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Far����ci�éti�� I Ab�o�ção � v�a� �� �d�i��s���ção Ab�o�ção: ● Processo de entrada do fármaco na corrente sanguínea. ● Do local de administração até o acesso sistêmico, o fármaco precisa vencer algumas barreiras biológicas. ● Depende de transportadores específicos ou de características da molécula. Barreiras Biológicas: ● As membranas celulares formam uma barreira entre os compartimentos do organismo, e é preciso que o fármaco atravesse ao menos 2 delas para ser absorvido - membrana apical e basal de uma célula. ● As principais formas dos fármacos atravessarem as membranas lipídicas são por difusão passiva e transferência mediada por transportadores. (Rang e Dale - Farmacologia) Fatores que influenciam na absorção do fármaco: ● Solubilidade do fármaco: O fármaco deve ser hidrossolúvel o bastante para dissolver no meio, e lipossolúvel o suficiente para atravessar a membrana (por isso, a maioria dos fármacos apresenta característica mista). O coeficiente de partição óleo/água é moderadamente elevado. ● Dissociação e pH: Alguns fármacos são ácidos ou bases fracos, e podem existir na forma molecular ou ionizada. A forma molecular otimiza a absorção (são mais apolares), enquanto a forma ionizada dificulta o transporte na membrana (são mais polares). A forma predominante do fármaco depende da constante de dissociação (pKa) e do pH do meio. Para ácidos fracos: (HA → H+ + A-) ● pH>pKa → HA< H+ + A- ● pH=pKa → HA = H+ + A- ● pH<pKa → HA> H+ + A- ↳Ou seja, quando o pH é mais ácido, fármacos ácidos são absorvidos com mais facilidade. Para bases fracas: (BOH → B+ + OH-) ● pH>pKa → BOH> B+ + OH- ● pH=pKa → BOH = B+ + OH- ● pH<pKa → BOH< B+ + OH- ↳Ou seja, quando o pH é mais básico, fármacos básicos são absorvidos com mais facilidade. Quando um fármaco se encontra principalmente em sua forma iônica, ele tem dificuldade de atravessar a membrana, causando o chamado aprisionamento iônico. Esse mecanismo é importante na excreção, pois o aprisionamento de fármacos na urina impede que ocorra reabsorção. ● Concentração do fármaco no local de ação: Quanto maior o gradiente de concentração do fármaco entre os compartimentos, maior será a absorção. No caso de fármacos que dependem de proteínas carreadoras, a absorção também depende da concentração de proteínas. ● Inativação ou degradação do fármaco: Tem relação com a interação do fármaco com outras substâncias que podem reduzir ou anular sua eficiência. Alguns fármacos interagem com alimentos, formando complexos insolúveis de difícil absorção. Em outros casos, fármacos podem interagir com outros fármacos, competindo por sítios de ligação em proteínas carreadoras ou formando complexos insolúveis. Além disso, alterações no pH local e a motilidade (no caso da administração via oral) podem aumentar ou diminuir a absorção. ● Área da superfície de absorção: É o principal determinante da velocidade de absorção. Pode balancear outros fatores, por exemplo: a absorção na mucosa intestinal é responsável por cerca de 90% da absorção no TGI, ainda que o pH do local (mais alcalino) não seja o mais favorável para vários fármacos. Isso acontece por conta da grande superfície de contato proporcionada pelas vilosidades e microvilosidades do local. ● Circulação local: Quanto maior a circulação, maior a entrada de fármacos na corrente sanguínea. A circulação pode ter características: ● Intrínsecas do tecido (tecidos mais vascularizados e tecidos menos vascularizados). ● Extrínsecas por patologias (ex. hiperemia). ● Extrínsecas por fatores externos, farmacológicos ou não (ex. compressas quentes). ● Forma farmacêutica: Facilitam ou limitam a dissolução do fármaco. ● Comprimido (partícula sólida) ● Cápsula (partículas menores) ● Suspensão (partículas ainda menores) ● Solução (fármaco dissolvido) A forma farmacêutica varia para ter maior eficiência de acordo com o local de ação do fármaco e com as vias de administração. ● Vias de administração: Rotas da forma farmacêutica. Alteram a velocidade e a magnitude de absorção de fármacos. Regida por todos os outros fatores. Vi�s �� ad����s��ação: ● Vias locais: Tópicas → próximas ao local de ação. Tem efeito restrito e, em geral, não exige absorção. Geralmente, as formas farmacêuticas são em forma de pomada, gel ou creme, mas também existem injeções tópicas. ● Oftálmico (colírio, injeção intravítrea) ● Cutânea (cremes dermatológicos) ● Peniana (injeção intracavernosa) ● Uretral ● Vias sistêmicas: Administração por rotas que chegam na corrente sanguínea sistêmica. ● VIA ENTERAL: Envolve o TGI (via oral, sublingual ou retal) → Via oral: passa por todo o trato gastrointestinal, com absorção principalmente no intestino delgado. Vantagens: ○ Formas farmacêuticas de liberação controlada (lenta). ○ Pode ser usada como via de ação local ao longo do TGI (ex. antiácido, atua no estômago sem ser absorvido). ○ Múltiplas opções de formas farmacêuticas (comprimido, cápsula, xarope). ○ Acessível à população. ○ Possibilidade de assistência em casos de sobredose (lavagem estomacal). Desvantagens: ○ Efeitos da primeira passagem hepática → todo fármaco absorvido passa primeiramente pelo fígado e uma parte é metabolizada (para que o fármaco atinja seu efeito terapêutico pela via oral, as doses administradas devem ser mais altas). ○ Depende da motilidade gastrointestinal. ○ Os fármacos ficam sujeitos a interações com alimentos e com outros fármacos. ○ Variações locais de pH e ação de enzimas digestivas podem inativar o fármaco. ○ Podem causar irritação gástrica. ○ Risco de anulação do efeito por êmese e diarréia. → Via sublingual: absorção pelo assoalho oral (muito vascularizado). Vantagens: ○ Transporte mais rápido. ○ Uso emergencial (angina, crise de pânico). ○ Evita a primeira passagem hepática (o fármaco absorvido vai diretamente para o coração). Desvantagem: ○ Requer alta lipofilicidade. → Via retal: podem ser utilizadas para efeito local ou sistêmico (grande absorção pelo reto, muito vascularizado). Vantagens: ○ Absorção rápida. ○ Evita a primeira passagem hepática. ○ Evita irritação gástrica e vômito. ○ Usado em pacientes em coma ou inconscientes. ○ Pediatria, geriatria, psiquiatria. Desvantagens: ○ Depende da dissolução e da motiliade. ○ Desconforto. ○ VIA PARENTERAL: administração em cavidades/compartimentos que não a enteral. Vantagens: ○ pacientes que não cooperam ○ fármacos pouco absorvidos por outras vias (ex. insulina) ○ ação rápida ou lenta ○ efeito local ou sistêmico ○ sem primeira passagem hepática ○ resolve problemas de adesão ao tratamento ○ correção de desequilíbrio dos fluidos (transfusão de sangue, plaquetas) Desvantagens: ○ Requer pessoal treinado e material adequado ○ Assepsia ○ Inconveniente cronicamente ○ Reversibilidade em caso de sobredosagem mais complicada ○ Desconforto e fobia ○ As principais: → Via intravascular: a via mais rápida. Vantagens: ○ Dispensa absorção (100% de biodisponibilidade). ○ Administração em bolo (de uma vez) ou contínua (aos poucos). ○ Hemoterapia (soro, plasma,substitutos plasmáticos). Desvantagens: ○ O veículo deve ser aquoso e a solução homogênea → fármacos gordurosos formam bolhas de gordura que podem causar tromboembolismo. ○ Pode causar variações bruscas no pH e na pressão osmótica. Obs: Via intravenosa X via intra arterial: Na aplicação intravenosa ocorre a “diluição” do fármaco e distribuição sistêmica → veias fazem a drenagem do sangue, pegam da periferia e levam para o centro. Na aplicação intra arterial ocorre a “concentração” pré sistêmica do fármaco → artérias levam sangue para extremidades. → Via intramuscular: segunda via mais rápida. ● Absorção rápida → formas aquosas. ● Absorção lenta (fornecimento do fármaco aos poucos) → formas oleosas/cristalizadas. ● Influência da circulação local → absorção rápida em músculos muito usados (deltóide) e lenta em músculos pouco usados (glúteos). ● É possível usar coadjuvantes (ex. vasoconstritores para aumentar a duração do efeito). → Via subcutânea (hipodérmica): a maislenta das vias injetáveis. Vantagens: ○ Depósito maior (menor vascularização) ○ Liberação lenta e sustentada. Desvantagens: ○ Administração em volumes pequenos (espaço reduzido). ● VIA TRANSCUTÂNEA (percutânea): Fármacos muito lipossolúveis → transposição da pele íntegra até a circulação. Vantagens: ○ Absorção lenta e sustentada. ○ Evita a primeira passagem hepática. ○ Maior adesão ao tratamento. Desvantagens: ○ Pele com atividade metabólica. ○ Alterações na estrutura da pele (local, espessura). Excipientes podem facilitar a absorção.
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