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Bul�se� ● São doenças ñ congênitas com formação de bolhas devido a reação autoimunes c/ tendência à progressão, de evolução crônicas e ilimitada, com prognóstico reservado. EPIDEMIOLOGIA ● Pênfigo vulgar (PV): o Relativamente rara o Maioia em >40 anos (medcurso pico 50-60 anos) -> M=H ▪ ocasionalmente child. < 20 anos (5,5M:1H). o Predomínio na raça branca (judeus askenazi). o Antígeno: ▪ DSg3 -> indica acometimento mucosa ▪ DSg1->indica acometimento cutâneo o Associação com HLA-DR4 e DQw8 o Expressões raras -> pênfigo vegetante (PVe): ▪ ocorre entre 1 a 2% dos casos. ▪ doentes mais jovens. ● Hallopeau (forma localizada) ● Neumann (forma disseminada) ● Pênfigo foliáceo (PF): o Forma + comum no BR. o Antigeno: DSg1->indica acometimento cutâneo o Podem ser farmacoinduzido (PV em < grau) ▪ d-penicilamina, penicilina, rifampicina, captopril e propranolol o PF não endêmico (pênfigo de Cazenave);-> associação c/ HLA-B16, A26 e A24. Características epidemiológicas semelhantes a PV. o PF endêmico (fogo selvagem) comum no -> Br (MT/DF/GO/triangulo mineiro/oeste paulista)l, Colômbia, El Salvador e Peru sendo peculiar por sua ocorrência familial, afetando crianças e, sobretudo, populações rurais/ribeirinhas. Acreditava-se que Simulium nigrimanum (borrachudo) possa ser o vetor para desencadear autoimunidade. ● Pênfigo herpetiforme: o Raro o H=M o Jovens adultos e idosos ● Pênfigo por IgA: ▪ Tipo dermatose pustulosa subcórnea ▪ Tipo intraepidérmico neutrofilico o Pessoas de meia-idade e idosos o Diagnóstico necessariamente por imuno�lorescência o Clinicamente pode apresentar características de PV ou PF. ● Pênfigo paraneoplásico (PP): o Relacionado com neoplasias tanto benignas quanto malignas o Apresenta distribuição epidemiológica dos tumores associados ● Penfigóide Bolhoso: o Prevalência pouco > q os pênfigos não endêmicos. o Bulose + fq, + comum devido > longevidade da população. o Afeta igualmente os gêneros e raças o Pessoas + 60 anos ( píco nos 80%) ▪ cicatricial ● adultos maduros ● predominância feminina (2:1) ● sem predileção racial. ▪ farmacoinduzido ● + jovens ETIOPATOGENIA ● Penfigos: Alvo da ação autoimune -> epítopos dos desmossomos. ● > tem como antígeno a desmogleína. - PP tem essa + desmoplaquina i/ii e o antígeno do penfigóide bolhoso l. - PigA -> desmocolina 1 ● Elas são glicoproteínas transmembrana dos desmossomos -> cálcio-dependentes e denominadas caderinas. ● Aspectos imunológicos: Presença eventual de antipênfigo: queimados, doenças autoimunes, farmacodermias bolhosas ou maculopapulosas penicilínicas. O liquido da bolha é pobre em complemento Presença de padrão lupico -> pênfigo eritematoso tipo Senear-Usher. ● O ataque imune leva a ruptura da coesão entre os queratinócitos suprabasais (acantólise). ● Penfigóide: ac contra proteínas BP230 e BP180 (antígeno penfigóide) EXAMES ● A imuno�luorescência direta (IFD) apn 100% de resultados positivos em pct dentes, sendo utilizada na área (peri)lesional. Permanecendo + por anos msm com cura. Observam a deposição da imuno�luorescência de acordo com o posicionamento dos: Anticorpos (ac) que são do tipo IgG, podendo estar tbm presente: IgA (25%) IgM (40%) C3 (100%) -> unico encontrado lesões recentes e exclusivamente orais. PV/PF -> IgG se depositam nos espaços intercelulares dos queratinócitos. Pênfigos farmacoinduzido e herpetiforme-> IgG se depositam nos espaços intercelulares dos queratinócitos. Pênfigo por IgA -> depósito do tipo A1, não existindo IgG ou IgM. Tipo dermatose pustulosa subcórnea -> onde há depósito. Tipo intraepidérmico neutrofilico-> camadas inferiores da epiderme PP -> IgG intercelular e c3 (+ distribuição linear ou granular na junção dermoepidérmica). Penfigóide bolhoso: depósitos de IgG (8-%) + C3 (100%), de padrão linear. Direcionados contra proteínas BP230 e BP180 (antígeno penfigóide) na porção superior da lâmina lúcida da camada basal. Sempre presente. Às vezes acomete até pele sã. Melhor p/ diagnóstico. ● A imuno�luorescência indireta (IFI): ac no soro Pênfigos: revela antidesmogleína (ac tipo pênfigo) em títulos elevados em 75% dos casos com PV. IgG1 (fase pré-clinica) IgG4 (+ patogênico) a PP-> + 70% com ac circulantes tipo pênfigo na pele e mucosas, além daqueles direcionados ao epitélios simples, colunares e transicionais. Penfigóide: AC em títulos elevados em 70% dos casos AntiB230 ->100% AntiB180 -> 65% No líquido da bolha, os níveis de complemento são habitualmente baixos. Negativo, não o exclui diag. No subtipo cicatricial: > IgG e, com < fq por C3, IgA e IgM. ● ELISA monitora atv PF e PV em alguns casos, titulando anti-Dsg1 e 3 -> + sensível e específico q IFI. Doença localizada ou em fase inicial pode ñ ter AC. Pct sem lesão pode ter AC (areas endemicas) O complemento seja ativado tanto pela via clássica quanto pela alternada. CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA Pênfigo vulgar ● Inicia bolhas na mucosa oral em todos os pcts sendo frequente o diagnóstico de estomatite a�tosa. Efêmeras-> apos meses rompem -> áreas erosivas -> dolorosas -> alimentação prejudicada. o Podem surgir na região de linguas faringe e genitália. ● Seguem-se bolhas cutâneas (precede/sucede) 50% dos pacientes -> �lácidas, em pele aparentemente sadia. Podem ocorrer de forma isolada, mas com tendência a crescimento centrífugo. Rompem em áreas erosivas exsudantes em vermelho vivo, pruriginosas e dolorosas, sem tendência à reparação (aspecto de “bife sangrento”). Com odor peculiar (“ninho de rato”). + comum em cabeça tórax, dobras axilares. ● tipicamente: extensas erosões, marginadas por retalhos de bolhas rotas e ñ rotas. ● Lesões no colo uterino, ânus, reto, uretra, esôfago e conjuntiva ocorrem eventualmente. ● Neonatos podem apresentar a doença (pais com PV proporcionalmnete + DSg3 na pele). por ataque de ac maternos e o processo extingue-se com a catabolização deles. ● Nikolsky + o Descola pele se tracionada, msm se ñ acometida. ● Asboe-Hansen + o pressionar gentilmente uma bolha, provoca a sua progressão (o seu conteúdo líquido “corre” sob a pele). Pênfigo vegetante Variante rara do pênfigo vulgar, na qual as vesículas e bolhas dão lugar a lesões pustulosas, verrucosas e hiperpigmentada; ● Pênfigo vegetante de Hallopeau o Localizada, relativamente benigna em areas de �lexão o Podem estar acompanhadas de lesões na mucosa oral, genital e anal. ● Pênfigo vegetante de Neumann o Lesões costumam iniciar-se na mucosa oral e, ao evoluírem, acometem áreas de �lexão e intertriginosas. o Lesões vegetantes úmidas, em áreas de �lexão. o Início como PV, c/ reparação -> vegentantes. Pênfigo foliáceo ● AC exclusivo anti-desmogleina 1 atingindo assim apenas a granulosa. ● Inicia-se, de modo geral, por lesões vesicocrostosas nas áreas seborreicas. ● Dificilmente encontradas bolhas intactas -> rompem fácil por ser superficiais. ● O aspecto foliáceo decorre de aconteceram surtos subpenetrantes -> deixam intensa descamação, recobertas em parte por crostas que podem destacar-se. ● As lesões são múltiplas erosões crostosas sobre base eritematosa, e podem o permanecer localizadas por tempo variável o regredir espontaneamente, por período variável (fase pré-invasiva). ● > c/ tendência à generalização (período invasivo) -> sentido craniocaudal -> universalização -> eritrodermia esfoliativa ● Tardiamente, podem surgir: o lesões papilomatosas/verrucosas, o hiperpigmentação -> aspecto de pele de leopardo e em “salpico de lama” (lesões amarronzadas, crostosas e focais, como que jogadas no dorso), o onicorrexe e onicólise com descoloração, o alopecia difusa do couro cabeludo, das sobrancelhas, das axilas e do púbis, o ceratodermia palmoplantar. ● O acometimento de mucosas não é esperado. ● Febrícula irregular pode ocorrer. ● Queimação que piora com calor e exposição solar. ● Pode apresentar-se restrita às áreas seborreicas fotoexpostas (morfotopográfico ) + banda lúpica + (80% dos casos) + acantólise ao histopatológico = pênfigo eritematoso ou sd. de Senear-Usher. o Ocorre na etapa inicial ouregressiva (espontânea ou terapêutica) ● Nikolskiy e Asboe-Hansen+ Pênfigo induzido por fármacos ● A D-penicilinamina é o principal seguida do captopril contem grupamento sulfidrila reação cruzada com as desmogleínas. o Outros: penicilina, rifampicina e outros IECA, como o enalapril, interferon-alfa, sulfasalazina, salicilatos e amiodarona. o ● + frequente o desencadeamento de PF do que PV. ● A suspensão da substância não interrompe obrigatoriamente o processo. Pênfigo herpetiforme ● Dermatosis neutrofílica -> simulam a dermatite herpetiforme vesículas, bolhas ou pápulas agrupadas em arranjo anula prurido intenso. Distribuída em face extensora dos MM ● Raramente acomete mucosas. ● No histopatológico IgA contra junção dermoepidérmica. ● Associada a doença celíaca, mas sem alteração no TGI. Herpes gestacional ● Erupção eritematourticada bastante pruriginosa torna-se vesicobolhas -> começando no abdome ->nádegas e extremidade ● Acomete grávidas no ⅔ trim. Tende a redimir no fim da gest podendo voltar na próx. Pênfigo por IgA ● Rara ● Responsiva à dapsona ● Vesículas/pústulas, sobre base eritematosa/normal. ● Lesões em aspecto anular ou circinado em áreas intertriginosas, nas laterais do tronco e na parte proximal MM. ● Nikolsky pode ser -. ● Diagnóstico diferencial importante com a Sneddon-Wilkinson. Pênfigo paraneoplásico ● Mucosite erosiva e dolorosa. ● Má resposta terapêutica. ● Lesões cutâneas polimórficas lembram eritema multiforme ou lúpus subagudo. ● A intensidade do acometimento de traqueia/brônquios/pulmões -> óbito. ● Acometimento pulmonar sd. multiorgão autoimune paraneoplasica. ● Linfoma não Hodgkin é a neoplasia mais comumente associada (38,6%); a leucemia linfocítica crônica (25%) e outras como Castleman (nesta o PP é desproporcionalmente + prevalente em jovens/crianças assim como em chineses, 18,4%). PENFIGOIDE BOLHOSO ● Bolhas subepidérmicas, tensas, grandes, generalizadas (85% dos casos), na pele, mucosa oral (30%). Conteúdo citrino ou hemorrágico. ● Pode iniciar-se com lesões eritematosas e/ou urticariformes não agrupadas, com predileção pelas superfícies de �lexão. ● As mucosas (oral e nasal) podem ser atingidas (30%). Não deixam cicatrizes. ● Desencadeado ou agravado: UV, radioterapia, PUVA, queimadura e enxertos cutâneos. ● São idosos com bolhas tensas, generalizadas, sem prurido e com sinal de Nikolsky negativo. PENFIGOIDE FARMACOINDUZIDO ● D-penicilamina, captopril, furosemida, espironolactona, sulfassalazina, penicilinas etc. Pacientes + jovens. ● A medicação de escolha é a prednisona, em doses que dependem da gravidade do quadro, variando de 40 a 80 mg/ dia. PENFIGOIDE CICATRICIAL ● Penfigoide de membranas mucosas ● Vesicobolhosas crônicas, de evolução limitada e efemera, predominantemente restritas às mucosas, com involução cicatricial-> sequelas. ● Tem como sinonímia: penfigoide oral, penfigóide ocular, pênfigo benigno das mucosas. ● Forma ocular e oral -> HLA-DQB1. + comum oral (91 %), conjuntiva! (66%), esofágica (60%), laríngea (21 %) e da genitália. ● Inicia-se por conjuntivite -> sensação de queimação -> pode levar a triquíase e entrópio -> cegueira uni ou bilateral e estenose orificia. ● Gengivite descamativa. ● Lesões cutâneas são infrequentes (25%). ● O diagnóstico é basicamente clínico surtos de bolhas em mucosas com êxito cicatricial em pessoas de certa idade. HISTOPATOLOGIA ● Pênfigos: bolhas intraepidérmicas e fendas decorrentes de acantólise. ● No interior delas há c@ acantólicas. o PV: clivagem católica -> suprabasal o PF clivagem católica -> granulosa. ● Por vezes, antes que ocorra a acantólise, há invasão de e@ na epiderme -> espongiose eosinofílica. o PVe -> hiperplasia epitelial + grande qtd de e@. o PIgA ▪ tipo dermatose pustulose subcómea -> infiltrado neutrofílico; ▪ tipo intraepidérmico neutrofílico -> envolve folículos pilosos. o PP -> acantólise suprabasal + degeneração vacuolar da basal + queratinócitos disceratóticos. ● Penfigóide: bolha subepidérmica + degeneração da membrana basal (mb), infiltrado celular rico ou pobre (praticamente acelular, se base não eritematosa); predominam e@ (tbm no liq bolha). o Pela microscopia eletrônica: bolha ocorre pelo rompimento dos filamentos de ancoragem na lâmina lúcida. o Subtipo bolhosa: histiolinfocitário, com pqno n de e@ e pl@. DIAGNÓSTICO ● Histopatologia (bolha acantolítica) + IFD e IFI e citologia do líquido das bolhas (células acantolíticas) + clínica. ● Situações particulares -> sorologia para detecção de Dsgl ou 3, com títulos que podem estar relacionados com a atv da doença no PV e no PF. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ● Lesões mucosas: a�tas, herpes, eritema multiforme, líquen plano, doença de Behçe. ● Lesões cutâneas: farmacodermia, Steve-Johnson, eritrodermias de outra natureza, dermatite seborreica, LES e outras doenças vesicobolhosas. ● Do ponto de vista histopatológico: doença de Darier, Hailey-Hailey e de Grover. TRATAMENTO ● Antes morriam 100% dos pct c PV hoje a taxa é inferior a 5%. No PF mortalidade de 60% e 10% evoluem com remissão espontânea ● PV -> prednisona até 2 mg/kg/dia -> até 200mg/dia, mínimo de 6 semanas -> sem resultado aumenta 60mg. Nas formas irresponsivas -> pulso com corticoide (metilprednisolona, 500 mg a 1g/dia por 5 dias consecutivos). o Alguns pcs associar metotrexato/azatioprina/ciclosfofamida/dapsona (100mg). P/ poupar uso de estroides. o Negativação de nikolvisky 1 sinal de melhora. ● PF -> prednisona até 1 mg/kg/dia. o geralmente não é necessário imunossupressores. Se apenas feridas locais -> tópico. ● Amenizar danos do corticóide: bisfosfonatos (2 linha calcitonina) p/ osteoporose (mulheres na menopausa). + suplemento de ca (1.000 mg/dia), vit D (800 UI/dia). ● Evitar exposição solar + fotoprotetor. ● Em caso de lesões refratárias pesquisar infecção viral. E pode ser necessário -> o plasmaférese o ig IV. ▪ Eficácia ainda > ● 400 mg/kg/dia em infusão lenta (4 a 4,5 h) ● 2 g/kg/ciclo dividida 3 dias por mês até a remissão ● 2 semanas para iniciar novo ciclo. ● Eficácia é alcançada com 18 ciclos, ● efeitos colaterais: cefaleia, urticária, febre, artralgias, mal-estar e, bem raramente, IRA meningite asséptica, AVC e IAM. ● Antimaláricos coadjuvantes nas formas localizadas de PF. ● Sulfona-> IgA e herpetiformes, + corticoide sistêmico em baixa dose. ● A betametasona e a triancinolona tópica-> PFB. ● Injeções intralesionais têm sua indicação. ● Rituximabe-> refratários PV /PF. o Semanalmente por 4 sem IV, 375 mg/m2 de superfície corpórea, acompanhado + corticoterapia sistêmica. ● Pênfigo: corticosteroides sistêmicos, em doses moderadas (0,5-1 mg/kg/dia ● Cremescorticoides ultrapotentes-> localizadas. ● Podem-se associar citotóxicos (azatioprina/ciclofosfamida) ou micofenolato de mofetila, metotrexato e ciclosporina. Há casos que respondem bem à sulfapiridina e à dapsona. ● Ig iv e plasmaféres-> resistentes. ● Pênfigo bolhoso: Elevadas doses de prednisona-> evitar cegueira e estenose. Pode associar ciclofosfamida. Se gengivite descamativa -> moldeira de silicone + cobertura gengival com gel de clobetasol a 0,05%, 2 x/dia durante 20 min por ser efetivo.
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