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Patologia NP2

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Patologia NP2
CONTEUDO 6  Distúrbios circulatórios
A sobrevivência de células e tecidos é muito dependente do oxigênio fornecido em um suprimento sanguíneo normal e de um equilíbrio hídrico normal. Aproximadamente 60% do peso corporal de uma pessoa é relativo a água (40% do compartimento intracelular; 20% do compartimento extracelular: 15% líquido intersticial e 5% água plasmática). Segundo Guidugli-Neto (1997), os fluidos do corpo transitam por três compartimentos: intracelular, intersticial e intravascular. A distribuição desses líquidos (intersticial e vascular) é mantida graças a hidrodinâmica entre esses dois meios. O movimento do líquido do sistema intravascular para o interstício ocorre, em grande parte, devido à ação da pressão hidrostática do sangue. Essa saída de líquido do vaso se localiza na porção arterial da rede vascular. O seu retorno do interstício para o vaso se dá, principalmente, às custas da pressão oncótica sanguínea, aumentada na porção venosa. Durante essa dinâmica, fica uma certa quantidade de líquido residual nos interstícios. Esse líquido é drenado pelos vasos linfáticos, retornando depois para o sistema vascular. As alterações circulatórias estão relacionadas com distúrbios que acometem a irrigação sangüínea e o equilíbrio hídrico. Os distúrbios circulatórios compreendem alterações hídricas intersticiais (edema), alterações no volume sangüíneo (hiperemia, hemorragia e choque) e alterações por obstrução intravascular (embolia, trombose, isquemia e infarto).
 
EDEMA
É o acúmulo de líquido no compartimento intersticial, nos espaços ou nas cavidades do corpo. O desequilíbrio entre os fatores que regem a hidrodinâmica entre interstício e meio intravascular é que origina o edema. Esses fatores compreendem a pressão hidrostática sanguínea e intersticial, a pressão oncótica vascular e intersticial e os vasos linfáticos. Os edemas podem aparecer sob duas formas:
Localizado
O exemplo clássico é o edema inflamatório, cuja constituição é rica em proteínas. Daí o líquido desse tipo de edema ser denominado de "exsudato".
Sistêmico
O edema sistêmico é formado por líquido com constituição pobre em proteínas. Esse líquido é denominado de "transudato", estando presente, por exemplo, no edema pulmonar.
 
HIPEREMIA
Aumento do volume de sangue em uma região por intensificação do aporte sanguíneo ou diminuição do escoamento venoso, causado por dilatação de pequenos vasos. Resultado de uma excessiva quantidade de sangue no local, inundando essa região.
Hiperemia ativa
Corresponde ao acúmulo de sangue arterial (rico em oxigênio) em um determinado órgão ou tecido.
Hiperemia passiva (Congestão)
Corresponde ao acúmulo de sangue venoso (pobre em oxigênio) em um determinado órgão ou tecido.
 
HEMORRAGIAS
Saída de sangue para fora da luz dos vasos. Obviamente indica ruptura de um vaso sanguíneo. A ruptura de uma grande artéria ou veia é quase sempre causada por alguma lesão: traumatismo, aterosclerose ou erosão inflamatória ou neoplásica da parede do vaso sanguíneo. O aumento da permeabilidade vascular sem lesão prévia também pode provocar a saída de hemácias para fora do sistema vascular. As hemorragias podem ser classificadas, em:
1. quanto à sua origem: capilar, venosa, arterial ou cardíaca; 2. quanto a visibilidade: externa - quando o sangue é visível clinicamente; interna - não é visível; 3. quanto ao volume: petéquias - pequenas manchas hemorrágicas em pele, mucosas e superfícies serosas; púrpura - empregado para hemorragias espontâneas e maiores que as petéquias; equimoses – um hematoma subcutâneo em áreas mais extensas (mais de 1 a 2 cm de diâmetro); um exemplo comum é a contusão. Quando o sangue fica preso nos tecidos do corpo, o acúmulo é denominado hematoma.
 
 
 
CHOQUE
Deficiência aguda da corrente sanguínea no leito vascular periférico. Pode ser causado por uma queda do volume sanguíneo circulante (choque hemorrágico), por uma propulsão cardiopulmonar inadequada ou por uma grande vasodilatação periférica (de capilares e veias). Sem uma circulação sanguínea ideal, os tecidos sofrem hipóxia e carência nutricional, o que leva a alterações reversíveis. A mudança de um sistema de respiração aeróbico para um anaeróbico, em decorrência da falta de oxigênio, induz ao acúmulo de ácido lático no local, provocando lesões irreversíveis e morte celular. Os tipos de choque podem incluir: neurogênico, cardiogênico, traumático, hemorrágico, por queimaduras, cirúrgico.
 
TROMBOSE
Coagulação intravascular de sangue em um indivíduo vivo, em que é formada uma massa coagulada de sangue (trombo) no sistema cardiovascular não interrompido. Esta alteração circulatória é oriunda de uma reação do sistema de coagulação ou de hemostasia, pois diante de uma lesão vascular, o sistema de coagulação entra em ação a fim de evitar o extravasamento sanguíneo. O aumento na intensidade de ação desse sistema, aliado à diminuição da velocidade sanguínea, induz a formação de um tampão sólido (trombo) anormal que, ao mesmo tempo em que exerce sua função selante, impede também o bom funcionamento dos vasos e da circulação sanguínea, em função de sua grande proporção. Daí o nome trombose, indicativo de uma formação anormal do trombo no vaso. A trombose pode evoluir para a sua total lise (devido à ação do sistema fibrinolítico da hemostasia); sofrer deslocamento ou embolização; calcificar-se (calcificação distrófica); organizar-se (sendo invadido por capilares e fibroblastos, sofrendo recanalização); ou ainda obstruir as vias sanguíneas, levando à morte celular da região irrigada (isquemia e infarto).
 
EMBOLIA
Embolia é a ocorrência de qualquer elemento estranho (êmbolo) à corrente circulatória, transportado por esta, até eventualmente se deter em vaso de menor calibre. A substância estranha é denominada de êmbolo. Segundo Cotran et al. (1996), 99% dos êmbolos são originários de trombos. Podem ser de constituição:
1. Sólida: podem ser segmentos de placa de ateroma, parasitas e bactérias, corpos estranhos (por exemplo, projétil de arma de fogo), restos de tecidos (por exemplo, de placenta durante a gestação), células neoplásicas, etc.
2. Líquidas: os êmbolos líquidos estão principalmente sob a forma de gorduras. Pacientes com extensas queimaduras corpóreas ou fraturas generalizadas, principalmente dos ossos longos, podem promover a circulação de glóbulos gordurosos, os quais se deslocam da medula óssea e do tecido adiposo. A embolia gordurosa pode causar morte rápida, devido à sua alta capacidade de penetração em arteríolas e capilares, obstruindo a microcirculação.
3. Gasosa: o êmbolo gasoso pode ser de origem venosa (entrada de ar nas veias durante ato cirúrgico ou exames angiográficos) ou arterial (durante o parto ou aborto, em que há grande contração do útero e rompimento de vasos).
A embolia pode originar isquemias (devido à obstrução dos vasos) e infartos.
 
ISQUEMIA
Diminuição do afluxo de sangue em uma região. O termo "isquemia" costuma ser empregado para as situações em que ocorre ausência total de afluxo sanguíneo em um local. Segundo Guidugli-Neto (1997): Nas isquemias relativamente prolongadas, os órgãos ficam com volume menor (atrofia) e podem evoluir para a necrose. Já nas isquemias absolutas, a necrose tecidual pode ser extensa, resultando em infarto.
 
INFARTO
Morte tecidual devido à falência vascular. A diminuição da quantidade de sangue ou a sua não chegada aos tecidos pode provocar a morte destes. O processo de irreversibilidade da vitalidade tecidual é denominado de infarto. Os infartos podem ser:
Infarto isquêmico (branco)
Ocorrem tumefação e palidez local. O infarto isquêmico é comum no tecido cardíaco (por exemplo, infarto do miocárdio).
Infarto hemorrágico
Caracterizado pela permanência do sangue no local no momento da obstrução arterial. Pode ainda ocorrer oclusão de veias, ocasionando também a permanência de sangue no local. Esse tipo é comum em tecidos frouxos (por exemplo, o pulmão), onde o extravasamento sanguíneo é facilitado.
Os fatores condicionantes ao infarto compreendem aqueles que predispõemao estabelecimento da isquemia. Assim, o estado geral do sistema cardiovascular, a anatomia da rede vascular (circulação dupla ou paralela, obstrução parcial e/ou venosa da circulação única, circulação colateral) e a vulnerabilidade do tecido a isquemia (por exemplo, o tecido nervoso e o cardíaco) são alguns exemplos desses fatores.
QUESTÕES DO CONTEUDO 6 
1-As figuras abaixo representam casos de edema, o qual pode ser definido como acúmulo de líquido no tecido intercelular (intersticial), nos espaços ou nas cavidades do corpo. A partir das figuras abaixo e de seus conhecimentos, avalie as afirmativas abaixo e assinale a alternativa incorreta:
E-O edema pulmonar e as ascites são exemplos de edema localizado.
2-Analise as informações que seguem e responda a questão:
“O fenômeno de hiperemia pode resultar em maior rubor no local afetado e pode ser encontrado sempre que for necessária a dissipação do excesso de calor do corpo, como no exercício, nos momentos de emoção e estados febris”.
Assim, assinale a alternativa que indica corretamente o que significa o termo hiperemia:
C-É um processo ativo que resulta de aumento do fluxo de sangue no tecido, devido a dilatação arteriolar;
3-O choque é uma deficiência aguda da corrente sanguínea no leito vascular periférico. Sendo que o choque hipovolêmico ou hemorrágico é a forma mais comum, sendo caracterizado como uma condição onde o coração é incapaz de fornecer sangue suficiente para o corpo devido a perda de sangue. A perda de aproximadamente um quinto do volume sanguíneo normal, por qualquer causa, pode levar ao choque hipovolêmico. Dentre os quadros clínicos pode-se citar: cortes, traumas, queimaduras, diarreias, vômitos, obstrução intestinal, inflamação, dentre outras. Assinale a alternativa que indica os principais fatores que podem determinar este tipo de choque.
D-Perda de sangue devido a sangramentos internos e sangramentos externos ou perda de volume sanguíneo e líquidos do corpo;
4-Analise o texto abaixo:
“Os traumatismos causam inúmeras alterações metabólicas, sistêmicas e distúrbios respiratórios. A elevação da taxa sanguínea de gordura tem sido cada vez mais responsabilizada pela hipóxia pós-traumática. A identificação de gordura na microcirculação ocorre em mais de 90% dos pacientes com fratura traumática de ossos longos. A etiopatogenia continua não totalmente esclarecida, porém as manifestações clínicas, laboratoriais e as alterações anatomopatológicas são bem conhecidas. O tratamento constitui-se basicamente em medidas de suporte e o prognóstico varia de acordo com a gravidade do trauma e a intensidade das lesões pulmonares e neurológicas.”
 O processo patológico desencadeado pelas fraturas pode ser chamado de:
C-Embolia;
Conteúdo 7 - Processo inflamatório
PROCESSO INFLAMATÓRIO
 
A resposta inflamatória é a reação vascular e celular frente à presença de microrganismos invasores, irritantes inanimados, tais como o estilhaço ou a injúria. A inflamação é um dos mecanismos de defesa mais efetivos. Evidência da resposta inflamatória pode ser observada durante a reação do organismo a um simples espinho. Após poucas horas, a área torna-se avermelhada e a seguir intumescida e dolorosa. A área afetada é perceptivelmente mais quente que o tecido circundante. A vermelhidão e o calor são causados por um aumento no fluxo sanguíneo; os vasos sanguíneos que transportam o sangue para a área dilatam-se, enquanto aqueles que transportam o sangue da área para outra região se contraem. A permeabilidade capilar aumenta, permitindo o influxo de fluidos e células sanguíneas no sítio; isto causa o intumescimento e a dor (resultado do aumento da pressão). A vasodilatação e o aumento da permeabilidade são induzidos por substâncias químicas, tais como a histamina, que são liberadas das células danificadas no sítio lesado. Se a causa da inflamação são os microrganismos invasores, então o processo mais importante que ocorre na resposta inflamatória é a migração de células fagocitárias dos capilares para o sítio da infecção. As células fagocitárias englobam e destroem os micróbios. Assim, a resposta inflamatória conduz células de “limpeza” para o sítio da infecção. Além de destruir e remover um agente prejudicial (tal como um micróbio) ou o seu produto, a resposta inflamatória também limita os efeitos do agente (ou seu produto) por confiná-lo ou isolá-lo dos tecidos circundantes. Isto é possível porque os coágulos sanguíneos ao redor do sítio previnem a disseminação do micróbio ou de seus produtos nocivos para outras partes do corpo. Como consequência, há uma coleção de pus localizada na cavidade formada pela degradação de tecidos do corpo, resultando em um abscesso. O pus consiste em células inflamatórias e células teciduais mortas, bem como em microrganismos vivos e mortos.
O estágio final da inflamação é o reparo tecidual, quando todos os agentes ou substâncias prejudiciais foram removidos ou neutralizados no sítio lesado. A habilidade do tecido em reparar-se depende, em parte, do tecido envolvido. A pele, sendo um tecido relativamente simples, tem alta capacidade de regeneração. Contudo, o tecido nervoso do cérebro, que é altamente especializado e complexo, parece não sofrer regeneração.
 
REPARO
Um organismo vivo mantém a capacidade de reparar suas perdas. A capacidade do organismo para substituir as células mortas e reparar a lesão induzida por danos locais é decisiva para a sobrevida.
Quando uma célula sofre lesão focal, as organelas inviáveis podem ser isoladas em um vacúolo limitado por membrana, digeridas e eliminadas, enquanto as partes perdidas são reconstituídas, voltando a célula a sua estrutura normal.
Quando, ao invés de atingir focalmente as células no seu citoplasma, a lesão causa perda de muitas células, o reparo é mais complexo e pode assumir uma das duas possibilidades:
a) Regeneração do tecido lesado por células parenquimatosas do mesmo tipo, algumas vezes não deixando marca residual da lesão prévia;
b) Substituição por tecido conjuntivo ou fibrose, que em seu estado permanente constitui uma cicatriz. Neste caso o estroma é destruído e o reparo se faz fundamentalmente a partir do tecido conjuntivo, em que quase sempre aparece combinado com certo grau de regeneração dos elementos epiteliais, os quais podem ou não reproduzir a estrutura que tinha anteriormente.
 
REGENERAÇÃO
            É a substituição do parênquima por outras da mesma espécie. No sentido mais amplo, corresponde a reconstituição de uma parte do organismo que foi destruída. Ocorre quando uma superfície do organismo (cutânea, mucosa, endotelial, ou da córnea) é desnudada, mas a camada basal (tecido conjuntivo adjacente) permanece íntegra, as células não lesadas das bordas crescem e reparam completamente o defeito. Dessa mesma maneira ocorre com as células epiteliais no fígado, rim, glândulas endócrinas e outras, quando o arcabouço de sustentação estiver mantido. Assim, regeneração é quando as células se multiplicam para repor perdas teciduais.
 
 
 
CICATRIZAÇÃO
 
As feridas podem ser divididas em: agudas, onde o processo de cicatrização ocorre de forma ordenada e em tempo hábil, com resultado funcional e anatômico satisfatório; oucrônicas (como as úlceras venosas e de decúbito), onde o processo estaciona na fase inflamatória, o que impede sua resolução e a restauração da integridade funcional. Quanto ao mecanismo de cicatrização, as feridas podem ser classificadas em:
Fechamento primário ou por primeira intenção: ocorre nas feridas fechadas por aproximação de seus bordos, como por exemplo, numa incisão cirúrgica.
Fechamento secundário, por segunda intenção ou espontâneo: a ferida é deixada propositadamente aberta, sendo a cicatrização dependente da granulação e contração da ferida para a aproximação das bordas, como por exemplo, biópsias de pele, queimaduras profundas, feridas infectadas (contagem bacteriana acima de 100.000 colônias/g de tecido).
Fechamento tardio ou por terceira intenção: feridas deixadas abertas inicialmente, geralmente por apresentarem contaminação grosseira.Após alguns dias de tratamento local, a ferida é fechada através de suturas, enxertos ou retalhos. O resultado estético é intermediário.
Queloide
Pode ocorrer a formação de quelóides. Um queloide é um caso especial de cicatriz. São lesões fibroelásticas, avermelhadas, escuras, rosadas e às vezes brilhantes, com formação de tecido sobresaliente. Podem ocorrer na cicatrização de qualquer lesão da pele e até mesmo espontaneamente. Geralmente crescem, e apesar de inofensivas, não contagiosas e indolores, as lesões podem se tornar um problema estético importante. São formadas pela hialinização do colágeno que está sendo depositado em grande quantidade num processo padrão de cicatrização.
QUESTÕES DO CONTEUDO 7 
1-Analise a figura e as informações abaixo para responder a questão.
“O abscesso é caracterizado como um acúmulo de pus em qualquer parte do organismo, seja resultado do deslocamento ou da desintegração de tecidos. Os abscessos aparecem quando uma pequena área de tecido é infectada e o organismo consegue "bloquear" a infecção, evitando assim que a infecção se dissemine. Um abscesso é característico de um processo inflamatório de curso agudo”. 
B-Predominância de exsudações plasmáticas e neutrófilos, presença de sintomatologia dolorosa e evolução rápida;
2-Uma lesão (como por exemplo uma ferida) pode causar perda de muitas células e quando isso ocorre, o reparo é mais complexo e pode levar a substituição por tecido conjuntivo fibroso, que em seu estado permanente pode constituir uma cicatriz. Neste caso, o estroma é destruído e o reparo se faz fundamentalmente à custa do tecido conjuntivo, o que quase sempre aparece combinado com certo grau de regeneração dos elementos epiteliais, os quais podem ou não reproduzir a estrutura que tinha anteriormente. Em relação aos processos de cicatrização, assinale a alternativa incorreta:
B-O mecanismo de cicatrização é chamado de fechamento tardio ou por terceira intenção, quando a ferida é deixada propositadamente aberta, sendo a cicatrização dependente da granulação e contração da ferida para a aproximação das bordas. Sendo alguns exemplos: biópsias de pele, queimaduras profundas e feridas infectadas;
3-Analisando as imagens abaixo e levando em consideração a definição dada, assinale a alternativa que indica o nome do evento indicado:
“Cicatriz tumoriforme que consiste em uma complicação da reparação, em que é formado um tecido liso e brilhante, com superfície elevada, devido ao fenômeno de hialinização de fibras colágenas”.
D-Quelóide;
Conteúdo 8 - Mecanismo de reparação tecidual: cicatrização
Calcificação patológica
 
A calcificação patológica constitui um conjunto de alterações metabólicas que induzem a uma deposição anormal de sais de cálcio e outros sais minerais heterotopicamente, ou seja, em locais onde não é comum a sua deposição. Em outras palavras, a calcificação patológica é assim definida por se localizar fora do tecido ósseo ou dental, em situações de alteração da homeostase e da morfostase.
O mecanismo das calcificações patológicas segue o mesmo princípio das calcificações normais, ou seja, sempre deve se formar um núcleo inicial, principalmente de hidroxiapatita, que no caso é heterotópico. Esse núcleo pode, por exemplo, iniciar-se nas mitocôndrias, sede celular dos depósitos normais de cálcio na célula, quando existe grande concentração desse íon no citosol ou no líquido extracelular.
Dependendo da situação envolvida em cada alteração funcional ou morfológica do tecido, pode-se distinguir três tipos de calcificação heterotópica: distrófica, metastática e calculose (litíase).
 
Calcificação distrófica
 
Incrustação de sais em tecidos previamente lesados, com processos regressivos ou com necrose. Como o próprio conceito enfatiza, a calcificação distrófica se relaciona com áreas que sofreram agressões e que apresentam estágios avançados de lesões celulares irreversíveis ou áreas já necrosadas.
Nesse último caso, por exemplo, é comum observar calcificações distróficas nas paredes vasculares de indivíduos senis com aterosclerose, cujo processo se caracteriza por presença de necrose no endotélio vascular devido à deposição de placas de ateroma.
 
Calcificação metastática
 
É uma calcificação pelo aumento da calcemia em tecidos onde não exista necessariamente lesão prévia. A calcificação metastática não tem sua causa primária fundamentada nas alterações regressivas teciduais, mas sim em distúrbios dos níveis sanguíneos de cálcio, ou seja, da calcemia.
A calcificação metastática é originada de uma hipercalcemia. Essa situação pode ser devida à remoção de cálcio dos ossos (comum em situações de cânceres e inflamações ósseas, imobilidade, hiperparatireoidismo) ou à dieta excessivamente rica desse íon. Aumentando os níveis de cálcio, a relação desse íon com o fosfato é imediatamente desequilibrada, o que contribui para a sua posterior precipitação nos tecidos que entram em contato com essas altas concentrações calcêmicas. Os tecidos calcificados metastaticamente (pulmão, vasos sanguíneos, fígado e mucosa gástrica) podem ter sua função comprometida. Entretanto, a situação de hipercalcemia é mais preocupante clinicamente do que a calcificação em si.
 
Calculose (Litíase)
 
Corresponde a calcificação em estruturas tubulares diferentes de vasos sanguíneos. A calculose ou litíase  não difere muito dos padrões da calcificação distrófica. Sua particularidade reside no fato de se localizar em estruturas tubulares diferentes dos vasos sanguíneos, mantendo, ainda, a característica de heterotopia inerente às calcificações patológicas. A patogenia de formação dos cálculos se resume na formação de um núcleo calcificado de forma distrófica; esse núcleo se desloca para a luz do ducto, onde cresce devido a sucessivas incrustações ao redor de sua estrutura.
Todo o mecanismo é facilitado pela presença de pH alcalino e pela concentração de carbonato de cálcio e de fosfato de cálcio no local. A calculose pode levar à obstrução, à lesão ou à infecção dos ductos, principalmente do pâncreas, da glândula salivar, da próstata e dos tratos urinário e biliar.
QUESTÕES DO CONTEUDO 8 
1-Após biópsia de pulmão de fumantes é observado acúmulo de substâncias de coloração enegrecida neste órgão, conforme a imagem abaixo, sendo considerado acúmulo de pigmentos contidos no cigarro. Sendo que a fina pontuação negra corresponde à fixação de carvão.
E-Antracose.
2-Leia atentamente a reportagem abaixo:
Dormir uma hora a mais por noite reduz risco de problemas cardíacos, aponta estudo
da Folha Online
Dormir uma hora a mais por noite pode reduzir o risco de calcificação das artérias, um dos primeiros sintomas das doenças cardiovasculares, de acordo com um estudo publicado nesta terça-feira (23), no "Journal of the American Medical Association" (JAMA). O ganho dessa hora suplementar de sono equivale a uma queda de 17 milímetros de mercúrio da tensão sistólica, destacam os autores da pesquisa realizada no Centro Médico da Universidade de Chicago, norte dos EUA. Pelo menos 12% dos 495 participantes desse estudo -voluntários com boa saúde na faixa dos 40 anos- começaram a ser vítimas de calcificação de suas artérias ao longo de um período de acompanhamento de cinco anos. Artérias calcificadas foram descobertas em 27% dos participantes que dormem menos de cinco horas por noite. Essa taxa caiu para 11% nos que dormem entre cinco e sete horas. No caso dos que dormem mais de sete horas, apenas 6% tiveram calcificação das artérias. Os benefícios do sono, para as artérias, parecem mais significativos nas mulheres, mas não foram verificados entre as etnias. "A coerência e a amplitude da diferença" entre os indivíduos do estudo, em razão da duração de seu sono e do grau de calcificação arterial, "surpreenderam-nos", disse Diane Lauderdale, professora de Saúde Pública na Universidade de Chicago e principal autora da pesquisa. "Essas diferenças são um mistério, e nós podemos apenas nos perder em conjecturar sobre as razões pelas quais os que dormem menos têm risco maior de desenvolver uma calcificaçãode suas artérias coronárias", acrescentou. Pesquisas recentes levam a crer que uma privação crônica parcial do sono pode ser um fator de risco referente a um conjunto de problemas médicos, como ganho de peso, diabetes e hipertensão, completam os autores do estudo publicado no Jama.
 A partir da reportagem acima e de seus conhecimentos, julgue os itens a seguir:
(I)         A calcificação é apenas uma das possíveis consequências da privação de sono
(II)         A calcificação pode ser causada por um fator independente da privação de sono, como por exemplo, os casos de calcificação metastática, que podem ser causados por distúrbios hormonais, como no hiperparatireoidismo
(III)        Estudos mostram que uma hipertensão arterial pode resultar em calcificação arterial
Assinale a alternativa correta:
D-Todas estão corretas;
3-Qual das seguintes características é própria das reações de hipersensibilidade imediata e não é própria das reações de hipersensibilidade tardia?
D-As citocinas são os principais mediadores;
Conteúdo 9 - Neoplasias
NEOPLASIA
 
Existem formas controladas e não controladas de crescimento celular. A hiperplasia, a metaplasia e a displasia são exemplos de crescimento controlado, enquanto que as neoplasias correspondem às formas não controladas de crescimento e são denominadas, na prática clínica, de "tumores". A primeira dificuldade que se enfrenta no estudo das neoplasias é a sua definição, pois ela se baseia na morfologia e na biologia do processo tumoral. Com a evolução do conhecimento, modifica-se a definição. Uma definição aceita é: “Massa anormal de tecido, cujo crescimento excede e é não coordenado quando comparado com o tecido normal equivalente. Este crescimento é persistente mesmo após o estímulo que o deu origem. O defeito celular adquirido é permanente e transmitido às células-filhas”. É fundamental ressaltar que existem várias neoplasias que são exceções a tal definição.
 
CLASSIFICAÇÃO
Várias classificações foram propostas para as neoplasias. A mais utilizada leva em consideração dois aspectos básicos: o comportamento biológico e a histogênese.
 
COMPORTAMENTO BIOLÓGICO
De acordo com o comportamento biológico as neoplasias podem ser agrupadas em dois tipos principais: neoplasia benigna e maligna (esta última é popularmente conhecida como “câncer”). Tais neoplasias, quando somadas, contabilizam mais de 850 diferentes tipos, quando a histogênese é levada em consideração. Um dos pontos mais importantes no estudo das neoplasias é estabelecer os critérios de diferenciação entre cada uma destas lesões, o que, algumas vezes, torna-se difícil. Estes critérios serão discutidos a seguir e são, na grande maioria dos casos, morfológicos.
Cápsula
As neoplasias benignas tendem a apresentar crescimento lento e expansivo, determinando a compressão dos tecidos vizinhos, o que leva a formação de uma pseudocápsula fibrosa. Já nos casos das neoplasias malignas, o crescimento rápido, desordenado, infiltrativo e destrutivo não permite a formação desta pseudocápsula; mesmo que ela se encontre presente, não deve ser equivocadamente considerada como tal, e sim como tecido maligno.
Crescimento
Todos os tecidos ou órgãos apresentam um parênquima (células em atividade metabólica) e um estroma (tecido conjuntivo de sustentação ao parênquima). Os tumores também têm estas estruturas, sendo que os benignos, por exibirem normalmente um crescimento mais lento, possuem estroma e uma rede vascular adequada, por isso que raramente apresentam necrose e hemorragia. No caso dos tumores malignos, observa-se que, pela rapidez e desorganização do crescimento, pela capacidade infiltrativa e pelo alto índice de duplicação celular, eles apresentam uma desproporção entre o parênquima tumoral e o estroma vascularizado. Isto acarreta áreas de necrose ou hemorragia, com graus variáveis de acordo com a velocidade do crescimento e o tempo de existência do tumor.
Morfologia
O parênquima tumoral exibe um grau variado de células. As células neoplásicas dos tumores benignos reproduzem o aspecto das células do tecido que lhes deu origem, sendo desta forma, denominadas de células bem diferenciadas. As células dos tumores malignos perderam estas características, têm graus variados de diferenciação e, portanto, guardam pouca semelhança com as células que as originaram e são denominadas de células pouco diferenciadas. Quando suas características são estudas ao microscópio, é possível observar células com alterações de membrana, citoplasma irregular e núcleos com variações da forma, tamanho e cromatismo.
Mitose
O número de mitoses expressa a atividade da divisão celular. Isto significa que quanto maior a atividade proliferativa de um tecido, maior será o número de mitoses verificadas. No caso dos tumores, o número de mitoses está inversamente relacionado com o grau de diferenciação. Quanto mais diferenciado for o tumor, menor será o número de mitoses observadas e menor a agressividade do mesmo. Nos tumores benignos, as mitoses são raras e têm aspecto típico, enquanto que, nas neoplasias malignas, elas são em maior número e atípicas.
 
Antigenicidade
As células dos tumores benignos, por serem bem diferenciadas, não apresentam a capacidade de produzir antígenos. Já as células malignas, pouco diferenciadas, têm esta propriedade, o que permite o diagnóstico precoce de alguns tipos de câncer.
 
Metástase
As duas propriedades principais das neoplasias malignas são: a capacidade de invadir tecidos adjacentes e a realização de metástases. Por definição, a metástase constitui o crescimento neoplásico à distância, sem continuidade e sem dependência do foco primário.
QUESTÕES DO CONTEUDO 9 
1-O tumor maligno deforma e estoura a célula, cresce rapidamente evoluindo e se alastrando para todo o organismo. Sabe-se que os tumores são originados de células defeituosas que se reproduzem originando outras células defeituosas. O fenômeno que possibilita a formação de uma nova lesão tumoral a partir de outra, mas sem continuidade entre as duas, sendo que as células neoplásicas se desprendem do tumor primário, caminhando através do interstício, ganham assim uma via de disseminação, sendo levadas para um local distante onde formam uma nova colônia neoplásica, é chamado de:
E-Metástase.
2-O tumor maligno, comum em indivíduos adultos e cuja etiologia comumente envolve o agente infeccioso HPV (Papiloma vírus humano) é o câncer de:
B-Colo de útero;
3-A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) normatizou, recentemente, a utilização de câmaras de bronzeamento artificial, visando diminuir os riscos dessa prática, tais como lesões na retina, queimaduras, envelhecimento precoce e câncer de pele. Uma mulher que se submeteu a dez sessões intercaladas de bronzeamento, com duração de 15 a 30 minutos cada uma, apresentou, quatro meses depois, indícios de câncer de pele, uma vez que as radiações UV danificaram seu DNA. Pode-se afirmar que esse tipo de câncer:
E-não é herdável, porque provoca alteração em células somáticas, mas não em células germinativas.

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