Buscar

Transtornos de Ansiedade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TRANSTORNOS DE ANSIEDADE 
P3M1E6 
Ansiedade normal -> sensação difusa, desagradável e vaga 
de compreensão. Comum ser acompanhada de sintomas 
autonomicos (cefaleia, hiperidrose, palpitação, aperto no 
peito, alteração na respiração, desconforto estomacal, 
midríase, tremores, diarreia, inquietação – incapaz de ficar 
sentado ou em pé por muito tempo). Afeta, também, o 
pensamento, a percepção e o aprendizado. Pode produzir 
confusão e distorção da percepão, não só do tempo e do 
espaço, mas também das pessoas e dos significados dos 
acontecimentos. 
Ansiedade x medo -> a ansiedade é um sinal de alerta, indica 
perigo iminente e capacita a pessoa p/ lidar com a ameaça. 
A ansiedade está menos ligada com o momento exato da 
ameaça -> pode ser antecipatória, pode persistir depois que 
a ameaça cessou ou acontecer sem ameaça identificável. A 
ansiedade é uma resposta a uma ameaça desconhecida, 
vaga, interna ou conflituosa. 
Já o medo se dá como resposta a uma ameaça conhecida, 
externa, definida ou não conflituosa; 
 
Transtornos de Ansiedade 
Incluem os transtornos que compartilham características de 
medo e ansiedade excessivos e perturbações comporta-
mentais relacionados. 
Epidemio -> (OMS) O Brasil tem o > número de pessoas 
ansiosas no mundo (18,6mi – 9,3% da população). A maioria 
ocorre com mais frequencia em indivíduos do sexo feminino 
(proporçao estimada 2:1). 
Etiologia -> 
♥ Teorias comportamentais: ou de aprendizagem; 
postulam que a ansiedade é uma resposta condicionada a um 
estímulo específico. Em um modelo de condicionamento 
clássico, uma menina criada por um pai abusivo, por ex, por 
meio da generalização, pode se tornar ansiosa ao ver 
qualquer homem, por lembrar-se do pai abusivo, gerando 
certo grau de ansiedade. 
♥ Genética: estudos mostram existir pelo menos um 
componente genético no desenvolvimento dos transtornos 
de ansiedade. Cerca de 50% dos pctes com transtorno de 
panico tem ao menos 1 parente afetado. Estudos relativos a 
gemeos apoiam a hipótese de que os transtornos de 
ansiedade são, ao menos em partes, geneticamente 
determinados. 
♥ Serotonina: antidepressivos serotoninérgicos tem 
efeitos terapeuticos em alguns transtornos de ansiedade (ex: 
clomipramina, no TOC). A efetividade da buspirona, agonista 
dos receptores serotoninérgicos 5-HT1a, no tto dos 
transtornos de ansiedade, tbm sugere a possível associação 
entre a 5HT e a ansiedade. 
 
Fisiopatologia-> o hipotálamo “orquestra” uma resposta 
humoral, visceromotora e somático-motora apropriada. Esta, 
é regulada pelo eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA). O 
cortisol é liberado pela glandula adrenal, em resposta a um 
aumento dos níveis sanguíneos do ACTH (hormonio adreno 
corticotrófico), liberado pela adenohipófise, devido ao estímulo 
do hormonio liberador de corticotrofina (CRH) do hipotálamo. 
Os neuronios hipotalamicos que secretsm CRH são regulados 
pela amígdala e pelo hipocampo. Quando o núcleo central da 
amígdala é ativado, interfere no eixo HPA e a respota ao 
estresse é emitida, sendo que a ativação inapopriada tem 
sido relacionada aos transtornos de ansiedade. 
Classificação 
• Transtorno de panico: ataque intenso agudo de 
ansiedade, acompanhado de sentimentos de desgraça 
iminente. Pode ou não ser acompanhado de agorafobia. 
• Agorafobia: indivíduos apreensivos e ansiosos acerca 
de 2 ou + das seguintes situações: usar transporte público, 
estar em espaços abertos, estar em lugares fechados, ficar 
em uma fila ou estar no meio de multidão, ou estar fora de 
casa sozinho em outras situações. O indiivíduo teme essas 
situações devido aos pensamentos de que pode ser difícil 
escapar ou que pode não haver auxílio disponível caso 
desenvolva sintomas do tipo panico ou outros sintomas 
incapacitantes ou contrangedores. 
• Fobia social: indivíduo é temeroso, ansioso ou se 
esquiva de interações e situações sociais que envolvem a 
possibilidade de ser avaliado. Inclui: encontrar-se com pessoas 
que não os familiares, situações em que ele possa ser 
observado comendo ou bebendo e situações de 
desempenho diante de outras pessoas. A ideação cognitiva 
associada é a de ser avaliado negativamente pelos demais, 
sentir-se humilhado ou ofender os outros 
• Fobia específica: indivíduos apreensivos, ansiosos ou 
se esquivam de objetos/situação circunscritas. Uma ideação 
cognitiva específica não está caracterizada neste transtorno, 
como nos demais. Medo, ansiedade ou esquiva é quase 
sempre imediatamente induzido pela situação fóbica, até um 
ponto em que é persistente e fora de proporção em 
relação ao risco real. Existem vários tipos de fobias 
específicas -> a animais, ambiente natural, sangue-injeção- 
ferimentos, situacional e outros. 
• Transtorno de ansiedade generalizada: ansiedade e 
preocupação persistentes e excessivas sobre vários 
domínios, incluindo desempenho no trabalho e escola, que o 
indivíduo encontra dificuldade em controlar. São 
experimentados sintomas físicos, incluindo inquietação ou 
sensação de “nervos à flor da pele; fatigabilidade; dificuldade 
de concentração ou “ter brancos; irritabilidade, tensão 
muscular e perturbação do sono. 
• Transtorno de ansiedade por outra condição 
médica: sintomas podem incluir ataques de panico, ansiedade 
generalizada e outros sinais de sofrimento. Em todos os 
casos, o QC são devidos aos efeitos fisiológicos diretos da 
condição médica. Ex: hiper e hipotireoidismo, deficiencia de 
B12, feocromocitoma, hipoglicemia. 
• Induzido por substancias: resultado direto de uma 
subt tóxica, incluindo drogas de abuso, medicamentos, 
venenos, álcool, entre outros. Características clínicas variam 
de acordo com a substancia. 
T.O.C 
-> Caracterizado por obsessão e/ou compulsão. 
Obssessão-> pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes 
e persistentes vivenciados como intrusivos e indeseajados. 
Compulsão-> comportamentos repetitivos ou atos mentais 
que um indivíduo se sente compelido a executar em 
resposta a uma obsessão ou de acordo com regras que 
devem ser aplicadas rigidamente. 
FR) 
• Temperamentais: + sintomas internalizantes, 
afetividade negativa alta e inibição de comportamento na 
infancia são possíveis FR temperamentais. 
• Ambientais: abuso físico/sexual na infancia ou outros 
eventos estressantes ou traumáticos foram associados a um 
risco aumentado p/ o desenvolvimento de TOC. Algumas 
crianças podem desenvolver o início abrupto de sintomas 
obsessivo-compulsivos., o que foi associado a diferentes 
fatores ambientais, incluindo agentes infecciosos e uma sd 
autoimune pós-infecciosa. 
• Genéticos e fisiológicos: a taxa de TOC entre 
parentes do primeiro grau de adultos c/ transtorno é aprox 
2x a de parentes de primeiro grau daqueles sem o 
transtorno; no entanto, entre parentes de primeiro grau de 
indivíduos c/ início de TOC na infancia ou adolescencia, a 
taxa é aumentada em 10x. 
Critérios Diagnósticos: 
 
Especificar se: 
-> Com insight bom ou razoável: indivíduo reconhece que as 
crenças do TOC são definitivas ou provavelmente não 
verdadeiras, ou que podem não ser verdadeiras. 
-> Com insight pobre: o indivíduo acredita que as crenças do 
TOC são provavelmente verdadeiras. 
-> Com insight ausente/crenças delirantes: o indivíduo está 
completamente convencido que as crenças do TOC são 
verdadeiras. 
Especificar se o indivíduo tem história atual ou passada de um 
transtorno de tique. 
 
Tratamento TOC: estudos controlados indicam que a 
farmacoterapia, terapia comportamental ou uma combinação de 
ambas são efetivas p/ redução signiticativa dos sintomas. A 
decisão do tipo de terapia é baseada no julgamento, experiencia 
clínica e na aceitação das modalidades pelo pcte. 
-> Farmacoterapia: dados disponíveis indicam que as drogas 
usadas no tto de transtornos depressivos e outros transtornos 
mentais podem ser usadas em suas dosagens habituais. Efeitos 
são vistos após 4-6 semanas de tto, embora 8-16 semanas 
possam ser necessárias p/ obter o máximo benefício. 
O enfoque convencional consistem em começarcom uma droga 
específica da 5HT, por ex a clomipramima ou um ISRS, como a 
fluoxetina e depois avanças p/ outras estratégias, se estas não 
forem efetivas. 
♥ Clomipramina: é a droga padrão. Tricíclica específica à 
serotonina, tbm usada p/ tto de transtorno depressivo. Dosagem 
inicial: 25-50mg antes de dormir, podendo ser aumentada a 
incrementos de 25mg/dia a cada 2 ou 3 dias, até a dose máx de 
250mg/dia ou surgirem efeitos colaterais (EC) limitadores de do-
se. Por ser tricíclica, está associada com EC habituais, incluindo 
sedação, hipotensão, disílinção sexual e EC anticolinérgicos, como 
boca seca. 
♥ ISRS: fluoxetina, sertralina e paroxetina. Estudos da flu-
oxetina no TOC têm usado dosagens de até 50mg/dia p/ 
aquisição de benefícios terapeuticos. Embora os ISRS estejam 
associados com estimulação excessiva, inquietação, cefaleia, 
insonia, náuseas, efeitos do TGI adversos, este grupo é o melhor 
como tto de primeira linha para o TOC. 
A fluvoxamina, tbm ISRS, mas ainda não disponível, tem se 
mostrado efetiva no tto do TOC. 
♥ Outras drogas: se fracassa o tto com clomipramina ou 
ISRS, muitos terapeutas melhoram a primeira droga pelo 
acréscimo de lítio. Outras drogas podem ser tentadas: iMAOs, 
especialmente a fenelzina. Agentes farmacológicos menos 
estudados p/ o tto de pacientes não-respondedores incluem 
buspirona, feníluramina, triptofano e clonazepam.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes