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Proposta: No caso desta disciplina será prevista como tal atividade a leitura do livro Dos Delitos e das Penas, de Cesare Beccaria (http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/delitosB.pdf), e a entrega de um artigo no quazl sejam comparados os delitos descritos pelo autor com aqueles já estudados em classe na disciplina Crimes em espécie, bem como as sugestões do autor para prevenção de crimes e sua aplicabilidade em nosso ordenamento. ❖ Breve Síntese do Livro “Dos Delitos e das Penas” O livro "Dos Delitos e das Penas", de Cesare Beccaria, visa analisar criticamente o crime e o sistema penal da sua época. É fácil afirmar que houve várias mudanças no pensamento da sociedade sobre a punição e suas limitações e em um passado não tão distante, costuma-se observar que governos ao redor do mundo imitaram a aplicação da Lei Talion (olho por olho, dente por dente) e punições rudes e desumanas para suprimir o culpado. O autor percebe que seu soberano impôs uma tendência cruel, por isso em enumeras reflexões no livro, a fim de tornar a pena final mais justa e compatível com o crime cometido, o legislador, por exemplo, tem o direito exclusivo de legislar. No entanto, você deve interpretá-lo sem calcular emoções; as leis devem ser as mesmas para todos os cidadãos, e em caso de violação da lei, um terceiro indiferente à disputa e deve-se analisar e julgar os erros. Além disso, podemos dizer com certeza que com o surgimento dos direitos humanos e a assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948, os direitos fundamentais e inerentes a todas as pessoas estão garantidos para prevenir o castigo extremo e lesar a dignidade dos direitos humanos. Pessoas, valor absoluto. A Constituição brasileira de 1988 estipula esses princípios nos artigos 1º e 5º. As penas brasileiras têm o sentimento de ressocializar os agentes da sociedade, ou seja, têm uma função social, não apenas um crime punitivo. ❖ Dos Crimes Depois de analisar e ler a obra, várias punições finais podem ser comparadas com as punições atualmente aplicáveis, pois ao longo do tempo, os humanos foram abandonando esse método de punição positiva, que geralmente é atribuído ao trabalho de pessoas inocentes. Dentre as penalidades alcançadas, podemos distingui-la da sociedade atual: • Injúria A obra citada prenuncia o insulto aos feridos, inclusive lesando a imagem, perdendo credibilidade e honra à sociedade, com o intuito de ferir a moralidade baseada na opinião pública. O autor destaca que surgiu junto à sociedade a necessidade de proteger a própria honra a todo custo: ‘’essa honra, que muita gente prefere colocar acima da própria existência, só foi conhecida depois da criação da sociedade; não pode ser posta no depósito comum. O sentimento que nos liga à honra não é outra coisa senão uma volta momentânea ao estado de natureza, um movimento que nos subtrai por um instante a leis cuja proteção é insuficiente em certas ocasiões’’. Na nossa sociedade a previsão legal para crimes de Injúria têm como objetividade jurídica zelar a honra subjetiva (dignidade, decoro) e prevenir a atribuição de qualidades negativas a alguém, sejam elas verdadeiras ou falsas, e é prevista no Artigo 140 do Código Penal. • Roubo Nesse livro, o autor prevê o crime de furto sem violência, ou seja, a pena de escravidão temporária para arcar com todos os custos da perda. Para o crime de roubo violento, é consistente adicionar o castigo corporal a este castigo. Além disso, o autor reconhece que é necessário cometer alguns furtos menos afortunados, fato que se encaixa bem em nossa sociedade no furto de casa, e em grande medida está de acordo com o fato do "princípio do absurdo". Diante disso, podemos constatar que houve um grande desenvolvimento do pensamento em nossa sociedade, o que confirma o artigo 157 da Lei Penal, que prevê a pena de prisão e multa para este crime. • Suicídio Beccaria alegou que o suicida foi considerado um desertor, e essa explicação foi exagerada porque o desertor enfraqueceu seu país para fortalecer seu próprio poder, e o homem-bomba apenas causou danos a si mesmo e a si mesmo. Para o autor, é inútil punir a pessoa que tentou o suicídio (por exemplo, a pena de morte), porque a pessoa já pretendia acabar com esse comportamento. Também estipula que famílias inocentes que se suicidam não devem ser punidas, pois o crime não será mais um crime pessoal, mas uma tirania, portanto, devem ser considerados os prejuízos sofridos. Beccaria sabia que era inútil intervir nesta situação porque acreditava que só Deus poderia puni-la como crime. A sociedade atual não considera o suicídio um crime, pois extrapola o âmbito da lei e envolve a psicologia, sendo necessário fazer uma análise psicológica de cada caso e adotar possíveis métodos de tratamento. No entanto, de acordo com o artigo 122 da Lei Penal, ajudar ou incitar outras pessoas acabará por ser punido com prisão. ❖ Conclusão Este trabalho, em sua suma importância, foi necessário para o reconhecimento da evolução do pensamento e da comoção da sociedade em tentar entender de maneira justa o que leva uma pessoa a cometer um crime (sejam questões pessoais, psicológicas ou econômicas) de forma a adequar a este uma pena coerente, sem ultrapassar os limites impostos pelos Direitos Humanos e sem atingir a dor. É de certa maneira uma visão esperançosa e empática de enxergar no outro o problema e tentar solucionar, com penas de função sociais.
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