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Hipersensibilidade do Tipo II

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Hipersensibilidade do Tipo II
Transfusão sanguínea
Fagócitos/defesa inata
· Polimorfonucleares: neutrófilos (pus), basófilos (degranulação/histamina: alergia), eosinófilos (degranulação/vermes)
· Mononucleares: macrófago e monócito
Linfócitos/defesa adaptativa
· B humoral: Ag extra celular e Ac (IgG e IgM/circulação sanguínea e IgE/tecido e IgA/superfície corpórea de revestimento 
· T celular: Ag intra celular e LT helper (MHC II) ou LT citotóxico (MHC I)
A principal característica da hipersensibilidade tipo II é a anemia, já que ela irá causar a hemólise.
Modelo: Sistema sanguíneo ABO, que é um dos sistemas que classifica as hemácias humanas. Sabe-se que, as hemácias humanas podem ser classificadas como hemácias:
Sangue tipo A, na superfície dessa hemácia existem epítopos que serão reconhecidos pelo sistema imune.
Sangue tipo B, na superfície dessa hemácia existem epítopos que serão reconhecidos pelo sistema imune e que são estruturas diferentes do sangue A.
Sangue tipo AB, possuí na superfície da hemácia tanto epítopos de tipo A ou B
Sangue O, não possuí epítopo nenhum na superfície da sua hemácia. 
Sabe-se que todo indivíduo que é sangue tipo A, possui na sua circulação sanguínea anticorpos contra o tipo B. Ou seja, A só pode doar para outro A ou AB. Não pode receber de tipo B
Sabe-se que todo indivíduo que é sangue tipo B, possui na sua circulação sanguínea anticorpos contra o tipo A. Ou seja, B só pode doar para outro B ou AB. Não pode receber do tipo A
Sabe-se que todo indivíduo que é sangue AB, não terá anticorpos contra AB. Ou seja, AB só pode doar para AB. 
Sabe-se que todo indivíduo que é sangue O, como sua hemácia não tem epítopo A/B, ele terá na sua circulação anticorpos para A/B. Ou seja, O pode doar para qualquer tipo e só pode receber de O. 
Em uma transfusão, se a hemácia do doador for incompatível com a hemácia do receptor, a transufão não ocorrerá normalmente. 
Transfusão sanguínea incompatível. A hemácia do doador A foi tranafundida para o compartimento sanguineo do indivíduo sangue B. O indivíduo sangue B possuí anticorpos anti A, e os Ac anti A vão interagir com os epítopos da hemácia A. A reação de hipersensibilidade do tipo II (transfusão sanguínea), o agressor será o epítopo da hemácia incompatível, ou seja, uma hemácia estranha.
A defesa adaptativa humoral que envolve anticorpos irá participar com atuação das classes de anticorpos IgG (em processos infecciosos crônicos) e IgM (presente na fase aguda).
DEA: antígeno eritrocitário de cães
Grupo sanguíneos: 7 sistemas
DEA 1, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 (sendo os mais importantes 1.1, 1.2 e 1.3
Toda vez que um ac se liga a um ag, sua destruição se da por duas maneiras possíveis. Parte da destruição se dá pelo sistema complemento (intravascular) e a outra pelos fagócitos (extravascular – baço), e ambas ocorrem simultaneamente, o ac é responsável pela neutralização da hemácia. 
Destruição por fagócitos
Neutrófilos e macrófagos vão interagir com o ac (que está neutralizando a hemácia) graça seus receptores de superfície que grudam em ac , assim, os fagocitos irão englobar hemácia+ac por fagocitose. Hemólise extravascular = pois não ocorre dentro do vaso sanguíneo, mas sim, dentro do baço.
Destruição pelo MAC (complexo de ataque a membrana)
A hemólise se dá pelo sistema complemento. O sistema complemento é um conjunto de 9 proteínas sanguíneas e que em conjunto geram o MAC. Esse sistema é como se fosse uma espécie de cilíndro dado por um agrupado de proteínas que se polimerizam, que irão perfurar a membrana plasmática da hemácia, que estará repleta de poros e perderá sua função. Nesse caso, a hemólise é intravascular 
Em humanos, a hipersensibilidade tipo II é conhecida como: 
Doença hemolítica do recém nascido (eritoblastose fetal), isso acontece todas as vezes que uma mãe que tem hemácias do tipo Rh -, tem um filho com hemácias do tipo Rh+. Durante o processo gestacional, as hemácias do bebe pode entrar em contato com as hemácias do filho, na primeira gestação não costuma ocorrer grandes problemas, porém, na segunda, durante a gestação, as IgG materno irão atacar as hemácias do bebe, e ele nascerá com anemia. Ou sejam, aumentam a quantidade de ac anti Rh.
Em potros, a hipersensibilidade tipo II é conhecida como isoeritrólise neonatal em potros, a diferença é que os ac da mãe passam para o filhote no momento da amamentação. 
A placenta equina é impermeável a anticorpos, assim, o animal terá fraqueza, redução do reflexo de sucção, cansaço, palidez de mucosas, icterícia (pela hemoglobina liberada em grande quantidade) 
Outra hipersensibilidade tipo II em equinos que se dá por um agente infeccioso é chamada AIE, a anemia infecciosa equina. Essa anemia de etiologia viral se da pelo retrovírus, transmitido por mosca hematófaga tabanídeo que vai causar anemia, apatia e febre. 
A mosca ao ingerir o sangue do animal infectado, será um vetor e irá infectar outros animais, sua picada é muito dolorida. 
O vírus será neutralizado pelo ac e destruído por um fagócito (que tem receptor para um ac), assim, o macrófago por exemplo, irá englobar além do vírus e do ac a hemácia, e isso irá causar o efeito colateral da anemia.
O colostro é um leite especial composto por IgG e IgM, produzido em uma faze muito particular com balanços hormonais, e por ser uma secreção látea também terá IgA. Todo leite possuí IgA
	Hipersensibilidade tipo II: transfusão sanguínea
	Agressor
	Hemácias estranhas
	 Defesa
	Inata: macrófagos/neutrófilo
Adaptativa: IgM e IgG 
Sistema complemento*
	Efeito Indesejável
	Hemólise (intra/extravascular) 
Letícia Beatriz Mazo Pinho – UAM – Proibida a comercialização deste resumo

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