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Leishmanioses Leishmania spp. Introdução • As leishmanioses são doenças infectoparasitária de caráter crônico, causadas por protozoários do gênero Leishmania. • São antropozoonoses, de distribuição mundial, transmitidas por vetores flebotomíneos. • Clinicamente se apresentam sob a forma: 1. Cutânea e mucocutânea → leishmaniose cutânea ou tegumentar 2. Visceral → leishmaniose visceral americana ou calazar Taxomia Filo: Sarcomastigophora Subfilo: Mastigophora Ordem: Kinetoplastida Família: Tripanossomatidae Gênero: Leishmania Subgênero: Leishmania e Viannia Levine (1980) ----------------------------------------------------- 1. Subgênero Viannia Complexo L. braziliensis 2. Subgênero Leishmania Complexo L. donovani 3. Complexo L. mexicana --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 1. Leishmaniose Visceral Americana Vetor Ordem: Diptera Família: Psychodidae Subfamília: Phlebotominae Gênero: Lutzomyia (Novo Mundo) Phlebotomus (Velho Mundo) Reservatórios: • Areas urbanas são os cães (Canis familiaris) • Em ambiente silvestres: raposas e marsupiais Epidemiologia • Uma das 7 doenças tropicais mais importantes do mundo • 2° doença parasitária que mais mata humanos • Identificadas em todos os continentes, exceto na Oceania • É endêmico em áreas geográficas circunscritas no nordeste da África, sul da África, Europa, Oriente Médio, Sudeste do México e América Central e América do Sul. • 88 países são endêmicos no mundo • 1,5 a 2 milhões de novos casos humanos de leismanioses – 600 mil notificações WHO ( 2017) Ciclo silvestre e ciclo periurbano. Patogenia Locais de tropismo • Sobretudo na pele, baço, fígado e linfonodos superficiais • Cães assintomáticos e infectados naturalmente por L chagasi podem apresentar acentuado parasitismo linfonodos comparados com animais oligo e sintomáticos (Lima et al., 2004). • Por outro lado, cães com sinal típico de calazar canino e com comprovada infecção por L. chagasi podem apresentar ausência de formas amastigotas na pele, reduzindo sua participação como fonte de infecção para os insetos Vetores. • Cão com sinal típico de calazar, secreção ocular, magreza não tem iportancia de infecçãopela pele. Leishmaniose Visceral Americana Cães infectados são classificados em: • Resistentes • Assintomáticos (pré-clínicos) • Oligossintomáticos • Sintomáticos Cães assintomáticos: • Não apresentação sinais clínicos • São sorologicamente positivos • Sério problema de Saúde Pública - são fonte de infecção para os flebotomineos • Cães infectados assintomáticos e resistentes a doença progressiva, apresentam imunidade protetora mediada por células (resposta do tipo Thl). Os cães assintomáticos, geralmente de 20 a 40% da população soropositivo, podem viver até cerca de sete anos sem desenvolver sinais da infecção. Uma vez iniciado o processo, a doença evolui inevitavelmente para a morte. (Santa Rosa; Oliveira, 1997) Cães oligossintomático • Aumento de linfonodos - popliteos e submandibulares • Discreta perda de peso • Pelos opacos Cães sintomáticos Forma visceral • Há febre irregular de longo curso, palidez de mucosas e emagrecimento progressivo e na fase terminal, caquexia intensa • Hipertrofia do sistema fagocítico mononuclear: esplenomegalia, hepatomegalia e linfoadenopatia generalizada • Sinais mais frequentes: alterações cutâneas e dos fâneros (alopecia local ou generalizada), comumente há alopecia ao redor dos olhos; pequenas ulcerações crostosas (isoladas ou confluentes) observadas no focinho; orelha e extremidades, descamação, eczema, crescimento excessivo das unhas (onicogrifose), ceratoconjuntivite. Proteínas totais são quase equivalente para o grupo de assintomáticos e sintomático em relação do grupo controle. Alterações bioquímicas • Disproteinemia - hiperproteinemia associada a hipergamaglobulinemia e hipoalbuminemia • Perda renal em casos de doença glomerular • Em casos fatais: ꙟ FA - doenças hepáticas ↘ aumento da pressão no lúmen dos ductos biliares induz aoaumento na produção de FA pelos hepatócitos Diagnóstico • Diagnóstico direto: Observação do parasito • Citologia de linfonodo • Citologia de medula óssea • Aspirado esplênico • Biopsias hepáticas • Esfregaços sanguíneos • Cultivo in vitro de medula óssea de animais suspeitos Notificação obrigatória Portaria Nº 1943, de 18 de outubro de 2001 - GM/MS Cão com ou sem sinais clínicos e/ou alterações laboratoriais • A sorologia qualitativa (testes rápidos de ELISA ou imunocromatografia) • Considera-se como alto título 3-4 vezes maior que o ponto de corte (cut off) Tratamento • Antimoniato N-metil glucamina – humanos - distribuída pelo MS • Anfotericina B • Metilforan (Virbac) • Dose diária única de 2 mg/kg VO durante 28 dias consecutivos, o que equivale a I ml para cada 10 kg de peso corporal. Profilaxia e Controle Visa os três elementos da cadeia de transmissão: Vetores (flebotomineos) → controle da população Ser humano doente → tratamento Cães Soropositivos → sacrifício Vacinas • Vai proteger adequadamente o cão contra infecções naturais? • Vai impedir que o cão continue atuando assintomático e como fonte de infecção? • Duração da proteção? • Como distinguir cães vacinados dos naturalmente infectados? Teste para identificação dos vacinados
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