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Apostila_NR 33 Supervisor

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Fevereiro 2019 
NR 33 
SUPERVISOR DE 
ENTRADA 
S E G U R A N Ç A E S A Ú D E N O S T R A B A L H O S E M 
E S P A Ç O S C O N F I N A D O S 
Cópia não autorizada 
Desenvolvido por: Tesseg Segurança do Trabalho 
Somos a TesSeg 
Soluções em Segurança do Trabalho 
 
Criada em junho de 2015, a Tesseg é uma empresa que 
fornece soluções em segurança do trabalho. A empresa 
tem como diferencial o atendimento personalizado de 
acordo com a necessidade de cada cliente. 
 
Para atender aos clientes conta com uma equipe de 
profissionais qualificados, habilitados e com supervisão 
constante. 
 
Tecnologia é o sobrenome da empresa, constantemente 
se renovando a Tesseg investe em tecnologia para levar 
agilidade aos parceiros. 
ACOMPANHE 
NOSSAS 
REDES SOCIAIS 
O Treinamento 
O Norma Regulamentadora 
Segurança do Trabalho 
Definição Espaços Confinados 
Classificação Espaços Confinados 
Reconhecimento dos Riscos 
Monitoramento dos Riscos 
Controle dos Riscos 
Programa de Proteção Respiratória 
Proteção Contra Queda 
Funcionamento dos Equipamentos 
Análise Preliminar de Risco e Permissão de Entrada e Trabalho 
Noções de Resgate e Primeiros Socorros 
Movimentação, Remoção e Transporte de Vítimas 
5 
6 
7 
16 
18 
20 
42 
45 
59 
60 
61 
69 
71 
73 
Conclusão 74 
Identificação Espaços Confinados 17 
Fontes e Referências 75 
Cópia não autorizada 
5 
NR 33 
 Segurança e Saúde em 
Espaço Confinado 
LEI 6.514 
Portaria 202/2012 
O TREINAMENTO 
Este material de apoio foi desenvolvido para o Treinamento de NR 33 – 
Supervisor de Entrada- Segurança e Saúde em Espaço Confinado. 
Sabemos que trabalhar com espaços confinados é conviver diariamente 
com situações de risco - uma realidade da qual ninguém esta livre mesmo 
em um momento relaxado, longe das funções profissionais, em casa ou 
nas atividades de lazer.. 
40 HORAS 
 FORMAÇÃO SUPERVISOR 
1 ANO 
Validade 
Procuramos direcionar nossa 
metodologia de ensino, recursos 
didáticos, atividades e materiais de 
apoio, para que você tenha a melhor 
experiência e sala e absorva o conteúdo 
em atendimento ao currículo exigido 
pela Norma Regulamentadora. 
NOSSA PREOCUPAÇÃO 
Aplicamos este curso à você e 
esperamos promover a combinação 
indivíduo - cargo - segurança, 
alicerçando no treinamento a 
implantação de conceitos e medidas 
de prevenção de acidentes do trabalho 
RESULTADO ESPERADO 
Norma Regulamentadora 
Duração 
08 horas de duração 
Cópia não autorizada 
6 
NORMA REGULAMENTADORA 
A Norma Regulamentadora número 33 - Segurança e Saúde no Trabalho 
com Espaços Confinados, conhecida como NR 33 tem como objetivo 
estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços 
confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos 
riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e 
saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes 
espaços. 
PUBLICAÇÃO 
Lei 6.514 
Portaria MTE n.º 202, 22 de dezembro de 2006 
O QUE SÃO ESPAÇOS CONFINADOS 
Área ou ambiente não projetado para ocupação 
humana continua; 
Área ou ambiente que possua meios limitados de 
entrada e saída; 
Cuja ventilação existente é insuficiente para remover 
contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou 
enriquecimento de oxigênio. 
Cópia não autorizada 
7 
SEGURANÇA 
DO TRABALHO 
Segurança do Trabalho é conjunto de medidas e 
ações aplicadas para prevenir acidentes nas 
atividades das empresas, preservando a 
integridade física do trabalhador e os bens 
materiais da Empresa. Acidentes envolvendo 
pessoas que executam trabalhos em espaços 
confinados são extremamente danosos à saúde 
dos trabalhadores. 
550 
mil 
Acidentes do 
Trabalho 
Registrados 
em 2017 
Conceito Legal de 
Acidente do Trabalho 
Conforme a Lei n.º 8.213, de 24 de julho 
de 1991, no seu artigo 19, acidente do 
trabalho é conceituado da seguinte forma: 
Acidente de trabalho é o que ocorre 
pelo exercício do trabalho 
a serviço de empresa ou de empregador 
doméstico ou pelo exercício do trabalho dos 
segurados referidos no inciso VII do art. 11 
desta Lei, provocando lesão corporal ou 
perturbação funcional que cause a morte ou 
a perda ou redução, permanente ou 
temporária, da capacidade para o trabalho. 
Conceito 
Prevencionista de 
Acidente do Trabalho 
O acidente de trabalho no conceito legal é 
caracterizado quando dele decorre uma 
lesão física, perturbação funcional ou 
doença, levando à morte ou à perda total 
ou parcial, permanente ou temporária, da 
capacidade para o trabalhador. 
Conceito legal de acidente do 
trabalho que possui um cunho único 
para atender a legislação 
previdenciária, a NBR 14280:2001 
O acidente do trabalho pode ser 
definido como uma ocorrência não 
programada inesperada ou não, que 
interrompe ou interfere no processo 
normal de uma atividade, 
ocasionando perda de 
tempo útil ou lesões aos 
trabalhadores e/ou danos materiais. 
Portanto, mesmo ocorrências que 
não resultem lesões ou danos 
materiais, devem ser encaradas 
como acidente do trabalho. 
Cópia não autorizada 
8 
LEGISLAÇÃO 
Os instrumentos jurídicos de proteção ao trabalhador têm sua origem 
na Constituição Federal que, ao relacionar os direitos dos 
trabalhadores, incluiu entre eles a proteção de sua saúde e 
segurança por meio de normas específicas. Coube ao Ministério do 
Trabalho estabelecer essas regulamentações (Normas 
Regulamentadoras – NR) por intermédio da Portaria n°3.214/78. A 
partir de então uma série de outras portarias foram editadas pelo 
Ministério do Trabalho com o propósito de modificar ou acrescentar 
normas regulamentadoras de proteção ao trabalhador, conhecidas 
pelas suas iniciais: NR. A fundamentação legal, que dá o 
embasamento jurídico à existência destas NR’s, está nos artigos 154 
a 201 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. 
Cópia não autorizada 
Art. 155. Incumbe ao órgão de âmbito nacional 
competente em matéria de segurança e medicina 
do trabalho: 
I – estabelecer, nos limites de sua competência, 
normas sobre a aplicação dos preceitos deste 
Capítulo, especialmente os referidos no art. 200. 
 
Art. 200. Cabe ao Ministério do Trabalho 
estabelecer disposições complementares às 
normas de que trata este Capítulo, tendo em 
vista as peculiaridades de cada atividade ou 
setor de trabalho, (...) 
DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO 
NR RELACIONADAS À 
ESPAÇO CONFINADO 
As Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho não 
devem ser interpretadas de forma isolada, e sim em conjunto com as demais 
que estão relacionados. 
Veja abaixo a relação das NR's relacionadas com a NR 33. 
NR 
1 
NR 
 6 
NR 
7 
NR 
9 
9 
Cópia não autorizada 
Estabelece a obrigatoriedade das Normas Regulamentadoras, que 
devem ser atendidas pelas empresas privadas e públicas e pelos 
órgãos públicos que possuam empregados regidos pela 
Consolidação das Leis - CLT. 
Ela apresenta as responsabilidades do empregador, dos trabalhadores, 
dos fabricantes e/ou importadores e do Ministério do Trabalho, quanto 
aos EPI's. 
Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por 
parte de todos os empregadores e instituições que admitam 
trabalhadores como CLT, do Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da 
saúde dos trabalhadores. 
Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por 
parte de todos os empregadores que admitem trabalhadores, do 
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. 
NR 
10 
NR 
15 
NR 
18 
Estabelece os requisitos e condições mínimas objetivando a 
implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, 
deforma a garantir a segurança e saúde do trabalhadores que, direta 
ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com 
eletricidade.. 
10 
Os agentes causadores de insalubridade estão contidos nos anexos
da 
NR 15, alguns exemplos de agentes insalubres são Ruído Contínuo ou 
Permanente; Ruído de Impacto; Exposição ao calor ou frio; Radiações 
Ionizantes; Agentes Químicos e Poeiras Minerais. 
NR 
16 
São considerados atividades perigosas as atividades que podem 
causar danos imediatos ao trabalhador por exemplo: Atividades com 
Explosivos; Atividades com Inflamáveis; Atividades com Radiações 
Ionizantes ou Substâncias Radiotivas, Atividades com Exposição a 
Roubos ou outras violências físicas nas atividades profissionais de 
segurança pessoal ou patrimonial. 
Trata das condições de trabalho em canteiros de obras. Foi esta norma 
que primeiro versou sobre trabalhos em espaço confinados, sobretudo 
no que se refere a escavações e procedimentos de “trabalho a quente” 
em ambientes confinados. 
NR 
35 
Estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o 
trabalho em altura. 
Veja as NR’s e 
acompanhe suas 
atualizações 
http://trabalho.gov.br 
Cópia não autorizada 
Atividades e 
Operações Perigosas 
Segurança e no 
Trabalho com 
Espaços 
Confinados 
15 
NORMAS TÉCNICAS 
BRASILEIRAS - NBR 
Existem Normas Brasileiras (NBR's) da Associação Brasileiras de Normas 
Técnicas (ABNT), que também estão relacionadas à NR 33. São elas: 
NBR 14009 - Análise Preliminar de Risco (APR) 
Embora esta norma tenha sido elaborada para determinar 
procedimentos de análises de riscos em máquinas, ele sugere as 
diretrizes básicas para elaborar a APR em diversos ambientes ou 
processos produtivos; 
 
NBR 14606 - Postos de serviços: Entrada em Espaços Confinados 
Trata dos procedimentos para entrada em espaços confinados em 
postos de serviços; 
 
NBR 14787 - Espaço Confinado: prevenção de acidentes, 
procedimentos e Medidas de Proteção 
Ao compararmos a NR 33 com esta norma técnica, notam-se diversas 
semellhanças ou complementações. 
 
Cópia não autorizada 
11 
A NR 33 relaciona uma série de itens com as diversas competências, tanto do 
empregador como dos empregados, para realização das atividades em altura com 
segurança: 
EVITANDO ACIDENTES 
 RESPONSABILIDADES DO TRABALHADOR 
• Colaborar com a empresa no cumprimento das exigência da NR 33; 
 
• Utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa; 
 
• Comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para sua 
segurança e saúde ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento; 
 
• Cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos treinamentos com 
relação aos espaços confinado. 
Cópia não autorizada 
12 
EVITANDO ACIDENTES 
 RESPONSABILIDADES DO VIGIA 
• Manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores 
autorizados no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término da 
atividade; 
 
• Permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato permanente 
com os trabalhadores autorizados; 
 
• Adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento, 
pública ou privada, quando necessário; 
 
• Operar os movimentadores de pessoas; e 
 
• Ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal de 
alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não prevista 
ou quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser substituído 
por outro Vigia. 
O Vigia não poderá realizar outras 
tarefas que possam comprometer o 
dever principal que é o de monitorar e 
proteger os trabalhadores 
autorizados; 
Cópia não autorizada 
13 
EVITANDO ACIDENTES 
 RESPONSABILIDADES DO SUPERVISOR 
• Emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início das atividades; 
 
• Executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na 
Permissão de Entrada e Trabalho; 
 
• Assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e 
que os meios para acioná-los estejam operantes; 
 
• Cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário; e 
 
• Encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho após o término dos serviços. 
O Supervisor de Entrada 
pode desempenhar a função 
de Vigia. 
Cópia não autorizada 
14 
EVITANDO ACIDENTES 
 RESPONSABILIDADES DA EMPRESA 
•Indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento da NR; 
• Identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento; 
•Identificar os riscos específicos de cada espaço confinado; 
•Implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados de 
forma a garantir permanentemente ambientes com condições adequadas de trabalho; 
•Garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de 
controle, de emergência e salvamento em espaços confinados; 
• Garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por escrito, 
da Permissão de Entrada e Trabalho, conforme modelo constante no anexo II da NR; 
•Fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas áreas onde 
desenvolverão suas atividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores; 
•Acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos trabalhadores 
das empresas contratadas provendo os meios e condições para que eles possam atuar 
em conformidade com esta NR; 
• Interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de condição de risco 
grave e iminente, procedendo ao imediato abandono do local; e 
• Garantir informações garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de 
controle antes de cada acesso aos espaços confinados. 
 
Cópia não autorizada 
16 
DEFINIÇÃO 
A definição de espaço confinado, de acordo com a NR 33, é a seguinte: 
"qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana continua, 
que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é 
insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou 
enriquecimento de oxigênio". 
 
Não há necessidade da combinação das quatro definições para que o local de 
trabalho seja considerado um espaço confinado. 
 
Isso oferece a oportunidade de classificar, inspecionar ou liberar um espaço 
confinado considerando um possível desenvolvimento de deficiência de 
oxigênio em seu interior (resultante dos processos internos, como soldas), ou 
até mesmo por interferências externas como gases de motores a combustão, 
por exemplo. 
 
Cabe ao responsável técnico, que é o profissional habilitado para identificar os 
espaços confinados existentes na empresa e elaborar as medidas técnicas de 
prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e resgate., fazer a 
avaliação de todos os ambientes "possivelmente confinados" e classificá-los a 
partir de uma aplicação rigorosa da norma. 
Cópia não autorizada 
DE ESPAÇOS CONFINADOS 
Cópia não autorizada 
17 
IDENTIFICAÇÃO 
Acabamos de ver a definição para da NR 33 para Espaços Confinados, mas 
podemos observar que esta definição se torna abrangente. Vamos analisar 
da melhor forma como podemos reconhecer um Espaço Confinado, 
garantindo assim a segurança da nossa equipe de trabalho. 
 
Considerando os três focos de identificação da NR 33 temos: 
“Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para 
ocupação humana continua” - Define o espaço confinado com relação à 
ocupação humana. A geometria é extremamente importante para o espaço 
confinado, pois qualquer alteração geométrica pode transformar um espaço 
“comum” em confinado, ou o inverso. 
 
“Que possua meio limitados de entrada e saída” – Aqui a definição trabalha 
os limites, isto é, as dimensões estreitas, as dificuldades específicas, da 
entrada ou saída da área ou ambiente onde ocorrerão as atividades. 
 
“Cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou 
onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio” – Neste 
trecho, o foco da norma é o risco
mais grave e possivelmente o maior 
causador de letalidades, nos trabalhos em espaços confinados: a atmosfera 
imediatamente perigosa à vida e à saúde (IPVS). 
 
 
DOS ESPAÇOS CONFINADOS 
Cópia não autorizada 
18 
CLASSIFICAÇÃO 
São divididos em três níveis distintos, com base na severidade dos perigos 
associados à cada nível: 
 
Nível 1 – É o Espaço Confinado que possui uma condição IPVS, isso inclui, 
mas não está limitado, a deficiência de oxigênio, atmosfera inflamável ou 
explosiva e/ou concentração de substâncias tóxicas ou mortais para o 
trabalhador. 
 
Nível 2 – É o Espaço Confinado que, em função da natureza dos trabalhos, 
lay-out, configuração e/ou atmosfera interna, tem potencialidade para 
provocar lesão ou qualquer tipo de enfermidade no trabalhador. E assim, 
torna-se necessária a adoção de medidas de controle específicas para 
viabilizar a entrada e execução de trabalho no seu interior. Não apresenta 
qualquer condição IPVS. 
 
Nível 3 – É um Espaço Confinado em que o perigo potencial não requer 
nenhuma alteração específica no procedimento normal de trabalho. É o 
ambiente confinado onde não existem riscos atmosféricos e onde critérios 
técnicos de proteção permitem a entrada e permanência para trabalho em 
seu interior. 
 
 
 
 
Atmosfera IPVS – Atmosfera 
Imediatamente Perigosa à Vida ou à 
Saúde – qualquer atmosfera que 
apresente risco imediato à vida ou 
produza imediato efeito debilitante à 
saúde (NR 33 Anexo III – Glossário). 
DOS ESPAÇOS CONFINADOS 
TIPOS DE ESPAÇOS 
CONFINADOS 
19 
Cópia não autorizada 
Agricultura – Biodigestores, silos, moegas, tremonhas, tanques, 
transportadores enclausurados, poços, cisternas, esgotos, valas, 
trincheiras. 
Alimentos – Retortas, tubos, bacias, panelões, fornos, depósitos, silos, 
tanques, misturadores, secadores, lavadoras de ar, tóneis. 
Construção civil – Poços, valas, trincheiras, esgotos, escavações, 
caixas, caixões. 
Equipamentos e máquinas – Caldeiras, transportadores, coletores e 
túneis. 
Indústria do petróleo e indústrias químicas – Reatores, colunas de 
destilação, tanques, torres de resfriamento, áreas de diques, tanques de 
água, filtros coletores, precipitadores, lavadores de ar, secadores. 
Metalurgia – Depósitos, dutos, tubulação, silos, poços, tanques, 
desengraxadores, coletores e cabines. 
Serviços de sanitários, de águas e de esgotos; Serviços de gás, 
eletricidade e telefonia – Poços de válvulas, galeria, cabos, caixas, 
poços de água, estações elevatórias, entre outros. 
Transporte – Tanques nas asas dos aviões, caminhões-tanque, vagões 
ferroviários, tanque, navios-tanque. 
Relacionamos a seguir alguns espaços confinados, os mais comuns, por 
tipo de atividade econômica: 
20 
RECONHECIMENTO DOS RISCOS 
NO TRABALHO COM ESPAÇO CONFINADO 
O risco, de uma forma geral, é uma ameaça ou perigo de determinada 
ocorrência. Quando se diz que estamos correndo um risco, nada mais é do 
que estarmos sujeito a passar por um episódio arriscado, ou seja, um 
episódio em que pode acarretar em alguma consequência. 
 
O risco é empregado em diversos contextos, como por exemplo: o risco 
ambiental, o risco de acidente, o risco de morte, o risco de epidemia, o risco 
biológico (ameaça à saúde humana), o risco financeiro entre outros. 
 
Em muitos casos, há dificuldade de reconhecer ou identificar tais agentes 
causadores. Daí a necessidade dos supervisores serem bem treinados para 
poder identificar, saber reconhecer e estar bem atento quanto aos riscos 
existentes, visto que a probabilidade de dano imediato é maior em espaços 
confinados, se comparada com uma exposição a estes mesmos agentes em 
ambientes comuns. Isso porque eles podem gerar rapidamente uma 
Condição Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde (IPVS). 
 
Cada tipo de agente é responsável por diferentes riscos que podem provocar 
danos à saúde dos trabalhadores. 
 
Como cada espaço confinado tem suas próprias características, os possíveis 
danos também poderão ser específicos, dependendo dos fatores de riscos 
presentes em cada local. 
Risco é uma medida dos prejuízos 
econômicos, danos ao meio ambiente ou 
danos pessoais (mutilação, morte) tanto 
em relação à probabilidade com que 
aconteça quanto à magnitude com a qual 
ocorra. 
Cópia não autorizada 
21 
RISCOS AMBIENTAIS 
É toda e qualquer possibilidade de que algum elemento 
ou circunstância existente num dado processo e 
ambiente de trabalho possa causar danos à saúde e/ou 
à integridade física do trabalhador 
 
 Consideram-se riscos ambientais os 
agentes físicos, químicos e biológicos 
existentes nos ambientes de trabalho 
que, em função de sua natureza, 
concentração ou intensidade e tempo 
de exposição, são capazes de causar 
danos à saúde do trabalhador. 
Cópia não autorizada 
VIAS DE PENETRAÇÃO 
Via respiratória: Ocorre através do sistema respiratório (nariz, 
laringe, traqueia, brônquios e alvéolos pulmonares) e podem 
penetrar gases, vapores, partículas, poeiras, névoas e fumos 
metálicos. 
 
Via Cutânea: Através da pele e da mucosa dos olhos as 
substâncias penetram no organismo, contribuindo 
significativamente para intoxicação. É para alguns produtos 
químicos a principal via de penetração. 
 
Via Digestiva ou oral: Através da boca, esôfago, estômago e 
intestino as substâncias penetram no organismo em função de 
acidentes ou hábitos de comer e beber em locais de trabalho. 
 
Via Parental: Se entende como a penetração direta do 
contaminante químico no organismo através de uma 
descontinuidade da pele (ferida ou punção). 
 
22 
RUÍDO 
O ruído esta sempre presente em qualquer local: 
Nas ruas, sirenes de ambulância, aglomerações 
urbanas, som de maquinário etc. Porém se 
ficarmos expostos a níveis de ruídos elevados, 
poderemos adquirir danos irreversíveis à nossa 
saúde, por isso é muito importante identificarmos 
as fontes mais ruidosas em nosso ambiente de 
trabalho. A unidade de medida de intensidade do 
ruído é o decibel (dB). 
RISCO FÍSICO 
EFEITO IMEDIATO NO 
ESPAÇO CONFINADO 
• Dificuldade de comunicação; 
• Impossibilidade de audição do 
alarme de um instrumento detector 
de gases. 
CONSEQUÊNCIAS 
• Cansaço; 
• Irritação; 
• Dores de Cabeça; 
• Surdez; 
• Aumento na Pressão Arterial; 
• Taquicardia; 
• Perigo de Infarto. 
O Limite de tolerância, estabelecido pela NR 15 para exposição ao ruído é 
de 85dB(A). Recomenda-se, por medida preventiva, o uso de EPI a partir 
de 80dB(A). 
São riscos ambientais que se apresentam em forma de energia como os 
ruídos, temperaturas extremas, vibrações, radiações ionizantes, 
radiações não ionizantes, frio, calor, pressões anormais e umidade. 
Cópia não autorizada 
23 
VIBRAÇÃO 
Um corpo está em vibração quando descreve um 
movimento oscilatório em torno de um ponto fixo. 
O número de vezes em que o ciclo completo do 
movimento se repete durante o período de um 
segundo é chamado de frequência e, é medida em 
ciclos por segundo ou Hertz [Hz]. Ao contrário de 
muito agentes ambientais, a vibração somente 
será problema quando houver efetivo contato físico 
entre um indivíduo e a fonte, o que auxilia no 
reconhecimento da exposição. 
 
RISCO FÍSICO 
EPI 
Deve ser utilizado Luvas anti-
vibração para atenuar os efeitos 
CONSEQUÊNCIAS 
• Cansaço; 
• Irritação; 
• Dores na coluna e membros; 
• Doença do movimento; 
• Artrite; 
• Lesões ósseas, circulatórias e 
dos tecidos moles. 
 
Vibração Total: São aquelas recebidas por todo o corpo do trabalhador, 
chamamos de Vibração de Corpo Inteiro. Podemos citar como exemplos de 
atividades em que o trabalhador esta exposto a Vibração de Corpo Inteiros: 
Atividades com britadeiras, veículos pesados, tratores, retroescavadeiras. 
 
Vibração Parcial: São transmitidas aos membros superiores, chamados de 
Vibrações de Mãos e Braços, normalmente são menos aplicados aos membros 
inferiores. Um exemplo é a utilização
de furadeiras, ferramentas manuais, serras e 
martelos pneumáticos. 
Beto Soares/Estúdio Boom 
Cópia não autorizada 
24 
TEMPERATURAS EXTREMAS 
Nos ambientes de trabalho serão consideradas temperaturas extremas o calor e o 
frio emitidos através de fontes artificiais, ou seja, através de câmaras frigoríficas 
para o frio e para o calor, através de fornos, caldeiras e equipamentos/máquinas 
que irradiem calor. 
A temperatura ideal no local de trabalho deve ficar entre 20°C e 23°C. 
RISCO FÍSICO 
CALOR 
Beto Soares/Estúdio Boom 
É um dos agentes ambientais mais 
frequentes nas indústrias. É comum 
sua manifestação nas fundições, 
usinas, fábricas, olarias, indústrias 
metalúrgicas e siderúrgicas. O próprio 
calor solar atinge, em muitos casos, 
níveis elevados. 
FRIO 
O frio é um agente físico presente 
em uma série de atividades 
profissionais como as realizadas em 
trabalhos de embalagem de carnes 
e demais alimentos (frutas, sorvetes 
e pescados), câmaras frigoríficas 
(câmaras frias) e operação portuária 
(manuseio de cargas congeladas). 
 
NO ESPAÇO CONFINADO 
Os espaços confinados ou 
equipamentos que operam com altas 
temperaturas deverão ter seu interior 
avaliado conforme NR 15 e NHO 06 
 
CONSEQUÊNCIAS 
• Taquicardia; 
• Aumento da pulsação; 
• Cansaço; 
• Irritação; 
• Fadiga térmica; 
• Prostação térmico; 
• Choque térmico; 
• Hipertensão 
Cópia não autorizada 
25 
UMIDADE 
A umidade pode ser benéfica ou maléfica para nosso corpo, tudo 
dependerá de como ela estará presente no ambiente, seja em menor ou 
maior quantidade e também da forma como estamos expostos a ela. 
Esta presente em diversos ambientes de trabalho, como por exemplo 
lavanderias, lavagens, frigoríficos, cozinhas, pesca, areais, lavá-jato entre 
outros. 
RISCO FÍSICO 
NO ESPAÇO CONFINADO 
As atividades executadas em Espaços 
Confinados excessivamente úmidos, 
encharcados ou alagados, além de facilitar 
doenças do aparelho respiratório, da pele 
e circulatórias. 
Beto Soares/Estúdio Boom 
Cópia não autorizada 
26 
PRESSÕES ANORMAIS 
As pressões anormais dividem-se em hiperbáricas e hipobáricas 
. 
As pressões hiperbáricas acontecem quando o trabalhador está sujeito a 
pressões maiores que a pressão atmosférica. Podemos citar como exemplos 
os trabalhos realizados em tubulações de ar comprimido, máquinas de 
perfuração, trabalhos executados por mergulhadores e caixões pneumáticos. 
Quando o trabalhador estiver exposto às pressões hipobáricas estará sujeito 
a pressões menores que a pressão atmosférica, ocorre quando o funcionário 
está trabalhando em altitudes elevadas, exemplo: no topo de alguma 
montanha. 
RISCO FÍSICO 
CONSEQUÊNCIAS 
• Embolia traumática pelo ar; 
• Embriaguez das profundidades; 
• Intoxicação por oxigênio e gás cabônico; 
• Dores musculares; 
• Vômitos; 
• Hemorragias pelo ouvido; 
• Ruptura do tímpano. 
Beto Soares/Estúdio Boom 
Cópia não autorizada 
27 
RISCO QUÍMICO 
Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos 
que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de 
poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza 
da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo 
organismo através da pele ou por ingestão. 
Poeira é, basicamente, uma partícula sólida produzida por um rompimento 
mecânico de sólidos, por meio de processos de moagem, atrito, impacto, 
etc. Elas são categorizadas da seguinte forma: minerais, alcalinas, vegetais 
e metálicas 
POEIRAS 
Poeira Mineral 
São poeiras produzidas, 
principalmente, em ações de 
perfurações, extração mineral, 
explosões, britagem de pedras, 
etc. 
Poeira Alcalina 
É originária, principalmente, do 
calcário e é responsável por 
doenças pulmonares crônicas, 
como enfisema pulmonar. 
Poeira Vegetais 
O trabalhador que exerce 
atividades no campo, como em 
campos de algodão, cana de 
açúcar, etc, está exposto às 
poeiras vegetais 
Poeira Metálicas 
São provenientes de atividades que 
envolvam metais, como lixamento 
de peças, por exemplo. Essas 
partículas oferecem ao trabalhador 
doenças do sistema respiratório e, 
também, febre e calafrios 
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28 
NEBLINA 
São partículas suspensas no ar, decorrentes de 
condensações de vapores, geralmente 
provenientes da votatização de metais em fusão e 
quase sempre acompanhada de oxidação. Não se 
difundem a tendem a flocular-se e depositar-se, 
sendo seu tamanho, menor que as partículas de 
poeiras.Os trabalhos que geram fumos são 
operações de soldagem ou fusões de metais, onde 
haja concentração no ambiente 
Beto Soares/Estúdio Boom 
NÉVOAS 
,A neblina também é composta por partículas no 
estado físico líquido. Porém, essas partículas não 
se originam da ruptura do líquido, mas sim da 
condensação de vapores das substâncias que 
estavam no estado líquido nas condições normais 
de temperatura e pressão. 
FUMOS METÁLICOS 
São partículas líquidas resultantes da passagem 
do estado de vapor ao estado líquido de vapores 
ou separação mecânica de líquidos. Como 
exemplo podemos citar o monóxido de carbono 
liberado pelos escapamentos dos automóveis nas 
garagens dos edifícios. Exemplos: pintura por 
pistola, spray e em processos de lubrificação. 
Cópia não autorizada 
29 
São agentes químicos que se 
encontram no estado gasoso, em 
condições ambientais de temperatura e 
de pressão. Exemplo: Monóxido de 
Carbono, cloro etc. 
VAPORES 
GASES 
São agentes químicos que se encontram 
no estado gasoso, mas que, em 
condições ambientais de temperatura e 
pressão, se encontram sob o estado 
líquido ou sólido. Exemplo: vapor de 
gasolina e vapor de água. 
Cópia não autorizada 
Os gases, os vapores e as névoas podem provocar efeitos irritantes, 
asfixiantes ou anestésicos: 
Efeitos irritantes: São causados, por exemplo, por ácido clorídrico, 
ácido sulfúrico, amônia, soda caústica e cloro, que provocam irritação 
das vias aéreas superiores. 
Efeitos asfixiantes: Gases hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano, 
monóxido de carbono e outros, causam dor de cabeça, náuseas, 
sonolência, convulsões, coma e até morte. 
Efeitos anestésicos: A maioria dos solventes orgênicos, assim como 
butano, propano, aldeídos, acetona, cloreto de carbono, benzeno, xileno, 
tem ação depressiva sobe o sistema nervoso central, provocando danos 
aos diversos órgãos. O benzeno especialmente é responsável por danos 
ao sistema formador de sangue. 
30 
Os riscos representados pelas substâncias químicas depende dos 
seguintes fatores: 
 
Concetração: Quanto maior for a concentração do produto, mais 
rápidamente os seus efeitos nocivos se manifestarão no organismo; 
 
Índice Respiratória: Representa a quantidade de ar inalado pelo 
trabalhador durante a jornada; 
 
Sensibilidade Individual: É o nível de resistência de cada pessoa 
com respostas orgânicas diferentes Independentemente dos outros 
fatores; 
 
 
 
Fatores que influenciam a 
toxicidade dos contaminates 
ambientais 
Cópia não autorizada 
Tóxicidade: É o potencial tóxico da 
substância no organismo; 
 
Tempo de exposição: É o tempo que 
o organismo fica exposto ao 
contaminante. 
31 
Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, 
parasitas, protozoários, vírus, entre outros 
RISCO BIOLÓGICO 
Fungos: São seres vivos, unicelulares ou pluricelulares, que podem 
provocar doenças nos trabalhadores, como, por exemplo, micoses 
na pele, na unha, na mucosa em forma de cogumelo. 
Atividades expostas: trabalhos em aviários, matadouros, 
jardinagem, trabalhos em estações de tratamento de esgotos, 
estações de tratamento de águas etc. 
Vírus: É um organismo com grande capacidade de automultiplicação. 
Atividades expostas: trabalhos em laboratórios, escolas, creches etc. 
Bactérias: São organismos microscópicos unicelulares. Podem ser 
encontradas na forma de colônias
ou isoladas. 
Atividades expostas: trabalhos em esgotos, açougues, trabalhos 
em hospitais etc.. 
Protozoários: São animais invertebrados 
formados por uma única célula. Vivem no 
solo e na água. 
Atividades expostas: estações de 
tratamento de esgotos, estações de 
tratamento de águas etc. 
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32 
A organização Internacional do Trabalho (OIT) define ergonomia como a 
"aplicação das ciências biológicas humanas em conjunto com os recursos 
e técnicas da engenharia para alcançar o ajustamento mútuo, ideal entre o 
homem e seus trabalho, e cujos resultados se medem em termos de 
eficiência humana e bem-estar no trabalho". 
 
Os agentes ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e 
fisiológicos, além de provocar sérios danos à saúde do trabalhador porque 
produzem alterações no organismo e no estado emocional, 
comprometendo sua saúde, segurança e produtividade. 
RISCO ERGONÔMICO 
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O conforto do trabalhador no espaço confinado depende do tipo de 
espaço, do serviço a ser realizado, do acesso de entrada e saída e das 
suas condições psicofisiológicas. Cabe ao Médico do Trabalho 
estabelecer medidas restritivas (quando for o caso) ao exercício laboral 
neste tipo de ambiente. 
 
Geralmente, não se permite que um trabalho, vigia ou integrante da 
equipe de resgate, portador de obesidade mórbida trabalhe num local de 
difícil acesso ou saída. Em caso de alergias respiratórias, como. 
asma ou rinite alérgica, a liberação para 
trabalhos em espaços confinados é 
contraindicada, pois poderá ser necessário o 
uso de proteção respiratória contra poeira, 
vapores e gases, ou suprimento de ar puro. 
 
Até mesmo gripe, sinusite, dermatoses etc. 
por mais simples que possam parecer, 
influenciam ergonomicamente, tornando o 
trabalho físico mais pesado do que realmente 
é, levando a posturas incorretas e posições 
incomodam, que por duas vez, aceleram o 
cansaço, dores musculares e fraqueza 
33 
Os agentes de acidentes ou mecânicos são comuns, já o espaço 
confinado não foi projetado para ocupação humana contínua; tem 
arranjo físico inadequado ou deficiente; estrutura geométrica irregular, 
o que gera cantos vivos, saliências e depressões; grande 
probabilidade de incêndio e explosão; transporte de materiais não 
adequado; e visibilidade para percepção de perigos não suficiente. 
 
Pode haver partes móveis como correntes, correias e polias 
desprotegidas. Em alguns casos, encontraremos partes elétricas 
expostas ou com proteções soltas. Animais peçonhentos, como 
escorpiões, aranhas, ofídios e insetos, também são comuns em 
determinados espaços confinados, portanto, têm ser considerados na 
APR. 
RISCO DE ACIDENTES 
• Probabilidade de incêndio e explosão; 
• Transporte de materiais não 
adequados; 
• Partes móveis desprotegidas; 
• Partes elétricas expostas ou com 
proteções soltas; 
• Uso de equipamentos elétricos. 
EXEMPLOS 
Cópia não autorizada 
34 
Os valores de Imediatamente Perigoso a Vida e a Saúde (atmosfera IPVS) são 
valores utilizados pelo Instituto Nacional de Saúde e Segurança 
Ocupacional (NIOSH) como critérios de respiração que foram desenvolvidos 
em meados da década de 1970. A fundamentação dos parâmetros 
estabelecidos para que uma determinada substância ou atmosfera seja 
classificada como imediatamente perigoso à vida ou à saúde (IPVS) são 
compilações dos fundamentos e fontes de informação utilizadas 
pela NIOSH durante a determinação original de 387 valores teóricos 
anteriores. 
 
Além disso, a NIOSH continua a analisar documentar e revisar a metodologia 
por trás da ciência e os valores de IDLHexistentes quando apropriado, e 
obtiver novos valores de IDLH, ou atmosfera IPVS – no Brasil. 
 
Segundo a NR 33 Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde é... 
RISCOS ATMOSFÉRICOS 
O QUE É ATMOSFERA IPVS? 
É qualquer atmosfera que 
apresente risco imediato à vida ou 
produza imediato efeito debilitante 
à saúde. 
Cópia não autorizada 
35 
Possui os elementos necessário para uma explosão | 
incêndio: 
• Combustível (gases ou vapores e poeiras inflamáveis 
ou explosivas); 
• Comburente (oxigênio do ar); 
• Fonte de ignição (instrumentos que gerem faíscas, 
energia estática). 
ATMOSFERA INFLAMÁVEL E 
EXPLOSIVA 
LIMITE DE EXPLOSIVIDADE 
A mistura de combustível e oxigênio que se ascenderá é diferente para cada gás 
combustível específico. Este ponto crítico, definido como Limite de Explosividade, 
fica entre o Limite Inferior de Explosividade (LIE) e o Limite Superior de 
Explosividade (LSE). Concentração abaixo de LIE, que é a concentração mínima 
(ar/mistura de combustível) na qual o gás será concentrado e que se ascenderá, 
são muito prováveis a se incendiar. Concentrações acima do LSE, o máximo de 
concentração que se ascenderá são muito ricas para se queimar. 
FONTES DE IGNIÇÃO 
• Chamas abertas – Soldadores, aquecedores abertos ou material fumegantes; 
• Centelha Elétrica – Fios soltos, terminais de conexão, revezamentos e tomadas; 
• Faísca Produzida por Atrito – Ferramentas de ferro em contato com metal ou 
cimento; 
• Superfícies Quentes – Linhas de energia, resistência de aquecedores e 
lâmpadas; 
• Eletricidade Estática – Fluxo de fluídos através de tubos, cintos frouxos e 
roldanas e transferência pneumática de matérias divididos; 
• Reações Químicas – Reações entre substâncias químicas em contato com 
oxigênio. 
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36 
Atmosferas tóxicas em espaços confinados podem causar sérios problemas de 
saúde e até mesmo a morte. O seu efeito físico venenoso pode ser imediato, 
retardado, ou uma combinação de ambos. Por exemplo, exposição em 
concentração baixa de gás carbônico causa dano cerebral não perceptível 
enquanto que grandes concentrações resultam rapidamente em morte. 
 
A presença dessas substâncias tóxicas é geralmente o resultado de material 
previamente estocado no espaço, uso de revestimentos, solventes ou 
preservativos ou material orgânico em decomposição, que além de deslocar o 
oxigênio pode também produzir gazes tais como: metano, monóxido de 
carbono, dióxido de carbono, gás sulfídrico. É também possível que o gás 
tóxico entre em espaços confinados durante a “abertura” por causa de 
procedimentos impróprios de isolamento. 
 
Essas substâncias devem possuir “Limite de tolerância” determinados nas 
Normas Nacionais e/ou Internacionais. 
 
 
ATMOSFERA TÓXICA 
Limites de tolerância (LT) – a concentração 
transportada pelo ar, de um contaminante ao qual 
se acredita que quase todos os funcionários 
possam ser repetidamente expostos, todos os 
dias, durante um período de trabalho de vida sem 
desenvolver efeitos adversos. Esses são 
geralmente expressos em Partes Por Milhões 
(PPM) do contaminante. Isso é um termo usado 
pela Conferência do Governo Americano e 
Higienistas Industriais (ACGIH). 
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38 
Atmosfera contendo menos de 20,9 % de oxigênio em volume na pressão 
atmosférica normal, a não ser que a redução do percentual seja devidamente 
monitorada e controlada. 
A presença de gases considerados inertes ou mesmo de inflamáveis, considerados 
como asfixiantes simples, deslocam o oxigênio e por conseguinte tornam o 
ambiente impróprio e muito perigoso para a respiração. Logo, antes de entrarmos 
no interior de espaços confinados devemos monitorá-lo e garantirmos a presença 
de oxigênio em concentrações na faixa de 19,5 e 22%. 
ATMOSFERA COM 
DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO 
• Consumo; 
• Oxidação de metais; 
• Adsorção; 
• Inertizarão; 
• Decomposição de materiais 
orgânicos. 
CAUSAS DA DEFICIÊNCIA DE 
OXIGÊNIO 
CONSEQUÊNCIA DA DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO 
23,5 ou mais Atmosfera enriquecida gera efeito narcótico, 
risco elevado de explosão e/ou incêndio; 
20,9% Concentração normal de oxigênio na atmosfera 
19,5% Nível mínimo aceitável
(seguro); 
16% Desorientação, incapacidade de raciocínio e 
dificuldades respiratórias; 
14% Dificuldade em coordenação motora e fadiga 
8% Dificuldade mental, desmaio 
6% ou menos Extrema dificuldade respiratória e morte em 
poucos minutos 
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39 
Quando o oxigênio excede 22% do volume a atmosfera passa a ser 
conhecida como oxigênio enriquecido. Uma atmosfera de oxigênio 
enriquecido é perigoso porque pode causar um sério risco de incêndio. 
Matérias inflamáveis irão chegar ao ponto de ignição e queimarão muito 
rápido em atmosferas de oxigênio enriquecido. A causa comum disto é o 
vazamento de oxigênio de tubos ou cilindros. 
 
Os trabalhadores e a equipe de resgate acreditam que uma atmosfera rica 
em oxigênio apenas aumenta a probabilidade de combustão e reação com 
materiais oleosos. Entretanto, há a inalação do oxigênio em excesso 
(hiperóxia), podendo causar, entre outros danos, lesão ao ouvido – 
Obstrução do canal que liga a faringe à caixa do tímpano. Trabalhadores 
idosos podem sofrer miopia de caráter reversível. 
 
 
 
ATMOSFERA 
RICA OXIGÊNIO 
ATENÇÃO 
NUNCA USAR OXIGÊNIO 
PURO PARA VENTILAR 
ESPAÇO CONFINADO 
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37 
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TIPOS DE GASES 
AMONIACO (NH3) a amônia não é considerada “venenosa”, portanto os efeitos da 
exposição a este gás são limitados à irritação e aos danos corrosivos que ele causa – 
que são severos. Seu limite de tolerância é 20 ppm. 
GÁS SULFIDRICO (H2S) é um dos piores agentes ambientais em termos potencial e 
probabilidade de dano aos trabalhadores/vigias ou equipe de resgate, já que nosso 
sistema olfativo não consegue detectar sua presença em concentrações superiores a 
8,0 ppm, que é o seu limite de tolerância. 
NITROGÊNIO é um gás inerte, não tóxico, sem odor, sem cor, sem sabor. Não é 
inflamável,. 
A exposição ao N2 em um ambiente pode ser fatal, pois ele é um agente supressor e 
desloca o CO2 (Dioxido de Carbono) e o O2 (Oxigênio) completamente. Enquanto 
alguns produtos químicos podem afetar as pessoas de forma mais ou menos intensa, 
dependendo da maior ou menor resistência e tolerância de cada um, o N2 é bem mais 
democrático. Ele afeta todos os indivíduos da mesma forma, desloca o Oxigênio, 
tomando o seu lugar. Sem oxigênio não há vida. Seu limite de tolerância é 4 ppm. 
Dor de cabeça 
200 ppm 
Palpitação 
1.000 a 2.000 ppm 
Inconsciência 
2.000 a 2.500 ppm 
Morte 
4.000 ppm 
METANO (CH4) sua exposição além de colocar o trabalhador em risco devido a sua 
alta inflamabilidade, pode causar sonolência e levar à perda da consciência. Mais leve 
que o ar, o metano tende a concentrar-se nos níveis superiores dos ambientes. 
MONÓXIDO DE CARBONO (bastante nocivo), 
por não possuir odor e cor pode permanecer por 
muito tempo em espaços confinados sem que o 
trabalhador/vigia o perceba a tempo de tomar 
providências (evacuação de emergência, 
ventilação ou exaustão). Isso pode causar 
consequências graves aos trabalhadores expostos. 
Em concentrações superiores ao seu limite de 
tolerância, 39ppm (partículas de vapor ou gás por 
milhão de partes de ar contaminado), o monóxido 
de carbono pode causar danos irreversíveis ao 
trabalhador, conforme segue: 
40 
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ÁREAS CLASSIFICADAS 
A classificação de áreas de um local começa com a análise da 
probabilidade da existência ou aparição de atmosferas explosivas. 
 
É necessário que existam produtos que possam gerar essas atmosferas 
explosivas podendo ser gases inflamáveis, líquidos inflamáveis ou ainda 
poeiras/fibras combustíveis. 
 
Parte dos equipamentos do processo, tais como tampas, tomadas de 
amostras, flanges e etc. são considerados fontes de riscos. 
CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES DE RISCO 
• Grau contínuo aquelas fontes que geram risco de forma contínua 
ou durante longos períodos; 
 
• Grau primário aquelas fontes que geram risco de forma 
periódica nas condições normais de operação; 
 
• Grau secundário aquelas que geram risco em condições 
anormais de operação e por curtos períodos. 
41 
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ZONEAMENTOS DA ÁREA CLASSIFICADA 
POR GASES E VAPORES 
• Zona 0: local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva 
por gases ou vapores é continua ou existe por longos períodos; 
 
• Zona 1: local onde a atmosfera explosiva está presente em forma 
ocasional e em condições normais de operação e sendo 
normalmente geradas por fontes de risco de grau primário; 
 
• Zona 2: local onde a atmosfera explosiva está presente somente 
em condições anormais de operação e persiste somente por curtos 
períodos de tempo, sendo geradas normalmente por fontes de risco 
de grau secundário. 
ZONEAMENTOS DA ÁREA CLASSIFICADA 
POR POEIRAS E FIBRAS 
 
• Zona 20: local geradas por fontes de risco de grem que a 
atmosfera explosiva, em forma de nuvem de poeira, está presente 
de forma permanente, por longos períodos ou ainda 
frequentemente (estas zonas, igual a de gases e vapores são au 
contínuo); 
 
• Zona 21: local em que a atmosfera explosiva em forma de 
nuvem de pó está presente em forma ocasional, e; 
Em condições normais de operação da unidade (estas zonas, 
igual a de gases e vapores, são geradas por fontes de risco de 
grau primário); 
 
• Zona 22: local onde a atmosfera explosiva em forma de nuvem 
de pó existirá somente em condições anormais de operação e se 
existir será somente por curto período de tempo (estas zonas, 
igual a de gases e vapores, são geradas por fontes de risco de 
grau secundário). 
42 
O controle dos riscos decorrentes de atmosferas perigosas requer medições 
ambientais com utilização de equipamento adequado. As medições devem 
ser efetuadas antes e durante da realização dos trabalhos, se estes forem 
susceptíveis de produzir variações na atmosfera. 
Estas medições devem ser efetuadas pelo Supervisor, do exterior do 
espaço confinado. Se não for possível alcançar do exterior a totalidade do 
espaço, deve-se avançar cautelosamente tomando as medidas necessárias 
para que a medição se efetue a partir de uma zona segura. O controle deve 
ser mantido durante toda a operação pelo Vígia. 
Falaremos no decorrer do curso sobre os equipamentos utilizados para 
medição. 
MONITORAMENTO 
DOS RISCOS 
Deve-se avaliar três pontos do espaço 
confinado o TOPO, o MEIO e o FUNDO, 
pois cada gás possui uma densidade 
diferente podendo se concentrar portanto 
em pontos diferentes do espaço 
confinado.. 
• Misturas inflamáveis. Limite Inferior de Explosividade (LIE) e o Limite 
Superior de Explosividade (LSE); 
• Fumaça que obstrua a visão a uma distância de 1,5 metro ou menos; 
• Concentração de O2 abaixo de 19,5% ou acima de 23%; 
• Qualquer condição reconhecida como IPVS ou IDLH; 
• Concentração de qualquer substância acima do Limite de Tolerância 
conforme NR 15 ou ACGIH. 
O MONITORAMENTO DEVE VERIFICAR 
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43 
No mercado existem várias marcas de instrumentos de avaliação e 
monitoramento de gases, com múltiplas habilitações. Ao utilizar um equipamento 
deste, é preciso considerar os possíveis gases que o espaço confinado poderá 
apresentar, sendo as combinações mais comuns dos detectores de gases: 
EQUIPAMENTOS DE 
MEDIÇÃO 
Oxigênio (O2): O alarme de oxigênio 
deve ser ajustado para disparar 
quando a concentração estiver abaixo 
de 19,5 % ou acima de 23 % do 
volume atmosférico; 
Monóxido de Carbono (CO): O 
limite de concentração estabelecido 
pela NR 15 para 8 horas de 
exposição é de 39ppm (partículas 
por minuto). 
Metano (CH4): O alerta do 
equipamento ocorre quando a mistura 
de ar/gás atingir 10% do Limite de 
Explosividade (LIE) ou (LEL). Se o 
gás inflamável atingir 100% do LEL e 
ocorrer uma faísca ou outra fonte de 
ignição, a mistura de ar e gás irá 
inflamar e poderá ocorrer uma 
explosão. 
Gás Sulfídrico (H2S): O limite é de 
8 ppm. Este gás pode tornar-se 
imperceptível
ao olfato humano em 
altas concentrações. Por medida de 
segurança, pode-se calibrar o 
alarme para que dispare em 
menores concentrações. 
Ao executar trabalhos em atmosferas 
contaminadas com inflamáveis, é necessário 
eliminar pelo menos um dos dois elementos 
restantes do triângulo do fogo: calor e 
comburente. Como é mais difícil controlar e 
manter o calor a uma temperatura segura, a 
solução ideal é retirar o comburente, para isso 
devemos inertizar o ambiente com a insuflação. 
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44 
Antes de efetuar a medição de gases em espaços confinados, é preciso 
conhecer o medidor, saber como funciona e se está em condições de uso, 
pois a vida de pessoas dependerá da leitura correta desse instrument. O 
ideal é ter o manual e fazer uma lista de observações sobre os principais 
itens como defeitos óbvios; calibração; bolsa de transporte; bateria; 
condições da sonda e bomba aspiradora. 
 
O detector de gases deve ser ligado em área descontaminada, também 
conhecida como “ar fresco”, para que seus parâmetros iniciais se alinhem 
com a calibração feita para o disparo de alarme. Este procedimento é 
conhecido como “zerar” o instrumento. 
 
 
 
 
TÉCNICAS DE MEDIÇÃO 
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CALIBRAÇÃO DOS 
EQUIPAMENTOS 
As normas brasileiras determinam que os instrumentos de detecção de 
gases sejam calibrados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e 
Tecnologia (INMETRO). 
 
Quanto aos prazos de calibração, devem-se seguir as determinações do 
fabricante do instrumento. Esse prazo é variável (geralmente de seis meses 
ou um ano, podendo ser até mensal), dependendo das condições em que 
esses equipamentos forem frequentemente expostos. 
45 
O controle dos riscos está relacionado à quatro áreas: 
CONTROLE DOS 
RISCOS 
Controle coletivo: visa assegurar a 
segurança dos trabalhadores ou 
pranseuntes que trabalham ou 
transitam em torno do espaço 
confinado; 
Controle na fonte: visa impedir a 
formação ou a dispersão do agente 
no ambiente de trabalho. 
Controle no meio: visa impedir que 
o agente atinja os locais de trabalho, 
em concentração ou em intensidade 
para a exposição humana. 
Controle no receptor: visa impedir 
que o agente penetre no organismo 
dos trabalhadores em concentração 
ou em intensidade perigosa. 
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46 
CONTROLE COLETIVO 
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA 
Equipamentos de Proteção Coletiva - EPCs são dispositivos utilizados à 
proteção de trabalhadores durante realização de suas atividades. O EPC serve 
para neutralizar a ação dos agentes ambientais, evitando acidentes, protegendo 
contra danos à saúde e a integridade física dos trabalhadores, uma vez que o 
ambiente de trabalho não deve oferecer riscos à saúde ou à a segurança do 
trabalhador. 
 
Deve ser afixada no corpo, estrutura, laterais ou paredes externas, próximo à 
entrada do espaço confinado, uma placa com o número, código e/ou 
nomenclatura do espaço confinado para permitir a sua rápida identificação, 
garantindo que a entrada e o trabalho só ocorram no espaço confinado 
programado. A sinalização do espaço confinado deve ser feita através do 
modelo estabelecido no Anexo I - Sinalização para identificação de Espaço 
Confinado. Durante as operações de entrada, as áreas próximas às entradas 
do espaço confinado também devem ser sinalizadas e isoladas com fitas, 
cones, cavaletes ou outro tipo de barreira. A sinalização e o isolamento evitam 
quedas e a entrada no espaço confinado sem a emissão da Permissão de 
Entrada e Trabalho. 
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47 
CONTROLE 
NA FONTE 
Seu objetivo é Impedir a formação ou a dispersão do 
agente no ambiente de trabalho. 
 
Podemos citar como medidas de controle na fonte: 
• Substituição/modificação de substâncias 
por outras de menor toxicidade; 
• Modificação do processo ou operação, 
• Isolamento de uma operação ou processo; 
• Processo úmido para reduzir a 
concentração de aerodispersóides sólidos. 
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48 
CONTROLE NO AMBIENTE 
SISTEMAS DE VENTILAÇÃO E EXAUSTÃO 
A aplicação correta e o perfeito funcionamento desses equipamentos ou sistemas 
de ventilação e exaustão são imprescindíveis à vida das pessoas envolvidas nos 
trabalhos em espaços confinados. 
Antes de liberar a entrada dos trabalhadores em espaços confinados, é necessário 
limpar o ambiente, torná-lo isento de gases, vapores e outras impurezas 
indesejáveis. 
 
Conforme o glossário da NR 33, "fazer a troca gasosa" equivale a purgar o 
ambiente e pode ser feita por meio de ventilação ou exaustão ou, ainda pela 
combinação das duas. 
Purga: Pode ser feita 
por meio de outras 
técnicas, como lavagem 
e vaporização. 
A ventilação pode ser natural ou mecânica. 
A primeira é conseguida por meio de 
abertura das tampas do espaço confinado, 
sendo uma técnica lenta e dependendo da 
densidade dos gases presentes no 
ambiente este procedimento poderá ser 
ineficaz. 
A ventilação mecânica por sua vez age 
rapidamente, contudo se a atmosfera for 
inflamável, é preciso atentar-se para o risco de incêndio ou explosão. 
Para obter um ar limpo em um espaço confinado por meio de ventilação, é 
necessário renovar sua atmosfera em pelo menos 7,5 vezes o seu volume. Isso se 
não houver recontaminação. O tempo de insuflação é calculado em função das 
dimensões do espaço confinado. 
 
Pelo método de exaustão, os gases são puxados mecanicamente para fora do 
espaço confinado e o ar "limpo" entra automaticamente por meio das aberturas 
disponíveis. A troca por exaustão é mais rápida que por ventilação, principalmente 
se o exaustor puder ser colocado próximo à contração dos contaminantes. 
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49 
SISTEMA DE ALARME 
VISUAL OU SONORO 
Medidores diretos de concentração pré determinada de gases e vapores. 
Pode acionar o alarme, interromper processos ou comandar a operação 
de sistemas conjugados (ventilação, redução de pressão e temperatura). 
 
O equipamento deve possuir alarme sonoro, visual e vibratório, visor para 
leitura instantânea, ser resistente ou à prova d’água, quando portado em 
espaços confinados úmidos ou encharcados, e ser provido de 
revestimento que resista a atmosferas corrosivas ou eventuais quedas. 
 
 A calibração deve ser executada por um Organismo de Certificação 
Credenciado (OCC) pelo INMETRO. 
 
 
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50 
EQUIPAMENTO 
INTRINSECAMENTE SEGURO 
Intrinsecamente seguro é um método de proteção empregado 
em atmosferas potencialmente explosivas. Tarefas que são certificadas 
como "intrinsecamente seguras" são desenvolvidas para ser incapazes 
de liberar energia suficiente, através de meios térmicos ou elétricos, para 
causar ignição em materiais inflamáveis (gases ou partículas de poeira). 
 
As ferramentas e/ou equipamentos Intrinsecamente seguros certificadas 
são projetadas para evitar a liberação de energia suficiente para causar a 
ignição de materiais inflamáveis. Os padrões se aplicam a todos os 
equipamentos que podem criar uma ou mais variações de fontes 
definidas de possível explosão. 
 
Os rádios intrinsecamente seguros (IS) são especialmente desenvolvidos 
para garantir uma comunicação eficiente e segura mesmo em locais 
classificados com atmosfera explosiva. Os rádios IS possuem como 
principal característica a capacidade de eliminar qualquer possibilidade 
de descargas elétricas e faíscas, sendo muito utilizados em ambientes 
como minas, off-shore e refinarias de petróleo. 
 
Os rádios classificados como Ex i 
(intrinsecamente seguro) possuem algumas 
características de segurança próprias como uma 
blindagem dupla, o funcionamento dos circuitos 
internos através de baixos potenciais de energia, 
além de mecanismos para evitar fontes de ignição 
e calor. 
Cópia não autorizada 
51 
TRAVAMENTO 
DE FONTES DE 
ENERGIA 
Lockout quer dizer "travamento", é o 
processo que visa barrar ou impedir a
exposição do colaborador à energias 
perigosas, evitam então que alguém 
acesse uma determinada área restrita 
inadvertidamente ou que ligue algum 
equipamento que não esteja 
preparado para ser utilizado. Isola 
também fontes de energia que podem 
queimar, cortar, prensar, eletrocutar ou 
lesar o colaborador. 
 
São restrições que ninguém pode 
remover sem uma chave ou outro 
mecanismo de destravamento. Alguns 
exemplos são as travas de plástico ou 
metal, grupos de bloqueio, cadeados e 
até sistemas de segurança protegidos 
por senha ou leitura corporal. 
 
LOCK - OUT 
TAG - OUT 
Tagout é a etiquetagem, visa informar o 
trabalhador sobre os perigos aos quais 
ele pode estar exposto. Não fornece a 
restrição direta. 
 
TRAVA 
Dispositivo (como chave ou 
cadeado) utilizado para 
garantir isolamento de 
dispositivos que possam 
liberar energia elétrica ou 
mecânica de forma 
acidental. 
BLOQUEIO 
Impede a liberação de 
energias perigosas tais como: 
pressão, combustíveis, água 
e outros visando à contenção 
para trabalho seguro em 
espaços confinados. 
LACRE 
Braçadeira ou outro 
dispositivo que precise ser 
rompido para abrir um 
equipamento. 
ETIQUETAGEM 
Colocação de rótulo num 
dispositivo isolador de energia 
para indicar que o dispositivo 
e o equipamento a ser 
controlado não podem ser 
utilizados até a sua remoção.. 
Abertura intencional de um duto, tubo, linha, 
tubulação que está sendo utilizada ou foi utilizada 
para transportar materiais tóxicos, inflamáveis, 
corrosivos, gás, ou qualquer fluido em pressões ou 
temperaturas capazes de causar danos materiais 
ou pessoais. 
ALIVIO 
Cópia não autorizada 
52 
CONTROLE NO 
RECEPTOR 
Ao se avaliar os trabalhadores que irão 
exercer atividades em espaços 
confinados, é necessário que o médico 
atente para a existência de algumas 
patologias que podem incapacitá-los 
para a função. 
 
Trabalhadores com histórico de 
vertigens, perda de memória, 
claustrofobia, dispnéia de esforço e 
convulsões devem ser encaminhados 
para atividades que não os exponham 
ao ambiente de um espaço confinado. 
Distúrbios de audição e visão devem ser 
avaliados por meio de exames 
complementares, pois podem 
comprometer a percepção de sinais de 
alarme ou a comunicação entre a 
equipe, inclusive em situações de 
resgate. 
 
O exame médico admissional também 
deve avaliar a aptidão de trabalhadores 
com asma, diabetes insulino-
dependente e doenças cardiovasculares 
específicas que comprometam a 
eficiência cardíaca, pelo risco da 
ocorrência de algum episódio quando 
estiverem no interior do espaço 
confinado. 
Especial atenção deve ser dada ao 
estado psicológico do trabalhador, sendo 
pertinente observar o seu comportamento 
durante o exame admissional. Um ânimo 
deprimido ou exaltado (euforia), distração, 
irritabilidade, podem ser sinais de 
patologias mentais capazes de colocar 
em risco própria integridade física e a do 
grupo. A anamnese deve privilegiar, 
ainda, a abordagem cuidadosa de 
situações pessoais e familiares de 
impacto como término de relacionamento, 
morte de parentes próximos e situações 
de endividamento. 
 
Se necessário, o trabalhador deve ser 
encaminhado para avaliação psicológica 
por profissional especializado, o qual 
deverá emitir laudo que embase o médico 
examinador na classificação de “apto” ou 
“inapto” para o trabalho. O 
acompanhamento periódico do pessoal 
que trabalha em espaços confinados 
deve atentar para o controle das 
condições acima citadas e o diagnóstico 
precoce de patologias relacionadas ao 
trabalho, tais como: doenças 
osteomusculares em decorrência de 
posturas forçadas e leptospirose no caso 
de trabalhos em esgotos, galerias e 
outras situações onde haja o risco da 
presença de urina de animais infectados. 
Deve-se, ainda, verificar se a vacinação 
está de acordo com o seu calendário e a 
função do trabalhador. 
CONTROLE MÉDICO 
Cópia não autorizada 
53 
CAPACITAÇÃO 
INICIAL E 
PERIÓDICA 
É uma obrigação legal do empregador, informar ao empregado sobre os 
riscos inerentes ao local de trabalho e sobre as medidas de prevenção 
necessárias para minimizar ou neutralizar a exposição. O treinamento é 
indispensável, independente da existência de outros métodos de controle, 
ou seja, é uma medida complementar. 
 
Tem como principal objetivo dar condições para que o trabalhador 
identifique os riscos, nas medidas de prevenção, informar e desenvolver 
habilidades referentes aos procedimentos operacionais apropriados que 
garantam a eficiência das medidas de controle adotadas. 
 
Devido à complexidade dos procedimentos de segurança nesta atividade, 
torna-se indispensável a adequada capacitação de todos os 
trabalhadores envolvidos. A carga horária, conteúdos e periodicidade de 
realização da capacitação dos Supervisores de Entrada, Vigias e 
Trabalhadores Autorizados devem obedecer ao estabelecido no item 
33.3.5 
PERIODICIDADE 
Bienal 
CARGA HORÁRIA 
8 horas 
 
Cópia não autorizada 
54 
LIMITAÇÃO DO TEMPO 
DE EXPOSIÇÃO 
Para proteger os trabalhadores contra os riscos ambientais presentes no 
local de trabalho, é preciso identificar os agentes ambientais, o tempo de 
exposição para cada processo e suas funções. De acordo com a NR 15, 
os limites de tolerância são a concentração ou a intensidade máxima ou 
mínima do tempo de exposição à uma determinada natureza do agente 
para que não cause danos à saúde e integridade física do trabalhador 
durante a jornada de trabalho 
 
Exemplo: Um trabalhador que exerce suas atividades em jornada de 
trabalho de 8 horas diárias numa fábrica. O nível de ruído no setor A da 
fábrica é 95dB. Porém, de acordo com o Ministério do Trabalho, o 
máximo permitido é 85dB numa jornada de 8 horas. Neste caso, o nível 
de exposição ultrapassa o Limite de Tolerância permitido, sendo assim, é 
imprescindível que o engenheiro ou técnico em segurança do trabalho 
adotem medidas de controle para eliminar ou reduzir o ruído para evitar 
as doenças ocupacionais causadas por este agente físico. 
 
Sendo assim uma das alternativas será a Limitação do Tempo de 
Exposição. 
Cópia não autorizada 
55 
CONTROLE DE ENTRADA 
O controle de entrada e saída dos Trabalhadores 
Autorizados deve ser rigoroso para que não ocorra o 
fechamento do espaço confinado com trabalhadores 
no seu interior. A contagem pode ser feita por meio 
de crachás-espelhos, pulseiras ou outro sistema 
controlado pelo Vigia. 
COMUNICAÇÃO 
A Vigia deve permacer em contato permanente com os 
trabalhadores autorizados. A comunicação não deve 
ser apenas sobre as condições físicas dos 
Trabalhadores Autorizados, mas também sobre o 
trabalho realizado e medidas de apoio. Caso a 
comunicação seja feita por rádio, o equipamento 
deverá ser adequado à classificação da área, com 
pilhas ou baterias devidamente carregadas. 
 
Qualquer situação de risco à segurança de qualquer 
pessoa envolvida nessas atividades deve ser 
imediatamente comunicada ao vigia ou ao supervisor 
de entrada 
Cópia não autorizada 
56 
A segurança e a saúde nos ambientes 
de trabalho devem ser garantidas por 
medidas de ordem geral ou específica 
que assegurem a proteção coletiva dos 
trabalhadores. Contudo na inviabilidade 
técnica de adoção de medidas de 
segurança de caráter coletivo ou 
quando essas não garantirem a 
proteção total do trabalhador, ou ainda 
como uma forma adicional de proteção, 
deve ser utilizado EPI, . 
EPI 
EQUIPAMENTO DE 
PROTEÇÃO INDIVIDUAL 
Norma Regulamentadora 
NR 06 - Equipamento de 
Proteção Individual 
a) usar o EPI , utilizando-o apenas para 
a finalidade a que se destina; 
b) responsabilizar-se pela guarda e 
conservação; 
c) comunicar ao empregador qualquer 
alteração que o torne impróprio para 
uso; 
d) cumprir as determinações do 
empregador sobre o uso adequado 
a) adquirir o EPI adequado ao risco
de 
cada atividade; 
b) exigir seu uso; 
c) fornecer ao trabalhador somente o 
aprovado pelo órgão nacional 
competente em matéria de segurança e 
saúde no trabalho; 
d) orientar e treinar o trabalhador sobre 
o uso adequado, guarda e conservação; 
e) substituir imediatamente, quando 
danificado ou extraviado; 
f) responsabilizar-se pela higienização e 
manutenção periódica; 
g) comunicar ao Órgão Competente 
qualquer irregularidade observada. 
h) registrar o seu fornecimento ao 
trabalhador, podendo ser adotaddos 
livros, fichas ou sistema eletrônico. 
RESPONSABILIDADES 
DA EMPRESA 
RESPONSABILIDADES 
DO COLABORADOR 
Cópia não autorizada 
57 
O capacete de segurança protege a cabeça do 
trabalhador contra ferimentos causados por queda de 
objetos de níveis elevados, impactos em objetos fixos e 
até contra choques elétricos.. Deve possuir "jugular" 
que evita a queda do capacete durante a atividade. 
CAPACETE 
LUVAS 
As mãos é a parte do corpo onde com maior frequência 
ocorrem lesões. Grande parte dessas lesões são 
preveníveis. As luvas evitam, portanto, um contato direto 
com materiais cortantes, abrasivos, quentes ou 
corrosivos. 
CALÇADO 
Os calçados de segurança são equipamentos de 
proteção individual essenciais para a proteção dos 
membros inferiores (pés) dos trabalhadores em 
diversas atividades profissionais. 
ÓCULOS 
São óculos específicos utilizados por trabalhadores 
com a finalidade de proteger os olhos. 
TIPOS DE EPI 
VOCÊ CONHECE OS EPI QUE DEVE 
 UTILIZAR PARA REALIZAR SUAS ATIVIDADES? 
Cópia não autorizada 
58 
Proteção do sistema auditivo do usuário contra níveis de 
pressão sonora superiores ao estabelecido na NR 15, 
anexos I e II, conforme tabela de atenuação. Existem 
diversos modelos disponíveis no mercado como o 
protetor tipo plug e protetor concha. 
PROTETOR AURICULAR 
ROUPAS IMPERMEÁVEIS 
Existem vários tipos de vestimentas impermeáveis 
disponíveis no mercado e classificadas de acordo com os 
tipos e os graus de riscos ambientais, podem ser 
vestimentas totalmente encapsuladas, destinadas à 
proteção contra gases; Vestimentas destinadas à proteção 
contra líquidos em alto contato; Proteção contra partículas 
sólidas e respingos de químicos líquidos e proteção parcial 
contra partículas sólidas ou respingos parciais de químicos 
líquidos. 
RESPIRADORES E MASCARAS COM FILTRO 
São equipamentos utilizados para filtrar o ar e só são 
indicados em ambientes em que o oxigênio esteja num 
volume próximo de 21%. Este equipamento é de pressão 
negativa, portanto a possibilidade de contaminação por 
produtos químicos é grande 
RESPIRADOR AUTÔNOMO 
Em atmosferas IPVS o colaborador deve contar com 
alguma provisão de ar respirável, podendo ser utilizado o 
respirador autônomo que, dependendo da capacidade do 
cilindro e da prática do usuário, chega a durar de 30 a 40 
minutos. 
Cópia não autorizada 
59 
PROGRAMA DE 
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA 
Cópia não autorizada 
O oxigênio é um elemento vital para os seres humanos. Em função disso, 
a ocorrência de acidentes fatais causados pela sua deficiência em 
espaços confinados é bastante comum. 
 
Por conta de tais acidentes fatais, a NR 33, em seu subitem que trata das 
medidas administrativas, determina ao empregador a implementação de 
um Programa de Proteção Respiratória, a partir de levantamento feito 
pela análise de risco, considerando as características atmosféricas, o 
local, a complexidade e o tipo de trabalho a ser desenvolvido. 
 
A Instrução Normativa 1 (IN 1) de 1994 determina a implantação e 
desenvolvimento de um Programa de Proteção Respiratória. De acordo 
com essa instrução, cabe ao empregador adotar um conjunto de medidas 
técnicas e administrativas para garantir aos seus empregados a devida 
proteção respiratória. 
 
Por conta de todos os riscos envolvidos a legislação determina um 
programa e não apenas medidas de proteção respiratórias. 
 
Este programa deve conter entre outras determinações os procedimentos 
operacionais escritos; Avaliação médica do candidato ao uso de 
respiradores; Seleção de respiradores; Ensaios de Vedação; 
Manutenção. Higienização e Guarda dos Respiradores; Uso de 
respiradores; Avaliação do nível de exposição do trabalhador. 
43 60 
ANÁLISE PRELIMINAR 
DE RISCO 
A Análise Preliminar de Risco (APR) é a principal 
ferramenta utilizada no sistema de prevenção de 
acidentes de qualquer processo laboral . 
 
Nela são indicados os riscos ou perigos relacionados às 
tarefas ou atividades a serem executadas. São 
levantadas as fontes, situações ou atos que geram 
perigo e os procedimentos e controles necessários 
PERMISSÃO DE ENTRADA E 
TRABALHO (PET) 
A Permissão de Entrada e Trabalho (PET) é um documento determinado pela NR 
33, emitido pelo supervisor de entrada, que tem como objetivo verificar se todos 
os procedimento previstos na APR foram respeitados, antes da entrada do 
trabalho no espaço confinado. 
A participação de todos os envolvidos nos trabalhos em espaços confinados, 
desde o levantamento dos riscos e perigos até a emissão da PET, é muito 
importante para a segurança dos trabalhadores autorizados. 
Cópia não autorizada 
61 
PROTEÇÃO 
CONTRA 
QUEDAS 
 CINTO DE SEGURANÇA TIPO PARAQUEDISTA 
O mais conhecido equipamento de proteção individual para retenção de quedas é o 
cinto de segurança tipo paraquedista. 
 
 
Muitas vezes para realizar trabalhos em espaço confinados, acessar ambientes 
como poços de visitas entre outros é necessário a utilização de escadas, 
plataformas ou trabalhar suspensos. Nesses casos devemos seguir as normas 
vigentes sobre Trabalho em Altura. 
 
A NR 35 - Trabalho em Altura prevê como devem ser construídos, testados e 
aplicados todos os dispositivos, como cintos de segurança, talabartes, trava-
quedas, cabos ou cordas, além de determinar responsabilidades, capacitação e 
treinamentos para os trabalhadores que exercerão atividades em diferentes 
níveis. Falaremos sobre alguns dos equipamentos de proteção contra queda a 
seguir: 
O funcionamento deste dispositivo é bastante simples: o cinto 
de segurança distribui 100% de sua força de sustentação, 
prendendo o corpo do trabalhador a um ponto fixo e seguro. 
 
A validade do cinto de segurança (cinturão tipo paraquedista e 
talabarte) está condicionada à manutenção da certificação junto 
ao INMETRO. Em caso de ocorrência com uso do cinto de 
segurança a empresa deverá substitui-lo imediatamente e 
submete-lo as tratativas devidas. 
Cópia não autorizada 
62 
FITAS E CINTAS DE ANCORAGEM 
ACESSÓRIO PARA ANCORAGEM TEMPORÁRIA 
Fitas e cistas de ancoragem são acessórios para instalação de ancoragens 
temporárias, fabricadas de poliéster, facilmente transportáveis com 
possibilidade de ajustes ou com a escolha do comprimento. 
 
Podem ser encontradas nas categorias planas e tubulares e possuem carga de 
ruptura de 18kN, 22 kN e 35 kN. 
 
Existem cintas que possuem elementos metálicos nas extremidades ou laço de 
poliéster, chamadas sling. Quando possuem emenda costurada, recebem o 
nome de anel. 
MODELOS UTILIZAÇÃO 
Cópia não autorizada 
A ancoragem constituída de cabos 
metálicos devem suportar uma força de 15 
kn no mínimo. Devem possuir sapatilhas 
embutidas nos terminais fabricadas de 
material dúctil e, se não forem de aço 
inoxidável devem ser galvanizadas de 
acordo com a ABNT NBR 2408. 
LINHA DE VIDA 
ANCORAGEM CABO DE AÇO 
TRAVA QUEDAS 
DESLIZANTE - 
 CABO DE AÇO 
Utilizado em sistemas de linha de vida 
vertical flexível (cabo de aço) para 
proteção contra queda O dispositivo 
trava automaticamente ao sofrer um 
impacto e impede a movimentação. 
• Evite que o equipamento entre em contato 
com substâncias químicas que possam 
causar danos ao produto; 
• Não realize reparos ou modificações no 
equipamento; 
• Realize inspeções periódicas no 
equipamento; 
• Evite que o equipamento caia no
chão. 
CUIDADOS COM O USO 
63 
Cópia não autorizada 
LINHA DE VIDA 
ANCORAGEM COM CORDA 
64 
A ancoragem flexível constituída de corda de 
fibras sintéticas devem suportar uma força de 
22 kN, no mínimo. As cordas representam o 
elemento básico para trabalho em altura e 
para salvamento, Na maior parte das vezes a 
corda representa a única via de acesso ao 
local onde será realizado determinado 
trabalho ou a única ligação do resgatista a um 
local seguro, razão pela qual merece atenção 
e cuidados especiais. 
TRAVA QUEDAS 
DESLIZANTE 
CORDA 
Possui as mesmas características do 
trava-quedas para cabo de aço. 
Para identificar se o trava-quedas é 
indicado para cabo de aço ou corda você 
deve observar as instruções gravadas no 
corpo do dispositivo. 
• Evite que o equipamento entre em contato 
com substâncias químicas que possam 
causar danos ao produto; 
• Não realize reparos ou modificações no 
equipamento; 
• Realize inspeções periódicas no 
equipamento; 
• Evite que o equipamento caia no chão. 
CUIDADOS COM O USO 
Cópia não autorizada 
65 
O trava queda retrátil é um dispositivo anti-queda que dispõe de uma função de 
travamento automático e mecanismo automático de retrocesso que mantem a 
linha retrátil em tensão. A linha retrátil pode ser confeccionada de cabo metálico, 
fita sintética ou corda sintética. 
 
 
• O trava-quedas deve ser ancorados acima da 
sua cabeça; 
• Evite ângulo de deslocamento com 
perpendicular de 45 graus e uma distância 
minima de 1,75 metros do solo 
• Realize inspeções periódicas no 
equipamento; 
• Evite que o equipamento caia no chão. 
CUIDADOS COM O USO 
TRAVA-QUEDAS 
RETRÁTIL 
fonte: super epi 
fonte: resseg distribuidora 
Cópia não autorizada 
66 
Mantenha sempre os dois "grampos" do 
talabarte ancorados. Não prenda um dos 
grampos em outro ponto, como por exemplo no 
seu cinto de segurança, para que não o 
incomode. Caso venha a ocorrer uma queda, o 
absorvedor de energia pode não abrir-se por 
completo, o que afeta diretamente sua 
performance. Também pode fazer com que 
você fique suspenso pelo ponto do cinto onde o 
grampo foi fixado, deixando-o em uma péssima 
posição à espera de um resgate. 
TALABARTE EM Y 
O talabarte duplo é utilizado em 
situações em que exista a 
necessidade de deslocamento por 
estruturas, sem uma linha de vida ou 
através de pontos fixos de 
ancoragem. 
 
O talabarte duplo possibilita um 
deslocamento você permanece 100% 
do tempo conectado a um dispositivo 
de ancoragem 
O absorvedor de impacto pode ser no 
formato de “pacote” onde a fita especial 
rompe-se após uma queda gerando um 
mecanismo de desaceleração. Em alguns 
produtos esse efeito pode ser alcançado 
durante o rasgamento da costura em fi 
tas tradicionais, em outras situações a 
absorção de energia se dá em fi tas 
especiais produzidas para esta finalidade. 
Cópia não autorizada 
43 67 
AUXILIAR 
DE LIGAÇÃO 
MOSQUETÕES 
Existem alguns tipos de mosquetões os 
mais utilizados para trabalho em altura é 
o "Mosquetão D" e "Mosquetão Oval". 
 
Os mosquetões podem ser fabricados 
em aço, alumínio ou inox. O mosquetão 
em aço, possuem maior durabilidade 
sendo a melhor opção para ambientes 
como fábricas, urbano e industrial. São 
mais pesados que o de alumínio e em 
contato com a água ou ambientes muito 
úmidos enferrujam, o que não acontece 
com o mosquetão de inox e alumínio. 
 
Os mosquetões em alumínio possuem 
carga de ruptura maior que os de aço, 
porém se submetido a atrito constante 
com corda, locais inóspitos, substâncias 
químicas corrosivas irá apresentar sinais 
de desgastes e dependendo do caso 
poderá perder sua resistência mecânica. 
 
Mosquetão em aço inox são iguais aos 
de aço, porém estes são para uso 
exclusivo em situações de contato com 
agentes químicos que danificariam o aço 
ou alumínio. 
 
O Mosquetão D deve ser utilizado como 
primeira opção em sistemas de 
ancoragem, tirolesas, resgate, ou seja, 
quando cargas altas são esperadas, 
pois sua resistência a ruptura é maior 
comparado ao Mosquetão Oval. 
Já o Mosquetão Oval deve ser utilizado 
unto com talabartes duplos, trava-
quedas e fechamento de peitorais de 
cintos para trabalhos em altura e 
resgate, blocos de polia, etc. Deve ser 
última opção quando é esperada 
grande carga sobre ele, ou seja, se 
você precisar montar uma ancoragem 
e tiver um D e um oval, use o D na 
ancoragem e o oval em você, já que 
seu peso será em média 80-100 kg e a 
ancoragem deverá suportar muito mais 
que isso, dependendo da atividade. 
Mosquetão Oval 
Cópia não autorizada 
43 68 
O nó é o entrelaçamento de parte de uma ou mais cordas, formando uma 
massa uniforme. Pode ter diversas destinações, como servir para 
ancoragem, emenda de cordas, realizar cadeiras improvisadas etc. 
Um nós faz uma corda perder a sua resistência e, se o componente que ele 
se encontra em contato também ficar se atritando nele, haverá ainda mais 
riscos, de forma que poderá haver ruptura da corda. 
NÓS NO TRABALHO 
EM ESPAÇO CONFINADO 
TIPOS DE NÓS E AMARRAÇÕES 
TIPOS DE NÓS 
OITO DUPLO 
Utilizado para 
encordamento o oito duplo 
é mais resistente que o 
volta do fiel em que se 
obtém uma alça fixa. 
ORELHA COELHO 
Nó realizado no meio da 
corda para obter-se uma 
alça a partir da qual 
possa partir outra linha ou 
ancoragem 
VOLTA DO FIEL 
Nó de ancoragem que tem por característica 
ajustar-se à medida que é submetido a tração. 
Pode ser feito pelo seio ou pelo chicote. 
BORBOLETA 
Nó realizado no meio da 
corda para obter-se ma 
alça a parir da qual possa 
partir outra linha ou 
ancoragem 
PRUSSIK 
Submetido a tensão, bloquear 
ou travar e, aliviada a tensão, 
ficar livre. Pode ser aplicado 
em cordas de maior diâmetro 
ou superfícies cilíndricas 
Cópia não autorizada 
43 69 
TRIPE E MONOPÉ 
Os equipamentos utilizados nos trabalhos em espaços confinados são 
selecionados pelo, Responsável Técnico, que deve ser indicado pela empresa. 
 
O Responsável Técnico é o profissional habilitado responsável pelo 
estabelecimento de critérios para seleção e uso de todos os tipos de 
equipamentos, tanto de proteção coletiva quanto individual, bem como a 
avaliação peiódica do programa para trabalho em espaços confinados. 
É sua responsabilidade utilizar os Equipamentos de Proteção Individual - EPI e 
os Equipamentos de Proteção Coletivas - EPC oferecidos pela empresa. 
 
Para entrar ou sair de um espaço confinado, sobretudo em situação de resgate, 
pode ser necessário utilizar alguns equipamentos, conforme falaremos a seguir. 
O tripé e monopé são equipamentos construídos em duralumínio ou aço e tê a 
finalidade de sustentar o trabalhador para entrar em um espaço confinado. 
Podem também ser utilizados durante operações e salvamento. 
Os tripés e os monopés 
têm de resistir a uma carga 
estática de 15 kN (1.500 
kg) conforme exigências 
das NBR's 
 
FUNCIONAMENTO 
DE EQUIPAMENTOS 
UTILIZADOS EM ESPAÇO 
CONFINADO 
Cópia não autorizada 
43 70 
GUINCHOS E CADEIRAS SUSPENSAS 
São equipamentos manuais com cabo de aço, que trabalham 
acoplados ao tripé ou monopé, possibilitando entrar, sair ou 
resgatar pessoas em espaços confinados verticais. Geralmente 
os guinchos com sistemas trava-quedas só devem ser utilizados 
para resgate, uma vez que não foram projetados para entradas e 
saídas constantes. 
ESCADA DE FITA 
A escada de fita (estribo), como diz o próprio nome, é 
constituída de fita de poliamida e é utilizada pelo resgatista 
que acompanha a maca, possibilitando um curto deslocamento 
abaixo e acima da vítima, ou para facilitar o acesso da maca à 
boca do espaço confinado. 
ESCADA DE FITA 
Equipamento desenvolvido para atender as necessidades dos 
trabalhadores que exercem atividades em espaços 
confinados, utilizado em conjunto com o cinto de 
segurança de modo a subir ou descer uma

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