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Aula - CRIME DE EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO

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EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO – Art. 159
1. Introdução
· Tipo particular em relação a extorsão
· Sequestro: crime autônomo 
· Sequestrar: cercear a liberdade de locomoção de alguém
· Extorsão mediante sequestro: mecanismo de convencimento é o cerceamento de liberdade
· Assim como a extorsão comum, é um delito complexo – tutela patrimônio, integridade física e liberdade de locomoção 
2. Tipo objetivo
· Sequestrar: limitar a liberdade de alguém, contra a vontade da pessoa
· Sequestro (Art. 148) é um crime muito difícil de acontecer – caso Eloá 
· Nesse caso deve ter objetivos econômicos 
3. Sujeitos
· Ativo: comum (qualquer pessoa)
· Passivo: duas pessoas – pessoa que foi sequestrada e a pessoa que vai pagar para que ela seja libertada
· Pessoa jurídica pode ser vítima, em casos em que a pessoa que paga o resgate é uma empresa. (ex: executivo da empresa é sequestrado e a empresa deve arcar com o resgate – o prejuízo será da pessoa jurídica: prejuízo de ordem material)
· No caso de pessoa física: prejuízo é o cerceamento da liberdade
4. Elemento subjetivo
a. Dolo
b. Fim de obter vantagem
i. Corrente 1: pode ser uma vantagem patrimonial ou não patrimonial, pode ser uma vantagem devida ou indevida – qualquer vantagem (interpretação literal do CP)
ii. Corrente 2: apesar do “qualquer”, se está dentro dos delitos contra o patrimônio, então deve ser uma vantagem de natureza patrimonial 
5. Consumação e tentativa: uma vez que tenha havido a privação de liberdade da vítima, já está consumada a extorsão mediante sequestro
a. Formal: 
i. Crime permanente – quando a consumação se prolonga no tempo (prisão em flagrante é possível a qualquer momento)
ii. Corrente minoritária: além de cercear a liberdade deve ter pedido o resgate
b. Admite-se tentativa desde que o próprio ato de limitar a liberdade de locomoção da vítima seja interrompido logo no inicio 
6. Qualificadoras
a. Tempo maior do que 24h: maiores danos físicos e psicológicos 
b. Vítima menor de 18 ou maior de 60 anos: justificativa psicológica (criança: pessoas ainda em fase de formação psicológica, mais fáceis de se transportar, probabilidade de um trauma irreversível) (idosos: pessoas frágeis fisicamente e psicologicamente)
c. Cometido por art. 288: delito cometido por quadrilha ou bando – associação criminosa 
· Associação criminosa: união razoavelmente estável de pelo menos 3 pessoas que visam cometer alguns delitos
· Organização: pelo menos 4 pessoas que cometam delitos transnacionais ou com pena maior de 4 anos
d. Resultado lesão grave ou morte: se da conduta da extorsão mediante sequestro resulta lesão grave ou morte
· Morte: delito com a pena mais alta do sistema penal brasileiro (pena de 24 a 30 anos)
· Art. 9º da lei dos crimes hediondos (8.072/90): extorsão mediante sequestro é crime hediondo
· Qualquer crime hediondo, se a vítima é menor de 14 anos a pena é aumentada de um terço a metade: STF entendeu que na extorsão mediante sequestro isso é inconstitucional porque passaria de 30 anos (máximo legal) e viola o princípio da individualização da pena
 
7. Causa especial de redução: delação premiada
· Não é a delação premiada da lei de organizações criminosas (Lava-Jato): mais ampla
· Essa é só uma causa especial de redução de pena: se um dos associados criminosos se entrega e fala onde está a pessoa e a polícia consegue salva-la viva há redução de um terço a dois terços
· Não é efetivo: porque a pessoa tem medo de se entregar
APROPRIAÇÃO INDÉBITA – Art. 168
1. Núcleo: apropriar-se (apossar, tomar ou passar a se comportar como dono de algo que você não é dono)
1.1. Requisitos
a. Vítima entrega o bem por livre e espontânea vontade (porque não parece que existe um crime em andamento, parece uma situação normal)
b. Posse ou detenção desvigiada: a vítima entrega o bem e não fica vigiando o agente 
c. Inversão do ânimo da posse: pessoa recebe um bem em empréstimo e resolve não devolver mais – consumação do delito (pessoa para de se comportar como um simples detentor da coisa e passa a se comportar como se fosse dono) – difícil de ser esclarecida 
2. Objeto: qualquer coisa móvel pode ser objeto de apropriação indébita 
2.1. Discussão quanto a coisa fungível: pode haver apropriação indébita de coisa fungível?
· Não pode ser objeto de apropriação indébita, porque a coisa fungível pode ser restituída
· STJ: pode ser objeto de apropriação indébita
3. Elemento subjetivo
3.1. Dolo 
3.2. Animus rem sibi habendi: vontade de ter a coisa como sua
a. Corrente 1: não é necessário o animus rem sibi habendi porque o verbo do núcleo é apropria-se, em que está implícita, a vontade de ter a coisa como sua (é inerente ao núcleo do tipo) – corrente majoritária 
b. Corrente 2: se não há animus rem incidi habendi, pode-se pensar em outros tipos penais – Magalhaes Noronha
4. Qualificadora
a. Deposito necessário: a pessoa que recebe o bem está na qualidade de depósito necessário (contrato previsto no art. 647/CC em que a pessoa deve guardar um bem ou se está é sua função legal; situação de calamidade)
b. Qualidade das pessoas: rol taxativo de pessoas que frequentemente tem o dever de cuidar de bens de terceiros (inventariantes, tutor, curador, sindico de falência, ..) – relação que decorre da lei
c. Oficio/profissão: profissão que é cuidar de coisas das pessoas (ex: dono de deposito ou guarda volumes) – relação contratual 
APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA – 168A
1. Introdução
· Empresa desconta no salário do trabalhador o INSS, mas na realidade não está pagando a previdência 
· Localização: delito no capitulo de delitos patrimoniais
· O legislador colocou dois crimes contra a previdência no Código Penal
· Este não é um delito contra o patrimônio, mas sim contra a previdência 
· Constitucionalidade: Alguns autores e advogados tradicionais acreditam que a criação de um direito tributário tem a finalidade exclusiva de forças as pessoas a pagar o que elas devem, então a existência desse direito viola o princípio da subsidiariedade
· O simples fato de ser um tributo não é crime, deve estar envolvido em alguma fraude 
· Entende-se que esse direito não está tutelando apenas o pagamento, mas sim o comportamento de cada pessoa em relação 
2. Bem jurídico
· Previdência social
· Alguns autores entendem que é a ordem tributária como um todo, já que agora o sistema de previdência integra o sistema tributário nacional
· Outros autores ainda colocam como vem jurídico
3. Sujeito ativo
· Direito Penal: comum (qualquer pessoa)
· Deve ser a pessoa dentro da empresa que tem o poder de decidir por não repassar o valor descontado de seus empregados (não é necessariamente o dono da empresa)
· Direito tributário: União Federal
· Porque a CF fala que é a União que tem o poder de exigir tributos
· Participação: é possível participação nesse delito, afinal se pode incentivar alguém a cometer esse delito ou reforçar a ideia (apoio moral)
· Prefeitos e governadores: podem ser considerados sujeitos ativos nesse delito em apenas uma situação
i. Entes federativos (estados menores e municípios) não necessariamente tem um regime de previdência só deles. Em municípios e estados pequenos, o prefeito ou o governador é coordenador de despesas (assina ordens de pagamento). Se nesse caso, o prefeito ou governador desconta a contribuição previdenciária, mas não repassa ao INSS, ele pode ser responsabilizado 
· Responsabilidade subjetiva: identificar pessoas que tem poder de comando e procurar provas que realmente comprovem e convençam o juiz de que a pessoa é responsável pela conduta que foi realizada (não basta apenas o nome de uma pessoa constar nas atas, recibos, ...)
· Jurisprudência: empregado subalterno que recebeu ordens do patrão não pode ser responsabilizado por essas condutas – ex: caso mensalão
4. Sujeito passivo: União
· Porque é a União que não vai receber as contribuições previdenciárias que deveria
· O INSS é só uma autarquia encarregado da gestão
· No direito tributário a União é polo ativo e no direito penal a União é polo passivo
· Trabalhador é polo passivo direito tributário enão é nada para o direito penal
5. Tipo objetivo
· Deixar de repassar (recolhe do empregado e não repassa a União)
· Empresa só pode ser responsabilizada penalmente no Direito Ambiental
6. Tipo subjetivo
· Dolo: deve haver intenção de recolher e não repassar (se esquecer de repassar não se encaixa no tio penal0
· Dolo especifico??: intenção de não repassar + intenção de fraudar a previdência: 
· Tem sido comum empresas não repassarem o dinheiro ao INSS porque a empresa está com dificuldades financeiras e está usando como capital de giro, mas quando a empresa ficasse estável financeiramente, ela repassaria – STF entendia que nesse caso não havia intenção de fraudar a previdência, e portanto, não havia delito (se exigia dolo específico de fraudar a previdência) 
· STF atualmente: não é exigido dolo especifico de fraudar a previdência, o simples fato de não repassar já configura o delito
7. Prazo e forma
· Prazos e formas definidos pela legislação tributária (existem cinco categorias diferentes de contribuição ao INSS)
· Em regra, a empresa tem até o 15º dia útil do mês seguinte para repassar a contribuição
· Consumação: sabe-se que a empresa não repassou, quando o prazo para o repasse acaba 
8. Objetos
a. Material: sob o qual recai a conduta do agente: são as contribuições
b. Jurídico: subsistência do sistema de previdência social
9. Competência: sempre da Justiça Federal
· Art. 109/CF: é de competência da justiça federal crimes que afetam bens, serviços e interesses da União
10. Condição objetiva de punibilidade
· Sumula vinculante 24/STF: não se pode ter denuncia em processo penal se não há certeza da existência do débito tributário (enquanto está pendente o processo administrativo que investiga se há ou não o débito, o processo penal não pode acontecer; deve haver certeza administrativa para que haja denuncia processual penal)
11. Causa de extinção de punibilidade
· Denúncia espontânea – Direito tributário: confessar e explicar as falcatruas que estava fazendo para não pagar tributos perante à Receita Federal, sem que esteja em curso qualquer fiscalização do setor de atuação (consciência pesada) – causa de extinção de punibilidade penal e tributaria no momento e que há quitação da dívida
· Vantagem: se a fiscalização te pega, além de pagar a dívida, deve pagar uma multa de 150% do valor devido
· Condições:
a. Declaração do valor devido
b. Confissão de pratica delituosa
c. Pagamento da dívida
d. Prestar informações
e. Deve ser espontânea
ESTELIONATO – Art. 171
1. Bem jurídico
1. Agente engana, induz ao erro ou se aproveita do engano da vítima para obter vantagem econômica
1. Crime contra o patrimônio
1. Fé pública: confiabilidade que as pessoas têm umas nas outras nos negócios jurídicos 
1. Uso de documentos falsos
1. Por si só já é um crime contra a fé publica
1. Sumula 17 STJ: se usou o documento falso só para cometer o estelionato, responde só pelo estelionato (princípio da conjunção); se usa para mais coisas, responde por todos os outros
1. Sujeitos
1. Ativo: qualquer pessoa (delito comum)
1. Lei 11.101/05, art. 168: se comerciante entra em estado de falência e faz estelionato contra os credores, responde pela lei especifica e não pelo art. 171/CP 
1. Passivo: qualquer pessoa com capacidade para ser enganada
1. Pessoa determinada: a conduta de enganar tem que ser direcionada para uma pessoa ou grupo específicos 
1. Tipo objetivo
1. Núcleo do tipo: obter 
1. Exige resultado naturalístico (a consumação só ocorre quando se alcança a vantagem
2. Forma 
0. Ardil: encenação para convencer as pessoas
0. Artificio: uso de objeto para induzir a pessoa ao erro
0. Outro meio fraudulento: cláusula de interpretação analógica 
1. Elemento subjetivo: dolo
1. Abrange toda a situação (conduta + resultado)
1. Consumação e tentativa
1. Só há consumação se obter vantagem econômica
1. Se não houver, responde por tentativa

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