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Aparelho Gastrintestinal Resumo Simplificado DIGESTÃO – é a clivagem de macromoléculas em micronutrientes para que possam ser absorvidos e utilizados pelas células do organismo. O aparelho gastrointestinal pode ser dividido em dois conjuntos de órgãos: I. Órgãos do Canal Alimentar; II. Órgãos Acessórios; Canal Alimentar: Boca, Faringe, Esôfago, Estômago, Instestino Grosso e Intestino Delgado Órgãos Acessórios: Fígado, Pâncreas, Vesicula Biliar, Dentes, Língua, Glândulas Salivares Os dentes e a língua atuam ativamente e em contato direto com os alimentos, na trituração, mastigação e deglutição. Os demais não entram em contato direto com o alimento, e sim produzem ou armazenam secreções que auxiliam na decomposição química dos alimentos. Contrações na parede do canal alimentar também fragmentam fisicamente os alimentos, e os impulsionam desde o esôfago ao ânus. Esse processo também ajuda a dissolver os alimentos, ao misturá-los com os líquidos excretados no canal alimentar. A digestão é um processo catabólico – quebra; PROTEÍNAS -> AMINOÁCIDOS LIPÍDIOS -> ÁCIDOS GRAXOS/ GLICEROL POLISSACARÍDEOS -> GLICOSE ÁCIDOS NUCLEICOS -> NUCLEOTÍDEOS Algumas moléculas são absorvidas pelas células sem precisar passar pelo processo de digestão: que são a água, sais minerais e vitaminas. BOCA Ph: tamponado entre 6,35-6,85 Cavidade digestiva – realiza digestão mecânica e química Mecânica: realizada pelos dentes – trituração dos alimentos Língua – movimentação do bolo alimentar, deglutição voluntária, identificação dos sabores pelas papilas gustativas – que contem sensores que estimulam o SNA parassimpático a realizar a salivação. Química: realizada pelas glândulas salivares (exócrinas) 1. Parótidas; 2. Sublinguais; 3. Submandibulares Secretam saliva na cavidade bucal, cuja função é umidificar e limpar a cavidade, emulsificar os alimentos e dar o início à digestão de carboidratos e lipídios, por meio da hidrolise. Composição: Composta quimicamente por 99,5% de água 0,5% de solutos (ÍONS – Na+, K+, Cl-, HCO3-, PO4³-/ GASES dissolvidos/ Substâncias orgânicas como UREIA, ACIDO URICO, MUCO, IMUNOGLOBULINA A, LISOZIMA, AMILASE SALIVAR). A água na saliva fornece um meio para a dissolução dos alimentos – para que possam ser provados pelos receptores gustativos e para que as reações digestórias possam iniciar. Os ÍONS CLORETO ativam a amilase salivar, enzima que INICIA a degradação dos carboidratos na boca. AMIDO __AMILASE SALIVAR-> MALTOSE + MALTOTRIOSE + alfa-DEXTRINA Os íons bicarbonato e fosfato tamponam alimentos ácidos que entram na boca. A amilase precisa de um pH ótimo para seu funcionamento adequado, de forma que a saliva não deve ter seu pH desbalanceado entre 6,35-6,85, sendo ligeiramente acida. O muco – lubrifica o alimento para que possa ser movimentado facilmente na boca, modelado em uma bola e deglutido. A IgA impede a ligação de microorganismos, para que não sejam capazes de penetrar o epitélio. Lisozima mata bactérias, porém não está presente em quantidade suficiente para eliminar todas as bactérias da boca. OBS: a digestão do amido na boca é parcial. A amilase continua ativa nos amidos por aproximadamente 1h, que é o tempo que os ácidos estomacais levam para inativa-la. A lipase lingual é secretada pelas glândulas linguais, e se torna ativa no pH ácido do estômago¸ começa a funcionar após o alimento ser deglutido. Ela cliva os triglicerídeos em ácidos graxos e diglicerídos (glicerol ligado a dois ácidos graxos). FARINGE Órgão musculoso comum ao SD/SR Composto por músculo liso/visceral (contração involuntária) Possui tonsilas faringeanas – aglomerado de células de defesa Impulsiona o bolo alimentar ao esôfago e posteriormente ao estômago. ESÔFAGO É um órgão em forma de tubo, se inicia no final da laringofaringe e termina no estômago. Não é cavidade digestiva – não produz enzimas digestivas e nem absorve nenhuma substancia. Transporta o bolo alimentar e secreta muco – da laringofaringe ao estomago. Na duas extremidades, o musculo se torna protuberante e forma dois esfíncteres – inferior e superior, que controlam a passagem do bolo alimentar. É composto por musculo esquelético (1/3 superior)¸ por musculo esquelético e liso (1/3 intermediario) e no 1/3 inferior musculo liso. Realiza movimentos peristálticos – progressão de contração e relaxamentos da túnica muscular forca que o alimento se movimente para a frente. Dessa forma o alimento não cai, é levado/transportado. Movimento involuntário controlado pelo bulbo. ESTÔMAGO É uma cavidade digestiva – atua na digestão química/enzimática, contém o pH muito ácido (2). É um órgão visceral/abdominal – localizado imediatamente abaixo do diafragma. Como uma refeição pode ser ingerida muito mais rapidamente do que ser digerida, o estomago funciona como uma câmara de mistura e reservatório de retenção. Algumas funções do estomago: 1. Mistura a saliva, alimentos e o suco gástrico para formar o quimo. 2. Serve como reservatório para o alimento antes de ser liberado ao duodeno. 3. Secreta suco gástrico, que contém HCL (mata bactérias e desnatura proteínas), pepsina (começa a digestão de proteínas), fator intrínseco (auxilia na absorção da vitamina B) e lipase gástrica (auxilia na digestão de triglicerídeos) 4. Secreta gastrina no sangue. Nesse órgão a digestão de amido e triglicerídeos continua e a digestão de proteínas começa. Possui 4 regiões principais: cárdia, fundo gástrico, corpo gástrico e parte pilórica. Cárdia – abertura do esôfago ao estomago Fundo gástrico – parte arredondada e superior e a esqueda da cárdia Corpo Gástrico – inferior ao fundo gástrico, é a parte central do estomago Parte pilórica – tem três regioes: antro pilórico – liga o corpo ao estômago/ canal pilórico – leva à terceira região/ piloro – se conecta ao duodeno. O piloro se comunica com o duodeno através do esfíncter do piloro – composto de musculo liso. Tunica mucosa – camada de células epiteliais colunares simples, chamadas de células mucosas da superfície. Contém a lâmina própria (tecido conjuntivo areolar) e lâmina muscular da mucosa (musculo liso) As células epiteliais se estendem até a lâmina própria e formam colunas de células secretoras: glândulas gástricas. NÃO POSSUI MICROVILOS – NÃO REALIZA ABSORÇÃO Possui 3 tipos celulares especiais: I. Células Parietais: atuam na produção e secreção de HCL; célula de regulação do pH (necessário para o ótimo funcionamento das enzimas gástricas); célula de secreção do fator intrínseco – antianêmico necessário para a absorção da vitamina B12 Baixa concentração de B12 = Anemia perniciosa ( baixa produção de eritrócitos) II. Células Principais: atuam na produção de PEPSINOGÊNIO (enzima pepsina inativa); Secreta renina, protease responsável pela quebra da caseína; III. Mucosecretoras: Célula que compõe a estrutura glandular: produz muco polissacarídeo, que atua na proteção da mucosa e regula o Ph da mucosa (6,0). Muco composto por bicarbonato. Ativação ENZIMÁTICA no Estômago: Pepsinogênio MEIOÁCIDO[H+] PEPSINA Proteínas pepsina OLIGOPEPTIDEOS Digestão apenas parcial de proteínas SECREÇÃO: suco gástrico Composição: água, HCL, pepsinogênio, renina, lipase (de fraca atuação). Quimo: bolo alimentar + suco gástrico O HCL – desnatura parcialmente as proteínas, estimula a secreção de hormônios que promovem o fluxo da bile e suco pancreático. Em Ph elevado a pepsina é inativada. O que impede a digestão das proteínas completamente: a pepsina é secretada como pepsinogênio – forma inativa, que só é ativado em contato com ácido clorídrico. Além disso, as células epiteliais do estomagosão protegidas do suco gástrico por uma camada de 1 a 3 mm de espessura de muco alcalino secretado pelas células mucosas. Além delas, há uma célula enteroendócrina, a célula secretora de gastrina, que esta localizada no antro pilórico e secreta o hormônio gastrina na circulação sanguínea. A secreção de HCL pode ser estimulada por varias fontes: acetilcolina liberada pelos neurônios parassimpáticos; Gastrina secretada pelas células secretoras de gastrina; Histamina liberada pelos mastócitos na lamina própria das proximidades. A acetilcolina e a gastrina estimulam as células parietais a secretas mais HCL na presença de histamina. Outra enzima que atua no estomago é a lipase gástrica, porem com papel limitado, porque precisa de um pH ótimo para funcionamento entre 5 e 6. As células mucosas estomacais absorvem um pouco de água, ions e ácidos graxos de cadeia pequena, fármacos e álcool, porque as suas células epiteliais são impermeáveis a maior parte dos nutrientes. Entre 2 a 4h após uma refeição o estomago já esvaziou todo o seu conteúdo para o duodeno. PÂNCREAS Do estômago, o quimo passa para o duodeno. Que necessita da atuação dos órgãos acessórios para a realização completa da digestão. É uma glândula anfícrina retroperitoneal. Consiste em uma cabeça, corpo e cauda, está ligado ao duodeno por dois ductos. As enzimas pancreáticas digerem amidos, proteínas, trigliceridios e ácidos nucleicos. 99% das células são os ácinos – porção EXÓCRINA; secretam uma mistura de líquidos e enzimas digestivas – o suco pancreático 1% são as ilhotas pancreáticas – porção ENDÓCRINA; secretam hormônios glucagon, insulina, somatostatina e polipeptídio pancreático. Pâncreas Exócrino – célula dos acinos pancreáticos Produz e secreta o suco pancreático – secreção com Ph 8/9 Consiste em uma mistura de enzimas digestivas na presença de bicarbonato (secreção alcalina) São secretados em pequenos ductos que se unem para formar dois ductos maiores, o ducto pancreático e o acessório. Esses ductos levam as secreções ao intestino delgado. O ducto pancreático se une ao ducto colédoco que vem do fígado e vesícula biliar e entra no duodeno como um ducto comum, chamado ampola hepatopancreática. a passagem do suco pela ampola é regulada pelo musculo esfíncter da ampola. O ducto acessório se esvazia diretamente no duodeno, aproximadamente 2,5cm após a ampola. Composição: água, sais, bicarbonato de sódio Amilase pancreática – digerir amido Tripsina, quimiotripsina, carboxipeptidase e elastase – proteínas em peptídeos Lipase pancreática – digestão de triglicerídeos em adultos Ribonucleases e desoxirribonuclease – ácidos nucleicos O bicarbonato dá ao suco um pH alcalino (7,1-8,2), que tampona o suco gástrico no quimo, interrompe a ação da pepsina e cria o pH adequado para a atuação das enzimas no intestino delgado. As células acinares pancreáticas também secretam uma proteína inibidora da tripsina, que se combina com qualquer tripsina formada acidentalmente no pâncreas ou suco pancreático e bloqueia sua atividade enzimática. ATIVAÇÃO ENZIMÁTICA – Se dá a partir do encontro do suco gástrico com o suco entérico, secretado no intestino delgado. ENTERÓCITO ----precursor----→ ENTEROQUINASE TRIPSINOGÊNIO -------------------→TRIPSINA QUIMIOTRIPSINOGENIO -----------→ QUIMIOTRIPSINA PROCARBOXIPEPTIDASE ---------→ CARBOXIPEPTIDASE PROELASTASE ---------→ ELASTASE A secreção do suco pancreático é estimulada pelo hormônio COLECISTOQUININA (CCK) Produzido no Duodeno, e é estimulado a partir da presença de lipídios e proteínas no canal. Atua no pâncreas e na vesícula biliar Forma de atuação: I. Estimula a secreção do suco pancreático II. Estimula a contração da vesícula biliar- secreção da bile. FÍGADO E VESÍCULA BILIAR O fígado é o maior órgão glandular do organismo. A vesícula biliar é um saco em forma de pera, localizado em uma depressão na face posterior do fígado. É quase totalmente recoberto pelo peritônio visceral, e é completamente coberto por uma camada de tecido conjuntivo denso irregular profundo ao peritônio. É dividido em: Lóbulo direito(grande); Lóbulo esquerdo (menor); Vesícula Biliar; Canal Colédoco. Ligamento falciforme -se estende da face inferior do diafragma – suspende o fígado na cavidade abdominal; Ligamento redondo – na margem livre do ligamento falciforme, é remanescente da veia umbilical, se estende do fígado ao umbigo. Ligamentos coronários – direito e esquerdo são extensões do peritônio, suspendem o fígado do diafragma. A Vesícula Biliar é dividida em: fundo; corpo e colo. HISTOLOGIA DO FÍGADO E VESÍCULA BILIAR Hepatócitos – são as principais células funcionais do fígado. Realizam funções metabólicas, secretoras e endócrinas. Células epiteliais com 5 a 12 lados e compõe 80% do fígado. Lâminas Hepáticas – arranjos tridimensionais complexos, placas de hepatócitos, que são limitados por espaços vasculares revestidos por células endoteliais sinusoides hepáticos. São estruturas altamente ramificadas. Os sulcos nas membranas entre hepatócitos fornecem espaço para os canalículos, onde a bile é secretada pelo hepatócito. São células com alta capacidade de regeneração. As organelas predominantes nela são REL e PEROXISSOMOS – degradação/metabolismo de substancias químicas. A BILE atua tanto como um produto de excreção quanto como secreção digestória. o caminho que a bile segue após ser produzida no hepatócito: Canalículos da bile- ductos entre hepatócitos que coletam a bile produzida neles. Dúctulos biliares → ductos biliares se unem e formam os ductos hepáticos esquerdo e direito → ducto hepático comum (formado pelos ductos esq e dir) → ducto colédoco (junção do ducto hepático comum e ducto cístico) → bile entra no duodeno Funções – armazenar e concentrar a bile produzida pelo fígado até que ela seja necessária no intestino delgado. No processo de concentração a túnica mucosa absorve água e íons. OBS: A BILE NÃO POSSUI ENZIMAS DIGESTIVAS composta por: água, sais biliares, colesterol, fosfolipídio lecitina, pigmentos biliares – da degradação dos eritrócitos – e vários íons. Sais biliares – de sódio e potássio, atuam na emulsificação/fragmentação de grandes glóbulos lipídicos em uma suspensão de glóbulos menores. Dessa forma vai possibilitar que a lipase pancreática realize mais rapidamente a digestão. Embora os hepatócitos liberem bile continuamente, aumentam sua produção e secreção quando o sangue do sistema porta está concentrado de ácidos biliares. Funções do Fígado Metabolismo de carboidratos: de acordo com a necessidade do organismo, armazena glicogênio, ou quebra para liberar glicose. Atua na gliconeogênese. Regulador da concentração de glicose no plasma. Metabolismo de lipídios: armazenam trigliderídeos, clivam ácidos graxos para gerar ATP, sintetizam lipoproteínas, sintetizam colesterol, usam colesterol para produzir sais biliares. Metabolismo de proteínas: desaminam os aminoácidos para produção de ATP; converte amônia em ureia; sintetizam proteínas plasmáticas – alfa e betaglobulina, albumina, protrombina e fibrinogênio. Metabolismo de fármacos e hormônios: desintoxicação do organismo, excreta de medicamentos na bile. Excreção de bilirrubina: secretada na bile e metabolizada no intestino delgado e eliminada nas fezes. Síntese de sais biliares – bicarbonato regula o pH intestinal. Armazenamento: glicogênio, vitaminas lipossolúveis ADEK, e hidrossolúveis B6, B9, B12. E minerais ferro e cobre que são liberados quando necessários em outras partes do corpo. Fagocitose: células estreladas fagocitam eritrócitos envelhecidos e produzem bilirrubina. Ativação da Vitamina D: síntese da forma ativa dessa vitamina.É influenciado pela presença de dois hormônios: Secretina e colecistoquinina. Secretina – estimula a secreção do bicarbonato presente nos sais biliares. É estimulada pela chegada do quimo ao duodeno. Colecistoquinina – estimula a secreção da bile, contração da vesícula biliar. É estimulada pelas presença de lipídios/proteínas no duodeno. INTESTINO DELGADO É onde ocorre a maior parte da digestão e absorção de nutrientes. Estrutura adaptada a essa função – comprimento fornece grande área de superfície para isso. É dotado de microvilosidades e vilosidades – que aumenta essa capacidade de absorção. Começa no musculo esfíncter do piloro e se abre no intestino grosso. ANATOMIA DO INTESTINO DELGADO É didivido em três regiões: I. Duodeno: mais curta, retroperitoneal II. Jejuno III. Íleo – se junta ao intestino grosso pelo esfíncter de musculo liso, o ostio ileal. Funções do Intestino delgado: Digestão e absorção – as segmentações misturam o quimo com os sucos digestórios e colocam em contato com a túnica mucosa para a absorção. Peristaltismo – impulsiona o quimo ao longo do intestino delgado. Completa a digestão – carboidratos, proteínas, lipídios. Inicia e completa – digestão de ácidos nucleicos. Absorção – de 90% da água e nutrientes que passam pelo sistema. HISTOLOGIA DO ID Tunica mucosa – camada epitelial – epitélio colunar simples, lamina própria, lamina muscular mucosa. Dotado de células absortivas – liberam enzimas digestivas, contém microvilosidades. Células caliciformes – secretam muco na mucosa intestinal, predomina Complexo de golgi. Secreta muco polissacarídeo para proteção da mucosa e lubrificação para a passagem do quimo. Glandulas intestinais – secretam suco intestinal/entérico. Células de Paneth – secretam lizosima, enzima bactericida fagocitária. Atua na regulação da microbiota. Células enteroendocrinas – S – SECRETINA; CCK – COLECISTOCININA; K – POLIPEPTIDIO INIBIDOR GASTRICO (PIG). Lamina própria – tecido conjuntivo areolar e tecido linfoide associado a MALT abundante. No ILEO – são encontrados nódulos linfáticos solitários e agregados. Lamina muscular da mucosa – músculo liso. Tela submucosa – contem glandulas duodenais que secretam muco que ajuda a neutralizar o acido gástrico no quimo. Tunica muscular – dupla camada de musculo liso. Com exceção do duodeno – que é retroperitoneal – a túnica serosa/peritônio visceral recobre completamente o intestino delgado. As características estruturais do intestino facilitam o processo de digestão e absorção – presença de pregas circulares, vilosidades e microvilosidades. Pregas circulares – pregas da túnica mucosa e tela submucosa (duodeno ao íleo) – aumentam a absorção devido ao aumento da área de superfície, fazem com que o quimo se mova em espiral. Vilosidades – projeções digitiformes da membrana da túnica mucosa – aumenta a área de superfície- os nutrientes absorvidos pela vilosidade atravessam a parede de um capilar ou vaso lactífero para entrar no sangue ou linfa. Microvilosidades – contem varias enzimas da borda em escova que ajuda a digerir os nutrientes. São projeções da membrana apical, formada por filamentos de actina. Aumentam a área de superfície da membrana plasmática. suco intestinal/enterico e enzimas da borda em escova Suco Intestinal – contém água e muco. Ph – alcalino (7,6) decorrente da elevada concentração de bicarbonato Sucos pancreáticos e intestinal fornecem meio liquido que auxilia na absorção de substancias a partir do quimo. Enzimas da borda em escova – microvilosidades – parte da digestão ocorre na superfície das células absortivas que revestem as vilosidades, além do lumen. Enzimas da borda: maltase, sacarase, lactase, alfa- dextrinase; enzimas que digerem peptídeos aminopeptidase e dipeptidase; enzimas que digerem nucleotídeos nucleosidades e fosfatases. Conforme essas células se desprendem no lumen, se dividem e liberam enzimas que ajudam a digerir. Digestão mecânica no intestino delgado Segmentações – contrações localizadas de mistura, ocorrem em partes do intestino distendido por quimo volumoso. Misturam o quimo com os sucos digestórios, colocam partículas em contato com a túnica mucosa para serem absorvidos. Não empurram o quimo ao longo do caminho no intestino. Ocorrem mais rapidamente no duodeno e mais lentamente no íleo. Peristaltismo – Complexo Mioelétrico Migratório (cmm) – se inicia após a maior parte dos nutrientes ser absorvida e diminuição da distensão da parede do intestino delgado. Empurra o quimo para a frente. Digestão química no intestino delgado Na boca – amilase salivar: converte AMIDO → MALTOSE (dissacarídeo) + MALTOTRIOSE (trissacarideo) + alfa-DEXTRINA (amido de cadeia curta ramificada) No estomago – pepsina: converte PROTEÍNAS → PEPTÍDEOS; Lipases lingual e gástrica: converte TRIGLICERIDEOS → ACIDOS GRAXOS, DIGLICERIDEOS E MONOGLICERIDEOS Assim, o quimo que entra no intestino delgado já está parcialmente digerido. A conclusão da digestão se dá pelas enzimas secretadas no suco pancreático, suco intestinal e emulsificação de sais biliares da bile. DIGESTÃO DE CARBOIDRATOS Inicia na boca – amilase salivar. é interrompida no estomago, por inativação em pH ácido. No intestino delgado será concluído esse processo, por atividade da amilase pancreática. Depois da ação da amilase, a alfa-Dextrinase – enzima da borda – age nas alfa-dextrinas desencaixando uma unidade de glicose a cada vez. Celulose não é digerida, compõe as fibras. As moléculas de sacarose, lactose e maltose (dissacarídeos) – permanecem intactas até chegarem ao intestino delgado. São digeridas por enzimas da borda em escova: SACARASE – SACAROSE → glicose + frutose LACTASE – LACTOSE → glicose + galactose MALTASE – MALTOSE e MALTOTRIOSE → 2 GLUCOSE, 3GLUCOSE A digestão é finalizada com a produção de monossacarídeos, que o sistema digestório é capaz de absorver. DIGESTÃO DAS PROTEÍNAS No estomago: início da digestão, ação da pepsina: PROTEÍNAS → PEPTÍDIOS No intestino: enzimas do suco pancreático, tripsina, quimiotripsina, carboxipeptidase e elastase dão continuidade na conversão de proteínas em peptídeos. Essa digestão é completada por peptidades da borda em escova: aminopeptidase – cliva aminoácidos na extremindade amina do peptidio. Dipeptidase – divide dipeptidios em aminoácidos individuais. DIGESTÃO DE LIPÍDIOS No estômago: lipase lingual é ativada, lipase gástrica é secretada e digerem apenas uma pequena parte dos lipídios. No intestino: é onde a maior parte da digestão de lipídios ocorre. Por meio das lipases pancreáticas. Ela converte: TRIGLICERÍDEO → ÁCIDOS GRAXOS + MONOGLICERÍCEOS Antes do lipídio ser digerido no intestino delgado, ele passa por uma emulsificação pela bile – processo no qual o grande glóbulo lipídico é dividido em varias gotículas pequenas de gorduras. Os sais biliares são anfipáticos – região hidrofóbica que interagem com o grande glóbulo lipidico e hidrofílica interage com o quimo. Essas pequenas gotículas de gordura emulsificada fornecem uma grande área de superfície que possibilita uma ação mais eficaz da lipase pancreática. DIGESTÃO DOS ÁCIDOS NUCLEICOS Ocorre no intestino: a partir de enzimas do suco pancreático. Ribonuclease – digere o RNA Desoxirribonuclease – que digere o DNA Os nucleotídeos que resultam dessa digestão, são posteriormente digeridos por enzimas da borda em escova: as nucleosidases e fosfatases → pentoses + fosfato + bases nitrogenadas. São produtos absorvidos por transporte ativo. ABSORÇÃO NO INTESTINO DELGADO 90% de toda absorção ocorre no intestino delgado, os outros 10% ocorrem no estômago e no intestino grosso.Para poder ser absorvidos pelo organismo as células precisam estar na forma de monossacarídeos (glicose, frutose e galactose), aminoácidos individuais (dipeptidios, tripeptidios) e ácidos graxos, glicerol e monoglicerídios, a partir dos triglicerídios. A passagem desses nutrientes ao sangue ou linfa é chamada de absorção. Absorção de monossacarídeos Passam do lumen através da membrana apical por difusão facilitada ou transporte ativo. Frutose – difusão facilitada Glicose e galactose – transporte ativo secundário simporte, acoplado ao transporte ativo de Na+ Eles saem das células de absorção pelas superfícies basolaterais via difusão facilitada e entram nos capilares. Absorção de aminoácidos, di e tripeptidios Aminoácidos – transporte ativo no duodeno e jejuno Absorção de lipídios e sais biliares Todos os lipídios da dieta são absorvidos por difusão simples Com os ácidos graxos de cadeia grande, os sais biliares formam as micelas, em decorrência da natureza anfipática desses sais. Assim as micelas se movem do lumen para a borda em escova das células absortivas e os ácidos graxos se difundem para essas células e em direção aos vasos lactíferos, deixando para trás as micelas e o quimo. As micelas também solubilizam outras moléculas hidrofóbicas, como as vitaminas lipossolúveis A, D, E, K e o colesterol. A maior parte dos sais biliares é reabsorvida por transporte ativo no íleo. E devolvida ao sangue pelo sistema porta hepático. As gorduras aumentam a sensação de saciedade pelo desencadeamento da liberação do hormônio colecistocinina. E são necessárias para a absorção de vitaminas lipossolúveis. Absorção de Eletrolitos São absorvidos por meio de difusão ativa. Absorção de Vitaminas As lipossolúveis – por meio das micelas com lipídios – difusão simples As hidrossolúveis – difusão simples Vitamina B12 – necessita do fator intrínseco produzido pelo estomago – e é finalmente absorvida no íleo por transporte ativo Absorção de Água Intestino delgado – absorve a maior parte da água, aproximadamente 8,3l No intestino grosso – mais uma parte é absorvida, aproximadamente 0,9L Apenas 0,1L de agua é excretado nas fezes por dia. Toda absorção de agua no canal alimentar se dá através de OSMOSE, do lúmen do intestino pelas células absortivas para os capilares sanguíneos. É dependente da absorção e concentração dos eletrólitos (gradiente de concentração) INTESTINO GROSSO Parte final do canal alimentar. Não é cavidade digestiva. Órgão de reabsorção (H2O e sais/ ions e vitaminas). Produz vitaminas – bactérias presentes nesse intestino convertem proteínas em aminoácidos, clivam os aminoácidos e produzem Vitaminas B e K. Forma as fezes – ressecamento/formação do bolo fecal, e as elimina do corpo. Realiza peristaltismo, saculacoes do colo e o peristaltismo da massa – movem o conteúdo do colo para o reto. ANATOMIA DO INTESTINO GROSSO Está dividido em quatro regioes: 1. CECO – pequena bolsa, e anexo a ele está o apêndice vermiforme. 2. CÓLON – dividido em ascendente, transverso, descendente e sigmoide. Ascendente e descendente são retroperitoneais. 3. RETO – anterior ao sacro e coccix 4. CANAL ANAL – 2 a 3cm finais do intestino grosso. HISTOLOGIA DO INTESTINO GROSSO Tunica mucosa – epitélio colunar simples Lamina própria – tecido conjuntivo areolar Lamina muscular da mucosa – musculo liso O epitélio contem células absortivas e caliciformes - celulas secretoras de muco, que lubrifica a passagem do conteúdo do colo. Não possui tantas estruturas que aumentem a área de superfície. Não possui pregas circulares e nem vilosidades. Porém, apresenta microvilosidades. Digestão mecânica no intestino grosso A passagem do quimo para o ceco ocorre lentamente. Reflexo gastroileal – intensifica o peristaltismo no íleo, que o empurra para o ceco. Gastrina relaxa o ostio ileal. Os movimentos no colo iniciam quando substancias passam pelo ostio. O movimento no intestino grosso é a agitação das saculacoes do colo, peristaltismo também ocorre mas em ritmo mais lento. E o ultimo movimento é o peristaltismo em massa que leva rapidamente o conteúdo do colo para o reto. Digestão química no intestino grosso Ocorre através das bactérias que habitam o lumen. Muco é secretado, porém não são secretadas enzimas. As bactérias fermentam quaisquer carboidratos restantes e liberam hidrogênio, CO2 e CH4. E esses gases contribuem para os flatos no colo. Essas bactérias também convertem proteínas restantes em aminoácidos, fragmentam aminoácidos em coisas ainda menores – indol, escatol, sulfeto de h e ácidos graxos. Também decompõem a bilirrubina em pigmentos mais simples, estercobilina que dá as fezes a coloração marrom. Os produtos bacterianos absorvidos pelo colo incluem vitaminas necessárias para o metabolismo, vitaminas B e K. REFLEXO DE DEFECAÇÃO Decorrente da distensão da parede retal que estimula os receptores de estiramento – iniciam o reflexo de defecação Que resulta na defecação, a eliminação das fezes pelo anus. Receptores em resposta a distensão retal → enviam impulsos nervosos para a medula espinal sacral → impulsos motores da medula ao longo dos nervos parassimpáticos → de volta ao colo descendente, sigmoide, reto e anus → a contração resultante encurta o reto, aumenta a pressão no seu interior → contrações voluntarias do diafragma, músculos abdominais e estimulo parassimpático → abrem o musculo esfíncter interno do anus.
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