Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
16/03/2021 Versão para impressão - PLANEJAMENTO, ENSINO E APRENDIZAGEM https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/curriculo_planejamento_e_avaliacao/tema_02/index.h… 1/24 PLANEJAMENTO, ENSINO E APRENDIZAGEM 16/03/2021 Versão para impressão - PLANEJAMENTO, ENSINO E APRENDIZAGEM https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/curriculo_planejamento_e_avaliacao/tema_02/index.h… 2/24 ©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da Universidade Católica de Brasília Apresentação Olá, seja bem-vindo (a)! O planejamento é uma tarefa essencial no desenvolvimento das atividades que serão realizadas pelo docente, visto ser necessário afastar o improviso quando da atuação em sala de aula. Dessa maneira, o planejar deve ser realizado com certa antecedência e levando em consideração a realidade dos estudantes, da escola e da comunidade. Isso, inclui, portanto, o projeto político pedagógico e os documentos. Nesta unidade, propusemos apresentar uma compreensão sobre planejamento a partir da sua importância no âmbito da atividade escolar, levando em consideração os princípios essenciais que devem estar inseridos no planejamento. Em seguida, vamos abordar alguns aspectos sobre a prática dos professores, as etapas do planejamento e os modelos teóricos que podem ser utilizados pelos profissionais da educação. Para um melhor aproveitamento dos estudos, esta unidade está organizada nos seguintes tópicos: Organizar, planejar o trabalho escolar e os modelos teóricos Planejamento escolar, as práticas dos professores. Etapas do planejamento, do projeto, plano e programa. Planejamento e avaliação. Bons estudos! Objetivos Compreender o conceito e importância do planejamento no âmbito das atividades desenvolvidas pelo profissional a educação. Conhecer as etapas necessárias para a construção do planejamento. Analisar os elementos essenciais que devem estar inseridos no planejamento. Conhecer algumas práticas dos professores no âmbito do planejamento. couti Realce couti Realce couti Realce couti Realce couti Realce couti Realce couti Realce 16/03/2021 Versão para impressão - PLANEJAMENTO, ENSINO E APRENDIZAGEM https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/curriculo_planejamento_e_avaliacao/tema_02/index.h… 3/24 ©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da Universidade Católica de Brasília Desafio Leia alguns trechos da Lei de Diretrizes e Bases que dispõem sobre avaliação. Art. 1º - A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. Art. 24 - A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: V- a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; Art. 3º - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: III- pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; mas, de qualquer forma, a educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social (art. 1°, § 2°), §2º - A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e a prática social. com respeito à liberdade e apreço à tolerância, e com garantia de padrão de qualidade (art. 2°). IV respeito à liberdade e apreço à tolerância; IX - garantia de padrão de qualidade; Considerando que esses trechos da LDB têm caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo-argumentativo, com extensão mínima de 20 (vinte) linhas e no máximo 30 (trinta) linhas, apresentando a sua compreensão a respeito da importância do planejamento da avaliação, considerando o aspecto qualitativo e o respeito à diversidade. couti Realce 16/03/2021 Versão para impressão - PLANEJAMENTO, ENSINO E APRENDIZAGEM https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/curriculo_planejamento_e_avaliacao/tema_02/index.h… 4/24 ©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da Universidade Católica de Brasília Conteúdo Organizar, planejar o trabalho escolar e os modelos teóricos Como já mencionado na unidade anterior, o processo de planejamento faz parte do funcionamento do sistema educacional e, portanto, deve ser tratado com cuidado e objetividade, visando sempre o bom desenvolvimento das atividades no âmbito escolar. O planejamento é uma previsão inteligente e bem calculada de todas as etapas de trabalho escolar que envolvem as atividades docentes e discentes, de forma a tornar o ensino seguro, econômico e eficiente. É a previsão de situações específicas do professor com a classe. Processo de tomada de decisões bem informadas que visam a racionalização das atividades do professor e do aluno, na situação de ensino-aprendizagem, possibilitando melhores resultados e, em consequência, maior produtividade (TURRA et al ., 1995, p. 19). Sendo assim, o processo de planejamento favorece o funcionamento escolar, já que a partir da realidade apresentada (social e pessoal dos estudantes) consegue estabelecer uma dinâmica futura para as atividades que serão desenvolvidas pela escola. Por isso, para que haja um planejamento adequado, necessita-se que seja feito a partir dos recursos materiais que estão disponíveis e, ainda, a estrutura do local. A Figura 1 indica os elementos essenciais que devem constar no planejamento. Figura 1 - Elementos essenciais no planejamento couti Realce couti Realce 16/03/2021 Versão para impressão - PLANEJAMENTO, ENSINO E APRENDIZAGEM https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/curriculo_planejamento_e_avaliacao/tema_02/index.h… 5/24 Fonte: Elaborada pela autora, 2019. Gandin (1995, p.101), observa que qualquer atividade, para ter sucesso, necessita ser planejada: o planejamento é uma espécie de garantia dos resultados. E sendo a educação, especialmente a educação escolar, uma atividade sistemática, uma organização da situação de aprendizagem, ela necessita evidentemente de planejamento muito sério. Não se pode improvisar a educação, seja ela qual for o seu nível (GANDIN, 1995 p.101). Portanto, para que o planejamento funcione de maneira adequada, alguns elementos são fundamentais: Fundamento teórico; Objetivo prático; Consciência prática; couti Realce couti Realce 16/03/2021 Versão para impressão - PLANEJAMENTO, ENSINO E APRENDIZAGEM https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/curriculo_planejamento_e_avaliacao/tema_02/index.h… 6/24 A construção do plano de ação; Execução do plano de ação; Avaliação do plano executado. Entretanto, sabendo que o plano de ação possui elementos essenciais para o seu funcionamento, faz-se necessário utilizá-los considerando a função social da prática escolar, que seria na verdade, a sedimentação dos elementos voltados à ação educativa. Por isso, o objetivo central do planejamento das atividades a serem aplicadas no âmbito escolar destinam- se, não apenas, ao cumprimento do estabelecido no plano de ação, mas, principalmente, cumprir os elementos especificados no que se refere ao estabelecidos pelos dispositivos normativos no que tange à educação, a saber: o efetivo cumprimento do direito à educação. Ao analisar o planejamento a partir dessa abordagem mais profunda, identifica-se que o processo de inclusão, socialização e democratização da educação passa a existir de maneira real, servindo inclusive como instrumento essencial para o afastamento de atos que conflitam com a função social da educação. Portanto, o processo de planejamento e a funçãosocial da educação são as faces da mesma moeda, pois andam em conjunto, em qualquer sistema educacional, ou ao menos, deveriam andar. Veja a Figura 2. Figura 2 - Relação de planejamento com o resgate da função social da educação Fonte: Elaborada pela autora, 2019. Para Libâneo (1994, p.47), o planejamento escolar idealizado, adquirido e vivenciado no dia a dia, com a realização das atividades previstas, favorece o resgate dos princípios previstos pela prática pedagógica de contínua ação-reflexão-ação. Para tanto, o planejamento escolar demanda reflexão das atitudes correspondentes. couti Realce couti Realce couti Realce couti Realce couti Realce 16/03/2021 Versão para impressão - PLANEJAMENTO, ENSINO E APRENDIZAGEM https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/curriculo_planejamento_e_avaliacao/tema_02/index.h… 7/24 Para atingir a função social da educação, a construção do planejamento deve visualizar uma prática voltada à supressão de determinadas práticas que são consideradas ofensivas para o desenvolvimento das atividades no sistema educacional: Práticas profissionais individualizadas; Subvalorizar os espaços educacionais; Conflitos interpessoais de caráter ideológico. A Figura 3 apresenta o antagonismo de um planejamento. Figura 3 - O antagonismo de um planejamento Fonte: Elaborada pela autora, 2019. De acordo com o que dispõe a LDB, o planejamento é: como instrumento de responsabilidade da instituição de ensino, junto com seu corpo docente, que por sua vez tem como incumbência não só ministrar os dias letivos e horas-aulas estabelecidas, mas também participar de forma integral dos períodos dedicados ao planejamento, além de participar, também, da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino a qual ele pertença (BRASIL , 1996, p. 6). Neste contexto, Libâneo (1992, p.222) destaca que ação de planejar, portanto, não se reduz ao simples preenchimento de formulários para controle administrativo; é antes, a atividade consciente de previsão das ações docentes, fundamentadas em opções político-pedagógico, couti Realce couti Realce 16/03/2021 Versão para impressão - PLANEJAMENTO, ENSINO E APRENDIZAGEM https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/curriculo_planejamento_e_avaliacao/tema_02/index.h… 8/24 tendo como referência permanente as situações didáticas concretas, isto é, a problemática social, econômica, política e cultural que envolve a escola, os professores, os alunos, os pais, a comunidade, que interagem no processo de ensino. Sendo assim, a construção do instrumento do planejamento deve incluir a intencionalidade, ou seja, o objetivo que se deseja alcançar no processo de ensino-aprendizagem como também a avaliação daquilo que foi implementado. Tendo em vista o processo de construção de um plano de ação é que se identifica alguns tipos de planejamento que, de certa forma, se ajudam (pela sua complementaridade) a construir um sistema educacional adequado, nomeadamente, planejamento de um sistema educacional, planejamento didático e de ensino e, por fim, o planejamento de currículo. A espécie de planejamento que se aplica ao Sistema Educacional tem como finalidade especificar objetivos que devem ser cumpridos numa perspectiva de longo prazo a partir das diretrizes próprias da educação estabelecidas em âmbito nacional. Portanto, a referida espécie de planejamento é aquela instituída pelo Plano Nacional de Educação tendo por base também a legislação voltada para regulamentação do setor educacional. Já o planejamento que se aplica ao ensino vislumbra como um tipo de esquema devidamente estruturado para que seja aplicado durante o período escolar e, a depender do tipo de período a ser ensinado, essa proposta pode ser aplicada tanto no período de um ano, como também semestral. O planejamento de ensino deve conter alguns elementos essenciais que passam desde a justificativa (fundamentação) da disciplina, a especificação dos conteúdos que serão trabalhados em sala a partir de uma ementa predefinida, a especificação das competências que se deseja atingir que, isto é, a determinação dos objetivos gerais e específicos, a forma como o plano será aplicado, que em outras palavras seria a definição da metodologia a ser utilizada durante o período que se encontra ligada ao plano político pedagógico e, por fim, o processo de avaliação, que seria um dos últimos pontos do processo de ensino-aprendizagem no ambiente de sala de aula, pois visa quantificar e qualificar o conhecimento apreendido pelo aluno, além disso, analisa a prática de aprendizagem do próprio professor. Dessa maneira, observa-se que o objetivo principal do planejamento de ensino é afastar a aplicação de métodos improvisados, sem objetivos bem definidos. O planejamento curricular tem por objetivo a formulação de uma estrutura própria a partir das diretrizes estabelecidas no plano nacional, ou seja, nos guias oficiais voltados para a organização do currículo. Contudo, destaca-se que a escola tem autonomia no processo de construção do currículo, visto que, a realidade social em que a escola está inserida é essencial para o processo de construção do currículo e, como é sabido, não é um elemento padrão e, portanto, varia de acordo com o tipo de política, cultura, política e até o próprio clima e geografia da região. couti Realce couti Realce couti Realce couti Realce couti Realce couti Realce couti Realce couti Realce 16/03/2021 Versão para impressão - PLANEJAMENTO, ENSINO E APRENDIZAGEM https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/curriculo_planejamento_e_avaliacao/tema_02/index.h… 9/24 É a proposta geral das aprendizagens que serão desenvolvidas. Funciona como a espinha dorsal da escola. O planejamento curricular envolve os fundamentos das áreas que serão estudadas, a proposta metodológica escolhida e a forma como se dará a avaliação (BRASIL, 2006, p.30). Por isso, o planejamento curricular deve ser tratado de maneira aberta e flexível, mesmo que suas diretrizes estejam especificadas em documentos oficiais amplos. O que não pode ocorrer é uma construção de currículo a partir de uma dinâmica não participativa e com ausência de inclusão social. Planejamento escolar: as práticas dos professores Como já citado, o planejamento no âmbito da prática docente é instrumento essencial para o exercício da profissão. Sendo assim, o planejamento visa o afastamento de práticas improvisadas em sala de aula, não que situações extraordinárias não venham acontecer, mas que, por isso, na execução do plano escolar, o professor deve estar aberto para a aceitação de um novo olhar e forma de trabalho. Entretanto, o desempenho do professor em sala de aula não depende exclusivamente do planejamento, mas também, de conhecimento didático. Por isso, ele deve ter conhecimento de como deverá proceder a aplicação daquele planejamento construído com bastante cuidado, a partir do estudo do plano político pedagógico. Portanto, antes de o professor entrar no ambiente de sala de aula, é preciso uma preparação acerca do que irá ocorrer no ambiente de ensino. Este instrumento é denominado de plano de aula e, muito embora seja necessário para a execução das atividades em sala de aula, não é tão fácil transformar aquele conteúdo técnico, que foi apreendido em cursos de graduação e pós- graduação, em conteúdos fáceis de compreensão por parte dos estudantes, afinal de contas, o público-alvo que terá contato com o conteúdo, nesse momento, é um aluno que está em formação. No que se refere às formas de planejamento, Turra et al. (1995, p.23), observa que pode ocorrer de algumas maneiras, a saber: a partir da perspectiva do curso, da unidade e da aula. Observa- se ainda que o professor pode utilizar desse plano durante a vigência da disciplina, que a depender do curso, pode durar um ano ou um semestre, o que se destaca aqui é a realidade em que cada plano pode ser aplicado, assim,o plano de aula se refere às atividades que serão ministradas dentro do ambiente da sala de aula, o plano de unidade é um instrumento mais amplo do que o plano de aula, pois tem como objetivo cumprir as diretrizes estabelecidas pelo plano de unidade que é bem mais global, visto que regula, direciona as atividades que serão desenvolvidas no plano de unidade. Veja a Figura 4. couti Realce couti Realce couti Realce 16/03/2021 Versão para impressão - PLANEJAMENTO, ENSINO E APRENDIZAGEM https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/curriculo_planejamento_e_avaliacao/tema_02/index.… 10/24 Figura 4 - Espécies de planejamento Fonte: Turra et al. 1995, p.23. (Adaptado) Iniciando a análise dos tipos de planejamentos que podem ser aplicados pelos professores, observa-se o plano de curso, um instrumento conhecido como aquele com característica mais global. Muitas vezes, o plano de curso é proveniente dos próprios órgãos competentes para coordenar as atividades que se relacionam com o curso a ser ministrado. Nesse sentido, para que o plano de curso seja adequadamente elaborado, é importante que o profissional da educação leve em consideração a definição e utilização de habilidades, situação que o profissional deve refletir sobre quais práticas deseja realizar, como deseja realizar e, por fim, quais seriam as habilidades que poderiam ser aplicadas nesse processo de ensino- aprendizagem. É imprescindível que o profissional tenha competência técnica e, mais, conhecimento de práticas didáticas que podem ser utilizadas para o favorecimento do processo de aprendizagem. Por isso, nesse momento, é significativo que o profissional que organiza o plano de curso tenha disposição e empatia para trabalhar diretamente com o conteúdo que se deseja apresentar. É importante, portanto, não apenas o envolvimento técnico com o conteúdo, mas também o envolvimento pessoal, visto que questões práticas podem favorecer o desenvolvimento completo da aprendizagem. 16/03/2021 Versão para impressão - PLANEJAMENTO, ENSINO E APRENDIZAGEM https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/curriculo_planejamento_e_avaliacao/tema_02/index.… 11/24 É preciso também a busca constante de situações que podem inovar o plano que se desejar criar. Curiosidade no âmbito do plano de curso é ferramenta básica para a construção adequada desse processo de aprendizagem, pois quanto mais informações diferenciadas o profissional carregar consigo, maior a possibilidade de construção de um plano de curso carregado de riquezas que serão demasiadamente úteis para o estudante, pois haverá maiores condições de favorecer a possibilidade de estar diante de soluções para situações práticas de vida cotidiana. Veja, na Figura 5, os elementos fundamentais que devem constar no plano de ensino. Figura 5 - Elementos essenciais no plano de curso Fonte: Libâneo, 2009, p.223. (Adaptado) Tendo refletido sobre a importância da existência da curiosidade e, ainda, da especificação das habilidades no processo de construção do plano de curso, convém analisar como deve ser processada as informações dentro desse plano. Por se tratar de um documento global, ou seja, que objetiva a especificação de conteúdos que serão apresentados no decorrer do funcionamento do curso e durante as aulas, o uso da metodologia torna-se essencial nesse processo, visto que o professor deverá seguir uma diretriz para a materialização do processo de ensino-aprendizagem, a especificação do objetivo geral que é a proposta geral que se deseja estudar e, em seguida, os objetivos específicos que são os passos que deverão ser seguidos para compreender a proposta geral, estabelecida pelo objetivo geral. Para materializar o processo de ensino-aprendizagem, a metodologia é importante, pois vislumbra a materialização do caminho que deve ser seguido para atingir a resposta que se busca para os objetivos. Diante desse contexto, nada mais imperativo do que observar a necessidade de todo esse sistema seguir um plano lógico e coerente. No que se refere ao plano de ensino, também conhecido como plano de unidade, compreende- se como um documento que deverá conter os objetivos que deverão ser almejados pelo professor durante o período escolar. O plano de unidade segue, consequentemente, os elementos gerais que foram traçados pelo plano de curso, contudo, considera-se um documento com componentes mais específicos, ou seja, com a definição exata dos conteúdos técnicos que serão estudados no decorrer do período. couti Realce 16/03/2021 Versão para impressão - PLANEJAMENTO, ENSINO E APRENDIZAGEM https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/curriculo_planejamento_e_avaliacao/tema_02/index.… 12/24 Seria, portanto, o momento em que se observa a necessidade de o professor indicar uma dinâmica própria para a apresentação do conteúdo, por exemplo, numa situação em que se deseja ensinar aos alunos sobre o processo político do Brasil, seria, incongruente se o professor se limitasse a analisar a conjuntura atual, sem se reportar aos elementos históricos, que segundo historiadores, remetem ao processo de colonização. Por isso, a importância de se trabalhar a sequência dos conteúdos de maneira adequada, em virtude de não possibilitar o surgimento de elementos técnicos trabalhados de maneira inadequada. Segundo Libâneo (2009, p.220), da mesma maneira que o plano de curso é importante, o plano de unidade também é, e precisa ser elaborado e, acima de tudo, executado a partir de uma dinâmica coerente e sequencial, sem se esquecer que existe a possibilidade de se colocar determinados elementos dentro do plano de ensino relacionados com a realidade dos alunos e, ainda, da comunidade. A ferramenta do plano de aula segundo Libâneo (2009, p.225), é a projeção daquilo que se pretende que aconteça na sala de aula e, por isso, é um instrumento que irá apoiar o professor nas atividades que serão desempenhadas, pois é no plano de aula que o professor tem noção dos conteúdos que serão apresentados, a maneira como será apresentado e, o mais importante, quais os objetivos, e o método de avaliação que se deseja aplicar. A Figura 6 apresenta a relação entre plano de aula e plano de ensino. Figura 6 - Relação plano de aula e plano de ensino Fonte: Libâneo, 2009, p.22. (Adaptado) couti Realce 16/03/2021 Versão para impressão - PLANEJAMENTO, ENSINO E APRENDIZAGEM https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/curriculo_planejamento_e_avaliacao/tema_02/index.… 13/24 Portanto, o processo educacional pensado a partir do plano de aula servirá como instrumento que favorece a autorreflexão das atividades desempenhas pelo professor e, quando não realizado de maneira adequada, poderá incorrer em retrocesso do processo de ensino- aprendizagem, ou seja, os alunos poderão não conseguir a compreensão do conteúdo. Uma das questões mais recorrentes no cotidiano da sala de aula é o professor que há anos ensina a mesma disciplina, acaba se acomodando no processo de atualização e, mais especificamente, nas práticas didáticas de atualização da disciplina. As consequências são inevitáveis, pois o aluno poderá ficar entediado nesse processo de ensino-aprendizagem, já que o professor não adequou o conteúdo às realidades apresentadas pelos alunos e, isso, de certa forma, pode desmotivar o profissional, pois nada é mais desagradável para um professor do que se deparar com uma turma apática e sem vida. A Figura 7 representa a indissociabilidade que deve existir entre a prática docente e o plano de aula como mecanismo essencial para um processo de aprendizagem adequado e eficaz. Figura 7 - Indissociabilidade do plano de aula e da prática de ensino Fonte: Elaborada pela autora, 2019. O plano de aula deverá conter alguns elementos essenciais para o seu funcionamento, como a revisão da última aula para identificar a partir de uma concepção dos alunos os conteúdosque foram captados pela turma, especificação em tópicos dos conteúdos que serão trabalhados e ainda, a bibliografia e demais instrumentos pedagógicos que servirão de apoio, indicar os objetivos que serão utilizados como subsídio elementar no processo de ensino-aprendizagem. couti Realce 16/03/2021 Versão para impressão - PLANEJAMENTO, ENSINO E APRENDIZAGEM https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/curriculo_planejamento_e_avaliacao/tema_02/index.… 14/24 Um plano de aula devidamente organizado torna-se ferramenta essencial no processo de ensino-aprendizagem e, servirá como instrumento de modificação do cenário técnico e social do estudante por meio da aula. Isso é possível, pois no ambiente da aula, o estudante ao participar do processo de ensino-aprendizagem devidamente preparado construirá o conhecimento a partir de uma percepção crítica e da autonomia pedagógica. Diante do que está sendo exposto é tangível a identificação das características no processo de elaboração do plano de aula especificados por Piletti (1990, p. 42), nomeadamente: Flexibilidade: A formalização do planejamento servirá como sustentáculo das atividades que serão desenvolvidas na aula, mas o professor deve ser maleável para inserir no contexto da aula, qualquer outro elemento que porventura seja considerado útil no processo de ensino-aprendizagem. Sendo assim, o professor não pode ser resistente no sentido de incluir no plano de ação situações que não estavam previstas. O plano de aula serve como diretriz e não como realidade imutável e cristalizada. Exatidão: Os objetivos que se desejam seguir e, ainda, a metodologia que será utilizada e o processo avaliativo, deverão ser claros e bem definidos, pois não se pode aceitar nenhum tipo de medida que cause confusão nos alunos. A aula deve estar em consonância com aquilo que é apresentado no plano de aula, ou seja, a coerência é o pressuposto essencial no âmbito do ensino-aprendizagem. Atualidade: O plano de aula deve estar fundamentado não apenas no conteúdo técnico, mas deve observar também, a realidade em que os alunos estão inseridos, ou seja, quais os fatores sociais que influenciam no dia a dia dos alunos. Destaca-se também, a importância da inclusão da realidade da própria instituição de ensino e da comunidade. Etapas do planejamento, projeto, plano e programa couti Realce couti Realce couti Realce 16/03/2021 Versão para impressão - PLANEJAMENTO, ENSINO E APRENDIZAGEM https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/curriculo_planejamento_e_avaliacao/tema_02/index.… 15/24 Como se sabe, o planejamento favorece a definição exata das atividades que serão desempenhadas pelo professor e, ainda, mesmo que de maneira mais subjetiva, a atividade mais passiva por parte do aluno. A ideia é, portanto, que exista no processo de ensino- aprendizagem um processo dinâmico e, portanto, participativo. O ensino será, portanto, participativo, já que o professor estará preocupado em adequar o cotidiano social (escola, aluno e comunidade) ao conteúdo a ser ministrado em sala de aula. (MARQUES , 1979, p. 115;123) Torna-se essencial observar que o planejamento não está limitado à especificação do conteúdo que se deseja abordar em cada disciplina, mas também, sobre os objetivos sociais e pedagógicos. Por isso, o planejamento pode acontecer em dois momentos: coletivo e individual. No primeiro momento, os profissionais da educação e os gestores escolares reúnem-se para estruturar o planejamento anual, já nosegundo momento, o individual, seria uma reflexão pessoal do professor a partir das vivências passadas, a realidade que se apresenta e o que se deseja e consegue alcançar. Nesse sentido, para que um planejamento seja realizado de maneira adequada, alguns aspectos devem ser levados em consideração, nomeadamente: finalidade e realidade. No que se refere à finalidade deve-se indicar os objetivos que a escola pretende seguir a partir da atuação direta do professor em sala de aula. E, muito embora, existam as diretrizes definidas por órgãos superiores, o professor é revestido de autonomia para desenvolver a sua atividade da maneira que achar mais apropriada. Em seguida, no que diz respeito à realidade, o planejamento deve considerar a realidade em que escola, alunos, auxiliares e professores estão envolvidos. A importância dessa situação está em incluir a diversidade no planejamento escolar e, consequentemente, passar a trabalhar de forma mais adequada com os diferentes interesses dos estudantes. É curioso observar, ainda, que ao se referir ao processo de diversidade, não se aborda apenas os elementos culturais, mas também, as diferenças que porventura podem ocorrer sobre as competências técnicas. E, nesse ponto, já é possível afirmar a possibilidade de o planejamento que foi realizado antes do início das aulas de ser modificado, pois muito embora se imagine que exista diferenças técnicas e culturais entre os estudantes, não se sabe, ao certo, o nível real entre eles. Por isso, para um planejamento de sucesso todos os estudantes devem ser monitorados (não no sentido de cumprimento de regras, mas de possibilidade de nivelamento do conteúdo), visualizar os objetivos definidos no plano de curso e, ainda, no projeto político pedagógico, estar focado nos ditames da diversidade social que engloba a escola e, proporcionar encontros com os professores para que seja possível a troca de experiências e o feedback das medidas que foram aplicadas. couti Realce couti Realce 16/03/2021 Versão para impressão - PLANEJAMENTO, ENSINO E APRENDIZAGEM https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/curriculo_planejamento_e_avaliacao/tema_02/index.… 16/24 Dessa maneira, no planejamento escolar o professor deve considerar a característica mutável dos elementos a serem incluídos, visto que as realidades modificam rapidamente e algo que era analisado a partir de uma perspectiva mais ampla, de repente passa a ter uma compreensão mais restrita. Assim sendo, diante desta mutabilidade inerente à condição técnica e social do discente, o processo de ensino-aprendizagem deve ser considerado separadamente, já que a aprendizagem se materializa quando o docente constrói um ambiente permanente e convidativo para a apreensão do conhecimento e, isso inclui, elementos alternativos que podem ser coletados no cotidiano dos estudantes como é o caso de notícias de jornais, artigos de revistas, ou seja, o professor convida o aluno a participar ativamente desse processo da construção do conhecimento, que seria em outras palavras, a democratização do processo de ensino-aprendizagem. Destaca-se ainda, dentro da característica mutável do indivíduo, um processo de locupletamento do conteúdo, ou seja, a partir do momento em que o professor convida o estudante a participar do processo de aprendizagem com práticas diversificadas, ele passa, consequentemente, a contribuir com o conhecimento do docente, inclusive, favorecendo o aperfeiçoamento das competências técnicas. Veja a Figura 8. Figura 8 - Relação de interação entre o conhecimento do aluno e do professor Fonte: Elaborada pela autora, 2019. couti Realce 16/03/2021 Versão para impressão - PLANEJAMENTO, ENSINO E APRENDIZAGEM https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/curriculo_planejamento_e_avaliacao/tema_02/index.… 17/24 Portanto, é importante a criação de ligação tênue entre os conteúdos, ou seja, ao final de cada aula o professor deixa uma ligação específica com o que deve ser trabalhado na próxima aula e, consequentemente, o que será trabalhado na aula posterior deverá ser precedido dos conhecimentos técnicos da aula anterior. Essa afirmação pressupõe o especificado por Freire (2007, p.30) ao expor que ninguém educa ninguém e muito menos, as pessoas se educam sozinhos, existe, na verdade, uma questão de mutualidade no âmbito do ensino e a aprendizagem. Tendo como propósitofechar a construção do ciclo de ensino-aprendizagem, o professor tanto no âmbito individual como no coletivo deve refletir sobre sua prática cotidiana, com o objetivo de melhorar as práticas que foram aplicadas. Sendo assim, o docente que conseguir extrair do discente elementos que favoreçam o processo de reflexão, conseguirá, de maneira significativa, cumprir o estabelecido no plano de curso, de ensino e, por fim, de aula. Planejamento e Avaliação A partir da concepção de educação apresentada por Freire (2007, p. 24), ao considerar um sistema composto de várias atividades que, quando devidamente organizadas, contribuem de maneira significativa no processo de construção do conhecimento do aluno, como um instrumento revestido de vários processos tendo como pressuposto básico a construção da autonomia com o propósito de inseri-lo na sociedade, não apenas com a capacidade técnica adquirida a partir da apresentação dos conteúdos em sala de aula, mas essencialmente, com a consciência crítica de que é membro de um grupo de pessoas com objetivos diferentes, muitas vezes, mas que pode trabalhar de maneira cooperativa, a fim de auxiliar o desenvolvimento da coletividade. Sendo assim, sabendo que o processo de ensino-aprendizagem é composto por várias atividades, identifica-se, nesse cenário, a presença da avaliação, como instrumento educacional que visa a construção do saber de maneira cotidiana e, por isso, pode ser integrada como causa importante para a consecução do objetivo do sistema escolar. O instrumento do planejamento no âmbito da avaliação é essencial para o fortalecimento e aperfeiçoamento da prática docente, pois pode haver a possibilidade de aplicação de variadas técnicas a partir da realidade encontrada em sala de aula. Para Domingues (2006, p. 12), no âmbito da geração como juízo de valor, a avaliação alarga seus horizontes, surgindo ideias como: couti Realce couti Realce couti Realce couti Realce 16/03/2021 Versão para impressão - PLANEJAMENTO, ENSINO E APRENDIZAGEM https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/curriculo_planejamento_e_avaliacao/tema_02/index.… 18/24 A avaliação deve induzir e/ou facilitar a tomada de decisões, a recolha de informação deve ir para além dos resultados que os alunos obtêm nos testes, a avaliação tem que envolver os professores, os pais, os alunos e outros intervenientes, os contextos de ensino e de aprendizagem devem ser tidos em conta no processo de avaliação ou de que a definição de critérios é essencial para que se possa apreciar o mérito e o valor de um dado objeto de avaliação. Avaliar é um processo contínuo, recorrente e divergente, visto que se amplia continuamente, não converge para uma verdade, está aberto a contestações ou a um maior nível de esclarecimento obtido. Os resultados são imprevisíveis, por isso, é importante uma compreensão mais nítida dos valores subjacentes às várias posturas normativas e políticas. Cria realidades, visto que as diferentes perspectivas dos participantes constroem ou reconstroem a realidade (GUBA; LINCOLN , 2011). Sendo assim, observa-se que no planejamento se constrói e organiza os elementos que devem ser trabalhados no âmbito do sistema educacional e, a avaliação, seria o momento de verificação da existência do equilíbrio e adequação entre o que estar sendo apresentado e aquilo que está sendo assimilado, ou seja, um momento de reflexão sobre todo o processo de ensino, pois o professor a partir da observação poderá rever as formas de avaliar, mudando o que está sendo ensinado e como está sendo ensinado e, perceber nos mais variados casos, o motivo pelo qual o aluno encontra-se desmotivado não apenas no processo de verificação do conhecimento, mas essencialmente, no de participar na construção desse processo. Por isso, no processo de construção da avaliação algumas atitudes devem ser exigidas: Refletir as práticas sobre a construção da avaliação das experiências anteriores; Apresentar uma nova roupagem para a avaliação; Buscar auxílio da equipe pedagógica para a construção da avaliação e; Envidar esforços para a criação de um plano de trabalho integrado. Essas exigências buscam uma mudança na compreensão da percepção da avaliação, pois é importante visualizar a avaliação não como um método fim, mas como um meio de se cumprir o objetivo principal da educação que é a construção do conhecimento. Por isso, para se perceber a avaliação que se deseja aplicar naquele momento, é preciso refletir sobre o que já foi feito e, consequentemente, analisar o que foi considerado sucesso nesse processo e, ainda, o que não vale a pena repetir, contudo, esse momento exige do professor humildade e capacidade de perceber os erros para não aplicá-los em outra oportunidade. Figura 9 - A composição da avaliação couti Realce couti Realce couti Realce couti Realce 16/03/2021 Versão para impressão - PLANEJAMENTO, ENSINO E APRENDIZAGEM https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/curriculo_planejamento_e_avaliacao/tema_02/index.… 19/24 Fonte: Hartmann, 2012, p 3. (Adaptado) A partir dessa reflexão sobre os procedimentos avaliativos, vê-se a necessidade de indicar uma nova perspectiva de aplicação da avaliação, ou seja, qual seria o método mais eficaz na construção dessa fase da aprendizagem. Portanto, apoio da equipe pedagógica é essencial, pois certamente terá uma melhor percepção da realidade dos alunos, da escola e da comunidade e, das práticas integradas que podem funcionar positivamente no processo de construção da avaliação. Nesse sentido, Hartmann (2012, p. 2) observa que: a realidade é una e indivisível e conceber o conhecimento como aberto, com verdades apenas relativas, exige do educador uma maneira de ensinar que desenvolva no estudante a competência de estabelecer relações entre partes e o todo, superando a concepção unidirecional e fragmentada do conhecimento que tem caracterizado sua prática (Hartmann, 2012, p. 2). Esse último ponto é curioso, pois é comum um determinado docente não ter conhecimento do currículo escolar de maneira ampla, ou seja, acaba por se limitar tão somente aquilo que é inerente a sua estrutura curricular. couti Realce 16/03/2021 Versão para impressão - PLANEJAMENTO, ENSINO E APRENDIZAGEM https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/curriculo_planejamento_e_avaliacao/tema_02/index.… 20/24 Finalizando a Unidade Nesta unidade, estudamos o sistema educacional a partir de uma perspectiva de planejamento, destacamos os tipos e a importância desse instrumento, como também a adequação da avaliação. Dessa maneira, ao abordar o especificado pela Lei de Diretrizes e Base no que concerne à importância do planejamento entendemos que a prática docente não pode ser improvisada, pois isso poderia comprometer a aprendizagem do educando. Vimos também que o planejamento deve estar baseado para além dos documentos oficiais, do plano político pedagógico da escola, do plano de curso e outros instrumentos necessários para a formulação de um instrumento adequado, a saber; a própria realidade do estudante que vai mais além das questões culturais e pessoais, mas também do nível técnico de cada um. Sobre a prática docente, verificamos que é preciso ter sensibilidade na realização da atividade, pois não há sentido na atuação de um docente quando eivado de vícios decorrentes de práticas educacionais sem a menor reflexão. É o momento em que se exige do professor uma participação mais ativa nesse processo, no sentido de possibilitar uma mudança de comportamento na prática docente, já que é um vetor essencial na aprendizagem do estudante. Isso não é criminalizar o professor e absolver o aluno, mas compreender que por ele ser o mentor da sala de aula terá condições de conduzir as atividades da melhor maneira possível, inclusive, quando se tratar de integração com o corpo discente e, consequentemente, um envolvimento mais participativo no ambiente escolar.O planejamento e suas derivações, como é o caso da inovação e reflexão, são elementos essenciais no processo de construção da avaliação, pois favorece uma perspectiva diferenciada ao aluno, qual seja, mais crítica e participativa. Destacamos também que a avaliação quando pensada de maneira mais democrática, os resultados podem ser diferentes, pois o discente se sentirá capaz de construir junto com o docente o conhecimento. Quando isso ocorre, facilmente é possível perceber o cumprimento do que está previsto na própria Lei de Diretrizes e Bases no que tange à importância de o ensino estar focado mais na qualidade, muito embora a quantidade também seja importante. Por fim, entendemos que nosso breve estudo sobre o tema pode ser complementado por outras considerações, como as realizadas pelo Ministério da Educação e, consequentemente, pelas diretrizes Estaduais e Municipais que tratam do tema. 16/03/2021 Versão para impressão - PLANEJAMENTO, ENSINO E APRENDIZAGEM https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/curriculo_planejamento_e_avaliacao/tema_02/index.… 21/24 ©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da Universidade Católica de Brasília Dica do Professor Leia o artigo "Políticas de currículo e avaliação e políticas docentes", de Elba Siqueira de Sá Barretto. Neste artigo a autora "retoma alguns princípios norteadores das reformas de currículo no país". Também "problematiza aspectos referentes à relação entre modelos de gestão de currículo e profissionalismo docente e desdobra questões relativas às políticas de avaliação de resultados e suas implicações no currículo e nas práticas escolares". http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-15742012000300005 16/03/2021 Versão para impressão - PLANEJAMENTO, ENSINO E APRENDIZAGEM https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/curriculo_planejamento_e_avaliacao/tema_02/index.… 22/24 ©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da Universidade Católica de Brasília Saiba Mais Buscando integrar as importantes discussões apresentadas, você poderá ler: "Saberes e práticas da inclusão: avaliação para identificação das necessidades educacionais especiais", do Ministério da Educação que trabalha o uso do processo avaliativo na educação especial como forma de aplicar práticas de inclusão. http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/avaliacao.pdf 16/03/2021 Versão para impressão - PLANEJAMENTO, ENSINO E APRENDIZAGEM https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/curriculo_planejamento_e_avaliacao/tema_02/index.… 23/24 ©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da Universidade Católica de Brasília Referências BRASIL. Senado Federal. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei N° 9394 de 1996. Brasília, DF,1997. BRASIL. Presidência da República Decreto nº 5.800 - Dispõe sobre o sistema de universidade aberta do Brasil.- UAB. Brasília. 200. DOMINGUES, I. O copianço na Universidade: O grau zero na qualidade. Lisboa: XXI/formalpress. 2006. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 5 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007. GANDIN, D. A prática do planejamento participativo. 2.ed. Petrópolis: Vozes, 1994. GANDIN, Danilo. Planejamento com prática educativa. São Paulo: Edições Loyola, 1995. GUBA, E. G., e Lincoln, Y. S. A avaliação de quarta geração. Campinas: Editora de Unicamp. 2011. HARTMANN, Ângela Maria. A interdisciplinaridade e a prática pedagógica de professores do ensino médio. 2012. Disponível em:< http://www.sbpcnet.org.br/livro/58ra/senior/RESUMOS/resumo_494.html> Acesso em: 19 nov. 2014. LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo. Cortez, 1992. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo, SP: Cortez, 1994. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 2009. MARQUES, Juracy C. A aula como processo: um programa de auto ensino. Porto Alegre: Globo, 1979. 16/03/2021 Versão para impressão - PLANEJAMENTO, ENSINO E APRENDIZAGEM https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/curriculo_planejamento_e_avaliacao/tema_02/index.… 24/24 PILETTI, Claudino. Didática geral. São Paulo: Ática, 1990. TURRA, Clódia Maria Godoy et al. Planejamento de ensino e avaliação. Porto alegre: Sagra, 1995. VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico, elementos para elaboração e realização. São Paulo: Libertad Editora, 2006.
Compartilhar