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José Eduardo Palacio Soares – Bloco Puberdade – GT5 INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS São doenças infecto-contagiosas transmitidas pelo contágio direto durante o ato sexual. SÍFILIS Doença infecciosa sistêmica, de evolução crônica, sujeita a surtos de agudização e períodos de latência quando não tratada. • SÍNDROME: úlcera genital • AGENTE ETIOLÓGICO: Treponema pallidum (bactéria) • TRANSMISSÃO: sexual, vertical, transfusão sanguínea • CLASSIFICAÇÃO: - Sífilis adquirida recente (menos de um ano de evolução): divide-se em primária, secundária e latente recente. - Sífilis adquirida tardia (com mais de um ano de evolução): divide-se em latente tardia e terciária. - Sífilis congênita recente: casos diagnosticados até 2 anos de vida. - Sífilis congênita tardia: casos diagnosticados após 2 anos de vida. • FORMAS CLÍNICAS : - Sífilis primária: Surgimento do cancro duro após uma média de 21 dias de contato sexual; corresponde a uma lesão rósea, ulcerada, geralmente única e indolor, medindo de 1 a 2 cm, com bordas bem delimitadas, base endurecida, fundo limpo, liso e brilhante, secreção serosa escassa, acompanhada de adenopatia regional (bilateral, móvel, indolor). A lesão permanece por 10 a 20 dias e desaparece sem deixar cicatriz. - Sífilis secundária: 4 a 8 semanas após o desaparecimento da lesão primária; são lesões cutâne o-mucosas não ulceradas, simétricas, localizadas ou difusas. As lesões regridem espontaneamente e desaparecem com duas a seis semanas. Linfodenopatia é encontrada em 85% dos pacientes. - Sífilis latente: Recente (menos de 1 ano de evolução) ou tardia (mais de um ano de evolução); ausência de sinais e sintomas; pode durar de 3 a 20 anos; cerca de 2/3 dos pacientes não tratados permanecem nessa fase para sempre e sem complicações; o diagnóstico é feito somente por métodos sorológicos. - Sífilis terciária: Sinais e sintomas aparecem cerca de 3 a 20 anos após a infecção, principalmente lesões cutâneo- mucosas, neurológicas, cardiovasculares e articulares. 1/3 dos pacientes com sífilis primária e/ou secundária evoluem para a fase terciária. - Sífilis congênita: Causada pela disseminação do Treponema pallidum da gestante infectada para o seu concepto. A taxa de transmissão em mulheres não tratadas é de 70 a 100%, nas fases primária e secundária da doença, reduzindo para 30% nas fases latente e terciária. • TRATAMENTO: depende da fase da infecção: - Primária: penicilina benzatina 2,4 milhões UI em dose única (1,2 milhões UI em cada glúteo). - Secundária e latente recente: penicilina benzatina 2,4 milhões UI repetida após uma semana. Dose total: 4,8 milhões UI. - latente tardia e terciária: penicilina benzatina 2,4 milhões UI, semanal, por 3 semanas. Dose total: 7,2 milhões UI. José Eduardo Palacio Soares – Bloco Puberdade – GT5 CANCRO MOLE • SÍNDROME: úlcera genital • AGENTE ETIOLÓGICO: Haemophilus ducreyi (bactéria) • SINAIS: Lesões dolorosas, de bordas irregulares com contornos elevados e base recoberta por exsudato purulento, necrótico, com odor fétido que, quando removido, sangra fácil. • SINTOMAS: Disúria, dor a defecação, sangramento retal, dispareunia (dor genital durante ou após o sexo) e corrimento vaginal. • TRANSMISSÃO: Sexual HERPES GENITAL • SÍNDROME: úlcera genital • AGENTE ETIOLÓGICO: Herpes simplex vírus (HSV-2) • SINAIS: Pápulas erimatosas, seguindo-se de vesículas agrupadas com conteúdo citrino, as quais se rompem e originam ulcerações dolorosas, com bordas lisas. Posteriormente, são cobertas por crostas sero -hemáticas que cicatrizam por completo. • SINTOMAS: Prurido, ardência, hipersensibilidade, queimação e parestesia. • TRANSMISSÃO: Sexual, inclusive oro-genital DONOVANOSE (GRANULOMA INGUINAL/VENÉREO) • SÍNDROME: úlcera genital • AGENTE ETIOLÓGICO: Calymmatobacterium granulomatis (Klebsiella granulomatis, Donovania granulomatis) (bactéria) • SINAIS: Úlcera plana ou hipertrófica, delimitada, fundo granuloso, indolor, vermelho vivo e sangra fácil. Evolui lenta e progressivamente, podendo se tornar úlcero-vegetante. • SINTOMAS: Caroços e feridas vermelhas e sangramento fácil. • TRANSMISSÃO: Sexual. LINFOGRANULOMA VENÉREO • SÍNDROME: úlcera genital • AGENTE ETIOLÓGICO: Chlamydia trachomatis (bactéria) • SINAIS: -Lesão de inoculação: pápula, pústula ou exulceração indolor, que desaparece sem deixar sequela. - Disseminação linfática regional: adenopatia inguinal dolorosa; evolui com supuração e fistulização por orifícios múltiplos, eliminando material purulento. José Eduardo Palacio Soares – Bloco Puberdade – GT5 • SINTOMAS: Febre, mal estar, anorexia, emagrecimento, artralgia, sudorese noturna e meningismo. • TRANSMISSÃO: Sexual. INFECÇÃO POR CLAMÍDIA (DIP) • SÍNDROME: Corrimento uretral e vaginal; dor / desconforto pélvico • AGENTE ETIOLÓGICO: Chlamydia trachomatis (bactéria) • SINAIS: O colo uterino pode apresentar-se edemaciado, hiperemiado, sangramento, friável, ás vezes, com ulcerações, corrimento purulento ou muco opacificado. • SINTOMAS: Sintomas locais (cervicite, uretrite e bartholinite), complicações locais (endometrite e salpingite) e disseminadas (conjuntivite, peri-hepatite e artrite). • TRANSMISSÃO: Sexual e vertical. TRICOMONÍASE • SÍNDROME: Corrimento uretral e vaginal. • AGENTE ETIOLÓGICO: Trichomonas vaginalis (protozoário) • SINAIS: Corrimento abundante, amarelo ou amarelo-esverdeado, mal cheiroso e bolhoso. • SINTOMAS: Vulva e vagina: ardência, hiperemia e edema vulvar e vaginal, prurido vulvar. • TRANSMISSÃO: Sexual. INFECÇÃO GONOGÓCICA (gonorreia) • SÍNDROME: Corrimento uretral.; dor/desconforto pélvico. • AGENTE ETIOLÓGICO: Neisseria gonorrhoeae (bactéria) • SINAIS: Muco cervical turvo, corrimento amarelo-esverdeado • SINTOMAS:. Endocervicite, vulvovaginite, sangramento intermenstrual, metrorragia, disúria, sangramento uretral, prurido anal e secreção anal mucopurulenta • TRANSMISSÃO: Sexual. URETRITE NÃO GONOCÓCICA • SÍNDROME: Corrimento uretral.; dor/desconforto pélvico. • AGENTE ETIOLÓGICO: Chlamydia trachomatis, Ureaplasma urealyticum, Mycoplasma hominis, Trichomonas vaginalis. • SINAIS: Corrimentos mucoides e discretos • SINTOMAS: Disúria leve e intermitente • TRANSMISSÃO: Sexual. José Eduardo Palacio Soares – Bloco Puberdade – GT5 HPV • SÍNDROME: Verrugas • AGENTE ETIOLÓGICO: Papilomavírus Humano • SINAIS: 1. Infecção clínica: condilomas / verrugas (tumorações únicas e múltiplas, papilares ou micropapilares com epitélio superficial queratinizado) 2. Infecção subclínica: lesões planas sem formações papilares • SINTOMAS: Dependendo do tamanho e da localização anatômica, estas verrugas podem ser dolorosas, friáveis e pruriginosas • TRANSMISSÃO: Sexual, materno-fetal . CANDIDÍASE (NÃO É IST) • SÍNDROME: corrimento vaginal • AGENTE ETIOLÓGICO:Candida albicans (fungo) • SINAIS e SINTOMAS: Prurido vulvovaginal, ardor ou dor a micção. Corrimento branco, grumoso, inodoro e com aspecto caseoso. Hiperemia, edema vulvar, fissuras e maceração da vulva. Dispareunia. Fissuras e maceração da pele. Vagina e colo recobertos por placas brancas ou branco acinzentadas, aderidas à mucosa. • TRANSMISSÃO: Infecção da vulva e vagina, causada por um fungo comensal que habita mucosa vaginal e digestiva, que cresce quando o meio torna-se favorável. VAGINOSE BACTERIANA (NÃO É IST) • SÍNDROME: corrimento vaginal • AGENTE ETIOLÓGICO: Gardnerella vaginalis, Bacteroides sp, Mobiluncus sp, micoplasmas, peptoestreptococos • SINAIS e SINTOMAS: Corrimento vaginal com odor fétido ou corrimento vaginal branco-acinzentado de aspecto fluido ou cremoso, algumas vezes bolhoso. • TRANSMISSÃO: É caracterizadapor um desequilíbrio da flora vaginal normal, devido ao aumento exagerado de bactérias, em especial, anaeróbias, associado a diminuição acentuada dos lactobacilos acidófilos (agentes predominantes na vagina normal).
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