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Queloide� � Cicatrize� Hipe�trófica� ● Proliferações fibrosas anômalas, bocelada ou lisa e coloração variando entre cor de pele, avermelhado e hipercrômico, que se elevam sobre o nível da pele e se desenvolvem após quaisquer estímulos que afetem a derme profunda. o Quanto antes tratar e encaminhar ao dermatologista, melhor. ● Queloide distingue-se da cicatriz hipertrófica por ultrapassar os limites da injúria inicial e pela tendência ao crescimento, alguns autores dizem ser fazes de um mesmo processo (?). EPIDEMIOLOGIA E ETIOPATOGENIA ● Predominam em: o negros, chineses e japoneses o pt post dos lóbulos das orelhas (piercings), sup do tronco (região pré-esternal), deltóide (vacinação) e extremidades. ▪ Pálpebras, genitália, palmoplantar e superfícies articulares extensoras costumam ser preservadas. ▪ A córnea e a mucosa oral são raramente afetadas. ● Etiologia associado à: o infecção (muito comum em foliculite) o tensão na ferida, ▪ hipóxia levaria à > deposição de elementos da matriz extracelular na derme. ▪ Mecanismos imunológicos, ● ação antigênica da secreção sebácea. ● aumento de imunoglobulinas ● Todo esse processo pode ser regulado por genes (mutações focais do p53). Há associação com sd. genéticas, Rubinstein-Taybi e Lowe ( associada à formação de QE na córnea). ● Tendência a desenvolver QE parece ser transmitida geneticamente e varia durante a vida de tal forma que um individuo com lesões queloidianas pode sofrer um trauma cutâneo e não desenvolver um novo queloide. ● Acredita-se que a ocorrência espontânea na real são microtraumas não vistos pelos pacientes. Biologia molecular dos queloides e das cicatrizes hipertróficas ● Após traumatismo, a pele humana cicatriza, ocupa lesão com tecido fibroso diverso. A cicatrização se caracteriza por 3 fases dinâmicas, não se conseguindo distinguir bem quando uma termina e a outra se inicia: o in�lamação ▪ imediata degranulação de plaquetas ( liberação de citocinas: EGF, IGF-1, PDGF e TGF-13, que recrutam neutrófilos, macrófagos, células epiteliais, mastócitos, células endoteliais e fibroblastos), ativação complemento e formação do coágulo de fibrina, o "esqueleto': em cima do qual a cicatriz será estruturada. o Após 2 a 3 dias-> fenômenos da fase proliferativa ( 3 a 6 sem) ▪ Fibroblastos -> sintetiza MEC (procolágenos, elastina, proteoglicanas e ácido hialurônico), por meio das quais crescem os vasos a fim de que se irrigue a cicatriz neoformada. Contração da cicatriz por miofibroblastos (contem filamentos de actina). o Processo de maturação. ▪ Colágeno tipo III (mais imaturo) é parcialmente substituída por colágeno do tipo 1 (degradação e remodelação). ● As cicatrizes + hipertróficas apresentam + colágeno tipo III na derme profunda, além do desequilibrio entre a formação, a maturação e o catabolismo. CLÍNICA ● Endurecidas, elevadas e eritematosas, às vezes hipercrôn1icas. Podem causar principalmente durante o crescimento queimação, prurido, dor (agulhadas). Além de contrações e sinéquias (entre dedos. região mentual, o pescoço e o tórax), além de afetarem profundamente a qualidade de vida. o dor: por compressão das terminações nervosas, pela fibrose o prurido: ressecamento da epiderme (glândulas sebáceas). ● CH tendem a permanecer nos limites do traumatismo e regridem a partir de 24 meses após o trauma ● QE tipicamente transgridem os limites da cicatriz original, com crescimento contínuo, às vezes, por toda a vida, apesar do tratamento. DIAGNÓSTICO E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ● Essencialmente clínico, podendo ser confundidos com diversos tumores. o dermatofibrossarcoma, dermatofibrossarcoma protuberans, leiomiossarcoma, lúpus vulgar, lobomicose e hanseníase na sua apresentação histoide. ● A biópsia incisional é por vezes mandatória, antes de se iniciar o tratamento HISTOPATOLOGIA ● Aumento de celularidade, tecido conjuntivo e vascularização. ● Ausência de apêndices subepidérmicos, ● Formação de nódulos de tecido conj. nas CH, com miofibroblastos. ● O colágeno dérmico em feixes grosseiros com fibras espessas, paralelas, densamente compactadas. Normal seria ondas delicadas em emaranhado aleatório. TRATAMENTO ● Variável e de difícil tratamento ● Tópicos com silicone na prevenção Excisão ● Taxas elevadas de QE recidivam sendo ainda maiores que as iniciais. ● Métodos de excisão incompleta não previnem recorrência. Compressão ● Induz à fragmentação do colágeno e à isquemia do tecido, favorecendo a orientação das fibras e inibindo a proliferação de fibroblastos. ● É feita por meio de malhas, elásticos e brincos sobre as lesões exercendo pressão de 18 a 35 mmHg. ● Desvantagens: longo período de tratamento e dificuldades de se comprimirem certas áreas, como raízes de membros. Podem ser usadas talas dentro das malhas, a fim de que se direcione a compressão a áreas específicas. Oclusão ● Placas siliconizadas no tratamento de lesões de CH é um método bem aceito. o Folhas semissólidas ou placas gelatinosas amolecidas, finas (1 a 5 mm), maleáveis, inertes, �lexíveis, aderentes, que se moldam facilmente à superfície da lesão, promovendo sua oclusão. ● Fixadas na cicatriz com esparadrapos ou fitas adesivas, indolor e apresenta poucos efeitos colaterais. ● São laváveis e reutilizadas até a deterioração, que ocorre, no máximo, em 4 meses (período mínimo de uso) para que se evitem recidivas, melhora da dor e do prurido logo no segundo mês de uso. Após esse período, pode ser avaliada a associação com outros métodos de tratamento. ● Primeira linha de tratamento de QE e CH. Corticoterapia ● Tratamento + adotado. ● A corticoterapia intralesional inibe a síntese de colágeno e o crescimento de fibroblastos, levando à degeneração e fagocitose celular. ● Acetonido de triancinolona (Kenalog®, não disponível no Brasil) é usado na concentração entre 10 e 40 mg/mL; no Brasil, tem-se atualmente na concentração de 20 mg/mL (Triancil®), usado em múltiplas injeções mensais ou bimestrais, ● Os QE faciais, especialmente em ângulos de mandibulas, são pouco responsivos aos corticoides. ● Além de dor, são descritos mucinose e reação tipo corpo estranho, atrofia, despigmentação e telangiectasias. Manifestações cushingoides podem seguir-se a doses de 40 mg de acetonido de triancinolona em crianças. ● O uso tópico de corticoides é pouco eficaz ou ineficaz, pois não atinge concentrações adequadas devido à profundidade do tecido fibroso da cicatriz. Crioterapia ● Tratamento de lesões pequenas, antes da adm de triancinolona, com o objetivo de se induzir a edema, o que facilita a injeção da solução no tecido. ● Particularmente útil, na foliculite queloideana da nuca, previamente à administração de triancinolona. ● Transformaria a cicatriz antiga em tecido de granulação novo, que responderia melhor à corticoterapia intralesional. ● Efeitos colaterais: despigmentação, dor e necessidade de multiplos tratamentos. Laser ● Destruição seletiva de vasos. Recorrência chegaram a 90%. ● Outros lasers que têm mostrado resultados melhores que C02 e argônio são: o Pulsed Dye laser tem como alvo a hemoglobina; foram recomendados pulsos sem "overlap': em �luências entre 6 e 7,5 J/cm2 (ponteira com spot de 7 mm) ou 4,5 a 5,5 J/cm2 (10 mm), em múltiplos tratamentos. o Nd:Yag, pulso longo de 1.064 nm; sua penetração é um pouco maior, mas, ainda assim, é difícil atingir lesões espessas. ● Reativação de QE mais novos, hipercromia e púrpura são efeitos colaterais. Radioterapia ● Segura?? ● São usados raios X superficiais, eletronbeam e braquiterapia, precocemente após a excisão das lesões, na dose de 12 Gy divididos em 10 aplicações feitas ao longo de 20 dias, no máximo. ● É possível que a radioterapia localizada minimize a irradiação dos tecidos vizinhos, reduzindo os efeitos colaterais, que compreendem necrose, atrofia da pele e radiodermatites + efeitos tardios (risco de malignidades). O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês, de acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus. Filipenses 4:19
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