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DOENÇAS PULMONARES - NEONATAL

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PRINCIPAIS DOENÇS RESPIRATÓRIAS DO PERÍODO NEONATAL 
1- SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO: 
Conhecida como a doença da membrana hialina. Acomete a maioria dos recém-nascidos pré termo, de baixo peso ou não. 
Além do fator pré termo, alguns outros fatores de risco para o desenvolvimento da SDR são: sexo masculino, raça branca, filhos de mães portadoras de diabetes, asfixia perinatal, hemorragia materna no ultimo trimestre. 
FISIOPATOLOGIA DA SDR: é uma patologia decorrente da quantidade insuficiente de surfactante dentro dos alvéolos pulmonares. Além dessa deficiência na produção do surfactante a SDR é causada também por uma imaturidade pulmonar, podendo citar o desenvolvimento incompleto das estruturas do parênquima pulmonar e da complacência exagerada da caixa torácica. 
Obs: recém-nascidos de mães portadores da diabetes podem apresentar hiperinsulinismo e a insulina diminui a síntese de surfactante. 
QUADRO CLÍNICO: é feito baseado na história materna, em como foi realizado o parto e os sinais e sintomas apresentados pelo recém-nascido. Se não houver complicações do quadro clinico, o bebê apresenta uma evolução clinica típica, onde algumas horas após o nascimento ocorre uma piora progressiva, tendo o pico por volta das 36 a 48 horas e melhora gradativa 72 horas após o nascimento. 
Se houver complicações clinicas no caso, ocorre uma acentuação dos sinais clínicos, que progridem para períodos de apneia e alteração hemodinâmica.
SINAIS DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO: - dispneia; taquipneia - batimento da asa do nariz - tiragem intercostal e subcostal - retração xifoidea - gemido expiratório - Na ausculta pulmonar há diminuição do MV em ambos hemitórax. Para quantificar a evolução dos sinais apresentados, deve ser utilizado o boletim de Silverman Anderson 
QUADRO RADIOLÓGICO: observa-se raio x infiltrado reticulogranular difuso, que é a representação das vias distais atelectasiadas. Presença de broncogramas e aumento do liquido pulmonar. 
CLASSIFICAÇÃO RADIOLÓGICA: baseada na intensidade do aspecto reticulogranular, na quantidade e na distribuição do broncograma aéreo e no aspecto da imagem cardíaca, se distribuindo da seguinte forma: 
Grau I – aspecto reticulogranular leve com broncograma aéreo em pequena quantidade limitado ao mediastino e sem alteração da imagem cardíaca. Grau II – aspecto reticulogranular moderado com broncograma aéreo estendendose para fora do mediastino e sem alteração da imagem cardíaca. Grau III – aspecto reticulogranular grave com broncograma aéreo invadindo a periferia e imagem cardíaca pouco visível. Grau IV – opacificação completa dos campos pulmonares e imagem cardíaca invisível
TRATAMENTO: tem como objetivo principal manter estável o quadro clínico, de acordo com as necessidades de cada um, sendo importante a manutenção de um ambiente termicamente neutro, hidratação adequada. Manusear o mínimo possível o paciente. Deve ofertar ao paciente assistência respiratória que visa manter estáveis os níveis de oxigenação, quanto o recém-nascido não é capaz de o realizar sozinho. Deve ser feito de maneira que ocorra menor interferência fisiológica, visando reduzir ao máximo o trabalho respiratório, favorecendo na estabilização do quadro clinico. Oxigenoterapia é a oferta de oxigênio umidificado, aquecido e em concentrações variáveis, de acordo com a necessidade de cada um. Deve ser altamente controlada, por o excesso pode gerar uma lesão pulmonar. 
SÍNDROME DA ASPIRAÇÃO DO MECÔNIO
A síndrome da aspiração do mecônio é uma doença grave, caracterizada pela aspiração do líquido amniótico meconizado, causando desconforto respiratório. O mecanismo causador da patologia é a obstrução das vias aéreas pelas partículas do mecônio que foram aspiradas pelo feto. Acomete ambos os sexos, e geralmente acomete bebês pequenos para a idade gestacional, pós termo e intercorrências ao posicionamento do cordão umbilical. 
QUADRO CLÍNICO: é diagnosticado pela presença de sinais de sofrimento fetal, mecônio impregnado nas unhas, no cordão umbilical, na pele e traqueia, desconforto respiratório e outros siais de asfixia perinatal. A intensidade dos sinais e sintomas variam de acordo com a gravidade do caso e da quantidade de mecônio que foi aspirado, bem como seu tempo para eliminação. 
Em casos de aspiração mínima: leve desconforto respiratório que não há necessidade de intervenção, solucionando-se após alguns dias de vida. Em casos de aspiração moderada e grave: sinais clássicos de desconforto respiratório, como batimento da asa do nariz, tiragem intercostal e subcostal, cianose, taquipneia, dispneia e gemidos expiratórios. Murmúrio vesicular difuso com estertores. 
TRATAMENTO: imediatamente após o nascimento, o recém-nascido tem suas vias aéreas aspiradas. Quando o bebê apresentar sinais de desconforto respiratório, deve-se ofertar O2 de acordo com sua necessidade, podendo ser feita através da CPAP ou intubação orotraqueal. A antibioticoterapia é introduzida afim de se evitar a colonização bacteriana e possível ocorrência de pneumonia aspirativa. 
TAQUIPNÉIA TRANSITÓRIA DO RECÉM – NASCIDO 
 Conhecida também como síndrome do pulmão úmido, é uma patologia de inicio precoce com desconforto respiratório. Varia de leve a moderado, mas com uma evolução benigna. Geralmente acomete recém-nascidos a termo ou próximos ao termo. 
É causada por um retardo na absorção do liquido pulmonar, absorção que deve ser iniciada alguns dias antes do trabalho de parto. Pode ser causada devido a uma cesárea eletiva, quando a mãe não entra em trabalho de parto, nascimento prematuro e sedação materna. A demora na absorção do liquido causa um edema transitório e, consequentemente, a diminuição da complacência pulmonar. 
QUADRO CLÍNICO: o paciente começa a apresentar anormalidades durante a respiração. Os sinais se apresentam entre duas a quatro horas após o nascimento e os mais comuns são: taquipneia com frequência acima de sessenta incursões respiratórias por minuto, dispnéia, batimento de asa de nariz, gemido expiratório, retração intercostal e subcostal e cianose.Na ausculta pulmonar pode-se apresentar diminuição do MV com presença de estertores subcrepitantes finos, mas, a mesma pode-se apresentar normal também. No raio X encontra-se presença de liquido no pulmão.
TRATAMENTO: tem como objetivo de manter estável o quadro do recém-nascido, através da manutenção da temperatura, para diminuir o consumo energético, e reposição de calorias para repor a energia gasta devido a taquipnéia. A oxigenoterapia pode ser empregada para manter um nível de PaO2 adequado durante o curso da doença, para isto é necessária baixa FiO2 que geralmente é ofertada através de Halo, CNAF sendo raramente indicado CPAP ou ventilação mecânica. 
APNEIA DA PREMATURIDADE 
É definida como uma pausa respiratória que vêm acompanhada de cianose e/ou bradicardia. Para ser diagnosticada a doença é necessário excluir outras causas de apneia, deve-se ressaltar que não haja nenhum outro fato que possa causar uma apneia. 
QUADRO CLÍNICO: os episódios de apneia são apresentados com mais frequência nos primeiros dias de vida, podendo também vir acompanhada de: cianose, bradicardia, palidez, hipoatividade. Os períodos de apneia podem trazem sequelas neurológicas ao recém-nascido, mesmo quando esses períodos forem de curta duração. Por isso, é importante que seja sempre feito a monitoração da saturação, para intervir quando necessário.
TRATAMENTO: é realizado naqueles pacientes que apresentam episódios com bastante frequência, ou aqueles em que seja necessária intervenção para que retomem ciclos respiratórios normais. As vias aéreas devem estar sempre aspiradas e realizar estimulação tátil dos movimentos respiratórios. 
 A oxigenoterapia deve ser aplicada quando se observa hipóxia com níveis de saturações pouco satisfatórios. O CPAP tem se mostrado eficaz no tratamento de apnéia da prematuridade por trazer algumas vantagens, como por exemplo a manutenção da patência das vias aéreas, regularização do ritmo respiratório por estímulo dos receptores do nervo vago, estabilização da caixa torácica e aumento da capacidade residual funcional pulmonar, o que com tudo melhora a 11 oxigenação. Porem, o CPAP atua sobre as apnéias do tipo obstrutiva e mista, não interferindo nas causas centrais. Se a aplicação do CPAP não apresentar resultados satisfatórios está indicada a ventilação mandatória intermitente, sem a necessidade da utilização de altas pressões, uma vez que a mecânica pulmonar não se encontra alterada. 
DISPLASIA BRONCOPULMONAR
Acomete principalmente recém-nascidos de baixo peso, que foram submetidos a períodos prolongados de VM. Algumas das possibilidades para a doença: toxicidade pulmonar causada por oxigênio, barotrauma causado pela VM, o edema pulmonar devido a sobrecarga hídrica sobre estruturas alveolares e infecções pulmonares. É o resultado de uma resposta inflamatória do pulmão que pode ter início precoce ainda durante a fase fetal como resposta a exposição à citocinas pró-inflamatórias presentes no útero materno, somada a exposição de outros estímulos após o nascimento como ventilação mecânica, concentrações de oxigênio diferentes da encontrada no ar, processos infecciosos e persistência do canal arterial.
QUADRO CLÍNICO: geralmente é um recém-nascido pré termo e de baixo peso, que evolui com dependência de O2, podendo estar ou não em VM, e com desconforto respiratório que não cessa, mesmo a doença de base apresentando uma solução. 
TRATAMENTO: visa principalmente a prevenção da doença do que sua solução propriamente dita. O paciente pode estar ou não em VM. Níveis de PEEP e FiO2 suficientes para impedir o colabamento dos alvéolos e manter uma FiO2 adequada afastando os efeitos indesejáveis do excesso de oxigênio. O uso de CPAP tem se mostrado uma boa alternativa para auxiliar no processo de desmame, diminuindo a freqüência de atelectasias e episódios de apnéia.

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