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Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca. Discente: Thaís Valadares Ismael. Matrícula: 1912509BTUR. Matéria: Projeto Integrador I Docente: Thales Rocha de Freitas. Acessibilidade para os Surdos no Turismo A Inclusão Social é um tema bastante discutido nas pautas de turismo, mas ainda é notável a discriminação de alguns grupos, dentre eles podemos citar os deficientes auditivos. O objetivo deste artigo é desbravar as leis que garantem a acessibilidade no turismo para os surdos e, como a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é importante para as atividades turísticas. Assim como nós, os surdos têm o seu desejo de visitar lugares e pontos turísticos sozinhos. Mas, infelizmente, esse desejo é retido, porque alguns lugares não estão aptos a oferecer lhes um atendimento em LIBRAS. Nem todos os surdos compreendem claramente a oralização, o que dificulta o processo de comunicação em experiências turísticas que necessitam ser guiadas. Segundo Bueno, são relevantes a comunicação e a inclusão de acessibilidade para o perfil do visitante surdo, de modo que ele usufrua dos benefícios da prática turística, participando integralmente de todas as atividades. Muitas das atividades do dia-a-dia (como fazer o check-in no aeroporto, pedir um táxi, ir ao banco ou a uma consulta médica) são desempenhadas com facilidade por pessoas ouvintes, porém, estas mesmas atividades podem se constituir em grandes desafios para pessoas com deficiência. Vale enfatizar que para os surdos, a comunicação é a principal barreira, fazendo com que eles se sintam estrangeiros em seu próprio país. Em 6 de abril de 2015, foi criada a Lei Federal n° 13.146, que assegura ao deficiente o direito à acessibilidade e ao direito de ir e vir. A pessoa com deficiência tem direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer. O turismo inclusivo é uma ferramenta para reduzir a desigualdade social. É de grande importância pensar na acessibilidade não só para aqueles que possuem alguma deficiência motora, mas também para aqueles que possuem deficiências visuais e auditivas. Vale enfatizar que o turismo é um grande incentivador que possibilita o respeito às diferenças e às necessidades de cada indivíduo, independentemente de suas limitações. Para o Decreto n. 5.626, de 22 de dezembro de 2005, considera-se pessoa surda aquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo do surdo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura, principalmente, pelo uso da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS. Segundo Lopes, a falta de comunicação faz com que o surdo se sinta prejudicado, não tendo o acesso às informações, sendo elas, de forma total ou parcial, a qual dependendo do contexto, se torna essencial para a experiência turística. [...] É visível a necessidade de se adaptar o turismo a este público de pessoas surdas, com vistas a que consigam explorar os mesmos serviços de qualidade ofertados a pessoas ouvintes. A Lei Federal n° 10.436, de 2 de abril de 2002, reconhece a Língua Brasileira de Sinais( LIBRAS) como meio legal de comunicação e expressão, e torna obrigatória sua adoção, pelo poder público em geral e por empresas concessionárias de serviços públicos. Esse reconhecimento garante o atendimento e tratamento adequado aos portadores de deficiência auditiva. Na maioria das vezes, os surdos preferem fazer visitas e/ou viagens acompanhados, o que acaba os tornando dependentes de alguém até nessas horas. Isso acontece porque em quase todo lugar, não tem um intérprete de LIBRAS. Ter um intérprete de Libras em todos os lugares, seria a solução perfeita para que fosse melhor o atendimento e a inclusão dos surdos. Isso faria com que eles se sentissem acolhidos e inclusos na sociedade. Infelizmente, no Brasil, são poucos os lugares que possuem intérpretes. Na minha visão, os lugares que mais se têm intérpretes de LIBRAS são em escolas para deficientes e em algumas igrejas. O surdo não é inferior ao ouvinte, ele possui os mesmos conhecimentos e habilidades que os ouvintes. A única diferença entre eles é a forma com que aprendem, podendo possuir duas culturas iguais. Abordar este tema é de extrema importância, pois se trata de um assunto em que pouco se fala no âmbito do turismo. Ter profissionais que se engajem nesta causa, abre portas para que o turismo seja mais acessível para todos, principalmente para os surdos. As políticas públicas, não só no Brasil, deveriam tornar LIBRAS uma língua obrigatória e não opcional. Quando LIBRAS estiver em todos os meios, poderemos afirmar que a inclusão social dos surdos é realidade. Enquanto isso, podemos apenas dizer que estamos caminhando para que algo aconteça. Referências: ● http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm ● https://www.libras.com.br/lei-10436-de-2002 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm https://www.libras.com.br/lei-10436-de-2002
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