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APOL - História e Historiografia do Brasil Império

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Questão 1/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Leia o trecho do discurso de um deputado, realizado em 1857, a respeito da imigração de chineses ao Brasil e, na sequência, relacione-o à análise que dois historiadores fizeram desse discurso: 
“Quando procurávamos escoimar a nossa civilização da barbárie africana, [vamos] colonizar o Império com o indolente asiático, escravo da rotina e da superstição”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALENCASTRO, L. F. de; RENAUX, M. L. Caras e modos dos migrantes e imigrantes. In: ALENCASTRO, L. F. de (org.). História da vida privada no Brasil. v. 2, p. 291-336. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 296. 
“Para os altos funcionários imperais, o fim do contrabando negreiro abria [...] a oportunidade tão esperada de ‘civilizar’ o universo rural e, mais ainda, o conjunto da sociedade, reequilibrando o povoamento do território em favor da população branca”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALENCASTRO, L. F. de; RENAUX, M. L. Caras e modos dos migrantes e imigrantes. In: ALENCASTRO, L. F. de (org.). História da vida privada no Brasil. v. 2, p. 291-336. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 295. 
Considerando esse documento histórico, a subsequente análise realizada por historiadores e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre imigração, analise as seguintes proposições:
I. O fim do tráfico transatlântico de africanos escravizados, em 1850, abriu espaço para um projeto de embranquecimento da sociedade brasileira.
PORQUE
II. A elite imperial acreditava que era importante valorizar o desenvolvimento de uma civilização branca, cristã e europeia. 
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da primeira.
Você acertou!
Conforme consta no livro-base, a imigração esteve associada a um projeto de embranquecimento da população e de valorização da civilização branca, cristã e europeia. Ademais, relaciona-se o fim do tráfico de escravos, em 1850, à preocupação das elites agrárias em viabilizar mão de obra por meio da imigração. O preconceito de cor sempre existiu no Brasil, mas foi reinventado no final do século XIX por meio do racismo científico, sobretudo pelos geneticistas. Esse projeto de embranquecimento da sociedade brasileira foi pautado, a partir de 1870, em teorias supostamente científicas de melhoramento racial (livro-base, p. 210,211).
	
	B
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da primeira.
	
	C
	A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
	
	D
	A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
	
	E
	As asserções I e II são proposições falsas.
Questão 2/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Leia o seguinte fragmento de texto, escrito pelo historiador João José Reis, o qual teceu reflexões sobre a trajetória de Manoel Joaquim Ricardo, um africano hauçá que desembarcou na Bahia escravizado e faleceu, em 1865, livre e rico: 
“Para dar conta de uma percepção mais dinâmica [...], sugiro o termo ladinização, que deriva de um conhecido vocábulo ‘nativo’ e historicamente situado: ladino, o contraponto do negro novo ou boçal. [...] [Manoel Joaquim Ricardo] era ladino, africano que aprendera a entender e manipular muitos dos símbolos culturais, protocolos sociais e circuitos mercantis do Brasil escravista, que se tornou perito nos costumes e valores do homem branco, sem abandonar muitos dos costumes e valores africanos, embora sobre estes os arquivos só nos ofereçam pistas quase apagadas. Ao mesmo tempo, sua ladinização percorreu, em larga escala, a trilha da pan-africanização, por assim dizer. Foi dentro da comunidade africana mais ampla – e não apenas do seu grupo étnico, insisto – que suas proezas puderam ser mais bem apreciadas e traduzidas em poder social e provavelmente político”.   
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, J. J. De escravo a rico liberto: a trajetória do africano Manoel Joaquim Ricardo na Bahia oitocentista. Revista de História, São Paulo, n. 174, p. 15-68, jan./jun. 2016. p. 61,62. 
Considerando essas informações e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre cultura afro-brasileira no século XIX segundo João José Reis, assinale a alternativa correta:
 
Nota: 10.0
	
	A
	Reis vincula-se a uma corrente historiográfica que valoriza a manutenção de traços culturais étnicos africanos no Brasil oitocentista.
	
	B
	Segundo Reis, Manoel Joaquim Ricardo manteve intactos os costumes e tradições hauçás no Brasil.
	
	C
	Reis sugere o uso do termo ladino para definir a trajetória de um africano que, no Brasil, se apropriou de códigos culturais dos brancos e de outros grupos étnicos africanos.
Você acertou!
“Alguns estudiosos da diáspora africana na América enfatizam a noção de que a identidade e a cultura desses escravos eram transformadas, ressignificadas e adaptadas. Esse primeiro grupo de estudiosos destaca, dessa forma, a transformação cultural dos povos africanos – retirados, de forma traumática, de sua terra natal (Graham [...]). Outros pesquisadores, no entanto, procuram destacar que, ao chegarem do outro lado do oceano, os africanos buscavam viver dentro de sua etnia, mantendo laços culturais com sua terra de origem. Esse segundo grupo de estudiosos enfatiza, assim, a manutenção de traços culturais étnicos oriundos da África. Segundo esses historiadores, o fato de os navios negreiros trazerem, para os mesmos portos na América, muitas pessoas de uma mesma etnia contribuíram para essa manutenção cultural (Graham [...])” (livro-base, p. 153,154). Percebe-se, nitidamente, que João José Reis vincula-se ao primeiro grupo de estudiosos, o que prefere enxergar transformação cultural ao invés da manutenção dos traços étnicos africanos nas Américas, sugerindo o uso do termo ladino para definir culturalmente esses africanos que se reinventavam do outro lado do Atlântico (livro-base, p. 157-160).  
	
	D
	Para Reis, Manuel Joaquim Ricardo conseguiu sua ascensão social e econômica por contar com a ajuda de seu grupo étnico de origem.
	
	E
	Pan-africanização é, segundo Reis, a convivência de africanos escravizados no Brasil dentro de seu grupo étnico.
Questão 3/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Leia o seguinte trecho da carta que o historiador Varnhagen escreveu a D. Pedro II em 1857:
“[É necessário] ir assim enfeixando-as /as províncias/ todas e fazendo bater os corações dos de umas províncias em favor dos de outras, infiltrando a todos nobres sentimentos de patriotismo de nação, único sentimento que é capaz de desterrar o provincialismo excessivo, do modo que desterra o egoísmo, levando-nos a morrer pela pátria ou pelo soberano que personifica seus interesses, sua honra e sua glória”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GUIMARÃES, Manoel. L. L. Salgado. Nação e civilização nos trópicos: o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e o projeto de uma história nacional. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, n. 1, p. 5-27, 1988. p. 18.
Considerando esse extrato de documento histórico e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre identidade nacional brasileira, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	Varnhagen defende o amor às províncias acima do amor ao Brasil.
	
	B
	O documento histórico em questão é uma defesa das revoltas separatistas que aconteceram durante o período regencial.
	
	C
	Varnhagen chama a atenção para o perigo do sentimento nacional (nacionalismo), sentimento que é capaz de gerar guerras e conflitos.
	
	D
	O extrato de documento critica o excesso  de amor às províncias, tendo em vista que o amor à pátria deveria ser superior.Você acertou!
Esse extrato de documento histórico mostra que Varnhagen entende que o amor à Patria e à Nação (Brasil) deve estar acima do amor às províncias. Varnhagen critica, dessa forma, o “provincialismo excessivo”, que entende ser egoísta, e mostra a importância do sentimento nacional, o nacionalismo (livro-base, p. 109). Como consta no livro-base, trata-se de uma defesa da unidade nacional, relativamente ameaçada pelas revoltas e rebeliões ocorridas durante o período regencial (livro-base, p. 108-110).
	
	E
	Varnhagem estimula a rivalidade entre as províncias.
Questão 4/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Atente para a seguinte citação: 
“Foi [...] a partir de fins dos anos 1960 que intelectuais nacionalistas e de esquerda do Rio da Prata promoveram Solano López a líder anti-imperialista. Esse revisionismo [...] apresenta o Paraguai pré-guerra como um país progressista, onde o Estado teria proporcionado [...] o bem-estar de sua população, fugindo [...] à subordinação à Inglaterra. [...] Essa teoria conspiratória vai contra a realidade dos fatos e não tem provas documentais”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DORATIOTO, Francisco. F. M. Maldita guerra: nova história da Guerra do Paraguai. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 19,20. 
Considerando esse excerto de texto informações e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre a historiografia brasileira sobre a Guerra do Paraguai, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	A citação acima é uma crítica a uma vertente historiográfica que aponta os interesses ingleses como o principal fator causador da Guerra do Paraguai.
Você acertou!
No livro-base, há uma síntese do debate historiográfico que buscou investigar as causas da Guerra do Paraguai (livro-base, p. 191-195). Segundo consta no livro-base (p. 196), três vertentes historiográficas explicaram a guerra da seguinte forma: “Para a vertente tradicional militar patriótica (1864-1930), a principal causa da guerra foi a atitude autoritária do líder paraguaio, sendo que o conflito foi interpretado como um choque entre civilização (Brasil) e barbárie (Paraguai). Para o revisionismo de esquerda [de 1960 a 1980], por sua vez, a razão do conflito estava no imperialismo britânico e no processo de expansão do capitalismo industrial inglês. Por fim, para o neorrevisionismo (ou historiografia moderna [década de 1990 aos dias atuais]), a guerra foi essencialmente um conflito interno da América do Sul” (livro-base, p. 196). O extrato de texto citado no enunciado da questão é uma crítica aguda ao revisionismo de esquerda, que interpretou Solano Lopez como líder anti-imperialista, que vislumbrou o Paraguai pré-guerra como um país progressista e que definiu os interesses imperialistas ingleses como o principal fator causador do conflito. 
	
	B
	O extrato de texto acima citado é um elogio aos intelectuais de esquerda que interpretaram, a partir de fins dos anos 1960, o Paraguai pré-guerra como nação progressista.
	
	C
	O trecho de texto mencionado é uma comprovação de que a historiografia sobre a Guerra do Paraguai pouco modificou suas intepretações a partir da década de 1960.
	
	D
	A citação em análise sobrepõe os interesses ingleses às rivalidades regionais entre nações da América do Sul como fator causador da Guerra do Paraguai.
	
	E
	Para o autor da citação acima mencionada, Solano Lopez foi um importante líder anti-imperialista.
Questão 5/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Leia o seguinte trecho de um jornal publicado em Minas Gerais, em maio de 1888, alguns dias depois da assinatura da Lei Áurea:
“A democracia conquistou todos os espíritos, e à libertação dos negros seguiu-se fatalmente a libertação dos brancos. As datas se aproximam. A independência do Brasil não está ainda feita. Ipiranga é hoje uma mentira histórica. [...] A nação exige a sua independência política pela república federativa como impôs a libertação imediata dos escravizados. Essas duas redenções deveriam ter a mesma data, se em nosso país a vontade da Nação tivesse mais força e não se eclipsasse no choque de interesses pessoais”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: VISCARDI, C. M. R. Federalismo e cidadania na imprensa republicana (1870-1889). Tempo, Rio de Janeiro, v. 18, n. 32, p. 137-161, 2012. p. 153. 
Considerando esse excerto de documento histórico e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre o movimento republicano, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O trecho de jornal demonstra a incompatibilidade entre a defesa da abolição da escravatura e o movimento republicano.
	
	B
	O extrato de documento histórico comprova que o movimento republicano esteve, desde 1870, diretamente vinculado à defesa da abolição do trabalho escravo.
	
	C
	O Partido Republicano Paulista foi fundado por abolicionistas, conforme comprova o trecho do documento acima mencionado.
	
	D
	O excerto do texto histórico acima citado demonstra que, apesar de o movimento republicano ser, em grande medida, desvinculado do movimento abolicionista, existiram republicanos abolicionistas.
Você acertou!
O movimento republicano se fortaleceu no Brasil a partir da década de 1870. O republicanismo brasileiro da época, no início, manteve-se afastado do movimento abolicionista, pois suas principais lideranças eram cafeicultores paulistas que ainda dependiam, em alguma medida, do trabalho escravo, os quais fundaram o Partido Republicano Paulista. Contudo, que existiram importantes políticos republicanos e, ao mesmo tempo, abolicionistas, como José do Patrocínio. O trecho do jornal citado no enunciado da questão é um exemplo, tal qual a atuação de José do Patrocínio, de que, apesar de não ser a regra geral, existiram pessoas que formularam um republicanismo abolicionista, associando, dessa forma, o movimento republicano à defesa do fim do trabalho escravo (livro-base, p. 221-226).
	
	E
	A atuação de José do Patrocínio, um republicano abolicionista, foi antagônica às ideias defendidas por esse jornal mineiro.
Questão 6/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Observe o seguinte gráfico:
Jornais (por título) publicados no Rio de Janeiro entre1821 e1848, portanto, à época regencial:
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FELDMAN, Ariel. Brasil Império: história, historiografia e ensino de História. Curitiba: Intersaberes, 2018. p. 129. 
Considerando o gráfico acima e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre espaços públicos de discussão política no período regencial, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O gráfico demonstra como no início do período regencial ocorreu um arrefecimento do debate público no Rio de Janeiro com diminuição do número de jornais.
	
	B
	É possível perceber que, logo após o fechamento da Assembleia Constituinte, há um aumento do número de jornais na corte, indicando inexistência na relação entre debate parlamentar e jornalístico.
	
	C
	O gráfico traz indícios importantes que associam a intensificação das manifestações de rua ao aumento do debate jornalístico, pois o início das regências presenciou inúmeros motins urbanos na corte bem como o aumento do número de jornais.
Você acertou!
O gráfico mostra que o início do período regencial, iniciado após a abdicação do imperador em 1831, foi o que mais presenciou títulos de jornais na corte nas duas primeiras décadas após a independência. Dessa forma, é possível realizar uma relação entre o aumento do número de periódicos e a intensificação de manifestações de rua, tendo em vista que nos primeiros anos da década de 1830 observam-se, como consta no livro-base (p. 127-130), inúmeros motins urbanos no Rio de Janeiro. O gráfico indica, também, um decréscimo nos títulos de jornais que circularam na corte nos dois anos subsequentes ao fechamentoda Assembleia Constituinte, em novembro de 1823. O fato de o gráfico iniciar sua série histórica em 1821 não é fortuito, tendo em vista que o número de jornais em circulação no Rio de Janeiro só pôde chegar a mais de uma dezena por causa da liberdade de imprensa decretada pela revolução liberal luso-brasileira, iniciada em 1820.  Por fim, o historiador precisa ter cautela para não generalizar a todo território brasileiro as análises realizadas em torno desse gráfico, pois ele indica apenas dados relativos ao Rio de Janeiro.
	
	D
	Percebe-se que a liberdade de imprensa decretada durante a revolução liberal luso-brasileira iniciada em 1820 pouco interferiu no debate jornalístico do Rio de Janeiro.
	
	E
	A observação atenta desse gráfico confere ao historiador a possibilidade de realizar análises aplicadas a todo território brasileiro.
Questão 7/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Observe a tabela abaixo:
Crescimento populacional das cidades latino-americanas (1880-1930)
	Cidade do México
	1.900 – 390 mil
	1.930 – Mais de 1 milhão
	Buenos Aires
	1.895 – 677 mil
	1.930 – 2 milhões
	Valparaíso (Chile)
	1.880 – 100 mil
	1.930 – 200 mil
	Veracruz (México)
	1.900 – 24 mil
	1.930 – 70 mil
	Manaus
	1.865 – 5 mil
	1.910 – 50 mil
	São Paulo
	1.890 – 70 mil
	1.930 – 1 milhão
	Rio de Janeiro
	1.900 – 550 mil
	1.920 – Mais de 1 milhão
Após esta avaliação, caso queira observar a tabela, ela está disponível em: FELDMAN, Ariel. Brasil Império: história, historiografia e ensino de História. Curitiba: Intersaberes, 2018. p. 212. 
Considerando essas informações e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre urbanização na virada do século XIX para o XX, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O crescimento dos grandes centros urbanos da América Latina na virada do século XIX para o XX esteve associado à exportação de matérias primas e à importação de bens industrializados.
Você acertou!
No livro-base, consta como ocorreu um vertiginoso processo de crescimento de grandes centros urbanos no Brasil no final do século XIX e início do XX, o qual esteve diretamente vinculado à construção de ferrovias e a inovações tecnológicas que modificaram a estética das cidades. O autor do livro-base explica que se trata de um processo observado em toda a América Latina, com destaque para cidades portuárias ou conectadas ao mercado mundial através de ferrovias. Nesse contexto, ainda conforme explicita o livro-base, na dinâmica do mercado mundial, a América Latina fornecia matéria-prima e consumia produtos industrializados. O autor do livro-base elucida, também, que o crescimento desses grandes centros urbanos esteve diretamente relacionado ao processo migratório global de milhões de europeus e de asiáticos rumo às Américas (livro-base, p. 211-216). Ademais, houve um sentimento difuso na sociedade brasileira nas últimas décadas do império, isto é, o sentimento do advento da modernidade. Esse sentimento esteve vinculado a inovações tecnológicas e à diminuição do tempo de locomoção por conta da navegação a vapor e das ferrovias, que contribuíram para uma sensação, também difusa, de aceleramento do tempo histórico, o qual contribuiu para o enfraquecimento da monarquia. As cidades brasileiras, em seus projetos urbanísticos, valorizavam o modelo europeu, com destaque para Paris, que foi drasticamente reurbanizada na segunda metade do século XIX (livro-base, p. 214-221).
	
	B
	O aumento populacional de diversas cidades brasileiras a partir de 1880 foi um fenômeno nacional, desconectado de movimentos migratórios globais.
	
	C
	Há uma relação direta entre o crescimento das cidades e o fortalecimento da monarquia brasileira nos anos finais do século XIX.
	
	D
	As cidades brasileiras cresciam, a partir de 1880, negando o modelo de urbanização das urbes europeias, em um movimento de valorização da cultura nacional.
	
	E
	A criação de linhas de navegação a vapor e a construção de ferrovias no Brasil foram interrompidas na segunda metade do século XIX por conta de uma crise financeira.
Questão 8/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Leia o seguinte trecho do jornal O Carapuceiro, de 1833: 
“O Sapateiro, o Ferreiro, o Barbeiro etc., seja ele branco, pardo, preto, roxo, verde, azul, ou encarnado, logo que é livre, é cidadão, e deve gozar das Liberdades Nacionais, ou por outra dos direitos civis: mas dos Políticos não é assim: estes consistem na regalia de votar e ser votado; para o que faz preciso gozar de certa renda, e ter alguma ilustração mental: pelo que raro será o Sapateiro, o Ferreiro [...] que esteja nestas circunstâncias; porque muitos nem ler sabem”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GAMA, M. S. L. O Carapuceiro, Recife, n. 60, 6 jul. 1833. s.p. 
Considerando esse extrato de documento histórico e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre eleições e cidadania durante o século XIX, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O jornal O Carapuceiro defende um critério racial para a concessão de cidadania.
	
	B
	O jornalista distingue duas categorias de cidadãos, os que podem votar e ser votados e os que não podem.
Você acertou!
Durante o século XIX, prevaleceu uma concepção de cidadania que distinguia o cidadão passivo, possuidor apenas de direitos civis, do cidadão ativo, o qual, além dos direitos civis tinha direitos políticos, que consiste em poder votar e ser votado (livro-base, p. 123-126). O trecho do jornal O Carapuceiro é um exemplo da defesa dessa distinção. Para o jornalista, essa distinção não se baseava em critérios raciais, pois ele faz questão de não diferenciar quem é “branco, pardo, preto, roxo, verde, azul, ou encarnado”. Por fim, destaca-se que esse extrato de documento histórico está inserido no contexto do advento do liberalismo, sistema político e ideário que suplantou o absolutismo monárquico.
	
	C
	A ideia defendida pelo jornal foi derrotada institucionalmente no século XIX, pois durante o Brasil imperial todos os cidadãos eram iguais.
	
	D
	O jornal expõe os princípios do absolutismo monárquico, mostrando a importância das eleições para esse sistema político.
	
	E
	Segundo o jornalista, os direitos civis consistem no direito de votar e ser votado.
Questão 9/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Observe o seguinte gráfico: 
Número de escravos africanos que entraram no Brasil depois da Lei de 1831 (apenas na década de 1830)
 
Após esta avaliação, caso queira observar o gráfico, ele está disponível em: FELDMAN, Ariel. Brasil Império: história, historiografia e ensino de História. Curitiba: Editora Intersaberes, 2018. p. 149. 
Considerando essas informações e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre a reabertura do tráfico transatlântico de escravos na década de 1830, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	A lei de 1831, que aboliu o tráfico de escravos no Brasil, foi, desde sua promulgação, completamente ineficaz no combate ao comércio transatlântico de africanos.
	
	B
	O aumento do número de africanos escravizados que entraram no Brasil ilegalmente na década de 1830 é concomitante ao momento em que os saquaremas assumiram o poder.
Você acertou!
Não coincidentemente, 1837 é o ano em que, com a queda do regente Feijó, os saquaremas assumem o poder, bem como é o momento em que há um vertiginoso aumento no número de africanos ilegalmente traficados ao Brasil. Conforme o historiador Tâmis Parron, a lei de 1831 não foi desde o início uma “lei para inglês ver”, pois o tráfico transatlântico de escravos, inclusive, teve uma abrupta queda logo após a promulgação da lei, isto é, na primeira metade da década de 1830. A lei de 1831 foi elaborada pela Assembleia Geral, tendo sido, portanto, uma afirmação da soberania nacional brasileira perante a Inglaterra. Em suma, no início da década de 1830, o fim definitivo do tráfico transatlântico de escravos,uma prática internacionalmente reprovada, era um horizonte histórico possível e inclusive esperado por boa parte da sociedade brasileira. Contudo, um grupo político, apelidado de Saquaremas, liderou a reabertura do tráfico na segunda metade de década de 1830 (livro-base, p. 146-151).
	
	C
	A lei de 1831, a qual proibiu o tráfico transatlântico de escravos ao Brasil, foi elaborada e sancionada em congressos internacionais sob a pressão da Inglaterra.
	
	D
	A historiografia, atualmente, concorda com a expressão popular que afirma que a lei de 1831 foi uma “lei pra inglês ver”.
	
	E
	Durante o século XIX, o tráfico transatlântico de escravos foi uma prática internacionalmente aceita.
Questão 10/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Leia o seguinte trecho do jornal O Dezenove de Dezembro, publicado em Curitiba em 1854: 
“É um gosto ler agora os jornais da corte! Sessões de Parlamento, iluminação a gás, estradas de ferro, companhia lírica italiana! Tudo o que é belo, útil e agradável ali acha o seu elemento! Como vai em progresso a nossa bela corte! É uma pena que também não estejamos assim tão adiantados”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PARANÁ. O Dezenove de Dezembro. Curitiba, n. 10, 3 jun. 1854. p. 2. 
Considerando essas informações e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre urbanização e modernidade no Brasil no final do século XIX e início do XX, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	Nas últimas décadas do século XIX, observam-se poucos avanços tecnológicos e reduzidas modificações na estrutura urbana das grandes cidades.
	
	B
	Os grandes centros urbanos, no último quartel do século XIX, tiveram diminuição de população devido ao processo migratório em direção ao mundo rural.
	
	C
	As melhorias urbanas estiveram, nas últimas décadas do século XIX, diretamente vinculadas ao sentimento do advento da modernidade.
Você acertou!
No livro-base, consta como ocorreu um vertiginoso processo de crescimento de grandes centros urbanos no Brasil no final do século XIX e início do XX, o qual esteve diretamente vinculado à construção de ferrovias e inovações tecnológicas que modificaram a estética das cidades (livro-base, p. 211-216). Ademais, o autor do livro-base analisa um sentimento difuso na sociedade brasileira nas últimas décadas do império, isto é, o sentimento do advento da modernidade, mostrando que esse sentimento esteve vinculado a inovações tecnológicas e à diminuição do tempo de locomoção por conta da navegação a vapor e das ferrovias, que contribuíram para uma sensação, também difusa, de aceleramento do tempo histórico (livro-base, p. 216-221).
	
	D
	A partir de 1850, enquanto as grandes potências internacionais, como França e Inglaterra, construíam ferrovias, essa tecnologia pouco afetou a realidade brasileira.
	
	E
	O progresso, para quem viveu no final do século XIX, pode ser definido como um sentimento de estagnação, isto é, de que o tempo estaria parado e a sociedade pouco se modificava.
Questão 1/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Atente para a seguinte citação: 
“Dale Tomich chama a escravidão do século XIX de segunda escravidão. Para o autor, não se tratava exatamente da mesma coisa que havia acontecido entre os séculos XV e XVIII. No século XIX, ela coexistiu com o mundo industrial. Por isso mesmo, a segunda escravidão foi diferente, pois o uso do trabalho escravo persistiu após a Revolução Industrial. Apenas três regiões continuaram com a escravidão após a Era da Revoluções: Brasil, o Sul dos Estados Unidos e Cuba”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FELDMAN, Ariel. Brasil Império: história, historiografia e ensino de História. Curitiba: Editora Intersaberes, 2018. p. 147. 
Considerando estas informações e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre a escravidão no século XIX, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O quadro do sistema escravista colonial permaneceu inalterado com as independências nas Américas.
	
	B
	O Brasil, Cuba e os Estados Unidos constituem-se exceções ao que ocorreu no restante do continente americano, pois mantiveram a escravidão.
Você acertou!
No livro-base, consta como a escravidão, a despeito de ter entrado em crise na maioria do continente americano nas primeiras décadas do século XIX, permaneceu sendo uma instituição central em Cuba (ainda colônia espanhola), no Sul dos Estados Unidos da América e no Brasil. Diferentemente de Cuba, que ainda era uma colônia espanhola, sem representação no parlamento espanhol e sem imprensa livre, no Brasil, a escravidão coexistiu com liberdade de imprensa e representação política. Nos Estados Unidos, a escravidão permaneceu até a Guerra de Secessão (1861-1865), mas o tráfico transatlântico foi abolido em 1807. O historiador Dale Tomich critica os pressupostos da incompatibilidade do capitalismo industrial com a escravidão (livro-base, p. 146-151).
	
	C
	Os Estados Unidos continuaram a praticar o tráfico transatlântico de escravos ao longo do século XIX. 
	
	D
	Em Cuba, assim como no Brasil, a escravidão coexistiu, no século XIX, com instituições representativas, imprensa livre e eleições periódicas.
	
	E
	Há um consenso na historiografia de que o capitalismo industrial é incompatível com o trabalho escravo, pois depende de mão de obra assalariada para fomentar o consumo.
Questão 2/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Leia o seguinte fragmento de texto: 
“Nas últimas décadas da escravidão, movimentos abolicionistas e projetos de lei foram acompanhados tanto por um processo de fuga em massa dos escravos como por intensa mobilização popular, principalmente nas cidades. Essa é uma história que ainda não foi escrita”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GOMES, Flávio. Negros e política (1888-1937). Rio de Janeiro: J. Zahar, 2005. p. 9,10. 
Considerando essas informações e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre a abolição da escravidão, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	Os historiadores, desde o início do século XX, consideraram a resistência escrava como o fator preponderante para a abolição da escravidão.
	
	B
	A historiografia, atualmente, entende que abolição da escravidão foi um ato de benevolência da princesa Isabel para com os escravizados.
	
	C
	As explicações sobre as causas da abolição da escravatura, em 1888, permaneceram as mesmas ao longo do tempo.
	
	D
	Nas décadas de 1960 e 1970, existia uma tradição historiográfica que entendia que o mundo capitalista industrial seria incompatível com o trabalho escravo.
Você acertou!
No livro-base, consta uma síntese das vertentes historiográficas que buscaram explicar as causas da abolição da escravidão em 1888, mostrando que entre as décadas de 1960 e 1970 preponderaram explicações que incompatibilizavam o mundo capitalista industrial com a existência de trabalho escravo. A partir da década de 1990, houve um movimento de revisão historiográfica, que passou a enxergar o papel central dos principais interessados na abolição, os escravos, no movimento abolicionista (livro-base, p. 164-168).
	
	E
	A atuação de escravizados e homens livres nos movimentos abolicionistas é um objeto de pesquisa desvalorizado desde a década de 1990.
Questão 3/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Leia o seguinte trecho do Manifesto Republicano de 1870:
“A autonomia das províncias é, pois, para nós, mais do que um interesse imposto pela solidariedade dos direitos e das relações provinciais; é um princípio cardeal e solene que inscrevemos na nossa bandeira. O regime da federação [...] é aquele que adotamos no nosso programa”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MACHADO, L. T. Formação do Brasil e unidade nacional. São Paulo: Ibrasa, 1980.p. 151. 
Considerando essas informações e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de história sobre o movimento republicano, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O movimento republicano teve como uma de suas principais bandeiras a defesa de um Estado unitário.
	
	B
	Desde a independência do Brasil, em 1822, o movimento republicano representou um papel político decisivo para os rumos da nação.
	
	C
	O movimento republicano foi eminentemente urbano, contando com pouca adesão dos cafeicultores paulistas.
	
	D
	Os republicanos, que passaram a ter uma atuação mais relevante a partir de 1870, criticavam o excesso de autonomia das províncias.
	
	E
	O federalismo foi uma das pautas centrais do movimento republicano, o qual passou a ter maior importância política a partir da década de 1870.
Você acertou!
O movimento republicano se fortaleceu no Brasil a partir da década de 1870. Tendo em vista que, antes disso, apesar de existirem republicanos no Brasil, tratava-se de um ideário relativamente fraco em termos de capacidade de promover mudanças históricas. O republicanismo brasileiro da época vinculava-se ao federalismo, conclamava por mais autonomia às províncias, era crítico a adoção de um Estado unitário e teve como principais lideranças cafeicultores paulistas (livro-base, p. 221-226).
  
Questão 4/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Observe o quadro abaixo, que apresenta o poder legislativo na corte e nas províncias: 
 
	 
	Assembleia 
	Ano de criação 
	Responsável por elaborar
	Poder Legislativo Central
	Assembleia Geral (Senado + Câmara dos Deputados)
	1824 (Constituição)
	Leis gerais
	Poder Legislativo Provincial 
	Assembleia Provincial
	1834 (Ato Adicional)
	Leis provinciais
 Após esta avaliação, caso queira observar o quadro, ele está disponível em: FELDMAN, Ariel. Brasil Império: história, historiografia e ensino de História. Curitiba: Intersaberes, 2018. p. 115. 
Considerando estas informações e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre Estado unitário, Estado federal e as principais instituições políticas, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	Desde a outorga da constituição de 1824 as províncias tiveram autonomia para legislar, criar tributos e instituir um corpo de funcionários públicos.
	
	B
	O ato adicional, em 1834, criou o poder legislativo provincial, os quais foram mantidos a partir de então até a Proclamação da República.
Você acertou!
Depois do Ato Adicional (1834), as províncias passaram a contar com as Assembleias Provinciais, responsáveis por elaborar leis provinciais, isto é, validas apenas para determinada província. As Assembleias Provinciais existiram até 1889 (livro-base, p. 114,115). O Ato Adicional, portanto, estabeleceu um Estado federal no Brasil, tendo em vista que o federalismo pode ser definido como “um sistema de governo que divide atribuições entre o centro e as partes” (livro-base, p. 113). A Constituição de 1824, na sua formulação original, desenhou um Estado unitário, pois as províncias não tinham autonomia para legislar e tributar. O poder legislativo central sempre foi bicameral. Por fim, há discordância entre historiadores sobre a definição do tipo de Estado instituído no Brasil ao longo do século XIX (livro-base, p. 115,116).
	
	C
	Durante todo o século XIX, qualquer lei elaborada no território nacional teria validade para todo o Brasil.
	
	D
	O poder legislativo central, sediado no Rio de Janeiro, era unicameral.
	
	E
	A historiografia concorda, sem questionamentos, que o Estado nacional brasileiro foi unitário durante o século XIX.
Questão 5/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Leia a seguinte afirmação, supostamente dita por um político do século XIX: 
“Não há nada mais parecido com um Saquarema [conservador] do que um Luzia [liberal] no Poder”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: NABUCO, Joaquim. Um estadista do Império. 5. ed., v. 1. Rio de Janeiro: Topbooks, 1997. p. 172. 
Considerando essas informações e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre Estado e classe social de acordo com Ilmar R. Mattos, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	Para o historiador Ilmar R. Mattos, os liberais eram exatamente iguais aos conservadores.
	
	B
	Segundo o pesquisador Ilmar R. Mattos, escravidão e política foram aspectos que permaneceram separados no século XIX.
	
	C
	De acordo com Ilmar R. Mattos, independente de quem estivesse no poder, o projeto político do Partido Conservador seria implementado.
Você acertou!
No livro-base (p. 141-146) há uma síntese das ideias de Ilmar R. Mattos em sua obra O Tempo Saquarema: a formação do Estado imperial. Mattos interpreta de forma particular a famosa afirmação, a qual afirma que “não há nada mais parecido com um Saquarema [conservador] do que um Luzia [liberal] no Poder” (livro-base, p. 143). Segundo Mattos, havia uma relação de poder entre os dois principais grupos políticos do império, pois os liberais, mesmo que no poder, implementariam as diretrizes políticas dos conservadores. Liberais, portanto, não seriam, segundo Mattos, iguais aos conservadores, mas subordinados. Mattos entende, inspirando-se nas ideias de Antônio Gramsci, que as lideranças saquaremas exerceram uma direção moral e intelectual sobre a sociedade, criando um consenso sobre a importância da manutenção da escravidão no Brasil, tendo sido o convencimento tão importante quanto o uso da força e da coerção física (livro-base, p. 141-146).
	
	D
	Ilmar R. Mattos refuta a teoria de Antônio Gramsci segundo a qual grupos políticos poderiam exercer uma direção moral e intelectual sobra a sociedade.
	
	E
	Segundo Ilmar R. Mattos, os conservadores exerceram sua dominação política e social principalmente por meio do uso da força e da coerção.
Questão 6/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Leia o seguinte trecho de um catecismo político, que circulou em Salvador em 1821: 
“P [pergunta]. Que são Cortes?
R [resposta]. Um Congresso Nacional convocado [...] para promover o bem e a felicidade da nação. [...]
P. Que diferença há entre as Cortes antigas e as que agora se convocam?
R. Em que agora não se convoca arbitrariamente certa parte da nação, porém todo o povo concorre para nomear sujeitos que o representem, confiando-lhes o poder soberano que reside na nação, para que disponham e estabeleçam o que é mais conducente ao bem público. [...]
P. Serão grandes as faculdades destas Cortes?
R. Serão ilimitadas, porque residirá nelas em toda a sua extensão a autoridade soberana. [...]
P. Qual é o governo Constitucional?
R. É aquele no qual um rei governa segundo as leis fundamentais estabelecidas pelo Congresso da nação, a que chamam Cortes”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, M. R. S. Independência ou morte em Salvador: o cotidiano da capital da Bahia no contexto do processo de independência brasileiro (1821-1823). Dissertação (Mestrado em História Social) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2012, p. 27,28. 
Considerando esse extrato de documento histórico e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre a revolução liberal e constitucional luso-brasileira, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O catecismo político defendia a manutenção do absolutismo no Brasil e em Portugal.
	
	B
	O documento histórico propagandeava que o rei estaria hierarquicamente acima da lei constitucional, podendo descumpri-la.
	
	C
	O catecismo político preocupa-se em mostrar as semelhanças das Cortes que se reuniam durante 1821 em Lisboa com as Cortes antigas.
	
	D
	Segundo o extrato de documento histórico, o Brasil deveria se separar imediatamente de Portugal.
	
	E
	Trata-se de um documento histórico que demonstra preocupação em explicar as novidades políticas da revolução liberal e constitucionalà população. 
Você acertou!
Durante a revolução liberal e constitucional luso-brasileira, com a liberdade de imprensa recém-decretada, circularam diversos jornais que tinham a preocupação em explicar as novidades políticas à população. Esse documento histórico, em um formato didático de perguntas e respostas, explicava ao leitor que as Cortes que se reuniam em Lisboa em 1821 eram diferentes das tradicionais Cortes anteriormente convocadas pela monarquia portuguesa, pois, em 1821, a lei fundamental, isto é, a Constituição, estaria acima do rei. Em outros termos, a soberania da nação, expressa em um conjunto de leis redigido por representantes da vontade nacional, subordinaria e limitaria o poder do monarca, suplantando os pressupostos básicos do absolutismo (livro-base, p. 64-76). O extrato do documento (catecismo político) não faz menção à separação entre Brasil e Portugal, tendo em vista que, em 1821, essa ideia ainda era incipiente no debate público.
Questão 7/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Observe a seguinte figura:
Poder Executivo: do centro às províncias
Após esta avaliação, caso queira observar a figura, ele está disponível em: FELDMAN, Ariel. Brasil Império: história, historiografia e ensino de História. Curitiba: Editora Intersaberes, 2018. p. 112. 
Considerando essas informações e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre Estado unitário, Estado federal e as principais instituições políticas no Brasil do século XIX, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O chefe do poder executivo provincial foi um cargo eletivo durante o século XIX.
	
	B
	O presidente de província era escolhido, no século XIX, da mesma forma como escolhemos, atualmente, os governadores dos Estados.
	
	C
	O presidente de província, no século XIX, era considerado um delegado do poder central nas diversas regiões do império.
Você acertou!
No livro-base, consta como a Constituição de 1824 estabeleceu um sistema que concedia ao poder central a nomeação dos presidentes de província, sendo o imperador o responsável por nomear os ministros, e o ministro do império nomeava o chefe do poder executivo provincial. O presidente de província era, assim, o delegado do poder central nas províncias, não sendo escolhido por processo eleitoral. Tal desenho institucional centralizava o poder no ministério, que, por efeito cascata, interferia na nomeação uma série de funcionários públicos nas diversas localidades do imenso território brasileiro (livro-base, p. 111-126).
	
	D
	O imperador estava excluído da participação no processo de decisão sobre quem deveria exercer o poder executivo nas províncias do império.
	
	E
	O sistema de nomeação dos presidentes de província no Brasil do século XIX reforçou a descentralização do poder político e o federalismo, bem como a autonomia provincial.
Questão 8/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Leia o que escreveu, em 1977, o ex-presidente e sociólogo Fernando Henrique Cardoso:  
“No caso da escravidão [...], o movimento global do sistema não decorreu da dinâmica interna do sistema capitalista-escravista brasileiro apenas. Foi o fim do tráfico de escravos que pôs um limite à condição básica da reprodução do sistema (o abastecimento contínuo e economicamente viável da mão de obra). Aquele, por sua vez, decorreu da vitória política e econômica dos setores capitalistas-industriais manchesterianos contra o capitalismo mercantil escravista inglês e mundial. Existiu, portanto, uma sobredeterminação ao escravismo brasileiro no sistema capitalista mundial”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARDOSO, F. H. Capitalismo e escravidão no Brasil meridional: o negro na sociedade escravocrata do Rio Grande do Sul. 5 ed. rev. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. p. 20,21. 
Considerando esse extrato de texto e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre o debate historiográfico acerca da abolição da escravidão segundo Fernando Henrique Cardoso, assinale a alternativa correta:
 
Nota: 10.0
	
	A
	Fernando Henrique Cardoso vincula-se à vertente historiográfica que entende que a abolição da escravidão foi causada, sobretudo, pela atuação do movimento abolicionista brasileiro.
	
	B
	Para Fernando Henrique Cardoso, a abolição da escravidão foi uma revolução social interna ao Brasil.
	
	C
	Segundo Fernando Henrique Cardoso, o escravo foi o principal protagonista da abolição da escravidão.
	
	D
	Fernando Henrique Cardoso despreza a dinâmica do capitalismo industrial internacional no processo de abolição da escravidão no Brasil.
	
	E
	De acordo com Fernando Henrique Cardoso, o desenvolvimento do capitalismo industrial a nível global foi determinante para o fim da escravidão no Brasil.
Você acertou!
No livro-base (p. 164-168) consta uma síntese do debate historiográfico das últimas décadas em relação à abolição da escravidão no Brasil. Nas décadas 1960 e 1970, predominou uma visão segundo a qual as transformações estruturais da economia mundial, isto é, o desenvolvimento do capitalismo industrial, foram determinantes para o fim do trabalho escravo no Brasil. A análise de Fernando Henrique Cardoso, publicada originalmente em 1977, está inserida dentro dessa vertente historiográfica, no livro-base, denominada de estruturalista. A partir da década de 1990, houve um movimento de revisão historiográfica, que passou a enxergar o papel central dos principais interessados na abolição, os escravos, no movimento abolicionista (livro-base, p. 164-168).
Questão 9/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Leia o seguinte fragmento de texto: 
“Em diversas províncias, republicanos evitaram tomar uma decisão clara sobre a abolição. Na década de 1880, quando o abolicionismo e o movimento republicano ganharam mais envergadura, peso político e maior capacidade de mobilização, mantiveram-se separados”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DOLHNIKOFF, Miriam. História do Brasil Império. São Paulo: Contexto, 2017. p. 163. 
Considerando essas informações e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre o movimento republicano, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	Desde a independência do Brasil, em 1822, o movimento republicano foi hegemônico e consensual na sociedade brasileira.
	
	B
	O fato de o Partido Republicano Paulista ter sido fundado, essencialmente por cafeicultores do oeste paulista, aproximou o movimento republicano do abolicionista.
	
	C
	O movimento republicano, que ganhou força no Brasil a partir da década de 1870, era contrário ao federalismo.
	
	D
	Era vetada, no movimento republicano, a participação de políticos vinculados à causa abolicionista.
	
	E
	O movimento republicano era crítico à existência de cargos vitalícios, como o de senador do império, pois acreditava que isso prejudicaria a representatividade das intuições.
Você acertou!
No livro-base, consta uma síntese das principais ideias do movimento republicano, o qual se fortaleceu no Brasil a partir da década de 1870, tendo em vista que, antes disso, apesar de existirem republicanos no Brasil, tratava-se de um ideário relativamente fraco em termos de capacidade de promover mudanças históricas. O republicanismo brasileiro da época vinculava-se ao federalismo, criticava a existência de cargos vitalícios, como o de senador, e, no princípio, manteve-se afastado do movimento abolicionista, pois suas principais lideranças eram cafeicultores paulistas que ainda dependiam, em alguma medida, do trabalho escravo. Contudo, existiram importantes políticos republicanos e, ao mesmo tempo, abolicionistas, como José do Patrocínio (livro-base, p. 221-226).
Questão 10/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Leia o seguinte excerto de texto: 
“Talvez não seja mera coincidência que o primeiro golpe de estado que provocou a abolição de um regime e a revogaçãode uma constituição no Brasil tenha ocorrido apenas um ano após a Lei Áurea (1888)”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PARRON, T. (Org.); ALENCAR, J. de. Cartas a favor da escravidão. São Paulo: Hedra, 2008, p. 35,36. 
Considerando essas informações e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre a Proclamação da República, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	É equivocado um historiador estabelecer relações entre o movimento abolicionista, a abolição da escravidão e a Proclamação da República.
	
	B
	Os militares permaneceram fiéis à monarquia, defendendo-a até o último momento.
	
	C
	A historiografia, atualmente, concorda que a instauração da república ampliou consideravelmente a participação do povo no processo político e decisório.
	
	D
	A tese de que a Proclamação da República não contou com apoio popular foi elaborada meio século depois do 15 de novembro de 1889, ou seja, quase na metade do século XX.
	
	E
	A Proclamação de República foi um momento histórico relevante para a separação entre Igreja e Estado no Brasil.
Você acertou!
A primeira constituição republicana, de 1891, oficializou a separação entre Igreja e Estado no Brasil, sendo que a Proclamação da República se constituiu, dessa forma, em um momento relevante no processo de laicização do Estado brasileiro. A despeito de não ser possível uma associação mecânica entre abolição e proclamação da República, é inegável que o movimento abolicionista contribuiu no processo de enfraquecimento das instituições monárquicas. Além disso, a derrubada da monarquia foi realizada pelos militares, sendo que a tese de que o 15 de novembro de 1889 foi uma atitude isolada de lideranças do exército, sem nenhum respaldo popular, foi formulada por monarquistas nos primeiros anos do período republicano. Por fim, conforme José Murilo de Carvalho, influente historiador da atualidade, a república não trouxe aquilo que ela havia prometido trazer, isto é, o aumento da participação popular no processo político e decisório (livro-base, p. 227-232).

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