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O LÚDICO NO ENSINO DA MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Autor: Aline Bertelli Hermann
Cláudia Regina Nunes
Tutor externo: Mariane Weschenfelder Ribeiro
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso Licenciatura em Pedagogia Plena (PED2295) – Estágio II
15/11/2020
RESUMO 
O presente trabalho apresenta a importância de se trabalhar o lúdico no ensino da matemática na primeira etapa do ensino fundamental, os anos iniciais. Com este trabalho buscamos apresentar os benefícios que esta pratica pedagógica pode trazer aos alunos, tornando a aprendizagem mais significativa e prazerosa, sendo o lúdico uma estratégia de ensino.
Palavras-chave: Lúdico. Anos Iniciais. Aprendizagem.
 1 INTRODUÇÃO 
Os Anos Inicias é a primeira etapa do Ensino Fundamental, posterior à Educação Infantil. É nos anos iniciais que as crianças constroem sua maior base de conhecimentos para os próximos anos, é nessa mesma fase que ocorre as maiores mudanças sociais, emocionais, cognitivas, entre outras. Vemos a necessidade e importância de tornar as atividades e os ensinamentos mais prazerosos e com um maior significado aos alunos, utilizando assim, o lúdico. Através das atividades lúdicas os alunos conseguem aprender com maior facilidade e conseguem compreender melhor o assunto. Além disso, é importante valorizar a bagagem trazida pelo aluno desde a infantil e com base nisso, nos perguntamos, se a criança aprende brincando, porque não utilizarmos das brincadeiras nos anos iniciais? Foi pensando nisso que desenvolvemos o tema “O Lúdico no ensino da matemática nos anos iniciais do ensino fundamental” a seguir e no tópico 3 está relatado sobre a vivência do estágio.
2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA 
A escolha do tema justifica-se pela escolha da área de concentração Metodologia do Ensino que nos possibilitou a abordagem do tema “O lúdico no ensino da matemática nos anos iniciais do ensino fundamental”. Temos como objetivo apresentar os benefícios que o lúdico pode trazer a prática pedagógica do ensino da matemática nos anos iniciais, tornando a aprendizagem dos alunos mais significativa e prazerosa, porque acreditamos que brincando que se aprende.
Atualmente em nosso país, o ensino fundamental é a etapa mais longa de estudos, com duração de nove anos. Sendo dividido em duas fases: Anos Iniciais e Anos Finais, onde o aluno deve ingressar com seis anos e concluir com quatorze anos. É nos anos iniciais que o educando desenvolve uma base para os próximos anos, sendo que o maior foco dos professores se dá nos dois primeiros anos do ensino fundamental, que é quando os professores tem maior foco em alfabetizar o aluno.
Nesses anos do ensino fundamental, a criança passa por uma série de mudanças sejam elas cognitivas, emocionais, físicas, sociais, entre outras. Por isso, é importante pensar que faz se necessário que a prática pedagógica se volte a bagagem que o aluno traz com ele e nesse mesmo a BNCC dos Anos Iniciais aponta que é necessário a valorização das situações lúdicas e a necessidade de articulação com as experiências vivenciadas na educação infantil. É através delas que o professor pode acrescentar, aprimorar e aumentar os conhecimentos.
Nosso foco, neste trabalho acadêmico, é no ensino da matemática nos anos iniciais e acreditamos que o lúdico é um ótimo aliado da prática pedagógica dessa linguagem, considerada “difícil” pelos alunos, porque é uma linguagem que exige maior concentração e atenção, desenvolvendo e exercitando o raciocínio lógico.
Acreditamos que no ensino fundamental, mas especificamente nos anos iniciais, que há a necessidade de defender a ideia que a criança aprende brincando, assim como na educação infantil e utilizar do lúdico como um benefício para a criança na aquisição dos novos conhecimentos. Segundo Nascimento (2007):
Considerar a infância na escola é grande desafio para o ensino fundamental, pressupõe considerar o universo lúdico, os jogos e as brincadeiras como prioridade, definir caminhos pedagógicos nos tempos e espaços da sala de aula que favoreçam o encontro da cultura infantil, valorizando as trocas entre todos que ali estão, em que as crianças possam recriar as relações da sociedade na qual estão inseridas, possam expressar suas emoções e formas de ver e de significar o mundo, espaços e tempos que favoreçam a construção da autonomia. (NASCIMENTO, 2007, p.30).
Nesse sentido, utilizar das brincadeiras, jogos e literaturas em sala de aula, traz um novo significado aos alunos e ao professor. Através do lúdico não se aprende só uma linguagem, mas engloba as várias linguagens, além de proporcionar maior interação aluno/aluno, professor/aluno e aluno/professor, tornando a aprendizagem mais significativa e prazerosa.
É importante planejar os objetivos a serem alcançados com determinada atividade, seja ela por meio de jogos dirigidos com regra, por meio de literaturas ou por meio de brincadeiras. Nos momentos de brincadeiras é importante levar em consideração o espaço para execução de tal e de que forma irá ser dirigida, buscando sempre envolver todos os alunos. 
Podemos listar alguns benefícios das atividades lúdicas com ênfase no ensino da matemática, são eles:
· Desenvolver a capacidade de autocontrole.
· Desenvolver a atenção e raciocínio lógico.
· Desenvolver o pensamento crítico.
· Ampliar os conhecimentos matemáticos.
· Compreender conceitos de somar e diminuir, multiplicar e dividir.
· Compreender e diferenciar conceitos de medidas e grandezas, quantidades, seriação e sequências.
· Ampliar o repertório musical, repertório de brincadeiras e o conhecimento de novas literaturas.
Esses são os poucos benefícios entre tantos outros que o lúdico pode trazer a aprendizagem.
Mas para que a aprendizagem se torne significativa aos alunos, é importante o professor busque sempre se renovar, buscando capacitações, pesquisando métodos para melhorar a aprendizagem e superando o bloqueio que muitas vezes, foi adquirido na sua própria infância, de que a matemática é uma matéria “chata e difícil” e o que consideramos mais importante, que o professor leve em conta a necessidade da turma nos seus planejamentos, colocando sempre em primeiro lugar, a necessidade real do aluno.
No atual cenário, as atividades estão sendo remotas e com isso, os professores estão utilizando mais o lúdico através de jogos, vídeos com literaturas e propondo brincadeiras aos alunos para que possam entender com maior facilidade e dinâmica o conteúdo que está sendo transmitido virtualmente. Nesse mesmo sentido, todos estão tendo que se reinventar e principalmente os professores estão reinventando a prática pedagógica dia após dia. Adquirindo maior sentido a prática pedagógica.
3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
Diante do cenário atual, nosso estágio não pode ser presencial, devido a situação vivenciada por todos nessa fase de pandemia. Sendo assim, nosso projeto baseou-se em pesquisas em sites governamentais e relatos de pais e familiares ligados a esta unidade escolar. Tendo em vista que tais informações obtidas contribuíram para um melhor entendimento e clareza pelas quais nós acadêmicos presenciamos no decorrer desta fase. Com isto passamos a ter outra visão de como proceder e atuar em meio às práticas pedagógicas, exercidas pelo professor, em seu papel como mediador do conhecimento, ao qual atua de forma objetiva e clara para uma melhor compreensão e aprendizagem do aluno. Com este projeto podemos identificar que o professor vive em constante aprendizado.
Uma de suas novas atualizações se deu por conta da nova modalidade de ensino a distância, onde se fez necessário reavaliar as práticas exercidas e adequá-las à nova realidade. 
Podemos observar que as aulas estão sendo repassadas de forma online, via whatsapp onde o professor, pais e alunos trocam informações, vídeos, áudios e mensagens, porém nem todos possuem acessibilidade às tecnologias, em contra partida a unidade disponibiliza material impresso de forma quinzenal sendo retirado e devolvido na mesma.
As avaliações são feitas através dos retornos dosalunos que postam ou entregam seus trabalhos impressos. 
Tivemos acesso às algumas das atividades impressas da turma do primeiro ano do fundamental, onde observamos que são de fácil entendimentos separados por matérias com ilustrações e até mesmo com trabalhos a serem realizados com a ajuda de familiares.
Baseando em relatos e pessoas próximas podemos concluir que muitas famílias, estão vivendo uma realidade, onde em meio a tantas obrigações, passaram a desempenhar um papel onde por várias gerações cabia apenas ao professor o de ensinar, tendo em vista que apesar de tanta tecnologia muitos ainda se encontram defasados por falta de ensino ou acesso tecnológico, levando a situações geradas pela riqueza ou até mesmo pelo fato de muitos terem desistido da educação para se tornarem chefes de famílias, onde agora presenciam essas delimitações fazendo com que passaram a estudar para poder auxiliares seus filhos.
Ainda podemos relatar que a escola em seu papel supervisiona os retornos dos alunos, orientando para as devolutivas caso as estejam em aberto, em casos mais graves outras providências cabíveis são tomadas conforme lei. 
4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO 
Podemos relatar que nossa vivência de estágio tornou-se delimitada pelas restrições de acesso que se fazem presente nesta situação. Contudo podemos absorver alguns conhecimentos e ter uma noção de como pôr em prática a tarefa de ter uma visão de como proceder e desempenhar o papel de professor mediante as práticas pedagógicas.
Nossa maior dificuldade foi a falta de acessibilidade direcionada pela regência da unidade escolar por não demonstrar empatia de nos possibilitar acesso às informações necessárias para um melhor aprimoramento do estágio. 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#apresentacao. Acesso em: Novembro de 2020.
BRASIL. Resolução CEB. Resolução nº 2, de 7 de abril de 1998. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Brasília, DF: abril de 1998. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/resolucao_ceb_0298.pdf >. Acesso em: Novembro de 2020.
NASCIMENTO, Anelise Monteiro do. A infância na escola e na vida: uma relação fundamental. In: Ministério da Educação Secretaria de Educação Básica- Ensino Fundamental de Nove Anos. Orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. 2.ed. Brasília – 2007. Leograf – Gráfica e Editora ltda.
ANEXO