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Portfólio saúde coletiva I CONFERÊNCIA COM AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE A aula de hoje teve presença especial da Marciana Assunção, Agente Comunitário de Saúde na Unidade Básica de Saúde Luís Franklin há 3 anos, e desenvolve seu trabalho como ACS há 11 anos. O trabalho do ACS é realizar visitas e construir um elo entre comunidade e Equipe Estratégia Saúde da Família, que coleta indicadores de demandas. Antes da pandemia, todos os dias eram realizadas de 8 a 10 visitas. Nesse cenário, é realizado de acordo com os novos protocolos, apenas 5 visitas. É feito principalmente a orientação e prevenção. Além do seu trabalho, é preenchido uma ficha de pacientes que relatam sobre dores de cabeça e dores abdominais. O olhar não é voltado somente para grupos de risco. Toda a comunidade é assistida, com enfoque nas crianças. Há 19 ACS que atendem mais de 20 mil pessoas. As visitas em pacientes suspeitos de covid-19, é importante também, o ACS realiza a observação. O médico avalia o cada caso, o exame é marcado para que seja confirmado. O ACS realiza a visita para averiguar a família com intuito também de informar e orientar, além de coletar informações sobre outros membros sujeitos a contaminação. Os médicos repassam as informações que devem ser dirigidas às famílias, como isolamento, medidas de prevenção como uso de máscaras e álcool em gel. As fichas tradicionais foram alteradas e atualizadas. Hoje, o ACS leva o checklist para verificação do paciente, para confirmar se o caso há suspeitas de covid-19 e encaminhamento para a UBS. Os sintomas devem ser comparados com outras patologias como gripe. Importante lembrar que as informações são repassadas para a ESF. Outra ficha utilizada é a notificação, para que a ESF possa avaliar melhor o caso clínico e as condições que o paciente se encontra para que seja procedido. Antes da pandemia, o trabalho do ACS era na atenção em gestantes, idosos, diabéticos e hipertensos, sobre medicação, dia da última consulta, verificação das receitas e vencimento das medicações. O trabalho com gestantes, é visto os dias de pré- natais, vacinas que devem ser tomadas durante gestação e todos os cuidados devidos. No ciclo da criança, é visto o cartão de vacina, se tudo está em dia, além do acompanhamento com o(a) enfermeiro(a) a cada dois meses. A conversa é feita fora da residência, fora do portão. É realizado também uma tele consulta, através de ligações, as informações são coletadas e as orientações são realizadas. Todas essas mudanças da atenção primária, são regidos pelos manuais construídos pelo ministério da saúde. Em pacientes confirmados, é visto a evolução da doença. Deve ser procurado uma UPA ou hospitais para internamento, pois o número de óbitos em residência aumentou. Marciana comentou ainda, que sente medo do contágio, pois têm famílias e doença crônica. Porém, a fé em Deus prevalece! Seu jeito extrovertido ajuda a sustentação de seu trabalho que todos sabem da dificuldade que tem! A gratidão sempre é lembrada no final do dia, em saber que mais uma batalha foi vencida. O conhecimento do território é muito importante. As comunidades são bastante carentes, e muitos indivíduos não levam essa doença com o nível de seriedade necessária. As festas e o movimento nas ruas permanecem também, contribuindo ainda mais para o processo tardio de controle da pandemia. A linha de frente está dando seu melhor, desenvolvendo trabalhos de mãos dadas. A população adscrita, ou seja, regida pelos serviços, é de 1039 pessoas, com atenção nas demandas e prioridades. Na unidade há um cartão de acompanhamento ao chegar na UBS, acontece o acolhimento com o(a) enfermeiro(a), é aferido sinais vitais e realizado anotações como vacinas. Os exames de auto controle são entregues com 8 dias. O paciente vai até a unidade para receber os resultados e continuar o acompanhamento com a equipe. O cartão utilizado é de acompanhamento do paciente com suspeita de covid-19. Por fim, Marciana frisou que a utilização do EPI é necessária para o trabalho do ACS, como: botas, máscaras, protetor facial e avental. O mapa quente e o boletim epidemiológico são recursos que se atualizam diariamente e reúnem informações sobre a situação de avanço do vírus em Fortaleza, mostrando os principais bairros contaminados. Através disso, podemos concluir que os homens são os mais afetados por esse vírus, afinal, é o grupo que não dá a devida seriedade ao problema e não utiliza as medidas necessárias de higiene, combate e prevenção. EMBASAMENTO CIENTÍFICO De acordo com alguns artigos como o publicado pela Revista de Saúde pública em 2018, confirmamos e concretizamos o excelente trabalho do ACS. Seu principal insumo de trabalho é o conhecer obtido em cada visita na comunidade e o contato direto com as famílias que nela moram. As pesquisam provam também que a visita domiciliar é o principal instrumento para o bom desenvolvimento da saúde pública. Além disso, com a leitura dos artigos, pude perceber os desafios enfrentados por esses profissionais, como falta de condições necessárias, limites na sua atuação, formações fragilizadas e até mesmo a burocratização. REFERÊNCIAS Lima AP, Corrêa ACP, Oliveira QC. Conhecimento de agentes comunitários de saúde sobre os instrumentos de coleta de dados do SIAB. Rev Bras Enferm. 2012;65(1):121-7. Peres CRFB, Caldas Júnior AL, Silva RF, Marin MJS. O agente comunitário de saúde frente ao processo de trabalho em equipe: facilidades e dificuldades. Rev Esc Enferm USP. 2011;45(4):905-11.
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