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Anatomia de interesse protético

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Anatomia de interesse protético - Moldagem preliminar e modelo preliminar
Ana Gabriela Freitas- UNIFASE 
A moldagem preliminar é a primeira moldagem que fazemos (alginato ou godiva) mas esses materiais não são suficientemente precisos para que façamos a parte laboratorial, requer então uma segunda moldagem que é a moldagem de trabalho. A partir da moldagem preliminar iremos obter o modelo preliminar , ele serve para que possamos fazer a moldeira individual ( a segunda moldagem).
A prótese total é uma prótese muco suportada , sendo mais retentiva e estabilizada (pelos dentes pilares) então precisamos de retenção e estabilidade, e esses aspectos estão diretamente relacionados a eficiência mastigatória e conforto para a utilização desse tipo de prótese.
Retenção: capacidade que a prótese tem de resistir aos movimentos verticais (deslocamento vertical)
Estabilidade: capacidade que a prótese tem de resistir aos movimentos horizontais
Então a prótese deve resistir a essas duas forças. 
É uma prótese muco suportada pois fica sobre a mucosa de revestimento. 
A retenção esta relacionada a : adesão (se da a partir da atração de moléculas de mesma natureza-saliva e moléculas de saliva); coesão (atração entre moléculas de corpos diferentes -saliva, fibro mucosa de revestimento e superfície interna da prótese);tensão superficial (capacidade que a saliva tem de vedamento e de se manter em posição);e pressão atmosférica negativa (é o vácuo que se dá quando o paciente coloca a prótese, o ar sai quando o paciente coloca a prótese formando ali um vácuo)
Se compararmos a retenção da prótese total com a prótese sobre implante e a parcial removível iremos perceber que a sua retenção é bem mais frágil.
A retenção esta diretamente relacionada a etapa de moldagem e ao modelo , então quanto mais precisa a moldagem mais preciso será o modelo e melhor será as condições de estabilidade dessa prótese.
Estabilidade: relacionada a precisão da moldagem e modelo e também a montagem dos dentes artificiais. 
Quando estamos posicionando dentes artificiais eu preciso observar um padrão de contatos (precisamos procurar contatos bilaterais e simultâneos ) oclusais com a prótese em posição, contato bilateralmente e na região anterior também, buscando uma oclusão bilateralmente balanceada (contatos colusais na região posterior bilateralmente em todos os movimentos) .
Então basicamente o paciente em prótese total não apresenta guia anterior,pois a prótese total tem uma base rígida se estendendo por toda a fibra mucosa de revestimento que é resistente e se temos uma pressão na região anterior essa prótese pode fazer uma pressão excessiva na região anterior, deslocando a prótese na região posterior. 
Essa situação de Perda de estabilidade levando a perda de retenção pode se dar também por meio de contatos prematuros, isso irá fazer com que essas forças de instabilidade também possam ocorrer nessa situação.
Então devemos buscar contatos bilaterais simultâneos nos dentes artificiais e de mesma intensidade para prevenir áreas de maior compressão de tecido, que pode levar ao deslocamento da prótese e também a uma remodelação óssea no rebordo residual em uma região que corresponda a esse contato de maior pressão. 
- Limites da área chapeável (limites de extensão da base da protese): para saber o prognóstico do caso e deixar o paciente ciente das limitações.
No exame preliminar precisamos fazer um reconhecimento desses limites e acidentes anatômicos que nos dão referencia para reconhecer esses limites 
Uma prótese não pode ser sub extendida nem sobre extendida 
Quais são os limites funcionais de uma prótese total? 
A compressão não pode ocorrer de uma forma excessiva na região anterior da maxila (forame incisivo); a área do forame palatino maior e da lamina horizontal do osso palatino são áreas que não aceitam maiores compressões, assim como o forame palatino menor.A região posterior é a que impede a entrada de ar (região de vedamento posterior) e é uma área de moldagem compressiva sem exceder a capacidade do tecido.
Limites da área chapeável: 
Arco superior:
 espaço coronomaxilar- entre a tuberosidade e o processo coronóide. Precisamos fazer o exame intra oral desse paciente e visualizar essa região. 
Fundo de vestíbulo bucal ( área mais lateral)- a base da prótese tem que contornar as inserções musculares pois ela esta em uma região móvel, pois se ela se estender sobre essa área móvel ela irá perder contato com a fibro mucosa de revestimento, havendo deslocamento vertical (perder retenção). A prótese vai sofrer ação do bucinador e músculo orbicular dos lábios.
Fundo de vestíbulo labial – se a base da prótese não contornar as inserções musculares também haverá perda de contato e o deslocamento vertical dessa prótese (pelos mesmos motivos anteriores) 
Freio labial- deve ser contornada pela prótese também, pode perder capacidade retentiva pelos mesmos motivos. Alem disso é comum que esse tecido se irrompa frente a fricção que existe entre a mucosa de revestimento e a superfície interna da prótese, e pode acontecer nas regiões de fundo de vestíbulo labial e bucal também, gerando incomodo e a impossibilidade de uso da prótese. 
Termino posterior – se a base da prótese se estender por sobre o palato mole, o ar pode entrar por essa região e ela se deslocar verticalmente . Se a prótese não se estender ate esse limite iremos perder o potencial que essa prótese oferece, retenção e estabilidade. É comum que não consigamos limites extremamente precisos da base da prótese sobre a área chapeável e que só consigamos essa adequação após a utilização da prótese por parte do paciente (inicio da utilização-ajustes) no retorno ele ira relatar o que aconteceu nesse período.
Então a base da prótese ira se estender por toda essa região sem sobre extensão. Se a base da prótese estiver sobre extendida aqueles mecanismos (adesão, tensão superficial, pressão atmosférica negativa) não serão alcançados em sua totalidade fazendo com que ela se desloque verticalmente. Se ela estiver sobre extendida essa prótese ira atingir uma área de mucosa móvel, que durante os movimentos mastigatórios e durante a fonética do paciente a base da prótese ira perder contato com a fibro mucosa do paciente , o ar ira entrar e a prótese ira se deslocar no sentido vertical. 
Arco inferior e prótese inferior- prótese também deve alcançar todos os limites de área chapeada:
Chanfradura do músculo masseter – se a base da prótese se estender por sobre esse músculo o deslocamento da prótese será freqüente. Então a chanfradura deve ser contornada. 
Fundo de vestíbulo bucal- inserção da prótese será na altura da linha obliqua
Fundo de vestíbulo labial – sofre ação do m orbicular dos lábios que pode sofrer deslocamento vertical da prótese.
Fossa disto lingual ou retro alveolar – quanto maior for a extensão da base da prótese nesse sentido disto lingual, mais estável Antero posterior a prótese será, mas isso ira depender da tolerância do paciente. 
Flange sublingual- nessa região esta localizada a glândula sublingual, que não deve ser utilizada como base da prótese pois não faz parte do limite.
Freio lingual- deve ser contornado
OBS:A base da prótese deve se estender ate esse limites sem sobre extensão.
A superfície da base da prótese inferior é bem menor que a da superior pois não teremos a região da superfície do palato.
Moldagem em prótese total:
Objetivos: 
Mínima deformação dos tecidos de suporte (registrar um posicionamento funcional desses tecidos)
Extensão correta da base da prótese 
Vedamento periférico funcional (impedir a entrada de ar e facilitar as condições de tensão superficial que é dada pela camada de saliva )
Contato adequado da base da prótese com o rebordo residual
Moldagem preliminar-moldagem anatômica :
Pode ser feita com hidrocoloide reversível ou com a godiva em placa.
Hidrocoloide reverssivel:
Fácil manipulação
Menores deformações aos tecidos de revestimento
Boa fidelidade de cópia (para a moldagem preliminar)
Godiva: casos de reabsorção mais severa 
Material termoplásticoCapacidade de afastamento da musculatura inserida (glândula sublingual)
Boa estabilidade dimensional
Permite nova inserção (grande vantagem-reinserção)
Precisamos reconhecer nesse molde todo o limite da área chapeada 
Promover alivio do alginato, lavar e secar e manipular uma nova porção de alginato e inserir em boca . Precisamos observar o molde e reconhecer todos os limites a área chapeavel no molde.
Utilização de lápis tinta: solicitar ao paciente que fique falando a letra A , para observar a fronteira da mucosa estática e a mucosa que se move e marcar o limite bem preciso entre essas duas regiões. Verificar se a extenção dessa moldeira alcança essa região.Se alcança não precisamos fazer modificação na moldeira mas se não alcança podemos acrescentar gesso nessa área.
O problema da godiva é que ela não tem uma boa reprodução de detalhes então devemos reembasar essa godiva com um material que tenha uma boa capacidade de reproduzir esse detalhes, tendo uma relação de custo beneficio pior.
Esta feito o molde preliminar. 
Seleção de moldeira:
Bacia da moldeira mais rasa, orifícios para retenção do material e cabo angulado, pois o lábio na região anterior, se fosse reto, poderia deslocar, levando a uma distorção da mucosa nessa região anterior- edentado total – hidrocoloide reversível.
Prova da moldeira 
Seleção da moldeira de acordo com a extensão
Verificar se o topo do rebordo residual dos dois lados coincide com o fundo da bacia na arcada inferior a mesma coisa.
Podemos isolar os lábios do paciente para facilitar a inserção da moldeira quando esta carregada.
Individualizar parcialmente as moldeiras de estoque pois dificilmente elas irão alcançar todos os limites da área chapeável – vai acrescentando cera e melhorando o seu alcançe sobre o rebordo individual , melhorando o suporte do material durante o seu processo de presa, permitindo que esse material alcance todos os limites da área chapeável. 
Se necessário , o molde pode ser reembasado. 
Iremos promover o alivio do primeiro molde de alginato recortando o excesso de alginato e a porção que alcançou áreas retentivas.
Secar e higienizar o molde.
Manipular uma nova porção de alginato e reinserir em boca. 
Precisamos reconhecer todos os limites da área chapeavel presentes nesse molde.
Lápis tinta (escrito acima)
Esta feito o molde preliminar
OBS: só existe moldeira de godiva para edentado total e não devemos utilizar godiva para moldar pacientes com dentes. Essas moldeiras para godiva tem sempre bacia grande. Esse tipo de moldeira tbm pode ser usada para base pesada de silicone.
Selecionar a moldeira, verificando a centralização entre o topo do rebordo e o fundo da bacia. 
Plastificar a placa de godiva. 
Remover a godiva do aparelho e manipular essa godiva e carregar a moldeira com godiva.
No momento que ela esta resfriando e saindo do seu tempo de trabalho podemos plastificar novamente essa godiva e inserir em boca.
Aguardar o resfriamento do material na boca (temos sempre que checar a temperatura para não gerar ferimentos ao paciente)
O problema da godiva é que ela não tem uma boa capacidade de reprodução de detalhes, então devemos reembasar essa godiva com um material que tenha uma boa capacidade de reprodução de detalhes, pode ser o hidrocoloide reversível( ou irreversível) ou um material com a base em elastômero. O melhor material é o hidrocoloide irreversível.
Características do molde preliminar:
Ser dimensionalmente fiel e estável 
Reproduzir , sem distorções, detalhes anatômicos importantes para o correto desenvolvimento do trabalho 
Estar livre de bolhas 
Conter todos os limites da área chapeável 
Não devemos utilizar moldes ao laboratório e sim modelos. Por isso não é bom enviar o molde preliminar ao laboratório.
 
Características do modelo preliminar :
Ser dimensionalmente fiel e estável
Reproduzir, sem distorções , detalhes anatômicos importantes para o correto desenvolvimento do trabalho
Estar livre de bolhas 
Conter todos os limites da área chapeável 
Apresentar resistência ao desgaste – relacionado ao tipo de gesso que se utiliza para obter esses modelos 
OBS: Gesso tipo IV é o mais indicado para modelo de trabalho, mas o gesso tipo III tbm é usado, tanto preliminar quanto o de trabalho, além de facilitar o trabalho do técnico em prótese.
Resumindo:
1- Prova da moldeira – verificar se a extensão é adequada em termos de abrangência da área chapeavel.
2- Podemos utilizar cera para diminuir a distancia entre o limite da área chapeavel e a moldeira- pode ser feito em qualquer extensão da moldeira.
3- Fazer a mesma técnica na moldeira inferior. 
4- Após o vazamento do molde- reconhecer todos os limites da área chapeavel- não pode ocorrer bolha negativa no modelo.
5- Com os limites da área chapeável podemos demarcar no modelo ate onde eu desejo que o técnico realize os limites da moldeira individual.

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