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Produção de medicamentos biológicos (biofármacos) Farmácia Integrada Aula 2 Prof. Dr. Alexandre Bechara • Extração de tecidos animais: heparina e derivados do sangue; • Proteínas terapêuticas por TÉCNICAS DO DNA RECOMBINANTE. Produtores de ampla variedade de substâncias em quantidades suficientes para subsistência. Produtos biológicos Do ponto de vista industrial, o interesse reside no fato das células microbianas produzir e excretar em excesso determinadas substâncias de interesse. • Otimização cultivo; • Mutações induzidas; • Manipulação pontual do genoma - TÉCNICAS DO DNA RECOMBINANTE Características desejáveis: crescimento rápido, baixo custo, não ser nociva ou patogênica, viabilidade técnica para receber o DNA exógeno, estável em cultivos e alto rendimento. Tecnologia do DNA recombinante Percentual de biofármacos produzidos em diferentes sistemas de expressão. https://profissaobiotec.com.br/insulina- recombinante-como-afetou-vida-dos-pacientes/ Proteínas são polímeros de aminoácidos, cuja sequência é determinada geneticamente. Conhecendo o gene de uma proteína hipotética, torna-se possível, a princípio, transferi-lo a uma célula hospedeira e, a partir daí dá-se a produção de RNAm e a consequente síntese de proteínas nos ribossomos Etapas para produção de proteínas recombinantes Fragmento de DNA bacteriano Gene que codifica uma proteína de interesse Clonagem do DNA Plasmídeo Clonagem do DNA A inserção é feita utilizando-se enzimas que “cortam e colam” DNA, e produz uma molécula de DNA recombinante, ou seja, DNA montado a partir de fragmentos de interesse. Um enzima de restrição é uma enzima cortadora de DNA que reconhece uma sequência alvo específica e corta o DNA em dois pedaços neste sítio ou próximo a ele. • Reconhecem e se ligam a sequências específicas de DNA, chamadas sítios de restrição. Cada enzima de restrição reconhece apenas um ou alguns sítios de restrição produzindo terminações de fita simples. • Quando ela encontra suas sequências alvo, a enzima de restrição fará um corte na dupla hélice da molécula de DNA. Normalmente, o corte é no sítio de restrição ou próximo a ele. EcoRI, uma enzima de restrição comum usada em laboratórios. Enzimas de restrição EcoRI corta no seguinte sítioExemplo Quando EcoRI reconhece e corta este sítio, ela sempre faz isso em um padrão muito específico que produz extremidade com DNA fita simples. Enzima executará essa operação tanto no material genético do plasmídeo quanto no gene de interesse a ser inserido. Formação de terminação correspondente que podem se juntar por pareamento de bases complementares Enzimas de restrição DNA Ligase Exemplo: construção de um plasmídeo recombinante O objetivo é usar a enzima EcoRI para inserir o gene no plasmídeo. Este passo produz fragmentos com extremidades adesivas: Em seguida, pegamos o fragmento de gene e um plasmídeo linearizado (aberto) e os combinamos com a DNA ligase. As extremidades adesivas dos dois fragmentos unem-se por pareamento de bases complementares. Uma vez que eles foram unidos pela DNA-ligase, os fragmentos se tornam um único pedaço de DNA intacto. O gene alvo agora está inserido no plasmídeo, fazendo um plasmídeo recombinante (VETOR). Durante a transformação é dado um choque (por exposição a alta temperatura, por exemplo) na células bacterianas que as encoraja a incorporar o plasmídeo recombinante. Plasmídeo recombinante é introduzido em bactérias Transformação Um plasmídeo geralmente tem um gene de resistência aos antibióticos, que permite que as bactérias sobrevivam na presença de um antibiótico específico. Transformação Uma vez que tenhamos colônias de bactérias com o plasmídeo recombinante, podemos cultiva-las a fim de obter a proteína que o gene alvo inserido codifica. Produção de proteínas Microrganismos são cultivado em biorreatores de alta capacidade para a produção do biofármaco. Até este ponto os processos são chamados de processo upstream . Produção de proteínasEtapas de cultivo Produção de proteínasEtapas de cultivo Purificação As etapas seguintes referem-se à recuperação do produto a partir do meio de cultura e incluem vários procedimentos de separação, purificação, tratamentos de resíduos, etc. São chamados de processo downstream. • Os grânulos são revestidos com um anticorpo, uma proteína do sistema imunológico que se liga especificamente a molécula alvo. • A proteína de interesse fica presa na coluna, enquanto as outras moléculas são arrastadas. • Na etapa final, a proteína de interesse é liberada da coluna e coletada para o uso. Obtida a substância ativa, o produto necessita ser finalizado e a última fase é a formulação farmacêutica. Cuidados e excipientes adicionais irão assegurar esterilidade, estabilidade e formas de administração apropriadas. Formulação farmacêutica Existem duas fontes principais: (1) bibliotecas genômicas contendo cópias naturais ou cópias de DNA dos genes produzidos a partir do mRNA; (2) DNA sintético. Sob determinadas circunstâncias, os genes podem ser produzidos in vitro com o auxílio de equipamento de síntese de DNA - deve-se conhecer a sequência do gene ou de aminoácidos. É rara a clonagem de um gene a partir de síntese direta, embora alguns produtos comerciais, como a insulina, o interferon e a somatostatina, sejam produzidos a partir de genes sintetizados quimicamente. O sistema celular mais simples e mais utilizado é baseado na bactéria Escherichia coli, tem baixo custo, com a genética e a bioquímica bem conhecida e de fácil e rápido crescimento. Desvantagem: não produzir proteínas que necessitam glicosilação e por isto é usado na produção de proteínas mais simples, como insulina e hormônio de crescimento. Biofármacos também são produzidos por células de mamíferos capazes de produzir proteínas complexas e glicosiladas. Muitas proteínas recombinantes são produzido em células de mamíferos em razão da maior similaridade com as células humanas - Eritropoietina, fatores de coagulação, anticorpos monoclonais e proteínas de fusão. Desvantagem: apresenta baixa velocidade de crescimento, são mais frágeis, têm requerimentos nutricionais mais exigentes, baixo rendimento e custo mais elevado. • Proteínas glicosiladas são proteínas que incorporam moléculas de açúcares ao seu esqueleto protéico. • Este fenômeno é chamado de glicosilação e é importante para a função biológica ou terapêutica da proteína. • As proteínas mais complexas como a eritropoietina, anticorpo monoclonais, etc, são necessariamente glicosiladas e requerem para sua produção sistemas celulares mais complexos, como as células CHO (linhagem de células de ovário de hamster chinês). Principais proteínas recombinantes terapêuticas: Principais proteínas recombinantes terapêuticas: Continuação: * Referências bibliográficas utilizadas: • https://pt.khanacademy.org/science/biology/biotech-dna-technology/dna-cloning-tutorial/a/overview-dna- cloning • https://pt.khanacademy.org/science/biology/biotech-dna-technology/dna-cloning-tutorial/a/restriction- enzymes-dna-ligase • https://labnetwork.com.br/wordpress/wp-content/uploads/2014/07/Manual-Medicamentos- Biol%C3%B3gicos-e-Biossimilares.pdf • https://pt.khanacademy.org/science/biology/biotech-dna-technology/dna-cloning-tutorial/a/bacterial- transformation-selection • https://www.todamateria.com.br/sintese-proteica/ • Tortora, G. J., Case, C. L., & Funke, B. R. (2016). Microbiologia-12ª Edição. Artmed Editora • https://www.interfarma.org.br/public/files/biblioteca/34-biologicos-site.pdf • https://profissaobiotec.com.br/insulina-recombinante-como-afetou-vida-dos-pacientes/ • https://saude.abril.com.br/medicina/os-genes-ao-nosso-alcance/ Obrigada pela sua atenção!
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