileiro, são bernardo.. Cocker Spaniel**; Idade entre 4 e 10 anos. Mais frequente em machos. ✓ Histórico e exame físico: Baixo débito, fraqueza, letargia, pulso fraco, síncope. Congestão: dispneia, distensão jugular, ascite, edema de me membros... por último tosse. Perde de peso. ✓ Exame físico: -Auscultação: Arritmias Crepitação pulmonar Sopro sistólico -Raio-X: Cardiomegalia e sinais de ICE e ICD. ✓ -Eletro: *Arritmias atriais e ventriculares: Fibrilação atrial (átrio grande) Complexo ventriculares prematuros Taquicardia ventricular. ✓ Eco: Dilatação atrial e ventricular Hipocinesia do VE Diminuição função sistólica Regurgitação mitral / tricúspide. ✓ Tratamento - Sem ICC Iniciar com Pimobendan. - Com ICC (normalmente) Insuficiência direita e ou esquerda; Tratamento com IECA, diuréticos.. Cardiomiopatia hipertrófica ✓ Definição - Cardiopatia adquirida mais comum em gatos; - Disfunção diastólica (não consegue relaxar para receber o sangue corretamente); - Aumento da parede e septo e diminuição da cavidade (oposto da cardiomiopatia dilatada); - Componente genético. - Raças predispostas: Persas, Ragdoll, Maine Coon.. (grandes); ✓ Etiologia: Erro genético que ocorre na proteína C, deixando de ser funcionais, impedindo a contração muscular, gerando assim um mecanismo compensatório, nessa tentativa, causa hipertrofia. ✓ Patofisiologia: - Hipertrofia do ventrículo esquerdo > Disfunção na diástole (enchimento de sangue no ventrículo), o coração não relaxa e não recebe o sangue do átrio corretamente. - Chega menos sangue no ventrículo >> ejeção menor! - A cavidade fica diminuída. - Hipertrofia concêntrica (para dentro do coração),diminui o tamanho da cavidade do coração. Cabe menos sangue no interior da cavidade, ficando menor o enchimento. O sangue do átrio não consegue chegar no ventrículo. O sangue fica parado no átrio e vai aumentando de tamanho. - Na via de saída do ventrículo esquerdo (saída para a Aorta) tem uma hipertrofia, na passagem do septo, tendo uma dificuldade de passagem do sangue para a Aorta >> Cardiomiopatia obstrutiva! ✓ Histórico: - Idade, raça e sexo. - Metade dos gatos são diagnosticados por acaso e são assintomáticos; - ICC: evento desencadeador identificável - Sinais de ICC: tosse menos comum que em cães; - Claudicação, paresia e dor em membro pélvico: tromboembolismo. - Edema e efusão pleural ✓ Exame físico: - Auscultação: Sopro sistólico; Ritmo de galope – enchimento ventricular anormal; Taquicardia (compensatória). Dispnéia, Taquipneia e Ortopneia.. Temperatura de membros frias. Coxins e unhas arroxeadas; - Eletrocardiograma: exame normal não exclui a cardiopatia. Bloqueio do ramo. Arritmia ventricular. - Raio – X: Coração “Valentine shape” <3 ICC: congestão de veia pulmonar; Edema pulmonar e efusão pleural. - Eco: Hipertrofia de parede e septo; Diminuição da cavidade; Hipercinesia; Obstrução dinâmica na saída do VE; Dilatação atrial. ✓ Tratamento - Tratar ou não tratar? - Em gatos que não tem aumento de átrio, só o uso de Atenolol (b bloqueador), não há aumento da sobrevida. - Se tiver cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva e com clínica, deve tratar! - Objetivos da terapia: Reduzir obstrução dinâmica do VE; Controle das manifestações de ICC; Controle de arritmias; Prevenir e reverter tromboembolismo; Melhora da função diastólica. - B- bloqueador: se tiver obstrução dinâmica Atenolol - Inibidor ECA: se tiver aumento AE moderado a importante. Benazepril ou Enalapril. 0,25-0,5 mg/kg BID, SID, VO. - ICC: Furosemida Pimobendan; - TROMBOEMBOLISMO - Até 8 horas: Estreptoquinase – ativador de plasminogênio Analgésicos Heparina; - Prevenção: (antiplaquetários) Aspirina (a cada 48, ou 72h) Clopidogrel (1/4 do comprimido uma vez ao dia). Doenças arritmogênicas ✓ CAVD do Boxer – Cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito do Boxer. 1- Assintomático: Arritmias; Cão não apresenta sinais clínicos. 2- Síncopes Morte súbita. 3- ICC: CMD Prognóstico ruim ✓ Tratamento antiarritmico e holter 24h para monitorar! - Sotalol + Mexiletina (importado) - Amiodarona - Ômega 3 ✓ Cardiomiopatia oculta do Doberman - Estágio inicial: sem alterações morfológicas; sem instrumentos para diagnósticos. - Fase oculta: Período de compensação; assintomático; - ECO: disfunção sistólica, com ou sem dilatação do VE; - ECG (Holter) – CVP; TV; - Marcadores cardíacos. - Morte súbita. - Fase de descompensação: Sinais clínicos que surgem estão associados à diminuição do débito cardíaco. ✓ SSS – Sick sinus syndrome - Distúrbios de formação e propagação de impulso cardíaco a partir do nó sinusal. - Schnauzer. - Fêmea** - Idosos - Intolerância ao exercício, fraqueza, pré síncope e síncope. - Síndrome bradi-taquicardia (taquicardia é compensatória) Doenças congênitas ✓ PDA – Persistência do ducto aórtico - Shunt circulação sistêmica-pulmonar. - Assintomáticos; - ICC esquerda: intolerância ao exercício; Tosse; Dispneia; edema pulmonar; - Sopro cardíaco contínuo – “maquinaria” - Pós nascimento: O sangue passa no sentido esquerdo-direita, o sangue que está na aorta (pressão maior), vai voltar para a pulmonar, voltando para o pulmão, tendo uma sobrecarga de volume no pulmão, que volta para o átrio e ventrículo esquerdo, tendo mais volume nessa câmaras esquerdas; - Tratamento medicamentoso para ICE; - Cura: cirurgia para persistência do ducto arterioso. ✓ Estenose pulmonar - Cães de pequeno / médio porte; - Obstrução na saída do VD; - Hipertrofia concêntrica VD; - Aumento do Átrio direito. ✓ ESA – Estenose Subaórtica - Cães de grande porte; - Obstrução na saída do VE; - Hipertrofia concêntrica VE; - Aumento AE. ✓ CIV – Comunicação Intraventricular - Mais comum em gatos do que em cães; - Má formação do septo ou não fusão dos coxins endocárdicos com o septo interventricular. - ICC esquerda (edema pulmonar, tosse) - Sopro sistólico; - Quanto menor a abertura da CIV, mais alto será o sopro! Terapia medicamentosa ✓ - Qual a doença do meu paciente? - Devo tratar? - Quais as novidades? - Classe das drogas; Mecanismo de ação; - Tratamento da doença e a fase que ela está. ✓ Terapia dos D’S - Dilatador; - Diurético; - Digitálico; - Dieta; - Descanso. ✓ Vasodilatadores - iECA (Sistema Renina – Angiontesina – Aldosterona) > Benazepril e Enalapril - Se eu tenho uma queda de pressão (débito diminuído) > O rim percebe > libera renina > encontra Angiotensionogenio (produzido pelo fígado) > tira um “pedacinho” do Angiotensinogênio > vira Angiotensina I, que vira Angiontensina II, através da ECA (enzima conversora de angiotensina). A Angio II vai estimular a Aldosterona que vai reter Sódio (sal) e reter água e fazer vasoconstricção > Aumentando PA. O inibidor da Eca vai agir bem neste ponto. - o SRAA é um mecanismo compensatório para tentar aumentar o débito, mas em longo prazo é ruim para o coração, porque eu pioro o trabalho cardíaco. ✓ Diuréticos - Diuréticos de Alça (mais potentes) Furosemida - Tiazidas Túbulo distal Hidroclorotiazida - Poupadores de Potássio Antagonista da aldosterona (túbulo distal e ducto coletor) Espironalactona. (Faz diurese e ajuda a não reter sódio e líquido). - Farmacologia do Antagonista da Aldosterona: Antagonista da Aldosterona (competir), se a aldosterona não tiver em ação, não terá retenção de sódio e líquido. ✓ Digoxina Indicações: Frequência cardíaca alta; Arritmias supraventriculares (fibrilação atrial). ✓ Dieta Dieta Hipossódica – cardiac. Só recomendar quando ICC. - Royal Canin; Equilibrio.. (sênior) **Dieta com restrição de sódio é importante em pacientes com ICC, porém não pode ser mais importante que a ingestão de nutrientes! ✓ Ômega 3 Auxilia na caquexia, e combate os fatores inflamatórios. Ajuda controlar arritmias. ✓ Descanso - Não pode brincar muito; limitar o exercício. ✓ Pimobendan Importado! Vasodilatador; Inotrópico positivo (auxilia na contração). Usa em doenças com disfunção distólica e qualquer outra com ICC. ✓ Inibidores de Fosfodiesterase Tipo V Sildenafil: para hipertensão pulmonar (vasodilatador pulmonar) - Viagra ✓ Inotrópicos negativos - Beta bloqueadores Antagonistas de receptores B- adrenérgicos; Inotrópicos e cronotrópicos negativos. Reduz demanda miocárdica de O². - Receptores B: coração (Diminui Fc, contratilidade e diminuição da condução), pulmão e vasos. - Posso usar em arritmias que aumentam a frequência e contração, e doenças que precisam controlar a velocidade de condução. Atenolol (usado em cardiomiopatia hipertrófica; estenose pulmonar ou subaórtica, pois ventrículo tem q fazer muita força). Sotanolol; ✓ Fibrilação atrial - Digoxina - Associar se necessário: Diltiazen; Atenolol Clínica de Pequenos Animais 1 @Thaianycostavet Dermatologia ❖ Anatomia - Maior glândula do corpo; - Sistema Tegumentar – relembrar anatomia e histologia; compreender fisiologia; identificar e classificar lesões primarias e secundarias cutâneas ✓ Anatomia Epiderme – camada externa (é mais espessa em humanos e por isso mais resistente; logo, cães e são mais sensíveis e tendem a ter mais problemas). - Apêndices epidérmicos – gl. Sebáceas, sudoríparas, unhas e pelos, que são importantes para proteção ✓ Derme – camada interna, serve de suporte e nutrição, vascularização e temperatura corporal (vasoconstricção e dilatação). ✓ Hipoderme – Células. adiposas,que fornecem energia, protegem do frio e acolchoamento ✓ O sebo deve proteger a pele, por isso, quanto mais banho toma, menos proteção o animal tem. O sebo está aderido no terço proximal da pele, no terço médio e um pouco nas pontas do pelo e tirando essa proteção, ocorre piodermite; o odor de um cão ocorre por conta do sebo, mas é normal. ✓ A ereção dos pelos ocorre em três situações: para acasalar, em casos de ataque ou por frio. ✓ Funções da pele: - Barreira de vedação, proteção ambiental, regulação térmica, percepção sensorial (nervos e reflexo medular causando ereção), ação antimicrobiana, secreção (sebo e ferormônio), produção de anexos e vitamina D (sol), indicador (saúde, pois várias doenças se manifestam na pele). ✓ Microbioma: são microrganismos saprófitas, comensais que mantém saúde da pele formando proteção microbiológica e impedindo o contato com agente, mas isso depende da resistência do hospedeiro e da virulência do agente patogênico. ✓ Disbiose: - microbiota menos diversificado, ´doente´, fazendo com que o animal fique mais disposto a adquirir doença (dermatite) Tipos de proteção: física, microbiológica e química (presença do sebo). ❖ Alterações epidérmicas: ✓ L.esões primárias – mais importante para diagnostico • Mácula: pontos vermelhos com menos de 1cm de diâmetro; petéquias, manchas (há muito tempo) • Pápula: placa; caroço (bolinha) • Pústula: elevação da pele com conteúdo purulento de até 1cm • Nódulo: até 3cm de diâmetro • Tumor: mais de 3cm • Vesícula • Bolha • Urticária: varias pápulas espalhadas * mácula: vasodilatação no local para proteger de algo; aumentando fluxo sanguíneo – processo inflamatório • Petéquia: vasculite; sangue sai/hemorragia Para diferenciar as duas, devemos pressionar e se ficar branco e depois vermelho novamente, é mácula; caso fique vermelho durante a pressão, é petéquia. ✓ Lesões secundárias – lesões evolutivas ou complicantes • Alopecia: ausência de pelo • Hipotricose: pouco pelo • Crosta: rompe e pus sai, resseca e se desprende (colarinho epidérmico) • Colarinho epidérmico • A crosta e o colarinho são fontes de infecção • Eritema: tudo vermelho Lesões secundárias: • Escama – desqueratinização (caspa) esbranquiçada, prata (leishmaniose), amarelada (piodermite,dermatofitose), hemorrágica • Crosta – cél. Morta, bactérias aderidas e corneócitos • Cicatriz – lesão em nível epitelial -> substituição de tec. Epitelial por conjuntivo; há uma lesão profunda • Úlcera – pele perde camada superficial e pode ver a derme • Escoriação – mais profunda que úlcera; é progressão da ulcera • Fissura – rachaduras na pele por ressecamento • Hipo/hiperpigmentação – hipo(pouco; mancha branca); hiper(muito; mancha escura); perguntar se o animal fica no sol; • Hiperqueratose – crescimento exacerbado da pele • Liqueinificaçao – quadro crônico com tratamento longo; hiperqueratose + hipersegment com fissuras (parece pele de elefante) ✓ Sarna primeiro aparece a lesão (pápulocrostosas na ponta da orelha, extremidade e ponta de cauda) e depois coça! É tratada com antiparasitários! Fica vermelho e pela coceira ocorre alopecia ou hipotricose ✓ Alergia primeiro coça e depois aparece a lesão (patas, face, região ventral) ! é tratada com corticoides ✓ Leucotriquia –crescimento de pelos brancos ✓ Crosta: macula -> pápula -> pústula (se rompe, liquido sai e resseca) -> crosta ✓ Dermatite acral por lambedura: nos membros (extremidades); lamber por estresse até se comer, por perder inervação do tecido; causas psicogênicas, infecciosas; ✓ Cauda de rato – hipotireoidismo ❖ Terminologia dermatológica • Foliculite: inflamação do folículo e o pelo cai; doença autoimune, bacteriana pode ser a causa • Perifoliculite: inflamação do lado de fora do folículo • Diferencia as duas com histopatologia • Furunculose: folículo piloso destruído; processo profundo inflamatório, produzindo pus e sangue • Alopecia: ausência de pelo • Hipotricose: pouco pelo • Hipertricose: muito pelo • Leucotriquia: pelo que fica branco ✓ Lesões de até 1cm de diâmetro manchas, que podem aparecer também por conta de alteração hormonal (discromia) -> mancha por sol, cicatrização ou hormonal ✓ região lombosacra (parte da cauda) DAPP (picada de pulga) ✓ Lesão na região perianal/vulva aumentada hipoestrogenismo do tipo I (tumor ou cisto ovariano) – sugerir castração, que pode desenvolver uma piometra. ❖ Plano diagnóstico ✓ Exame clinico - Histórico, anamnese, queixa principal, lesão original, aspecto atual da lesão, outros animais ou proprietário acometido, dieta, fatores ambientais e medicação prévia. ✓ Exame físico: ficha de anamnese Fazer todo o exame (temperatura, linfonodos, ...) e depois Inspeção pele, determinar padrão de distribuição, aspecto do pelo (opaco, sem brilho quebradiço), localização lesões, identificação lesões, evolução lesões ✓ Exames laboratoriais: tricografia, raspado de pele, Citopatologia, Raspado, citologia, tricografia, cultura bacteriana e fúngica, biópsia e histopatologia; - Outros: perfil bioquímico, dosagens hormonais; - Biópsia: anestesia local; pinça anatômica e dente de rato; bisturi ou punsh; formol no pote; gaze; tesoura romba – Não faz tricotomia, assepsia e estar 5dias sem tomar banho Dermatofitose ❖ Definição - Doenças fungicas que acomete tecidos queratinizados (superficiais), diferente das outras micoses (esporotricoses). - superficiais (tec queratinizados – pele, garras, chifre) – dermatofitoses (transmitida por gatos e cães) - sistêmicas/subcutâneas (pele, submucosa) – espotricose, histoplasmose, criptococose ... (transmitidas por pombos e morcegos) - Fungos dermatófitos que se alimentam de extratos córneos, invade o tecido de forma centrípeta (circular) e se alimenta do pelo (principalmente na fase anagênica) o pelo cai. - Cães, gatos, equinos, bovinos, humanos... zoonose ❖ Principais dermatófitos patogênicos de cães e gatos: - Faz infecção centrípeta (oval a redonda), dentro (endotrix) ou fora (ectotrix) do pelo, podendo fazer até na derme se for profundamente (quérion – placa com infecção bacteriana secundária) - Gatos persas e yorkshire mais predisponentes - considerado zoonose: de maior ocorrência é o M. canis ❖ Epidemiologia: - ocorrência: o ano todo - sazonalidade: determinda época – primavera e verão em países muito quentes e durante o inverno (muito frio-neve); no Brasil, não existe sazonalidade - transmissão: ocorre de forma direta e indireta (fômites – pelos e escamas com o fungo - petshop) - predisposição racial: não existe predisposição racial, mas sim animais sensíveis como o yorkshire e o gato persa – o fungo consegue fazer infecção profunda. - predisposição etária: os mais jovens são os mais susceptíveis (pelo está em crescimento e imunossupressão) e cães velhos (imunossupressão) - potencial zoonotico: existe! ❖ Fatores que predispõe a infecção: - animais jovens; - imunossupressão; - estresse da prenhez e lactação; - presença de ectoparasitas ❖ Achados clínicos: - - 0,26 a 3,6% dos cães e gatos examinados; - 15% dos suspeitos são positivos; - outras dermatoses; - sinais clínicos: lesão quase sempre folicular; infecções autolimitantes - Lesões quase sempre folicular - Área alopécica, foliculite (pelo), circulares - Infecções autolimitantes; ** OBS: os macrófagos conseguem destruir, o sistema imunológico começa tentar destruir no centro da lesão >> AUTOCURA >> sem lesão, mas portador. - Áreas: cabeça, tronco e patas. ❖ Sinais clínicos: - manchas circulares de alopecia; - presença variável de caspa; - lesão clássica em anel; - prurido mínimo ou ausente; - crostas; pápulas e pústulas foliculares; - infecção bacteriana secundaria; - foliculite e furunculose; quérions - Quérions: lesões rasas, o fungopode invadir e fazer infecção secundária embaixo da derme, a lesão que era plana se eleva >> processo inflamatório, sai sangue, sai pus. - M. gypsium – diag dif.: esporotricose, mas na esporo, os linfonodos aumentam (cultura fungica e histopatologia). ❖ Sinais em gatos - 1 ou mais áreas irregulares ou anulares de alopecia; - presença ou não de caspa; pelos nestas áreas quebrados ou desgastados e pode cair e ficar opacos (em persas, untoso/engordurado); - hiperqueratose folicular; comedões (cravos pretos); dermatite miliar - Lesão clássica em anel: ausência de pelo e no centro pelos nascendo – a dermatofitose tem autocura. ❖ Aspectos zoonóticos: - 30% de todos casos de microsporose; - 15% dos casos de dermatofitose – M. canis; 50% dos humanos expostos a gatos infectados se contaminam; braço, couro cabeludo e tronco - Dermatofitose contato com o fungo. - Esporotricose levedura em machucado, furar ou arranhar com a garra do gato - Mae assintomática: filhotes sintomáticos (imunossuprimidos e pais positivos para presença de fungo). ❖ Diagnostico: - exame clinico, -diagnostico diferencial; - lâmpada de wood (encontrar lesões que florescem/ ficam brilhosas, coletar o material e fazer tricografia); - exame microscópico dos pelos e caspas; -cultura fungica (mudança da cor do meio-esperar 28 dias – exame macroscópico- dermatófito – colônia esbranquiçada e algonizada), biopsia e histopatologia ❖ Tratamento: - Dermatoses muito contagiosas e quase sempre difíceis de curar; tratamento triplo: animal congêneres e do meio ambiente; terapêutica antifúngica local e sistêmica; - tratamento deve ser continuado, após a cura da lesão até a negativação das culturas fúngicas ✓ Tratamento tópico: - Não tosar pois dissemina a doença, apenas cortar os pelos ao redor da lesão; tricotomia de todo o animal; xampu de clorexidina 2,5% ou enxofre; creme ou loção cetoconazol, clotrimazol, econazol, tiabendazol, miconazol; solução de iodopovidona ✓ Tratamento sistêmico *sempre associar tratamento tópico com oral - TRATAMENTO IDEAL= TÓPICO + SISTÊMICO - TÓPICO: clorexidine 2,5% + miconazol 2,5% (cloresten) shampoo ou clorexidine 4% - SISTÊMICO: itraconazol 5 a 10 mg/kg SID nos primeiros 30 dias 48h e 48h depois de 30 dias 72h e 72h depois de 30 dias Durante 3 meses* • Associado a Silimanina (protetor hepático) - 10 a 20 mg/kg - BID ou SID por 60 dias ✓ Tratamento do ambiente: esporos do M. canis podem durar até 18meses no ambiente: hipoclorito; formol; enilconazol (clinafarm); Descontaminação do ambiente: desinfetar com hipoclorito de sódio (diluição 1:10 em alvejante domestico – agua sanitaria); - destruir camas, tapetes, escovas e pentes; ferver utensílios domésticos; aspiração dos aparelhos de ar condicionado; aspiração da casa diariamente; desinfetar diariamente as jaulas dos animais de gatis. - Os animais mais susceptíveis são persas e yorkshires e as vacinas não funcionam como tratamento mas pode usá-las como coadjuvantes - Griseofulvina NÃO funciona para yorkshire - York com alopecia no corpo todo – fungo Escabiose canina – Dermatopatia parasitária ❖ Etiologia - Sarna sarcóptica; - Sarcoptes scabiei. - Pré-disposição racial não existe; - - Prefere ficar nas pontas de orelha, extremidades das patas e calda, jarretes e cotovelos - Apresentam lesões pruriginosas, lesões eritematosas e crostas amarelo- hemorrágicas, alopecia e escoriações (lembrando que as lesões podem generalizar em quadros avançados - Alopecia com lesões papulo crostosas - Prurido intenso - muita coceira - via direta a transmissão ou fômites - Pouca resposta com o uso de corticóides - Animais se lesionam por causa da coceira - Primeiro começa a aparecer lesões e depois surge o prurido; *** Uma pergunta não pode faltar: procedência do animal (doenças específicas de cada região), quando começou? local aonde mora? alguém da casa tem lesão ou outro animal tem lesão? seu animal fugiu? o seu animal foi tosado? ❖ Diagnóstico - Ácaro ágil - Histórico clínico: alto contágio entre animais e para o proprietário (lesões no abdômen e face interna dos membros superiores - prurido, pápulas) - Reflexo otopodal positivo - pode ser suspeita de sarna (coçar a orelha do animal e ele reponder com reflexo dos membros) - Rapado de pele - se der negativo, ainda pode ser sarna (70% negativo, mas não descarte a possibilidade, busque informações na anamnese). ❖ Tratamento tópico - Fácil! - Pipetas como frontline - fipronil - Uso de amitraz - O triatox a gente evita pois é tóxico, pode causa câncer e inapetência ❖ Tratamento ideal: - utilização de pipetas aplicar 3 pipetas no intervalo de 15 dias, aumentando a quantidade da substância (exemplo frontline) respeitando o peso do animal - Algumas raças usamos o tratamento sistêmico Uso de ivermectina colie, galgos e raças de focinho longos (atravessa a barreia hemato encefálica, podendo levar a morte do animal) - Evitar a utilização de doramectina e moxidectina! Uso em grandes animais, mas se o proprietário não tiver condição de comprar as isoxazolinas indica essas medicações, mas explica os ricos (procure evitar) - Hoje em dia temos a afoxolaner (nexgard), sarolaner (simparic), fluralaner (bravecto) que são ideais! Não possuem contraindicações, basta uma única dose para tratar escabiose! - Não associar medicamentos tópicos e sistêmicos para sarna! Pois pode gerar sinergismo! ❖ Profilaxia - Lavar camas, cobertores, higiene. - Resistem pouco tempo no ambiente - Não vale a pena tosar para não passar a doenças para outros animais - Prognóstico bom Sarna notoédrica ❖ Etiologia - Zoonose; - Sarna sarcóptica felina - Contato direto ou fômites - Notoedres Cati. - Pré disposição racial não existe - Gatos de rua ou que possuem acesso à rua são os casos mais comum. ❖ Sinais clínicos - Prurido intenso - Alopecia parcial, pápulas, escoriações, crostas amareladas, eritema e eczema - Atinge face, borda de orelha, contorno de olhos, pescoços, patas e períneo. Pápulas eritomatosas e crostas amarelo hemorrágicas, alopecia e escoriações - O gato chega debilitado, privamos melhorar o estado e coloca no soro. Esperar estabilizar, dar banho para tirar as crostas e anti parasitário. ❖ Diagnóstico - Histórico clínico: alto contágio entre animais e para o proprietário (lesões no abdômen e face interna dos membros superiores - prurido, pápulas) - Raspado de pele. ❖ Tratamento - Cloresten banho com parasticida - Existe o bravecto para felinos a melhor indicação terapêutica - Tópico: foldan sabonete ou local tópica para tirar as crostas ❖ Prognóstico bom! Sarna otodécica ❖ Definição e etiologia - Ele é visualizado a olho nu, causa uma coceira desesperadora e pode mirar para as costas dos animais - Estiologia otodectes cynotis - Atinge cães e gatos - Otocaríase comum em cães que chegam de canil - Pega a pinça puxa o pelo, coloca na lâmina e bota um durex ❖ Sinais clínicos - Prurido auricular moderado grave - Cerúmen negro com cheiro de terra molhada - Podem ser observadas lesões ao redor das orelhas, pescoço, peri ocular e cauda - Otite com cerúmen abundante e negro Obs: **Cerúmen de malassezia negro porém com cheiro azedo e mais oleoso, deve ser feito o exame para diferenciar - Pegar o cerúmen e fazer exame citológico - Exame físico com otoscópio, se não tiver microscópio e otoscópio faz o anti parasitário (simparic) e um ceruminolítico - Presença de otohematoma ❖ Diagnóstico - Exame clínico - Observo cera abundante - E visualização do ácaro ❖ Tratamento - Matar o ácaro - anti parasitário - Remover a cera ceruminolitico - Tópico: foldan loção cremosa, natalense pomada 21 dias - Sistêmico ivermectina 0,2 a 0,4 mg/kg 2 aplicações com intervalo de 14 dias - Tópico +banhos com acarsan sabonetes tetmosol - Isoxazolinas Prognóstico bom -Tratamento ideal: simparic + ceruminolítico (Surosoleve, epiotic, clean up) Preenche o conduto auditivo com o ceruminolítico 1 x ao dia, durante 7 dias depois 2 x por semana; - Infeção purulenta e bactérias- acrescenta o Easotic Demodiciose ou Sarna demodécica ❖ Características - Não é uma zoonose e nem passa de animais para animais! - O demodex é um ácaro que vive na pele do cão, por algum fato genético ou imunossupressão, o ácaro começa a se multiplicar e causar lesões (fator hereditário). - Facilmente encontrado no raspado de pele; - Como é um ácaro com fator hereditário, é recomendado que os animais que apresentam a doença sejam castrados; - Realmente se o animal for tratado com simparic quando ele está na janela imunológica, até chegar à fase adulta não irá mais apresentar sarna demodécica; - Controle difícil, não sabemos se mais pra frente os animais criaram resistência. ❖ Patogenia - Demodex Canis faz parte da microbiota residente da pele dos cães habitando no interior dos folículos. - Em um estado de imunodeficiência, eles se proliferam gerando a doença. - Pré disposição genética; - Transmissão durante a amamentação (16h de vida) - Por que a doença? Imunossupressão - associada a doença ou defeito do sistema imune; - Defeito do sistema imune cutâneo; - Vem do gene recessivo. - O ácaro vive na pele do cão, quando for encontrado o ácaro é positivo Se tiver lesões e encontrou um ácaro= é positivo; - Raspado de pele e triocografia (arrancado os pelos) ❖ Patogenia tradicional 1. Defeito genético hereditário imunossupressão adquirida (não identificada) 2. Imunossupressão específica frente ao demodex (não identificada) 3. Demodicose generalizada - Se tiver problema hereditário, não é viável a reprodução - Só faz a doença frente ao demodex a imunossupressão, onde os linfócitos deixam de recolher o ácaro e o ácaro se multiplica formando a doença (um exemplo); - No animais normais o sistema imune controla bem, os filhotes desenvolvem a doença depois de 2 a 3 meses de idade, foram contaminados durante a amamentação e os sinais só aparecem com 2 ou 3 meses de vida. >> É o mais comum; - Existe casos que os filhotes de 45 dias apresentam demodicose, mas não é comum! ❖ Classificação - Juvenil localizada aonde tem até 5 lesões no corpo ou generalizada lesões espalhadas pelo corpo - prognóstico bom - Adulto - nunca teve histórico de demodicose, aonde ocorre por imunossupressão >>> generalizada ou localizada - prognóstico reservado a ruim, se o animal não tiver tomando apoquel, corticóide ou remédios que causam imunossupressão, estamos diante de um quadro de uma doença grave que está causando imunossupressão e o prognóstico piora, porque o sistema imune de um adulto já está formando, se de repente não criou proteção para o demodex algo está errado ; - Localizadas até 4 lesões com menos de 2,5 cm; - Generalizadas mais de 12 lesões - Obs: informação de livro, na prática mais de uma lesão trata e não espera generalizar A localizada pode gerar a autocura - Obs: uma cadela que depois do parto teve demodicose, é um caso genético e não por causa de imunossupressão ❖ Sinais clínicos - Eritema - vermelhidão - Pápulas, Máculas, Pústulas Comedões – cravos; - Úlceras; - Exsudato; - Descamação/ crostas; - Hiperticose/ alopecia; - Foliculite/ furunculose - Raspar a lesão mais recente em casos de furunculose A alimentação é importante para o tratamento, visando sempre as proteínas nesses casos O animal pode morrer por sepse, por isso não usa o amitraz mais, e sim o bravecto! ❖ Diagnóstico - Histórico e anamnese - Exame físico - Tricografia - Raspado de pele profundo e por fita de acetato - Biópsia de pele - Demodex cornei*** - Demodex injai** ❖ Tratamento -Tópico e sistêmico; - Tratamento de piodermite secundária - Imunidade - Acaricida - Banho clorexidine ou peróxido de benzoíla 2 vezes por semana, deixar agir por 15 minutos - Tratamento da Piodermite secundária Cefalexina, amoxilina + clavulanato de potássio, Clindamicina e Enrofloxacina Máximo de 21 dias - Citologia - Imunidade: Vermifugação Vitaminas Alimentação - Acaricida Amitraz Ivermectina Milbemicina oxima Moxidectina Doramectina Isoxazolinas são ideias para tratar sarna - um por mês de nexgard, um por mês de simparic ou bravecto um a cada 3 meses Na prática o melhor é o simparic Banho com clorexidine + um isoxazolina (preferência o SIMPARIC) = tratamento ideal Cloresten e simparic; - NUNCA ASSOCIAR TERAPIAS!!! banho é só um shampoo! Apenas um acaricida! Piodermite canina ❖ Definição - INFECÇÃO BACTERIANA DA PELE - PIO= PUS= CÉLULAS INFLAMATÓRIAS - A piodermite canina não é transmitida de um animal para outro e nem para os seres humanos. Hoje em dia as bactérias resistentes podem ser transmitidas do animais para os seres humanos, alguns estudos comprovam esse fator. Principalmente se a pessoa estiver imunodeprimida. - Mais de 90% das piodermites são secundárias há alguma doença! O tratamento errado gera bactérias resistentes! ❖ A pele - Atua como barreira protetora - Secreções glandulares + queratina= proteção química da pele - Proteção microbiológica da pele= microbioma cutâneo= vivem na nossa pele em homeostasia= protozoários, vírus, bactérias, fungos, ácaros.. população em simbiose. A desregulação da homeostasia gera problemas na proteção. ❖ Emulsão superficial constituída de: - Ácidos graxos (ác. Linoleico) - Sais orgânicos - Interferon - Complementos - Imunoglobulinas ❖ O cheiro mais forte de alguns animais (principalmente de pelos longos) é devido a uma produção maior de cebo Esse cebo tem cheiro e protege a pele uma forma natural de proteção. O proprietário dar banho para tirar o cheiro, logo tira a gordura natural da pele do cachorro tirando a proteção da pele do filhote! Podendo gerar uma piodermite devido ao desequilíbrio (golden, pastor, colie). Tratamento???? Parar de dar banho. O fato de usar um shampoo errado pode favorecer a infecção bacteriana!!! ❖ Fatores que influenciam a quantidade de bactérias na pele: - Oleosidade - Dermatose pré existente - Condições ambientais (umidade/ temperatura) - Regiões intertriginosas - são as pregas cutâneas - local quente e úmido favorecendo as infecções ❖ Bactérias mais comuns: Staphylococcus ❖ Aparecimento de lesões cutâneas - Fatores predisponentes: Gerais: estado de nutrição, doença sistêmica (erliquiose, leishmaniose, dilofilariose) Locais: umidade, fricção, trauma, injúrias térmicas, seborreia, parasitos, infecções fúngicas... ❖ Classificação das infecções bacterianas da pele - Piodermite de superfície Estrato córneo e epiderme superficial Dermatite das dobras cutâneas (intertrigo) e Dermatite úmida aguda. - Piodermite superficial Epiderme interna e anexos epidérmicos, porção superficial de folículo piloso. Impetigo - área aonde não tem pelo Foliculite superficial - área aonde tem pelo - Piodermite profunda Derme e hipoderme - Obs: o tratamento e o prognóstico se difere entre as classificações A evolução da piodermite pode gerar a furunculose. Não se usa antibiótico no tratamento da piodermite, temos que buscar a causa! ❖ Dermatite das dobras cutâneas (Intertrigo) - Dobras faciais - Prega labial - Pregas corpóreas - Pregas vulvares - Pregas caudal - Espaço entre os dedos - interdigitais ✓ Sinais clínicos - Odor desagradável - eritema - vermelhidão - prurido presente ou não - Ao abrir as pregas estarão vermelhas e às vezes possuem cebo - Síndrome do bronzeamento - cor de ferrugem - Em casos mais severos cria pus - Pregas eritromatosas e malcheirosas / prurido variável ✓ Tratamento - Higiene local - Clorexidine2% - drogarial faz lenço descartável com clorexidine - Gel - Xampu - Talco cutisanol (vende na farmácia) - cuidado com os olhos e na face cutisanol em gel (antisséptico) - Antibióticos de uso tópico - animal coçando (diprozalique, diprogenta, nebacetin) casos mais avançados - Cirurgia nos casos avançados - diminuir as pregas ❖ Dermatite úmida aguda ✓ Definição - Desencadeado por alteração na microbiota da pele - Favorecido por fatores ambientais como umidade e calor - Animais de pelagem longa são mais acometidas - Lesões oxidativas de repente, pelo molhado e depois fica duro, alo avermelhado ao redor da lesão (aparecimento de um dia para o outro) localizada no local propagador - debaixo da orelha aonde é difícil de secar (exemplo). O resto da pele estará normal. - Faz uma esfolite de tanto coçar. -Lesão ovalada a circular (brilhosa). ✓ Sinais clínicos - Desenvolvimento rápido - exsudação - halo eritematoso - auto traumatismo - prurido - Áreas circulares ou ovais, alopécicas, eritematosas, úmidas e exsudativas, bem delimitada por pele e pelos normais - Dor na lesão - As áreas lesionadas estão próximas às do processo deflagrador. ✓ Tratamento - Contenção física ou química do animal dentro da clínica - para realizar a higiene com tricotomia - cortando os pelos com a tesoura até dois dedos após a borda da lesão, para chegar na pele saudável. - Remove a pele morta com soro fisiológico. - Secar bem e aplicar um antisséptico (clorexidine + cutisanol talco) - Terracotril pode usar esse spray, menos agressivo a pele. - O clean up também pode ser usado. - Se a pessoa não tiver dinheiro joga maisena - Utilização de medicação tópica (antibiótico + corticoide) - Em casos específicos deve ser utilizada medicação sistêmica (corticoides) - Encontrar fator predisponente Obs: Nesse caso usa a prednisona ou a predinisolona durante 5 a 7 dias Não usa o antibiótico oral, só se o animal estiver pus, febre... - Medicação sistêmica Corticoterapia • Prednisona, Prednisolona - Dose 0,5 a 1,0 mg/kg SID, 7 a 10 dias • Triamcinolona - Dose 0,1 mg/kg SID q. 48 -72h ❖ Impetigo – área onde não tem pelo. ✓ Definição - tem alguma doença de base (parasitas intestinais, ração ruim, doença viral (cinomose), manejo inadequado, cão adulto com endocrinopatia) - pústulas em locais que não tem pelo. ✓ Sinais clínicos - Pústulas sub córneas sem envolvimento dos folículos pilosos - Lesões superficiais, não dolorosas e de caráter benigno - Localizadas comumente na região abdominal e axilas - Associada a parasitismo, infecções virais, má nutrição, doenças hormonais... etc. - Comum em filhotes e animais debilitados ✓ Tratamento - Medicação tópica: Banhos: shampoo com ação anti microbiana Peróxido de benzoíla - Clorexidine - Iodopobidine (degermante) Antibiótico (pomada) = nebacetin é ótimo! - Medicação sistêmica Ampicilina - Dose 10 a 20 mg/kg QID Cefalexina - mais usada na rotina - Dose 30 mg/kg BID Amoxicilina - Dose 10 a 20 mg/kg TID EVOLUÇÃO DA PÚSTULAS ✓ Lesões primárias - MÁCULAS - lesões eritromatosas - PÁPULAS - pouco elevada - PÚSTULAS - LÍQUIDO E CÉLULAS INFLAMATÓRIAS= PUS (com Infecção pústulas séptica, sem infeção pústulas asséptica). ✓ Lesões secundárias CROSTAS - MELICÉRICA - cor de mel COLARINHO EPIDÉRMICO ✓ As lesões primárias somem em 15 dias após o tratamento, se continuar significa resistência ao antibiótico ou o tutor não está dando a medicação direito. Alguns cães fazem hipersensibilidade com a presença da bactéria. ❖ Piodermite profunda - Foliculite bacteriana profunda e furunculose - Piodermite profunda generalizada - Foliculite mentoniana - Furunculose interdigital - Furunculose acral por lambedura - Piodermite das calosidades - Furunculose induzida por tosa - Celulite - Piodermite do Pastor Alemão Obs: Na furunculose tem destruição do folículo piloso, levando sangue e pus Infeção chega na hipoderme Cães que ficam presos por muito tempo e sozinhos! Casos de rotina ✓ Secundária a: - Sarna demodécica - Imunodeficiência primária ou adquirida - Endocrinopatias Hipotireoidismo / Hiperadrenocorticismo primário ou iatrogênico - Alergias - Ectoparasitoses - Desordens de queratinização ✓ Obs: Diferenciar foliculite da furunculose: Se pressionar e sair sangue e pus furunculose Pressionei e não saiu sangue e nem pus foliculite ✓ Tratamento - Antibiótico oral ou injetável - A piodermite de superfície e a piodermite superficial o tratamento é tópico! Se precisar fazer o antibiótico oral, temos que fazer no mínimo 21 dias. Por isso não usamos, só em casos de necessidade. Até uma semana após a cura clínica - Piodermite profunda - tratamento com antibiótico tópico e oral - o oral durante 6 a 8 semanas no mínimo. Até duas semanas após a cura clínica - Investigação da causa primária ou doenças concomitantes - Higiene e utilização de shampoos anti microbianos - duas vezes por semana Peróxido de benzoíla - se tiver oleosidade na pele, se não tiver use o clorexidine - Controle de prurido - Antibioticoterapia prolongada (mínimo 6 semanas até 3 semanas após a cura clínica) - Medicação de suporte - Antibioticoterapia Cefalosporinas - sem uso de cultura - empírico Quinolonas - casos extremos Sulfonamidas - cultura Macrolídeos - cultura Lincosamidas – empírico O retorno 15 dias ou 3 semanas - utiliza o antibiótico por mais uma semana. ✓ Antibioticoterapia de escolha para piodermite profundas: - Cefalexina Dose 30 mg/kg BID - Enrofloxacina Dose 2,5 a 5,0 mg/kg BID e SID - Amoxicilina com clavulanato Dose 10 a 20 mg/kg BID - Clindamicina Dose 5 a 10 mg/kg BID Dermatites alérgicas ✓ Introdução - Dermatite atópica - Hipersensibilidade Alimentar - Dermatite Alérgica à picada de pulgas - DAPP - Dermatite de contato *** a DAPE é mais comum (lembrando do fator cidade/ região e ambiente) - Para ser uma dermatite alérgica o animal deve estar se coçando, lamber as patas é uma manifestação cutânea da coceira. - Se o animal não se coça mas tem lesão de pele, então não é doença alérgica. - Doença alérgica tem que ter prurido.! - Doenças parasitárias, alérgicas, Dermatofitose não coça sempre e Piodermite (diagnóstico diferencial) - 0bs: a felina chamamos - dermatite atópica felina siminium ❖ Dermatite alérgica a picada de pulgas – DAPP ✓ Definição e etiologia: - Dermatite alérgica à picada da pulga é uma hipersensibilidade do tipo 1 ,é tardia ou reação alérgica aos componentes conhecidos como antígenos (substâncias que estimulam a produção de anticorpos) da saliva da pulga. -Alguns animais sofrem a infestação de pulgas tendo ou não dermatite alérgica.; - Independente do número de pulgas, se o animal causar resposta exarcebada a saliva da pulga o animal vai coçar, no dorso lombar sacral e atrás da orelha principalmente. ✓ Sinais clínicos - Prurido intenso - mais localizado na região dorso lombar /região de pescoço próximo as orelhas - Alopecia, pápulas e máculas - Hiperpigmentação, hiperqueratose, crostas, seborréia, dermatite úmida ***triângulo da DAPP - Ao cortar com os dentes os pelos, pode haver uma alteração na coloração da pele nessa região. ✓ Tratamento - Controle do prurido Apoquel Prednisolona ou Prednisona - Controle das pulgas No ambiente - detetiza com caltrim (tem que tirar o animal), vassoura de fogo No animal (frontline plus, Simparic, Bravecto, Nexgard...) - escolher um!! ***Lembrando de tratar outros animais que possuem o contato com o animal com DAPP, destruição das pulgas do ambiente e tratamento do animal alérgico com DAPP. - Se animal se coça muito, temos que tratar a pele do animal com medicaçãoantiinflamatória apoquel (mais caro e melhor) ou prednisolona ou prednisona (gato só prednisolona - a prednisona o gato não tem a enzima para transformar em prednisolona). Mais ou menos 20 dias que é o tempo para controlar a pulgas no ambiente da casa - Banho com clorexidine e miconazol - A pulga transmite verme - fazer o vermífugo ❖ Dermatite de contato ✓ Definição e etiologia - Algum objeto entrou em contato com a pele e naquela local deu uma dermatite (coleira, brinquedos de plásticos, pó de cimento, deitar na grama, produto de limpeza, roupa de animal) - - Hipersensibilidade do tipo 4 - citotóxica - reposta lenta - o quadro clínico é mais agressivo, tratamento lento em torno de 3 meses - Antígeno se liga às proteínas cutâneas e os dois desencadeiam a reação. ✓ Sinais clínicos - Prurido - Pele pode se apresentar mais fina - Pouco ou nenhum pelo na área da lesão - Liquenificação, hiperpigmentação, eritema, autoescoriação - Região peri ventral, testicular. ❖ Hipersensibilidade alimentar ✓ Definição e etiologia - Alergia ao alimento, causa sinais cutâneos - 4 alimentos que mais causam essa doença: carne bovina, frango, produtos de origem do leite e trigo em cães. Em gatos são os mesmos e adiciona o peixe nessa lista - Tratamento seria a mudança da alimentação Rações hipoalergênicas: Hipoalergênica Royal canin, ZD Hill’s, Ultra Hypo Firmina e Hipoalergênica total - Uma ração analergênia na Europa é a Ultamino Estados Unidos, fora essas mesmo asssim pode gerar alergia - Reação adversa ao alimento apresentando lesões cutâneas, mediado pelo sistema imune causando alterações clínicas em órgãos alvos passíveis de serem reproduzidas em provocações subsequente ✓ Sinais clínicos - Quadros inespecíficos necessitando fazer o diagnostico diferencial - Não possui quadro clínico específico - Fazemos a mudança da dieta para ver se tem melhora e assim comprovamos a hipersensibilidade alimentar. ✓ Diagnóstico por exclusão por 8 semanas para ver se o animal para de coçar - Não pode ter idosos e crianças - para não fornecer alimentos para animal. - O tutor tem que ter compromisso - O tutor terá que escolher um carboidrato que o animal nunca teve contato (batata Baroa, arroz integral ou batata doce), escolher uma proteína original (porco precisa não ter tomado simparic, ou cação, ou Coelho, ou rã) e fazer durante 8 semanas podemos associar o azeite e durante essas 8 semanas usamos o apoquel. Na sexta semana paramos o apoquel por 3 dias e avaliamos para ver se o animal vai ficar sem coçar ou não. Oitava semana para o Apoquel por 3 dias e avaliamos para ver se o animal parou de coçar ou não (ideal esperar as 8 semanas). Se parou de coçar é por causa da ração, se não houver melhora não é hipersensibilidade alimentar! ❖ Dermatite atópica canina ✓ Definição e etiologia - Hipersensibilidade do tipo um de alérgenos ambientais - indor (ácaro...) ou outdor (pólen...) - o animal possui alergia a tudo que tem no ambiente, não tem cura como todas as alergias - A única forma de tratar a doença séria a imunoterapia que é a vacina, mas não funciona para todos - Dermatite pruriginoso canina de origem genética - .Paciente torna-se sensibilizado ao entrar em contato com antígeno ambientais inalados. É uma reação hipersensível do Tipo 1 - Raças predispostas varia conforme a ‘moda’ - bulldog francês, inglês, shitzu, yorkshire... - Genética. - Inalação do antígeno. - Produção de IgE - A dermatite atópica canina é mais do que só uma alegria, é uma doença complexa que envolve a sensibilização a alérgenos ambientais e/ ou alimentares, uma barreira de pele defeituosa, inflamação anormal da pele, infecções microbianas e outros fatores que desencadeiam as crises. É uma condição vitalícia que requer um gerenciamento multifacetado continuo. O tratamento deve ser adaptado ao indivíduo, levando em consideração problemas clínicos, respostas ao tratamento, efeitos adversos, temperamento, finanças... ✓ Sinais clínicos - Desordem cutânea mais comum em cães - Prurido intenso sinal mais preponderante - Lesões secundárias associadas ao auto traumatismo, pioderma secundário (foliculite, furunculose, dermatite úmida) e enfermidade seborrêica (12%) - Face, patas e ventre (generalizada só em 40% dos cães) - Otite externa e conjuntivite atópica (50%) - Resposta de hipersensibilidade do tipo 1 que é um defeito genético - Cães com excesso de limpeza e proteção (criados como gente) - produz anticorpo contra poeira (resposta exacerbada) - hipótese da higiene - Lesões com Eritrema e. depois sequência das pústulas, crostas... até formar colarinho - Lesão periocular, Hiperpigmentação e hiperatose - Síndrome do bronzeamento - dieta com alimento natural para diminuir proteína da alimentação, apoquel e itraconazol e silimarinica, banho com clorexidine e hidrante de pele - silimarina protege o fígado ✓ Tratamento - Apoquel e itraconazol + silimarina (protege o fígado) - Gato não usa silimarina! ✓ Diagnóstico - Raspado de pele - negativo - Citologia - infecção bacteriana e/ou malassesiase - Tricografia - pelos quebradiços - Cultura bacteriana e fúngica - Biópsia e histologia - Outros: perfil bioquímico, dosagens hormonais (diagnóstico diferencial) - Teste alérgico intradérmico ✓ Tratamento multimodal da DAC: - Passar álcool e vinagre de maçã na casa inteira mistura 50/50% -Tópico e sistêmico -Tratamento individual - Muito caro - Restauração da barreira cutâneas. - Redução e controle do prurido e da inflamação da pele - Tratar e evitar infecções secundárias - Identificação dos fatores que desencadeiam as crises - Evitar recidivas ✓ Mudança do manejo - Alimentação - Banho - Tosa com tesoura - Material de limpeza - Evitar contato com tapetes, cortinas, roupas ou outro material com potencial alergênico - Controle de pulgas e carrapatos ✓ Controle da coceira com antiinflamatório - Tópico: Xampus, cremes, pomadas, loções, gel, unguentos e pós secantes - Sistêmico: Mudança do manejo, anti-histamínicos, ácidos graxos, glicocorticóides, imunoterapia e outros; ✓ Terapia tópica - Repositor da barreia cutânea e hidratante - Óleos essenciais e ácidos graxos - "spot on" ou spray - Ceramideos e ácidos graxos - "spot on" - Fitoesfingosina - shampoo ou spray - Gel, solução, creme, emulsão, talco - HIDROCORTISONA, MICONAZOL, CLINDAMICINA ou BACITRACINA - 1 a 2 % - Hipoclorito de Sódio 0,03 a 0,05% ✓ Terapia sistêmica - Ácidos graxos - Não usamos mais ácidos graxos - Corticoterapia - Apoquel - Ciclosporina - Imunoterapia – Cytopoint Use dose altas: - Ômega 3: 66 mg/kg/dia - usado se quiser efeito anti inflamatório Exemplo: 1 cápsula com 180 mg/ EPA, 120 mg/DHA por 4,5 kg -Ômega 6: 100 - 280 mg/kg/dia - usado se quiser melhorar a aparência do pelo e barreira cutânea -Tente por um período longo - Melhora pode ser notada em 30 a 90 dias - trate por pelo menos 3 meses ✓ Corticoterapia Flavia Clare - Cachorro com 10 kg multiplica por 30 = 300 mg por ano de prednisolona ou prednisona não causa problemas - Tem que fazer controle de ectoparasitas mensais e tratamento tópico associado - Receita de corticoide para cão acima de 15kg 0, 5 mg/kg - cachorro com menos de 15 kg 1,00 mg/kg - Cálculo com cachorro de 10kg pug, nome jhon animal está com um quadro muito ruim Animal atópico Dose manutenção reduzir 50% da dose - dia sim, dia não - para não suprimir a Adrenal... dobro de dias da primeira dose Depois ocorrer o desmame Clínica de Pequenos Animais 1 Profª: Flávia Clare @Thaianycostavet Endocrinologia ❖ Endocrinologia cutânea - Os hormônios regulam processos fisiológicos; - Excessos ou deficiências afetam todo o organismo e se refletem na pele. - As alterações sãoquantitativas; ❖ Apresentações clínicas - Alopecia bilateral simétrica; - Sem prurido (a princípio); - Pelagem sem brilho, facilmente epilável, sem voltar a crescer após a tosa; - Podem ser acompanhadas de distúrbios pigmentares (discromia); - Pode ter seborreias e piodermites, causando prurido. ❖ Fisiologia - Hipotálamo neuro-hormônios (Ocitocina e Vasopressina) Neuro-hipófise (armazenamento). - Adeno-hipófise (anterior) Produz ACTH, TSH, LH e FSH. - Órgãos alvos Controle através de feedback negativo! Hipotálamo (TRH) Hipófise (TSH) Tireóide (T3 e T4). ❖ Distúrbios endócrinos que causam doença - Hipotireoidismo (cão); - Hiperadrenocorticismo; - Nanismo; - Diabetes mellitus; - Hiperestrogenismo. Hipotireoidismo ✓ Definição - Mais comum em cães; - Prevalência maior acima de 6 anos; - Sharpei, Chow-chow, labrador, Dachshund, Beagle.... - Hereditária; - Baixa atividade tireoidiana. ✓ Função dos hormônios tireoidianos - Estimulação da síntese proteica; - Aumento da atividade celular; - Interferem na diferenciação e maturação da pele. ✓ Hormônios envolvidos - T3 Metabolicamente ativo; Livre e total; Produzido dentro da célula alvo – a partir do T4; Vem a partir do colesterol; Hipotireoidismo > aumento de colesterol. - T4 Cães só produzem T4 Livre e total Livre ++ ✓ Tipos - Primário Comprometimento da tireoide; Adquirido: Tireoidite linfocítica Atrofia glandular idiopática - Secundário + agudo Quimioterapia Hipófise:: queda de TSH - Terciário Hipotálamo Queda de TRH ✓ Sinais clínicos - Alopecia bilateral - Sem prurido; - Hiperpigmentação variável; - Pelo fosco e epilável. - Cicatrização deficiente; - Mixedema “face trágica”; - Obesidade; - Distúrbio de coagulação; - Obesidade; - Bradicardia; - Anemia; - Letargia; - Cauda de rato. - Distúrbios oftálmicos; - Cardiomiopatia. - Desordens neuromusculares. ✓ Diagnóstico - Histórico; - Exame clínico.; - Hemograma: ANN leve, trombocitopenia; - Bioquímica: triglicerídeos e colesterol elevado; - Dosagem hormonal T4 livre por diálise; TSH + T4 total - Teste de estimulação com TSH Aplicação de TSH 0,1 UI/kg Medicação após 4-6h ✓ Tratamento - Levotiroxina 22 mcg/kg BID, uso contínuo. Entrar com 11 mcg/kg BID 30 dias depois >> refazer T4 total; Se tiver dentro do esperado, NÃO aumentar a dose! Se precisar, aumente gradativamente!! - Monitorar!!! - 6 semanas para resposta ao tratamento! Hiperadrenocorticismo (Cushing) ✓ Definição - Doença associada ao aumento de glicocorticoides endógenos e/ou exógenos; - Ocorre naturalmente (neoplasia) ou por iatrogenia. - Sem predisposição racial ou sexual; - Poodle ++ e fêmeas ++ (estrogênio). ✓ Sinais clínicos - Polidipsia; - Poliúria; - Polifagia >> Obesidade; - Pele adelgaçada (fina) Corticoide tem ação hiperglicemiante Corticoide aumenta glicose >> vai para o sangue > glicogênio intracelular acaba >> começa a quebrar gordura e proteína para produzir glicose Aumento de catabolismo proteico (tira proteína do músculo) Fraqueza muscular; A pele (rica em proteínas) sofre catabolismo e atrofia (fina) - telan de ectasia (vasos aparecendo) - comedões; - aumento de volume abdominal; - hepatomegalia (aumento de AST e FA); - Seborreia e piodermite secundárias; - Cicatrização lenta; - Calcinose cutânea; - Osteomalassia / osteoporose; - alopecia em tronco. ✓ Diagnóstico - Histórico + exame físico; - Exames laboratoriais + complementares - Hemograma (leucocitose, linfopenia, eosinopenia) - Bioquímica (aumento de FA, TGP, ureia e creatinina); - Urinálise (densidade urinária baixa); - Ultrassonografia abdominal; No HAC pituitário (aumento de ACTH pela hipófise), o aumento de ACTH estimula as duas glândulas adrenais, que ficam aumentadas. Tumor hipofisário: aumento das 2 adrenais; 1 adrenal aumentada: problema na adrenal; No HAC por hipersecreção primária de uma das adrenais (neoplasia), o aumento de cortisol inibe a liberação de ACTH, causando atrofia da glândula contralateral. - Avaliação hormonal Cortisol basal (normal= o-8 mcg/DL) Determinação do ACTH (normal >> 40 mg/mL) - Biópsia de pele ✓ Teste de estimulação com ACTH 1- Tempo 0: cortisol basal 2- Administração de ACTH IM/IV 3- Nova coleta: 1 hora depois - Resultado de HAC pós acth: resposta exacerbada (aumento de corticoide). ✓ Teste de supressão com Dexametasona (dose baixa) 1- Medir cortisol basal 2- Adm de 0,01 mg/kg IV 3- Medir após 4h; e depois após 8h. - Resultado: NORMAL: Se os níveis de cortisol tornarem-se inferiores a 1 mcg/dL após 1h.; ✓ Tratamento 1- Medicamentos que causam atrofia da adrenal - Mitotane 25 mg/kg SID Monitorar cortisol Diminuir a dose quando normalizar / hipoadreno Manter com uma dose semanal; Mais efeitos colaterais 2- HAC pituitário - Trilostane 1 mg/kg BID por 30 dias Só destrói a cortical; 3- Neoplasias remoção ✓ Prognóstico - Sempre reservado!! - Controle e acompanhamento são necessários. Hiperestrogenismo – Distúrbios ovarianos tipo 1 ✓ Definição - Aumento da produção de estrógeno, associado a cistos ou tumores ovarianos; - Aumento da genitália e alteração no ciclo estral; - Alopecia bilateral simétrica; descamação e prurido; - Vulva hiperpigmentada; - Ninfomaníaca; - Estrogênios utilizados no tratamento de incontinência urinária podem causar alterações dermatológicas semelhantes. ✓ Apresentação clínica - Lesões bilaterais simétricas que se iniciam nas regiões: perianal, iguinal e nos flancos; - Cios irregulares, ninfomania, endometrite e piometra. - A alopecia permanece restrita nas áreas iniciais por longos períodos; - Pode ter ou não seborreia; - Comedões na região ventral. ✓ Quanto tempo leva para voltar ao normal depois da OSH? 3 meses! ✓ Diagnóstico - Histórico Perguntas relacionadas ao cio; Exame físico da genitália Resposta à terapia; USG = ovários. ✓ Histopatologia - Hiperqueratose ortoqueratótica; - Queratose folicular; - Dilatação folicular; - Atrofia folicular; - melanoma epidérmica; - telogenização dos folículos pilosos; - Atrofia das glândulas sebáceas. ✓ Tratamento OSH ✓ Terapia de suporte - Banhos para controle de seborreia; - Ômega 3 e 6; - Piodermite: tratamento para isso! - Prurido: tto para isso. Dermatose responsiva ao estrogênio ✓ Definição - Alopecia bilateral; - Ocorrência rara; - Adultos jovens; - Castração precoce; - pode estar associado ao hipoestrogenismo. ✓ Sintomas - Alopecia / hipotricose bilateral assimétrica em períneo e genitália; - Progressão lenta; - Pelos semelhantes ao de filhote e epiláveis; - Infantilismo genital; - Incontinência urinária. ✓ Diagnóstico - Histórico - exame físico; - resposta ao tratamento; - biópsia de pele. ✓ Tratamento - Nem sempre é a melhor escolha! Pois pode causar tumor de mama! - Dietilestilbesterol 0,1 – 1 mg/kg VO, em dias alternados durante 3 semanas. - Melatonina - Estradiol Sertolioma – Neoplasia testicular - Produz estrogênio; - Contorno irregular; - Baixo potencial metastático; - Um hipoplásico e o outro grande endurecido; - Palpação + USG ✓ Sinais clínicos - Características femininas (prepúcio pequeno); - Alopecia bilateral; - Acúmulo de gordura na cintura; - Baixa agressividade; - Testículos aumentados; - aceita monta de machos; - seborreia. Diabetes mellitus ✓ Definição - Pâncreas endócrino Hormônios Ilhota de Langerhans produz::: Células alfa (glucagon) Células delta (Somatostatina) Células Beta (Insulina) - DMDI (Insulina dependente; perda de células B > TIPO 1) - Etiologia multifatorial; - Exaustão pancreática >> hiperglicemia constante; - DMNDI = Tipo 2 = insulina insuficiente - Hiperglicemia Glicose maior que 120 mg/dLmaior que 110: limítrofe. - Faixa etária: 7 a 9 anos; - Raças predispostas: Terrier, Schnauzer, LhasaApso., Spitz, Poodle, Yorkshire. - Felinos: mais comum; - Fêmeas: castrar! - Glicocorticoides: acúmulo de gordura – cetoacidose. ✓ Patogenia - Incapacidade dos túbulos renais Glicosúria; - Desidratação; - Libera eletrólitos; - Poliúria, polidpsia; polifagia (perda de peso); - Metabolismo de lipídeos; - Catabolismo de gordura pelo fígado e tecido adiposo Acidose metabólica (glicose acima de 400) ✓ Sinais clínicos: - Hemoconcentração; - Pancreatite; - Isolamento; - Catarata; - Alopecia simétrica; - Hepatomegalia; - Piodermite / cistites; - Neuropatias. ✓ Diagnóstico - Manifestações clínicas - Glicosúria; - Hiperglicemia - FA e AST; ✓ Diagnóstico diferencial - HAC; - Hipotireoidismo; - Diestro; - Feocrocitoma; - Pancreatite; - IR; - Uso de fármacos; - Infecções; ✓ Tratamento - Controle hiperglicêmico até 48h; - Controle de glicemia; - Insulinoterapia; - Dieta e exercícios. - Insulina Humana SC rápida / média / longa duração Intermediária NPH SID/BID jejum; o,5 UI/kg dosar antes e depois e após a digestão. Pico de efeito: 2-10 horas. Hipertireoidismo felino ✓ Definição - Produção excessiva de T4 e T3 pela tireóide - 80% resulta em bócio. ✓ Predisposição e patogenia - 4 e 22 anos; - Fatores circulatórios, nutricionais (iodo na dieta) e ambientais pode influenciar na sua patogênese. - Gatos que se alimentam de ração enlatada e que usam granulado sanitário tem um aumento significativo de desenvolver a doença. ✓ Sinais clínicos - Alterações progressivas; - Início: aumento do apetite e hiperatividade; - Alta sensibilidade às catecolaminas; aumento de consumo de 0² pelos tecidos ; - Taquicardia; - Polifagia; - Poliúria; - Polidipsia; -Diarreia e êmese; - Hipertrofia cardíaca compensatória: sopro e arritmias; - Aumento de PA; - Perda de peso, anorexia, fraqueza e perda de massa muscular. - Predispõe infecções do trato urinário; - Problemas dermatológicos (40%)= alopecia e pelos amaranhados. ✓ Diagnóstico - Exame clínico: palpação da tireoide; - Exames laboratoriais; - Policitemia (47% dos casos); - Aumento de enzimas hepáticas (ALT, FA e GGT); - Azotemia e hiperfosfatemia; - Mensuração de T4 total e T4 livre por diálise. ✓ Tratamento - Iodo radioativo; - Fármacos antitireodianos; - Tireoidectomia. Clínica de Pequenos Animais 1 @Thaianycostavet Oftalmologia ❖ Anatomia - Globo ocular Câmara anterior lente (frente do cristalino) Câmara posterior Atrás do cristalino humor vítreo > gelatinoso (nutre a retina) Humor aquoso Mais fluido; nutre a córnea e o cristalino; é drenado!! - Inflamação: Aumenta o que está produzindo e diminui o que está drenando acúmulo de líquido Aumenta a pressão do globo Glaucoma. - Córnea (transparente) 4 ou 5 camadas; Filme lacrimal: lipídico, aquoso e mucóide; Epitélio; Estroma; Membrana; Endotélio. ❖ Fisiologia - Produção e drenagem do humor aquoso ** Diabetes: + glicose precipita forma cristais Catarata. - Campo visual e poder de resolução Retina; ❖ Formação da imagem -Íris (aumenta ou diminui a quantidade de luz que entra); Músculo ciliar: contração (parassimpático) = MIOSE Musculo radial: contração (Simpático) = MIDRÍASE - Músculo ciliar (convexidade) Parassimpático: contração (visão perto) (oval) Simpático: relaxamento (visão longe) (elíptico) - Os animais enxergam colorido? SIM! ❖ Fotorreceptores - Cones (visão colorida) = visão diurna. - Bastonetes (preto e branco) = visão noturna (melhor); - Rodopsina (pigmento fotossensível) = Vit. A; - Gatos: Taurina. ❖ Produção e drenagem do humor aquoso - Pressão intraocular (P.I.O) é determinada pelo equilíbrio entre a taxa de produção do humor e sua drenagem; - Produção: Células do epitélio do corpo ciliar; - Drenagem: O humor é secretado pelo corpo posterior Pupila Câmara anterior ângulo írido- corneano SNC. - Canal de Schwenn >> Alteração aqui >> Glaucoma! Proptose do globo ocular ❖ Causa - Traumatismo ❖ Incidência - Braquicefálicos e gatos. ❖ Prognóstico - Reservado; - Depende: ruptura de músculos, hifema, tamanho pupilar, ausência de reflexos fotomotores e laceração corneana. ❖ Tratamento 1- Compressa de gelo / manter umidade; 2- Anestesiar; 3- Irrigar com solução salina estéril para retirar debris celulares; 4- Recolocação do globo ocular = eversão mecânica (cantotomia); 5- Antibióticos tópicos e sistêmicos Cefalexina, Amox + Clavulanato; 6- AINES Flunexin meglumine 1 mg/kg SID Prednisolona 0,5-1 mg/kg BID Dexametasona 10-15 mg/kg SID 7- Tarsorrafia e/ou flap de 3ª pálpebra. - Não retirar! Diminuir a inflamação e restaurar a PIO primeiro! ❖ Diagnóstico diferencial - Neoplasias; - Glaucoma; - Celulite orbitária; - Miosite eosinofílica; poliomiosite; - Hemorragia; - Abcesso dentário; - Cistos granulares; - Enfisemas orbitários; *** Preferível recolocar o globo ocular antes de ter enucleação. Afecções palpebrais I. Alterações de desenvolvimento / Hereditária - Agenesia palpebral; - Oftalmia neonatal; - Dermóide (crescimento de pelos) - Entrópio / ectrópio; - Fissura micro e macropalpebral; - Cílios ectópico; - Triquíase e distiquíase. ❖ Cílios ectópicos - Cílios isolados da glândula tarsiana em posição anormal; ❖ Triquíase - Cílios e/ou pelos adjacentes voltados para a córnea; - Shihtzu; Lhasa Apso. ❖ Distiquíase - Fileira de cílios extra, emergindo/próximo da glândula de Meubônio; - Sinais: Conjuntivite crônica Blefarite; Eritema e secreções; Lacrimejamento; úlceras; Dor (blefaroespasmo e prurido). ❖ Tratamento - Remoção cirúrgica em bloco (cílios ectópicos) - Cirurgia de Stades (triquíase) / Blefaroplastias; - Remoção de prega nasal; - Depilação manual. ❖ Entrópio - Congênito, espástico ou adquirido; - Pálpebras voltadas para dentro (invertidas); - Incidência: Shar-pei; Shihtzu; Cães alérgicos; - Sinais: Blefaroespasmo; úlcera; lacrimejamento; conjuntivite crônica. - Tratamento Blefaroplastia. ❖ Ectrópio - Eversão da margem palpebral; - Incidência: São Bernardo. Cocker; Basset; Bloodhound; - Tratamento Correção cirúrgica (blefaroplastia) ❖ Vitiligo - Despigmentação da pálpebra; ❖ Calazio - Tersol. II. Alterações adquiridas - Inflamações locais/difusas (calázio/blefarite); - Traumas; - Disfunções neurogênicas (n. facial); - Neoplasias. Protusão de terceira pálpebra ❖ Definição - 3ª pálpebra (membrana nictante) é uma estrutura móvel, localizada na face central medial do olho, entre a córnea e a pálpebra inferior, e é coberta por uma conjuntiva palpebral na sua superfície anterior e na superfície posterior por uma conjuntiva bulbar. ❖ Função: - Proteção do globo ocular, secretando e distribuindo lágrimas. A sua movimentação ajuda na excreção de impurezas. ❖ Protusão - Acomete cães filhotes; - Rara em felinos; - Frequente em cães braquicefálicos. ❖ Patogênese - Pode estar associado à adenite primária ou secundária, a anormalidades de adesão facial ou patógenos específicos que comprometem as glândulas; - Frouxidão na fixação do tecido conjuntivo; - Origem congênita / hereditária; - Traumas Fragilidade nos ligamentos. ❖ Sinais clínicos - Massa avermelhada no canto medial do olho e irritação no local; - Epífora; - secreção purulenta; - conjuntivite; - Hipertrofia glandular com elevação da membrana; - Pode iniciar unilateralmente e se tornar bilateral. ❖ Tratamento - Definitivo: Cirúrgico (mínimo 6 meses de idade); Visa reposicionar a glândula para seu local de origem atravésde diferentes técnicas com intuito de preservá-la; - Técnicas de ancoragem: Dissecação e suturas que fixam a glândula no tecido epibulbar e as técnicas de bolso. - Tratamento clínico para os casos precoce: Antibióticos tópicos com ou sem corticoides (cuidado com úlcera); - retirada é CONTRA-INDICADA! Pois ela produz cerca de 30% do filme lacrimal! Alterações na conjuntiva ❖ Conjuntivite - Causada por: Cinomose; Alergia (atópico); Fungos; Infecciosa (Leishmaniose); Inflamatória; Autoimune (Lúpus, pênfigo). ❖ Conjuntivite folicular - Glândulas hiperplásicas e hiperêmicas; - Tratamento: Tratar doença de base! Antib + AIE / AIE + Antifúngico ❖ Ceratoconjuntivite SECA: Usar tracolinos / ciclosporina oftálmica e colírios para hidratar; - Fluoresceína: Diagnóstico diferencial para úlcera. ❖ Corpo estranho ❖ Metástase de carcinoma mamário. ❖ Íris - Heterocromia: Cores diferentes; - Melanoma difuso da íris: maligno. Alterações do Globo ocular ❖ Uveíte - Anterior: inflamação da íris e corpo ciliar; - Posterior: inflamação do coroide e corpo ciliar; - Panuveíte: inflamação de toda úvea. - Causas: Traumatismo; Secundária a inflamação da córnea e doenças sistêmicas (hepatite, leptospirose, toxoplasmose, PIF, ....) Neoplasia; Pós-operatório; Autoimune; Hipersensibilidade; - Sinais clínicos Uni/bilateral; Hiperemia; Dor; Fotofobia; Blefaroespasmo; Epífora; Miose (edema de íris); Opacidade de córnea com neovascularização; humor aquoso turvo; diminuição da PIO; Prolapso da 3ª pálpebra. - Diagnóstico Clínico!! - Tratamento Corticoides tópicos ou sistêmicos (SE NÃO TIVER ÚLCERA DE CÓRNEA) AINES (Cetoprofeno); Antibióticos empíricos; Midriáticos (Atropina 1% - midríase até 96h) ou Tropicamida (midríase em até 8h) > Mydriacil. ❖ Avaliação da uveíte Congestão ocular Vasoconstrictor (fenilefrina 10%) Desaparecem os vasos? Permanecem os vasos? Conjuntivite ou CCS Midríase Miose Glaucoma Uveíte Úlceras corneanas em cães e gatos - Ferida perde a integridade; - Doença mais comum; - Avascular; - Solução de continuidade que, possui bordas, fundo e secreção, que persiste na sua forma ou pode aumentar. - Feridas x úlcera. ❖ Causas - Traumas; - Bactérias; - Virais (Herpes vírus felino); - Diminuição ou ausência de produção lacrimal. - Endocrinopatias (hipotireoidismo, diabetes); - Herdadas (Boxer); - Idiopáticas (sequestro corneano) ❖ Sinais clínicos - Secreção; - Dor (blefaroespasmo, fotofobia, epífora, prurido, lacrimejamento); - Edema corneal; - Neovascularização; - Miose. ❖ Diagnóstico - Histórico; - Sinais; - Exame de olho; - Fluoresceína; - Cultura bacteriana. ❖ Tratamento - NÃO USAR CORTICOIDES! - AINES + Analgésicos; - Eliminar a causa; - recuperar a perfuração; - proteger a superfície corneana; - midriáticos SID/BID = dor; - Antibióticos tópicos Cloranfenicol; Sulfa; Ampicilina; Minimo 6x dia; - Limpar com optclean e gaze ** Úlceras profundas - Acetilcisteína tópico (pseudomonas); - Midriáticos + Antib; - Vitamina A e C; - lágrimas artificiais. - não usar colírio anestésico! ❖ Tratamento cirúrgico - Debridamento; - Ceratotomia; - Cauterização; - Tarsorrafia / flap Ceratite superficial crônica (pannus) - Cães; - Caráter progressivo e inflamatório; - Pastor alemão ++; - Geralmente bilateral; - Vascularizada e/ou pigmentadas; - Anamnese >> alteração comportamental (parar de enxergar); - Tratamento Corticoide tópico 5 a 6x dia; Ciclosporina tópica 0,2-2% SID, BID ou TID. Ceratoconjuntivite Seca (CCS) ❖ Definição - Deficiência lacrimal aquosa = deficiência qualitativa do filme (muco); - “olho seco” = comum em cães. ❖ Causas: - Predisposição; - Hipotireoidismo; - paralisia do nervo facial; - medicamentos (atropina); - excisão cirúrgica da glândula da 3ª pálpebra; - conjuntivite; - cinomose. - conjuntivite alérgica crônica ❖ Diagnóstico - Exame físico; - Teste lacrimal de Schirmer. ❖ Sinais: - Secreção ocular mucoide a mucopurulenta; - perda de brilho na córnea; - hiperemia conjuntival. ❖ Tratamento - Lágrima artificial; - Drogas antiinflamatórias; - Mucolíticos e antibióticos; - Pilocarpina a 1%; 1 a 2 gotas por dia; - Ciclosporina A (colírio ou pomada); - Tracolinos. Glaucoma ❖ Definição - Neuropatia óptica progressiva, associada ao aumento da PIO; - Difícil terapia; - Causa cegueira em cães; - PIO em cães: 12 a 25 mmHg - O aumento da pressão é um fator de risco para desenvolver glaucoma; ❖ Sinais: - Buftalmia; - estrias corneanas; - hiper reflexia retiniana; - escavamento do nervo óptico; ❖ Tratamento - Prevenir lesão do nervo óptico; preservar a visão e diminuir a sensibilidade dolorosa; - Cirurgia: 30 a 50% de sucesso na redução da PIO; - Diminuir a produção do humor aquoso ou aumentar a drenagem. Maleato de Timolol (diminui a produção) Cloridrato de Dorzolamida (inibidor da anidrase carbônica) > diminui a PIO em cães. Catarata ❖ Definição - Precipitação de cristais esbranquiçado (opacidade); - Desnaturação de proteínas pelo cristalino; - Ruptura de fibras; - Hereditário; - Inflamatórias (glaucoma); - traumáticos; - nutricionais (arginina); - tóxica. ❖ Classificação: - Incipiente: não prejudica a visão; opacidade focal ou multifocal; - Imatura: afeta a visão, opacidade significativa. - Matura: perda total da visão; opacidade densa. - Hipermatura: degeneração e liquefação do cristalino; - Reabsorção: Uveíte ❖ Sinais clínicos - Alteração do comportamento (falha visual); - Alteração no aspecto do olho > aparência branca que piora a noite; ❖ Cães com catarata hereditária - Afghan Hound; - Boston terrier; - Cocker Spaniel; - Golden retriever; - pastor alemão; - labrador; - schnauzer; ❖ Diagnóstico - Histórico completo; - exames sistêmicos e oftálmicos; - Testes diagnósticos; - Detecção de doenças sistêmicas; - Fundoscopia; - USG ocular; - Eletrorretinografia. ❖ Tratamento: - Cirúrgico Pode levar a luxação do cristalino. - Prevenção: Castrar animais afetados! Alterações da retina ❖ Deficiência de taurina - Gatos jovens com restrição alimentar (persas são mais susceptíveis); - Podem acometer gatos adultos (raro); - Cegueira muitas vezes não percebida pelo tutor; - midríase; - Diagnóstico: lesão em retina e eletroretinografia - Tratamento: Correção alimentar; - Prognóstico: reservado. ❖ Atrofia progressiva da retina - Cães (labradores) Genético e hereditário; Perda de visão progressiva; - Tratamento Não existe! Doses alta de vitamina A podem retardar o processo, mas leva a Hipervitaminose. Clínica de Pequenos Animais 1 @Thaianycostavet Afecções Respiratórias ❖ Anatomia - Narinas fossas nasais cornetos >> aquecer e umidificar o ar (epitélio ciliado > purificação e aquecimento); Alvéolos : passagem e troca gasosa. Parede interna: surfactante (diminui a tensão superficial). Pólipos nasofaríngeos ❖ Definição - Crescimento benigno que pode ocorrer em gatos adultos ou filhotes; - Origem desconhecida; - Podem se estender para o canal auditivo externo, ouvido médio Causando otite. ❖ Aspecto clínico - Corrimento nasal seroso ou mucupurulento (infecção secundária); - Obstrução das vias
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