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Avaliação pré, trans e pós operatória

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Avaliação pré, trans e pós operatória em 
cirurgia oral
 
 Avaliação pré operatória 
O planejamento pré operatório deve: 
- Conter um plano cirúrgico detalhado; 
- Um plano para controlar a ansiedade e a dor do paciente; 
- Plano de recuperação pós operatória; 
Esses planos podem ser obtidos e construídos a partir da: 
História médica: 
- Informação mais útil; 
- Permite a realização de um planejamento de modo seguro; 
- Permite prever problemas que possam alterar a resposta do 
paciente a anestésicos planejados e à cirurgia; 
- Formato padrão para o registo do histórico e do exame físico: 
- Primeira informação obtida. 
- Inclui nome completo, endereço residencial, idade, sexo e 
profissão, e o nome do clínico que realizou os cuidados primários 
do paciente. 
- Avalia a confiabilidade do paciente, em caso de respostas 
inconsistentes do paciente (há necessidade de comprovação dessas 
informações). 
 
 
 
 - Pode ser escrita de forma técnica (palavras do profissional) ou 
da forma popular (SIP – segundo informa o paciente). 
- Ajuda o médico a estabelecer prioridades durante a obtenção do 
histórico e a planejar o tratamento. 
- Ajuda a esclarecer ao paciente e ao profissional o motivo da 
consulta. 
Obs: Quando o paciente não tiver uma queixa principal para relatar, 
pode-se obter informações que revelem a procura do tratamento 
a partir da entrevista/anamnese. 
- O histórico da queixa do paciente deve ser: 
I. Detalhado desde a sua primeira aparição (levando em 
consideração qualquer mudança que tenha ocorrido durante esse 
período. Por exemplo, descrições de dor devem incluir data de 
início, intensidade, duração, local e radiação, assim como fatores 
que pioram e amenizam a dor.) 
II. Além disso, uma investigação deve ser feita sobre sintomas 
constitucionais como febre, calafrios, letargia, anorexia, mal-estar 
e qualquer fraqueza associada à queixa principal. 
- Pode ser utilizada para conduzir a entrevista. 
- O formulário deve incluir uma declaração de confidencialidade 
das informações e de consentimento. 
Obs: Identificando os indivíduos aos quais ele permitiu acesso ao 
prontuário odontológico, como o médico de cuidados primários e 
outros profissionais envolvidos na prática. 
- O formulário também deve incluir um espaço – uma linha para 
ser assinada – para o paciente verificar que ele ou ela entendeu as 
questões e a necessidade de ser preciso nas respostas. 
- É útil investigar especificamente sobre problemas médicos 
comuns que tendem a alterar o tratamento odontológico do 
paciente. Esses problemas incluem: 
- Deve considerar doenças hereditárias relevantes, como 
hemofilia. 
- Deve ser atualizado regularmente 
 
 
Guiada por respostas pertinentes obtidas por meio do histórico. 
Exemplos: 
I. Revisão do sistema cardiovascular em um paciente com histórico 
de doença isquêmica do coração inclui: 
- Perguntas sobre desconforto no peito (durante esforço, refeições 
ou momento de descanso), palpitações desmaios e inchaço do 
tornozelo. 
- Tais perguntas ajudam o cirurgião-dentista a decidir se realizará 
a cirurgia ou mudará os métodos cirúrgicos e anestésicos. 
OBS: Sempre que controladores de ansiedade estiverem nos planos 
e forem adicionados, como sedação intravenosa ou inalatória, os 
sistemas cardiovascular, respiratório e nervoso devem ser 
checados. 
 
- Pode revelar problemas que não foram diagnosticados 
anteriormente e que podem prejudicar o sucesso de uma sedação. 
- O dentista deve realizar uma rápida checagem da cabeça, das 
orelhas, dos olhos, do nariz, da boca e da garganta em cada 
paciente, independentemente de quais sistemas foram revisados. 
• Geral: Febre, calafrios, sudorese, perda de peso, fadiga, mal-
estar, perda de apetite; 
• Cabeça: Dor de cabeça, tontura, desmaio, insônia; 
• Ouvidos: Diminuição da audição, tinido (zumbido), dor; 
• Olhos: visão turva, visão dobrada, excesso de lágrimas, secura, 
dor; 
• Nariz e seios paranasais: rinorreia, epistaxe, problemas em 
respirar pelo nariz, dor, mudança em sentir cheiro; 
• Área da articulação temporomandibular: Dor, ruído, limitação nos 
movimentos mandibulares, travamento; 
I. Angina VII. DPOC 
II. Infarto do miocárdio VIII. Hepatite 
III. Sopros cardíacos IX. DSTs 
IV. Cardiopatia reumática X. Diabetes 
V. Distúrbios hemorrágicos XI. Corticosteroide 
 (incluindo o uso de anticoagulantes) XII. Distúrbio convulsivo 
 VI. Asma XIII. Derrame 
XIV. PRÓTESES como articulação artifical E VÁLVULAS CARDÍACAS 
• Bucal: Dor nos dentes ou sensitividade, irritação nos lábios ou 
na mucosa, problemas em mastigar, problemas em falar, mau 
hálito, obturações soltas, irritação na garganta, ronco alto; 
• Pescoço: Dificuldade em engolir, mudanças na voz, dor, rigidez; 
OBS: A necessidade de checar sistemas orgânicos, além dos da 
região maxilofacial, depende das circunstâncias clínicas. 
Os sistemas cardiovascular e respiratório geralmente requerem 
avaliação antes da cirurgia oral ou da sedação. 
 
• Revisão Cardiovascular: desconforto no peito em momentos de 
esforço, de repouso ou quando come; palpitações; desmaios; 
edema no tornozelo; falta de ar (dispneia) durante esforço; dispneia 
quando se está em posição supina (ortopneia ou dispneia 
paroxística noturna); hipotensão postural; fadiga; cãibra no 
músculo da perna 
• Revisão Respiratória: dispneia durante esforço, sibilo, tosse, 
produção excessiva de escarro; tosse com sangue (hemoptise) 
- Avalia atentamente a cavidade oral e, em menor intensidade, 
toda região maxilofacial. 
- O profissional deve realizar anotações precisas, detalhando cada 
achado da cavidade oral ou da região maxilofacial. 
- O exame físico deve começar com a aferição dos sinais vitais, 
tais como: 
• Pressão arterial: sistólica (100 – 140 mmHg) primeiro som e 
diastólica (90 – 60 mmHg) marcada quando não se escuta mais a 
pulsação. 
Valores maiores ou menores que esses podem identificar uma 
urgência hipertensiva. 
Passo a passo: 
Uma bolsa inflável de tamanho apropriado é colocada ao redor da 
parte de cima do braço para que a parte de baixo da bolsa fique 
de 2 a 4 cm acima da fossa antecubital. 
 A artéria braquial é palpada na fossa e o diafragma do estetoscópio 
é colocado acima da artéria e mantido no lugar pelos dedos da 
mão esquerda. O bulbo se mantém na palma da mão direita e a 
válvula é atarraxada próxima ao polegar e ao dedo indicador da 
mesma mão. 
O bulbo é apertado repetidamente até indicar aproximadamente 
220 mmHg. O ar é possibilitado de escapar lentamente da bolsa 
inflável, se a válvula for parcialmente aberta enquanto o cirurgião-
dentista ouve através do estetoscópio. 
A leitura do manômetro no momento em que é ouvido um som 
de um leve sopro é a pressão arterial sistólica. Já a leitura do 
manômetro quando o som da artéria desaparece é a pressão 
diastólica. Uma vez obtida a leitura da pressão diastólica, a válvula 
é aberta para desinflar a bolsa completamente. 
Condução do paciente com hipertensão: 
Hipertensão Leve a Moderada (Sistólica > 140 mmHg; Diastólica > 
90 mmHg) 
I. Recomendar que o paciente procure orientação de seu médico 
de cuidados primários para terapia médica da hipertensão. Não é 
necessário adiar o tratamento odontológico requerido. 
II. Monitorar a pressão arterial do paciente em cada visita e em 
qualquer momento em que administração do anestésico local 
contendo epinefrina passar de 0,04 mg durante uma única visita. 
III. Usar um protocolo de redução de ansiedade. 
IV. Evitar mudanças de postura repentinas em pacientes que 
tomam drogas que causam vasodilatação. 
V. Evitar administração de soluções intravenosas contendo sódio. 
Hipertensão Severa (Sistólica > 200 mmHg; Diastólica > 110 
mmHg) 
I. Evitar tratamento odontológico programado até a hipertensão 
estar mais bem controlada.II. Considerar indicar o paciente a um cirurgião bucomaxilofacial, 
se o problema for de emergência. 
• Pulso: adulto 60 – 100 bpm, ritmo pode ser regular ou irregular, 
com intensidade forte ou fraca. 
Passo a passo: 
Avalia-se usando as pontas dos dedos médio e indicador da mão 
direita para palpar a artéria radial no pulso. 
Quando o ritmo for determinado como regular, o número de 
pulsações que ocorrerem durante 30 segundos é multiplicado por 
2 para obtermos o número de pulsos por minuto. 
Se uma pulsação fraca ou um ritmo irregular é descoberto durante 
a palpação do pulso radial, o coração deve ser auscultado 
diretamente para determinar frequência cardíaca e ritmo. 
• Inspeção: deve ser sempre realizada na região oral e maxilofacial. 
Devendo abranger: 
I. Cabeça e rosto: Forma geral, simetria, distribuição de cabelo; 
II. Ouvido: Reação normal a sons (examinar com otoscópio, se 
indicado); 
III. Olhos: Simetria, tamanho, reatividade das pupilas, cor da esclera 
e da conjuntiva, movimento, teste de visão 
IV. Nariz: Septo, mucosa, permeabilidade; 
V. Boca: Dentes, mucosa, faringe, lábios, tonsilas 
VI. Pescoço: Tamanho da glândula tireoide, distensão venosa 
jugular. 
OBS: A inspeção da cavidade oral: deve incluir a orofaringe, a 
língua, o assoalho da boca e a mucosa oral. 
 A mucosa do lábio é examinada pela eversão dos lábios superior 
e inferior. 
A língua é examinada com o paciente projetando-a. O examinador, 
então, segura a língua com uma gaze e gentilmente a movimenta 
para examinar as bordas laterais. Também é solicitado que o 
paciente levante a língua para permitir a visualização da superfície 
ventral e o assoalho da boca. 
A glândula submandibular é examinada pela palpação bimanual 
sentindo a glândula através do assoalho da boca e da pele abaixo 
do assoalho da boca. 
 
• Palpação: 
I. Articulação temporomandibular: Crepitação, sensibilidade 
II. Paranasal: Dor nos seios paranasais 
III. Boca: Glândulas salivares, assoalho da boca, lábios, músculos da 
mastigação 
IV. Pescoço: Tamanho da glândula tireoide, linfonodos 
• Percussão: 
I. Paranasal: Ressonância nos seios paranasais (dificuldade em 
avaliar); 
II. Boca: Dentes. 
• Auscultação: 
I. Articulação temporomandibular: Cliques, crepitação; 
II. Pescoço: Sons da carótida. 
 
 
- Exame visual, durante a entrevista pelo CD, da forma geral e 
simetria da cabeça e do esqueleto facial, o movimento dos olhos, 
a cor da esclera e da conjuntiva e a habilidade de audição. 
- O clínico deve escutar problemas na fala, sons da articulação 
temporomandibular e habilidade de respiração. 
• Região da Articulação Temporomandibular: 
 - Palpar e auscultar as articulações. 
- Medir a variação de movimento da mandíbula e o padrão de 
abertura. 
• Região Nasal e Paranasal 
- Fechar cada narina, individualmente, para checar patência. 
Inspecionar mucosa nasal anterior. 
• Boca 
- Retirar todas as próteses removíveis. 
- Inspecionar a cavidade oral em busca de lesões nas mucosas 
dental, bucal e da faringe. Olhar as tonsilas e a úvula. 
- Segurar a língua fora da boca com uma gaze seca enquanto as 
bordas laterais são inspecionadas. 
- Palpar a língua, os lábios, o assoalho da boca e as glândulas 
salivares (checar a saliva). - Palpar o pescoço para checar o 
tamanho dos linfonodos e da glândula tireoide. Inspecionar as veias 
jugulares. 
 
 Os exames solicitados frequentemente em odontologia são: 
I. Hemograma – analisa os tipos e quantidades dos componentes 
sanguíneos (hemácias, leucócitos e plaquetas); 
II. Coagulograma – avalia o processo de coagulação do sangue, capaz 
de diagnosticar uma série de complicações hemorrágicas; 
III. Glicemia – mede o nível de glicose na corrente sanguínea, a 
partir de uma coleta de sangue venoso e de um período de 8 
horas de jejum, sem alimentos ou bebidas, exceto água. 
IV. Radiografia periapical, Inter proximal, oclusal, panorâmica, 
tomografia computadorizada etc. 
 
Os resultados da avaliação médica, de forma individual não 
fornecem resultado diagnóstico, mas são usados para atribuir uma 
classificação ao estado físico do paciente. 
Antes da Cirurgia: 
 • Agente hipnótico para estimular o sono na noite anterior à 
cirurgia (opcional) 
• Agente sedativo para diminuir a ansiedade na manhã da 
cirurgia (opcional) 
• Consulta matinal agendada para reduzir o tempo na sala de 
recepção 
Classificação Estado físico Atendimento 
ASA I Normal, saudável Ambulatório 
ASA II 
Doença sistêmica leve ou 
com um significante risco 
de saúde 
Ambulatório 
ASA III 
Doença sistêmica grave que 
não é incapacitante 
Ambulatório 
ASA IV 
Doença sistêmica grave que 
oferece risco de vida 
constante 
Urgência 
hospitalar 
ASA V 
Moribundo, que 
provavelmente não 
sobreviverá sem a operação 
Hospitalar 
ASA VI 
Morte cerebral declarada, 
está passando por remoção 
de órgãos para doá-los 
Hospitalar 
Durante a Cirurgia 
- Meios não Farmacológicos de Controle de Ansiedade: 
Tranquilização verbal frequente; conversa para distrair o paciente; 
sem surpresas (o médico avisa o paciente antes de fazer qualquer 
coisa que possa causar ansiedade); sem barulhos desnecessários; 
Instrumentos cirúrgicos longe do campo de visão do paciente; 
Música de fundo relaxante. 
- Meios Farmacológicos de Controle de Ansiedade: Anestésicos 
locais de duração e intensidade suficientes; Óxido nitroso; 
Ansiolíticos intravenosos. 
Após a Cirurgia 
 - Instruções breves para cuidados no pós-operatório: Informar o 
paciente sobre sequelas pós-cirúrgicas que são esperadas (p. ex., 
inchaço ou leve gotejamento de sangue); 
- Tranquilização adicional 
- Analgésicos eficazes 
- Informar quem o paciente pode contatar se qualquer problema 
aparecer 
- Telefonar para a casa do paciente durante a noite após a 
cirurgia para conferir se há algum problema. 
Antes e durante a cirurgia, os sinais vitais devem ser 
monitorados periodicamente. 
Deve ser mantido contato verbal regular com o paciente. 
 O uso de óxido nitroso ou outros métodos de sedação consciente 
para controle de ansiedade em pacientes com cardiopatia 
isquêmica devem ser considerados. 
OBS: Nitroglicerina pura deve estar por perto para uso, quando 
necessário, para casos de insuficiência cardíaca congestiva (após 
IAM); hipertensão (pré operatória); indução de hipotensão 
controlada durante a cirurgia. 
 
Avaliação trans operatória 
O profissional deve manter: 
- Princípios de biossegurança (uso de EPIs completo); 
- Manuseio atraumático dos tecidos (para evitar danos 
isquêmicos); 
- Controle da força (para evitar possíveis acidentes); 
- Hemostasia (para evitar hemorragia); 
- Cuidados com a ferida (para evitar, por exemplo, alveolite); 
 
Avaliação pós operatória 
Instruções pós-operatórias devem explicar o que poderá ocorrer 
com o paciente, porque esses fenômenos acontecem e como 
manejar e controlar situações comuns no pré operatório 
• Atitudes que o cirurgião-dentista pode fazer para minimizar 
os problemas comuns que os pacientes apresentam após a 
cirurgia: 
- Instruções sobre como manejar sequelas comuns do pós-
operatório, que podem ocorrer no dia da cirurgia e normalmente 
duram alguns dias, devem ser dadas ao paciente e a qualquer 
um que o esteja acompanhando. 
- As instruções devem ser dadas ao paciente de forma oral e 
também por escrito, em termos simples de fácil entendimento; 
- Um número de telefone deve ser incluído, para que o médico 
ou cirurgião-dentista possa ser encontrado em situações de 
emergência. 
 
- Colocação de um pequeno pedaço de gaze diretamente sobre o 
alvéolo; 
- A gaze deve estar úmida para que o sangue que está 
extravasando não coagule nela e o coágulo seja deslocado no 
momento de remoção da gaze. 
O paciente deve ser instruído a morder firmemente a gaze por 
pelo menos 30 minutos e não a mastigar, deve segurar a gaze no 
lugar sem abrir ou fechar a boca e falar o mínimo possível durante 
duas a três horas. 
- Os pacientesdevem ser advertidos a evitarem coisas que podem 
agravar o sangramento. 
 Aqueles que fumam devem ser encorajados a evitar fumar nas 
12 primeiras horas após o procedimento, ou, mais comumente, se 
necessitam fumar, a puxar a fumaça do cigarro levemente. (A 
fumaça e a nicotina interferem na cicatrização das feridas). 
- Os pacientes não devem cuspir nas primeiras 12 horas após a 
cirurgia; 
- Nenhum exercício extenuante deve ser feito nas primeiras 12 a 
24 horas após a extração, pois o aumento da pressão sanguínea 
pode levar a um sangramento maior; 
- Os pacientes devem ser avisados que pode haver pequeno 
extravasamento de sangue que pode manchar a saliva enquanto 
eles estão dormindo e que provavelmente haverá manchas de 
sangue nas fronhas de seus travesseiros pela manhã. 
- Extravasamento de sangue prolongado, sangramento vermelho 
vivo ou coágulos grandes na boca do paciente são indicações para 
um retorno ao consultório. O cirurgião-dentista deve então 
examinar a área cuidadosamente e aplicar as medidas apropriadas 
para conter a hemorragia. 
• Dor e desconforto: 
- O cirurgião-dentista deve ajudar o paciente a ter uma 
expectativa realista sobre o tipo de dor que pode ocorrer e corrigir 
qualquer equívoco sobre a intensidade da dor que provavelmente 
irá ocorrer; 
- Pacientes que informarem ao cirurgião-dentista que esperam 
muita dor no pós-operatório não devem ser ignorados e 
recomendados a tomar um analgésico comum; 
- A dor que o paciente pode sentir após um procedimento 
cirúrgico como a extração de um dente é altamente variável e 
depende, em grande extensão, das expectativas pré-operatórias 
dele; 
- O paciente deve ser instruído a tomar ibuprofeno ou 
acetaminofeno no pós operatório para prevenir o desconforto inicial 
quando o efeito da anestesia se dissipar; 
- Para aqueles pacientes que provavelmente terão dor forte, uma 
prescrição de analgésico para controle da dor deve ser dada; 
 
 - O cirurgião dentista 
deve advertir o paciente 
que o objetivo da 
medicação analgésica é o 
manejo da dor e não a 
eliminação de todo o 
desconforto; 
- A primeira dose da medicação analgésica deve ser dada antes 
dos efeitos da anestesia local diminuírem. Se isso é feito, é menos 
provável o paciente sentir dor intensa após o fim dos efeitos da 
anestesia local; 
Três características da dor que ocorre após uma 
extração de dente de rotina: 
(1) A dor não é intensa usualmente e pode ser 
manejada com analgésicos leves; 
(2) O pico da dor ocorre aproximadamente 12 horas 
após a extração e diminui rapidamente após isso; 
(3) Dor significante resultante da extração 
raramente persiste por mais de dois dias após a 
cirurgia. 
- Pacientes devem ser alertados que o uso de medicação narcótica 
excessiva vai levar à sonolência e a uma maior chance de 
desconforto gástrico; 
- O método mais efetivo de controlar a dor é estabelecer uma boa 
relação entre cirurgião-dentista e paciente. 
• Edema: 
- O inchaço chega ao máximo 36 a 48 horas após o procedimento 
cirúrgico. Começa a diminuir no terceiro ou quarto dia e some, 
usualmente, até o final da primeira semana. 
O inchaço que aumenta após o terceiro dia pode ser um sinal de 
infecção mais do que uma renovação do edema pós-operatório 
- Bolsas de gelo ou de ervilhas congeladas para ajudar a minimizar 
o inchaço e fazer o paciente se sentir mais confortável, de forma 
que o gelo não fique diretamente sobre a pele. Mantendo-as no 
local por 20 minutos e então afastadas por 20 minutos, por 12 a 
24 horas. 
- No segundo dia pós-operatório, nem frio nem calor deve ser 
aplicado na face. 
- No terceiro e subsequentes dias pós-operatórios, a aplicação de 
calor local pode ajudar a regredir o edema mais rapidamente. 
- Pacientes devem ser informados que um inchaço moderado é 
normal e é uma reação saudável do tecido em resposta ao trauma 
cirúrgico. 
• Prevenção e reconhecimento da infecção: 
- A medida mais importante na prevenção de infecção após a 
extração de rotina é o cirurgião dentista aderir aos princípios 
básicos de cirurgia, sendo eles: 
I. Minimizar a lesão tecidual; 
II. Remover fontes de infecção; 
III. Limpar a ferida. 
 
- Alguns pacientes, especialmente aqueles com resposta 
imunodeprimida, podem necessitar de antibioticoterapia para 
prevenir infecção, desde antes do início do procedimento cirúrgico; 
- Antibióticos adicionais após a cirurgia não são usualmente 
necessários para pacientes saudáveis numa extração de rotina. 
• Trismo: 
- Limitação da abertura da boca, resultante do trauma e da 
inflamação envolvendo os músculos da mastigação (exemplo: 
manter a boca aberta por muito tempo). 
 Também pode resultar de múltiplas injeções da anestesia local, 
especialmente se as injeções penetraram em músculos. 
 O músculo mais provável de estar envolvido é o Pterigoide Medial, 
que pode ser penetrado pela agulha da anestesia local durante o 
bloqueio neural alveolar inferior. 
- Os pacientes devem ser avisados que esse fenômeno pode 
ocorrer e que deve se resolver em uma semana. 
- Fisioterapia com calor e movimento; 
- Alteração da ATM – relaxante muscular. 
• Equimose: 
- Presença de sangue nos tecidos submucosos ou subcutâneos – 
equimose. 
Frequentemente comum em idosos - tônus tecidual diminuído, 
fragilidade capilar aumentada e aderência intercelular diminuída. 
Não é algo perigoso e não aumenta a dor ou a chance de infecção. 
Infecções após extrações de rotina não 
são comuns. Os sinais típicos são 
surgimento de febre, aumento do 
edema, eritema da pele, gosto 
desagradável na boca, ou piora da dor 
três a quatro dias após a cirurgia. 
Feridas orais infectadas aparentam 
inflamação e algum grau de purulência 
está normalmente presente. 
- Os pacientes devem ser avisados de que equimose pode 
acontecer, porque se acordarem no segundo dia de pós-operatório 
e virem lesões nas bochechas, área submandibular ou pescoço 
anterior, eles podem se tornar apreensivos. Esta ansiedade é 
facilmente prevenida por instruções pós-operatórias. 
- Normalmente, o surgimento de equimose acontece 2 a 4 dias 
após a cirurgia e usualmente se resolve em 7 a 10 dias. 
- Infecção e atraso da cicatrização 
• Necrose tecidual: causada por isquemia da lesão 
• Alveolite 
- Possui características como: retardo na cicatrização, ocorre 2 a 3 
dias após a exodontia, possui etiologia não esclarecida (fibrinólise), 
sintomatologia dolorosa (moderada a intensa), exposição óssea. 
- Causas: insuficiência de suprimento sanguíneo no alvéolo; 
Aumento da atividade fibrinolítica; Presença de infecção durante 
ou após a extração; Trauma do osso alveolar durante o ato 
operatório. 
- Achados clínicos: desintegração do coágulo; Alvéolo vazio; 
Paredes alveolares desnudas e sensíveis; Camada amarelo-
acinzentadas; Gengiva circunjacente inflamado; Dor intensa; 
2.9.1 Alveolite Seca 
- Limpeza alveolar (soro e curetagem do tecido necrótico); 
- Preenchimento do alvéolo com pastas (alveosan e alveoliten) 
obs.: evitar em casos de contaminação e dor. 
- Trocas de pasta a cada 24 horas até a remissão dos sintomas; 
- Fazer antibioticoterapia sistêmica associada. 
• Comunicação buco-sinusal 
- Diagnóstico: exame do dente extraído. Teste de valsava 
- Tratamento: depende da dimensão de abertura; História de 
sinusite crônica; Técnicas hemostáticas; Retalhos; 
- Cuidados gerais: fazer sutura em forma de oito, para ajudar a 
assegurar a manutenção do coágulo; Precauções respiratórias 
anteriores; terapêutica medicamentosa (penicilina 7 dias, 
descongestionante nasal); Fechamento com retalho e se necessário 
à altura de parte do processo alveolar; Incisão perifistular. 
 
- Consulta de retorno: para que o cirurgião-dentista possa checar 
o progresso do paciente após a cirurgia e saber qual é a aparência 
de um alvéolo que está cicatrizando normalmente. 
Rotineiramente, para procedimentos não complicados, uma visita 
de acompanhamento uma semana após o procedimento é 
adequada. 
- As suturas devemser removidas, conforme necessário, na 
consulta de acompanhamento uma semana após a cirurgia. 
As principais razões para uma consulta desta natureza são 
sangramento prolongado, dor não responsiva às medicações 
prescritas e suspeita de infecção. 
- Se um paciente que passou por uma cirurgia começar a 
desenvolver edema com eritema superficial, febre, dor, ou todos 
esses sintomas no terceiro dia de pós-operatório ou depois, deve-
se presumir que o paciente desenvolveu uma infecção até que se 
prove o contrário. 
- O cirurgião dentista deve inspecionar o paciente cuidadosamente 
para confirmar ou excluir a presença de uma infecção. Se uma 
infecção for diagnosticada, medidas terapêuticas apropriadas 
devem ser adotadas; 
- Dor pós-operatória que diminui no início, mas que começa a 
aumentar no terceiro ou quarto dia, sem inchaço ou outros sinais 
de infecção é, provavelmente, sintoma de uma alveolite. Este 
problema é usualmente restrito aos alvéolos molares inferiores e 
não representa uma infecção. 
 
 
• Nota operatória: 
O cirurgião-dentista deve anotar nos registros uma nota do que 
se passou em cada uma das visitas. Sempre que uma cirurgia for 
efetuada, algumas informações críticas devem entrar nas 
anotações. Tais informações são: 
1. Data 
2. Nome e identificação do paciente 
3. Diagnóstico do problema que será tratado cirurgicamente 
4. Revisão do histórico médico, medicações e sinais vitais 
5. Exame oral 
6. Anestesia (quantidade utilizada) 
7. Procedimento (incluindo a descrição da cirurgia e complicações) 
8. Instruções no momento da liberação 
9. Medicações prescritas e sua quantidade (ou anexar cópia da 
prescrição) 
10. Necessidade de consulta de acompanhamento 
11. Assinatura (legível ou nome impresso abaixo) 
• Dieta 
- Evitar comer após uma extração por dor local ou medo de ocorrer 
dor quando comerem. 
- Uma dieta de alta caloria, líquida ou pastosa e fria, é o melhor 
nas primeiras 12 a 24 horas. 
- Ingestão adequada de fluidos nas primeiras 24 horas, podendo 
ser sucos, leite, água, ou qualquer outra bebida que o paciente 
queira tomar. 
- Pacientes diabéticos devem ser encorajados a retomar sua 
ingestão calórica e esquema de insulina o mais cedo possível. 
 
• Higiene Oral 
- Advertir aos pacientes que manter os dentes e boca 
razoavelmente limpos resulta numa cicatrização mais rápida das 
feridas cirúrgicas; 
- No pós-operatório do dia da cirurgia, os pacientes podem escovar 
gentilmente os dentes afastados do local da extração. Eles devem 
evitar escovar os dentes adjacentes à área de extração para 
prevenir um novo episódio de sangramento, evitar mexer nas 
suturas e induzir mais dor; 
- A maioria dos pacientes pode retomar suas medidas de higiene 
oral pré-operatórias no terceiro ou quarto dia após a cirurgia; 
- Fio dental deve ser usado da maneira usual nos dentes anterior 
e posterior ao local de extração tão logo o paciente se sinta 
confortável para tal. 
- Se a higiene oral for difícil após extrações em múltiplas áreas da 
boca, lavagens da boca com agentes como peróxido de hidrogênio 
diluído podem ser feitas. Bochechar três ou quatro vezes por dia 
por aproximadamente uma semana após a cirurgia pode resultar 
numa cicatrização mais rápida. 
 
- Detalhada avaliação do paciente; 
- Sequência nos procedimentos; 
- Reconhecer e prever complicações; 
- Protocolos de trabalho.

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