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EXÓGENAS: DERMATITE DE CONTATO Dermatite eczematosa causado por agentes contactantes com a pele,gerando reações agudas, subagudas e crônicas CLASSIFICAÇÃO: - Dermatite de contato por irritante primário (DCI) - Dermatite de contato alérgica (DCA) EPIDEMIOLOGIA - DCI: > 👧, < pele negra, 80% (na SANAR fala 60%) das DCs ocupacionais, tende a ⬇ com a idade(> risco em < 20 anos) - Irritante primário: substâncias alcalinas fortes ou ácidas. Grosseiramente falando lesão não ocorre por culpa da pessoa, mas por culpa da substância, em tese qualquer pessoa que entrasse em contato com essa substância desenvolveria a doença se em tempo e concentrações corretas. Irritantes fortes geram dermatite em virtualmente todos os indivíduos, ao passo que os fracos, apenas - nos mais susceptíveis ou após repetidas exposições. - Logo, a lesão é restrita ao local de contato. A resposta imune que interage com o irritante é a inata (ñ há sensibilização), não precisa ter um contato prévio para irritar. Irrita logo de cara. - Ex: existem pessoas que a chatice é de contato primário (logo de cara tu não gosta dela rsrs) - EX: mãos de lavadeira (contato prolongado com produtos de limpeza)-> inicia nas polpas digitais e eminências palmares, levando à xerodermia, à fissurae à descamação - dermatite de fralda (dermatite amoniacal) por contato prolongado com urinas e fezes (ph alcalino) comum até os 3 meses. Caracteriza-se por poupar dobras, em W, eritematosa con�luente, brilhante, que varia de intensidade, pode se manifestar ainda com pápulas associadas a edema e leve descamação. - Favorece infecção por Bacillus faecalis, Proteus, Pseudomonas, Staphylococcus e Streptococcus. A candidose sua principal complicação., o eritema se intensifica e surgem lesões papulopustulosas satélites. Quando o eritema começa a melhorar, a pele torna-se enrugada, com aspecto apergaminhado. Em < de 4 meses se manifesta com ligeiro eritema perianal. - fraldas descartáveis superabsorventes são as que possuem maior capacidade de manter seco o bb causando significativamente menos eritema. - Para casos leves, o + importante > fq de trocas, evitar fricção, limpeza do períneo (primeiro usar algodão embebido em óleo mineral ou vegetal para remover creme de barreira e resíduos de fezes aderidos à pele, e só depois proceder à lavagem em água corrente com sabonetes pouco agressivos (nada de lenços umedecidos com cheiro) - Cremes de barreira (ex.: Hipoglós, Bepantol, vaselina. ) evitam o contato entre a pele e a urina/fezes, protegendo-a - Não há indicação de aplicação de antifúngico ou antibiótico tópico profilático. - Teste de contato negativo - Fatores que in�luenciam grau da lesão: - DCA: não depende de idade, raça ou origem geográfica - Alérgenos + prevalentes: - metais: cobre, cobalto, níquel (anéis),tiomersal - fragância Mix (1\3 das alergias por cosméticos são por fragrâncias). - Dicromato de K+: couro, cimento (ECZEMA DE CONTATO, ECZEMA CRÔNICO ou DERMATOSE PROFISSIONAL) - Borracha e derivados mercaptobenzotiazóis (chinelos) - Grupo paraamino do radical benzênico sulfas, procaína - Cosméticos hidroquinona , resorcina , fenol - Antibióticos neomicina , cloranfenicol - Etilenodiamina - Formalina: esmaltes (linfócitos sensibilizados migram e atacam comumente as pálpebras) - Pode ocorrer distante do local de contato. - 4-7% de todas as consultas dermatológicas - + 20% das 👧 sofrerão de DC das mãos em algum estágio da vida. - Hipersensibilidade tipo IV Gell e Coombs - cels de langerhans ->apresentam antigenos via MHC-> migram para linfonodo regional -> criam linfócitos de memória onde permanecem e linfócitos efetores-> corrente sanguínea-> disseminação da sensibilidade > ativam macrofagos rapidamente em casos de nova exposição (após completar a fase aferente, inicia-se a fase elucidativa em que os linfócitos sensibilizados levarão ao aparecimento da dermatite em 48 a 72 horas, pela liberação das citocinas pró-in�lamatórias). - Eps + curto, + grave + extensos conforme o contato contínuo ou por reação cruzada com substâncias de estrutura análogas . - como,as sulfas e os derivados da procaína. - EXEMPLO: Eczema contactante-endotante , no qual, havendo sensibilização prévia por contato e, posteriormente, o uso sistêmico de medicação análoga, ocorre desenvolvimento de dermatite com tendência à generalização DIAGNÓSTICO Teste de contato/provocativo: Patch test- baterias padrões Obs: Sua positividade não afirma caso -> correlacionar sempre com os dados clínicos . - pois até 8% da população apresenta o teste de contato ao níquel, sem terem manifestação dermatológica. - especificidade e sensibilidade de 85% Bons resultados dependem: - Indicação correta - Técnica de aplicação - Interpretação dos resultados Definição: bioteste que simula ou induz a resposta alérgica, para definir causa de processos eczematizados, agudos ou cronificados. Aplicar na região dorsal sobre a pele. Alternativas – �lancos, coxas, braços. Indicações: - Eczema sem melhora com o tratamento, - Eczema de origem desconhecida, - Dermatose c/ suspeita de eczematização. PATCHKIT STANDARD®: técnica das Finn Chambers®São padronizadas 30 subs padronizadas, podendo acrescentar outras. Modo de fazer:: - Não realizar testes na fase ativa - nem após exposição solar intensa devido ao eritema induzido e pelo efeito imunomodulador que depleta as células de Langerhans. - Não aplicar testes no local da dermatose - Não usar corticóide tópico e evitar sistémico, imunomoduladores diminuem a resposta celular levando a falsos negativos (anti-histaminico nao interferem). - Evitar exposição solar até 15 dias antes da aplicação dos testes Subs testadas 30. Formaldeído 15. Perfume (MIX) 16. Mercapto ( mix ) 1. Antraquinona 17. Benzocaína 2. Bálsamo do Perú 18. Quaternium 15 3. PPD (MIX) 19. Quinolina (MIX) 4. Hidroquinona 20. Nitrofurazona 5. Bicromato de Potássio 28. Colofônio 13. Tiuram (MIX) 27. Sulfato de Níquel 12. Lanolina 26. Prometazina 11. Cloreto de Cobalto 25. Carba (MIX) 10. Kathon CG 24. Terebintina 9. Irgasan 23. Timerosal 8. Neomicina 29. Parafenilenodiamina 14. Etilenodiamina 22. Resina - Epóxi 7. Butil-fenol para-terciário 21. Paraben (MIX) 6. Propilenoglicol Técnica de Execução 1. Marcar as séries de substâncias na parte superior das Finn Chambers. 2. Adicionar um cilindro de 6 a 7mm das substâncias semi-sólidas em cada câmara. As líquidas são adicionadas no final. 3. Desengordurar a pele. 4. Aplicar as Finn Chambers na região dorsal. 5. Retirar fita protetora. 6. Friccionar cada placa com a palma da mão. 7. Pressionar cada câmara com o dedo. 8. Orientar a não molhar o local e evitar exposição solar direta e exercícios físicos. 9. Após 48 hs, retirar as Finn Chambers, deixando o pedaço identificado. Utilizar a Régua de Leitura para cortar a placa e localizar as substâncias e efetuar a primeira leitura (fase de indução). 10. Segunda leitura - 96 hs (fase elicitação) Com resultado avaliado de 0 a 3 cruzes: HISTOPATOLOGIA: Fase aguda macro/microvesiculas espongióticas (edema intraepidérmico) Fase subaguda aguda + crônica Fase crônica acantose + paraceratose PREVENÇÃO: uso de EPI, Afastar o agente causal, tratar as infecções secundárias. TRATAMENTO PARA DERMATITES DE CONTATO: Fase aguda (hidratação c/ emolientes): - Banho ou compressas, de soluções antisséptica (KMNO4 1:40.000) nas 1ª 24 hrs - Solução de ácido bórico 1ª 2% (água boricada) Fase subaguda: - Pasta dágua - Creme de corticoide tópico Fase crônica (emolientes/ceratolíticos) - corticóide em pomadas,fita oclusiva e infiltração intralesional - tópicos: tacrolimus e pimecrolimus Sistêmico: casos generalizados ou de eritrodermia. - prednisona 0,5mg\ kg de peso - antihistaminicos de primeira e segunda geração
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