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CENTRO UNIVERSITÁRIO CHRISTUS – UNICHRISTUS CURSO DE ODONTOLOGIA PORTIFÓLIO DE PRÉ-CLÍNICA I ALUNA: JÚLIA LEANDRO VASCONCELOS STUDART. DATA: 03/11/2020. PROFESSORES: BRENO BENEVIDES/ CAMILA CARVALHO/ DANIELA BEZERRA/ JIOVANNE NERI/ MARIA ELISA MARTINS. FORTALEZA – CE 2020 Classe V: Preparo e Restauração • Classe V é uma lesão na região cervical dos dentes tanto em anteriores quanto em posteriores, podendo ser na face vestibular ou na palatina. • Como saber se é uma lesão cervical cariosa ou não cariosa? ❖ • Lesões cervicais não cariosas manifestam-se como perdas de estruturas dentais na região cervical do dos dentes. • O tratamento restaurador está indicado quando há comprometimento estético, biológico ou funcional, em casos de hipersensibilidade que não respondem a terapia não invasiva. • Não necessariamente todas devem ser restauradas. • Antes de realizar qualquer procedimento restaurador é necessário diagnosticar e controlar os fatores etiológicos das lesões, que podem ser: - Corrosão. - Abrasão. - Associação destas. • Existem 4 principais tipos de lesões cervicais: 1. Atrição: • fricção entre os dentes antagonistas. • O resultado do contat0 entre os dentes antagonistas, sem intervenção de qualquer outro objeto, seja em situações funcionais, seja em situações parafuncionais, podendo levar a perda de estrutura. Ex: bruxismo. 2. Abrasão: • fricção mecânica por objetos ou substancias. • Lesões rasas com contornos bem determinados e arredondados ou em forma de V. • Nunca subgengivais, boa higiene oral e gengiva marginal firme. • Lisa, dura, polida e com possíveis estrias horizontais. Ex: escova de dentes. 3. Abfração: • Forças oclusais excêntricas ou muito intensas. • Lesões em forma de cunha e talvez parcialmente subgengivais, com margens afiadas, limites definidos e com ângulos vivos. Ex: uso de aparelhos ou bruxismo. OBS: O bruxismo pode sim estar associados a duas lesões e o individuo ter esses dois tipos. 4. Erosão: • Ação de substancias acidas. • É uma perda progressiva dos tecidos dentários, após seu amolecimento superficial, causada, sobretudo por um processo químico, decorrente da ação de ácidos intrínsecos ou extrínsecos, que não envolve ação bacteriana. • Lesões côncavas, arredondadas, com superfície lisa e polida e borda de esmalte intacto. • Extensão maior que profundidade e borda de esmalte intacto. • Mais comum na região palatina • Ex: ácido estomacal. ➔ Protocolo clinico de restauração: • Não necessariamente sempre será restaurada, e sim quando tem estruturas perdidas o suficiente para ser restaurada de mais de 2mm. 1. Profilaxia (pedra pomes + água). 2. Seleção de cores. 3. Isolamento absoluto. 4. Procedimento restaurador. • Muito feito com resina ou cimento de ionômero de vidro dependendo do caso. • É uma lesão que causa dor, pois torna- se uma ferida exposta e sensível. • A ordem do protocolo clinico deve ser seguida criticamente, senão pode alterar o procedimento, principalmente a cor. • Para o isolamento absoluto nos de classe V pode-se utilizar 3 grampos, os normais de isolamento absoluto e no dente que será trabalhado, sendo eles ou o 211 ou o 212, pois são grampos de retração gengival ou grampos modificados. • Uma das grandes vantagens do uso de compósitos na restauração classe V não cariosas é a natureza adesiva do material, que permite ao clinico abrir mão do preparo de retenções macromecânicas. • Esse procedimento de restauração restringe-se basicamente a reposição de estrutura perdida, sem qualquer desgaste prévio adicional. • Já que as restaurações classe V apresentam intima relação com o periodonto é essencial que as resinas compostas com boas características de polimento sejam escolhidas, como as nanohíbridas ou nanoparticuladas. • Se fosse utilizado o cimento de ionômero de vidro, pois ele tem muito pouco risco de perda, ele irá ocasionar uma retenção bastante satisfatória ficando na boca do paciente durante muitos anos, o melhor seria aqueles modificados com resina. • Utilizando a resina, o melhor sistema adesivo utilizado seria do tipo autocondicionantes ou convencional. • Com o objetivo de reduzir os estresses gerados pela contração de polimerização, devem ser utilizados incrementos de resina composta, inseridos e adaptados sequencialmente: 1. Primeiro a margem cervical. 2. Depois a margem oclusal da cavidade. - O ultimo incremento é inserido de forma a restituir o volume total da inserção. - Essa técnica permite um melhor controle dos efeitos deletérios da contração de polimerização, facilita a estratificação de restaurações altamente estéticas e isso graças a sobreposição de massas com espessuras e graus de translucidez diferentes. - É importante observar e comparar o ultimo incremento com os demais dentes. • Uma vez que os compósitos foram inseridos, o acabamento limita-se a remoção de eventuais excessos de adesivo e resina nas margens da restauração. • O acabamento é feito com lâminas de bisturi numero 12 e discos abrasivos são muito apropriados para tal etapa. • É importante observar o acabamento por vários ângulos. • O polimento é feito com uma pasta de polimento e o disco de feltro. ❖ • Ficam no mesmo local, porem tem etiologia diferente. • Ela é causada por única e exclusivamente cárie. • Nessa região é muito comum carie por conta da difícil escovação. • Quando se tem apenas a mancha branca na região cervical não se faz a restauração e sim uma remineralização. • Quando já existe uma perda dentaria de estruturas faz-se a restauração começando com: 1. Profilaxia (pedra pomes + água). 2. Seleção de cor. 3. Isolamento completo. - Durante a inserção do grampo retrator (211 ou 212), deve-se ter cuidado para que a garra do grampo esteja não apoiada em região de esmalte sem suporte dentinário, sob o risco de fratura. • Sobre a remoção da cárie: ➢ São feitas com broca carbides esféricas/ colher ou curetas de dentina, devem estar em baixa rotação. ➢ Nem o desenho e nem o tamanho da cavidade é alterado pelo preparo cavitário, apenas remove-se a estrutura dental comprometida com a lesão cariosa. ➢ O esmalte sem suporte, que é chamado também de esmalte socavado será ➢ reforçado, posteriormente, pelos materiais adesivos, como CIV e depois resina. • Protocolo clinico: 1. Profilaxia (pedra pomes + água com a escova de Robson). 2. Seleção de cor. 3. Isolamento completo. 4. Condicionamento com acido fosfórico, 30 segundos em esmalte e 15 em dentina. 5. Lava pelo dobro do tempo. 6. Aplicação do sistema adesivo podendo ser dos dois tipos e polimeriza: - Autocondicionantes. - Convencional: aplica a primeira camada do primer e leve jato de ar. Aplica-se o resto. 7. Inserção da resina composta: - Primeiro resina de esmalte na região cervical e fotopolimeirza. - Segundo é resina de dentina na região incisal e fotopolimeirza. - Terceiro resina de esmalte para fechar a cavidade e fotopolimeriza 8. Faz-se o acabamento e polimento lembrando de olhá-lo de todos os ângulos para que fique perfeito. - São feitos também com discos de lixa da maior granulação para a menor. - Também são utilizados discos de feltro para dar brilho, diminuindo a rugosidade e a incidência de acumulo de biofilme. → Técnica Mista: • Técnica muito utilizada para cavidades próximas a região gengival. • Deve-se observar qual materialé mais biocompatível com os tecidos periodontais. • Ele pode ser de dois tipos: sanduiche fechado ou aberto. 1. Sanduiche fechado • Quando o CIV não fica exposto ao meio bucal, ou seja, quando se tem uma cavidade não tão profunda, estando a um nível supragengival e não a um gengival. • Nesses casos utiliza-se CIV como base e depois terminar com resina composta. 2. Sanduiche aberto • Quando a cavidade é muito mais profunda a nível gengival e então o CIV fica exposto ao meio bucal. • Então é necessário uma proteção maior e um material que seja muito biocompativel com os tecidos mais íntimos do dente. • Então colocaria CIV em maior quantidade de modo que uma parte sua ficaria exposta e depois resina composta. - O SA ideal para esses casos é os autocondicionantes de dois passos que passa em cima do CIV. Passo a passo da aula prática • Nessa aula foi feito um preparo cavitário classe V. • Materiais utilizados: ➔ PROCEDIMENTO DENTE 13 1. Faz o isolamento absoluto do dente 15 ao 25. 2. Desenha a carie com a lapiseira. 3. Pega a broca esférica nº4 + caneta para iniciar o preparo com baixa rotação e iniciar o preparo começando pela porção proximal (mesial ou distal), pois a parede axial precisa acompanhar a convexidade do dente. OBS: não se deve apagar a linha desenhada. 4. Deixa o preparo o mais liso possível e uniforme possível. 5. Passa o recortador de margem gengival envolvendo os prismas de esmalte friáveis melhorando acabamento e vai dar mais longevidade a restauração. 6. Faz-se o bisel com a broca 1111 ou 3118 + adaptador com angulação da broca de 45 graus que é importante para uma boa restauração. OBS: Na porção palatina em dentes superiores não se faz o Bisel. 7. Pega o grampo 212 e estabiliza com godeia de baixa fusão. 8. Inicia a restauração: - Ácido fosfórico no esmalte (15 segundos). - Ácido fosfórico na dentina (30 segundos). - Lava por 1 minuto. - Seca com papel absorvente. 9. Passa o Sistema Adesivo, que é do tipo convencional e um leve jato de ar para auxiliar a evaporação e Fotopolimeriza 10 segundos. 10. Começa com incrementos que serão 3: - Porção cervical (resina de dentina e Fotopolimeriza 20 segundos). - Porção incisal (resina de dentina e Fotopolimeriza 20 segundos). - Face vestibular (resina de esmalte e Fotopolimeriza 20 segundos). OBS: a resina de dentina é colocada até a metade do Bisel e utiliza o pincel para ir moldando. ➔ PROCEDIMENTO DENTE 23 • Utiliza-se nesse procedimento cimento de ionômero de vidro. • Não é necessário o bisel com o CIV, pois o sozinho já dá bastante adesão. 1. Faz o isolamento absoluto do dente 15 ao 25. 2. Desenha a carie com a lapiseira. 3. Pega a broca esférica nº4 + caneta para iniciar o preparo com baixa rotação e iniciar o preparo começando pela porção proximal (mesial ou distal), pois a parede axial precisa acompanhar a convexidade do dente. OBS: não se deve apagar a linha desenhada. 4. Deixa o preparo o mais liso possível e uniforme possível. 5. Passa o recortador de margem gengival envolvendo os prismas de esmalte friáveis melhorando acabamento e vai dar mais longevidade a restauração. 6. Passa-se o primer com a cavidade já feita. 7. Seca com jato de ar e Fotopolimeriza por 10 segundos. 8. Faz-se a manipulação do ionômero de vidro que é o pó + liquido na proporção de 1:2, mistura-se e faz uma pasta com a espátula 24. 9. Com a mesma coloca a pasta na seringa centrix e insere na cavidade. 10. Com a suprafill retira o excesso e refaz a anatomia o máximo que conseguir. 11. Fotopolimeriza 20 segundos. 12. Passa o gloss para evitar embebição.
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