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Anemia falciforme

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1 LUANA MARTINS – 6ª ETAPA 
ANEMIA FALCIFORME 
- Hemoglobinopatia hereditária causada por mutação pontual que resulta na substituição do 6º amino-ácido (ácido glutâmico por 
valina) na cadeia beta da globina. 
- A proteína resultante, chamada hemoglobina S, sofre polimerização em baixa tensão de oxigênio. As hemácias ficam rígidas, 
alongadas, recurvadas, com extremidades ponteagudas, lembrando uma foice. 
- Tendem a agregar-se e bloquear pequenos vasos, resultando em agregação plaquetária, deposição de fibrina, isquemia e 
infarto. 
- As hemácias falcizadas aderem à íntima dos vasos, com lesão da parede vascular, que eventualmente sofre fibrose e redução da 
luz. 
- Os pacientes afetados podem ser homo ou heterozigotos para o gene da HbS, mas nos heterozigotos a doença é menos grave. 
 
PATOGÊNESE: 
 
HIPÓXIA 
 
 
 
Moléculas DE Hbs sofrem agregação e polimerização: o citosol do eritrócito se converte de um líquido fluido em um gel viscoso 
 
 
 
DESOXIGENAÇÃO CONTÍNUA 
 
 
 
Os agregados de moléculas de HbS se reúnem na forma de fibras longas dentro dos eritrócitos , produzindo uma forma distorcida 
de foice ou folha de azevinho 
 
Com lesão à membrana, os eritrócitos se tornam preenchidos por cálcio: Íons cálcio ativam um canal iônico de potássio, levando 
a um efluxo de potássio e água, desidratação intracelular e um aumento na concentração de hemoglobina celular média. 
 
 
*A falcemização de eritrócitos é inicialmente um fenômeno reversível; com a oxigenação, HbS se despolimeriza e a forma das 
células normaliza. 
* Entretanto, com episódios repetidos de falcemização, ocorrem danos à membranas e os eritrócitos se tornam irreversivelmente 
falcemizados, mantendo sua forma anormal mesmo quando totalmente oxigenados. 
* A precipitação de fibras de HbS também causa dano oxidante, não apenas em eritrócitos irreversivelmente falcemizados, mas 
também em eritrócitos aparentemente normais. 
 
CLÍNICA 
- Caracterizada por hemólise crônica e dano tecidual isquêmico resultantes da oclusão de pequenos vasos sanguíneos. 
- Alterações anatômicas causadas por hemólise crônica, formação aumentada de bilirrubina, estase de pequenos vasos e 
trombose. 
- Medula óssea hiperplásica devido à hiperplasia compensatória de progenitores eritroides. 
- A expansão da medula leva à reabsorção óssea e nova formação óssea secundária (malares proeminentes e alterações no crânio 
com corte de cabelo à escovinha em imagens radiológicas) 
- Pode ocorrer hematopoiese extramedular. 
 
** SÍNDROME PÉ-MÃO (DACTILITE) 
- Manifestação mais precoce e mais frequente: 40% dos pacientes em geral e em 50% dos que se tornaram sintomáticos antes 
dos dois anos de idade. 
- Mais comum entre 6 meses e 2 anos de idade, no momento em que hematopoiese ativa ocorre nas mãos e pés. 
- Rara após os quatro anos de idade devido à substituição da medula óssea (MO) vermelha, hematopoieticamente ativa, pela 
amarela no esqueleto periférico. 
- Edema extremamente doloroso com eritema e calor das mãos e/ou pés, a duração é de uma a três semanas e recidivas são 
comuns. 
- Mecanismo provável: infarto da medula óssea, osso cortical, periósteo e tecidos periarticulares dos ossos do carpo e tarso e das 
falanges proximais. 
- Histologia: necrose na medula e osso 
 
2 LUANA MARTINS – 6ª ETAPA 
MICROSCOPIA 
- Intensa congestão da polpa vermelha, devida principalmente ao aprisionamento de eritrócitos falcêmicos nos cordões 
esplênicos e sinusoides. 
- Esta eritrostase no baço leva à intensa hipóxia tecidual, trombose, infarto e fibrose. 
- Cicatrizações continuadas causam progressiva diminuição do baço de tal forma que na adolescência ou idade adulta apenas 
uma pequena quantidade de tecido fibroso permanece  o processo é denominado autoesplenectomia. 
- Infarto secundário a oclusões vasculares e anóxia pode ocorrer em muitos outros tecidos tais como ossos, cérebro, rim, fígado, 
retina e vasos pulmonares, os últimos produzindo algumas vezes cor pulmonale. 
- Estagnação vascular em tecidos subcutâneos frequentemente leva à úlcera de pernas em pacientes adultos; esta complicação é 
rara em crianças. 
- Como em outras anemias hemolíticas, a quebra aumentada de hemoglobina pode causar cálculos pigmentares na vesícula, e 
todos os paciente desenvolvem hiperrubilinemia durante períodos de hemólise ativa. 
 
 
 (Área homogênea) (Áreas azul-escuras) 
 
 
Seta: hemácias falciformes; Emoji: hemácias normais 
 
HEMATOPOIESE: 
- Hematopoiese medular: produção de células sanguíneas na medula óssea. 
- Hematopoiese extramedular: produção de células sanguíneas que ocorre fora da 
medula, mais comuns em baço, fígado e gânglios linfáticos. 
- Na foto: hematopoiese no fígado.

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