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Babesiose: uma doença parasitária

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Babesiose
Inflamação dos eritrocitos circulantes, é um hemoparasita por protozoários do gênero babesia spp. Um protozoário é um organismo unicelular, normalmente móvel (possuem cílios, flagelo, contração), eles são muitos no meio ambiente e a grande maioria são de vida livre e não parasita nem patogênico, porém, existem outros casos. Fazem reprodução tanto sexuada quanto não assexuada. 
A babesia ocorre tanto em animais de produção quanto de companhia, possui outros sinônimos como: piroplasmose; febre do carrapato; tristeza parasitária bovina e nambiuvu. 
Hospedeiros invertebrados e transmissores: carrapatos, todas as muda no ambiente (possibilidade do vetor biológico infectar um ou mais hospedeiro)
Hospedeiros vertebrados: cão, ruminantes, eqüino e homem (zoonose), sendo mais importante em cães e bois. 
O gênero babesia tem formado piriforme (piroplasma), que se locomovem por flexão ou deslizamento. Como protozoários são microrganismos dependentes do hospedeiro, tem muita facilidade de fazer reprodução assexuada, sendo uma característica muito importante.
 Estruturas piriformes: trofozoítos
Dimensão
· * Trofozoítos 2,5 um a 5,0 um, mais sensíveis aos quimioterápicos
· ** Trofozoítos 1,0 um a 2,5 um 
A babesia estará distribuída de acordo com a distribuição da corrente sanguínea, porém, algumas espécies de babesia são encontradas com mais freqüente em áreas de circulação periférica, onde há alta parasitemia em qualquer vaso, e também há as que tem predileção por capilares de diferentes órgãos (baço, fígado e cérebro), correspondendo a doença sem alta parasitemia, com doença geralmente causada com a formação de trombos, essas chamadas de viscerotrópicas. 
Hospedeiros 
Há uma diversidade muito grande dentro do gênero de babesia que são altamente específicas, inclusive a que afeta o homem. Como conseqüência disso, algumas espécies de invertebrados (carrapatos) são mais freqüentes associados a espécie de hospedeiros vertebrados. O protozoário sofre alterações no hospedeiro invertebrado.
 Rhiphicephalus sanguineus (carracapato vermelho do cão)
 Dermacentor nitens (carrapato da orelha do eqüino)
 Rhipicephalus microplus (carrapato do boi) - boophilus microplus 
Hemoparasita que pode estar tanto no hospedeiro invertebrado quanto vertebrado, esse hospedeiro pode ser um vetor biológico pois há alterações importantes no protozoário dentro do carrapato. A babesia é patogênica para o carrapato dependendo da quantidade de protozoários, mas não é uma patogenia tão severa que leve uma fêmea ficar infértil ou morrer, porém, essas fêmeas infectadas farão uma postura com menor quantidade de ovos, devido a babesia consumir grande quantidade de energia e influenciando no seu metabolismo. 
Ciclo do hospedeiro invertebrado 
Existem carrapatos de 1 hospedeiro (monóxeno) como o Rhipiepholus microplus. Aqui, a fêmea sempre fará a postura no ambiente, onde os ovos eclodem para larva e sobe para o hospedeiro, onde faz a muda de larva pra ninfa (dimorfismo sexual) há a cópula, a fêmea faz o respasto (hematófago) que começa a produção de ovos, e cai no ambiente quando pronta para postura dos ovos. 
Existem carrapatos de 3 hospedeiro (heteróxeno) como o Thipiephalus sanguineus. A fêmea sempre fará sua ovoposição no ambiente, onde vão eclodir em larvas que alcançam o hospedeito, faz repasto, voltam ao ambiente onde vão mudar para ninfa, a ninfa sobe em outro hospedeiro, faz repasto, volta para o ambiente, muda para adulto (dimorfismo), ganham hospedeiro, ocorre a copula, repasto, produção de ovos e cai no ambiente quando pronta para postura dos ovos (ovoposição).
Quando uma fêmea de carrapato está infectada por babesia, pode transmitir o protozoário para seus ovos, que vão eclodir e dar origem a larvas e ninfas e potencialmente se consegue aumentar a transmissão. Por outro lado, (heteróxeno), a fêmea transmitiu, a larva que eclodiu é positiva para babesia, infectando outro hospedeiro e quando volta para o ambiente e muda pra ninfa, infecta outro hospedeiro. Do mesmo jeito, uma larva/ninfa/adulto que não era um hospedeiro invertebrado da babesia, ao fazer repasto no hospedeiro vertebrado, será infectado.
Ciclo biológico do agente 
A babesia é um hemoparasita, e irá parasitar eritrócitos dos vertebrados. A forma infectante se chama esporozoítas, eles vão ser inoculados dentro do organismo vertebrado pelo carrapato, e vão penetrar as hemácias pela membrana, e se diferenciam em trofozoíto, eles se apresentam em uma forma de anel. Esse trofozoíta gera por fissão binária (assexuada) duas estruturas chamadas de merozoítos (aspecto piriforme) que se separam antes de deixar o eritrócito, ao serem liberados podem continuar infectando outras hemácias (ciclo recomeça), ou, se transformam em gamontes que é a forma infectante para o carrapato (invertebrados). 
O carrapato fez o repasto no vertebrado e se infectou com o gamonte, os gamontes se diferenciam em gametas feminino e masculino que por reprodução sexuada dão origem ao zigoto, ele por ser móvel é denominado de oocineto. Esse oocineto penetra na célula intestinal do carrapato se transformando em esporocinetos (cinetos), lá irão se multiplicar e se transformar em esporocintos, o esporocinto rompe a célula intestinal dos carrapatos e se distribui em vários órgãos do carrapato incluindo os ovários (transmissão transovariana = infecção dos ovos). No momento da postura (no ambiente) os embriões já nascem infectados, a fêmea morre e os ovos vão eclodir para larva (infectados por babesia) onde o esporocinetos migram para a glândula salivar se transformando em esporoblasto. Milhares de esporozoítos formam-se a partir de um esporoblasto e quando a larva faz o repasto sanguineo, os esporozoítos são liberados na saliva junto a anticoagulantes, infectando o animal. 
 Babesia bigemia: merozoítos em eritrócito de bovino, esfregaço sanguíneo corado com Giemsa.
Babesia bigemina – Cinetos em Rhipicephalus/boophilus micropulus: esfregaço de hemolinfa corado com Giermsa.
Quando ocorre a invasão de todos os órgãos pelo cinetos, o ovário do hospedeiro pode ser infectado e assim ocorre a transmissão transovariana que pode persistir por várias gerações. O ovo infectado eclode para larva, ninfa e adulto, essa é a transmissão transestadial. 
Patogenia 
Forma periférica/viscerotrópica: lise de eritrócitos com a anemia hemolítica
A babesia induz alterações na membrana dos eritrócitos (protusões), que podem levar a formação de trombos, hipertensão e alteração de coagulação, pois esses eritrócitos infectados ao passar pelo baço não serão destruído, então, a babesia é uma infecção que pode se tornar extremamente grave e levar a óbito. 
Clínica
Anemia severa (mucosa perlacea/hipocorada); febre; dispnéia; aumento da FC; se há lise de hemácia há liberação de hemoglobina pigmentando tanto a pele (icterícia) e hemoglobinúria (eliminação da hemoglobina na urina) devido a lise maciça de eritrócitos. 
Diagnóstico 
Método direto: é na fase aguda extremamente eficiente, coleta de sangue periférico e faz esfregaço com corante, procuramos a babesia dentro dos eritrócitos. Podemos fazer a PCR (não se sabe o quanto é utilizado na rotina), porém, ela é feita mais na pesquisa. Na fase aguda o animal tem anemia/icterícia
Método indireto: é na fase crônica, onde ela está principalmente viscerotrópica, realizamos a detecção de anticorpos contra a babesia com uso da ELISA 
Esfregaço de sangue periférico 
 Formas intra-eritrocíticas de Babesia spp. Sangue periférico de suíno
 Formas intra-eritrocíticas de Babesia caballi. Sangue periférico de eqüino 
 Formas intra-eritrocíticas de Babesia canis. Sangue periférico de cão 
Diagnóstico diferencial 
 Formas intra-eritrocíticas de Anaplasma Marginale. Sangue periférico de eqüino 
 Formas intra-eritrocítica de Erlichia canis. Sangue periférico de cão
Letícia Beatriz Mazo Pinho – UAM – Proibida a comercialização deste resumo

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