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Anna Beatriz Fonseca | MED UNIFTC 2020.2 – 3º semestre INFECÇÃO DAS VIAS AEREAS SUPERIORES Principais patologias na prática pediátrica ambulatorial e de emergência, sendo que, no que tange menores de 5 anos (principalmente entre 6-24 meses), há cerca de 5-14 episódios no decorrer do ano. ▪ Alta frequência de consultas ambulatoriais (responsável por 1/3 das consultas em menores de 5 anos); ▪ Significativo morbilidade; ▪ O diagnóstico diferencial e etiológico de determinadas IVAS ainda é difícil de ser realizado, resultando, muitas vezes, no uso abusivo de antimicrobianos; ▪ Risco de complicações; ▪ Pode ter mais em crianças que tem fatores de risco, como: o Do número de habitantes/domicilio (aglomeração familiar); o Idade; o Contato com poluentes (Ex.:cigarro); o Estado nutricional; o Ausência de aleitamento materno; o Baixo nível socioeconômico. ▪ A extensão da infecção viral é modulada pela idade, estado fisiológico e imunológico do paciente; ▪ As manifestações clínicas são baseadas de acordo com o local que foi acometido, e pode ser: o Rinofaringite aguda, sinusite aguda, faringoamigdalite, laringite viral aguda, otite média aguda. É possível identificar anatomicamente as infecções. Curiosidades: ▪ 0,5 a 2% das IVAS evoluem para uma rinossinusite bacteriana; o 80% das rinossinusites bacterianas são precedidas por um episódio viral. ▪ O resfriado comum ou uma gripe podem ainda evoluir para otite, faringoamigdalite, laringite e pneumonia. RINOFARINGITE AGUDA/RESFRIADO COMUM Infecção mais comum da infância, característica por uma inflamação benigna e autolimita de etiologia viral, na mucosa do nariz, faringe e seios paranasais. ▪ Crianças até 3 anos tem de 6 a 8 episódios por ano; ▪ Transmissão: Aerossol e partículas maiores levadas ao meio ambiente através de tosse e coriza de crianças afetadas: o A principal forma de transmissão é contato direto com mão e objetos que contenham secreções infectadas e não por via inalatória. AGENTES ETIOLÓGICOS Inicia com o surgimento de febre com baixos sintomas respiratórios, posteriormente temos a piora dos sintomas respiratórios e redução da febre, permanecendo por cerca de 10 dias. ▪ Agente mais comum: Rinovírus (50% dos casos): o Existem mais de 100 sorotipos; o Imunidade adquirida duradoura e não existe imunidade cruzada (Ao adquirir um tipo de rinovírus, se for infectado posteriormente por outro tipo pode apresentar sintomas); o Após 24h da infecção -> IgA específica nas secreções/ Após 1 semana -> IgG e IgM no soro. ▪ Outros vírus citados: Coronavírus, Vírus sincicial respiratório (VSR), Metapneumovírus, Influenza, Parainfluenza, Adenovírus, Enterovírus. Período de maior incidência: Outono, inverno e primavera – A sazonalidade depende do agente: o O rinovírus é no início no outono e final da primavera. Período de incubação: 2 a 5 dias (média 1 a 3 dias). PATOGÊNESE 1. O vírus acabam invadindo as células epiteliais colunares ciliares das vias aéreas superiores, causando uma resposta inflamatória local com liberação de Bradicina e citocinas; 2. Com a liberação das citocinas irá atrais os polimorfonucleares; 3. A defesa contra os vírus/bactérias resulta em morte celular e apresenta coriza purulenta, efeito da degeneração das células de defesa do nosso organismo; 4. Nesse processo, existirá também vasodilatação local que provocará congestão da mucosa com edemas e hiperemia ou eritema e produção de muco; Pediatria Anna Beatriz Fonseca | MED UNIFTC 2020.2 – 3º semestre 5. Além disso, com a invasão dessa mucosa pode-se ter associado dor de garganta e uma sensação de garganta arranhada., isso se deve a estímulos das fibras colinérgicas locais que acaba apresentando rinorreia e tosse. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ▪ Dor de garganta; rinorreia clara, aquosa ou mucoide; obstrução nasal; espirros; tosse seca; febre (por vezes ausentes) de intensidade variável; ▪ Apenas 10% dos casos mantém clínica por 2 semanas: o Quando se estende por mais de 2 semanas pode ser um quadro de complicação (pode ser uma infecção secundaria viral, uma infecção sobreposta ou evoluir para um quadro de sinusite bacteriana). ▪ Em lactantes: Inquietação, choro fácil, recusa alimentar amolecimento das fezes e vômitos, alteração do sono, dificuldade respiratória por obstrução nasal; ▪ Crianças maiores podem apresentar cefaleia, mialgia e calafrios; ▪ No exame físico encontra-se congestão da mucosa nasal, hiperemia orofaringe, hiperemia membrana timpânicas. COMPLICAÇÕES ▪ Persistência de febre além de 72h; ▪ Recorrência da hipertemia; ▪ Dificuldade respiratória – taquipneia, retrações, demência; ▪ Otite media aguda e sinusite são as mais frequentes; Quadro de resfriado comum pode ser desencadeantes de crise asmática. DIAGNÓSTICO ▪ Clínico: Anamnese com história da doença atual completa + exame físico. ▪ A identificação dos vírus é desnecessária. Obs.: Ficar atento em quadros repetidos na criança. Deve-se pensar em alergia respiratória – Ex.: Rinite alérgica. TRATAMENTO Repouso no período febril, hidratação e dieta conforme aceitação, higiene, antitérmicos e desobstrução nasal: o Lavagem nasal: Instilação de soluções salinas isotônicas nas narinas e aspiração delicada (não tem efeito descongestionante nasal, mas de desobstrução). Desmitificando: ▪ Anti-histamínicos e Ácido ascórbico não tem influência na evolução: o Meta-analise: Monoterapia com anti-histamínicos não melhorou congestão e coriza. ▪ Antibióticos não são indicados porque não previnem infecções bacterianas secundarias e podem causar efeitos adversos; ▪ Anti-inflamatórios não hormonais não são indicados pelo maior número de eventos adversos em crianças e prolongam o tempo de evolução desse quadros de resfriados; ▪ Antitussígenos (Xarope que previne tosse) não tem eficácia comprovada; ▪ Uso de mucolíticos e expectorantes não devem ser usados em formas com iodeto, pois não há estudos de eficácia, e também associados com outros medicamentos, pois há eventos adversos; ▪ Vitamina C: Não há benefícios. PREVENÇÃO ▪ A mais eficaz é a lavagem das mãos; ▪ Uso de máscaras, etiqueta do espirro: Cobrir com o cotovelo/braço para não contaminar as mãos; ▪ Criança doente não deve ir para escola ou creche; ▪ Não existe vacina para o rinovírus, o principal agente. GRIPE Correspondente a 5-15% das IVAS, sendo causada exclusivamente pelos vírus influenza (família Orthomyxoviridae, que são divididos em quatro tipos (A, B, C e D). ▪ Transmissibilidade elevada e distribuição global: Tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais; ▪ Os vírus A são classificados em subtipos pela variação antigênica de duas glicoproteínas de superfície, a hemaglutinina (HA) e a neuraminidase (NA). SINTOMAS ▪ Síndrome gripal: Semelhante ao resfriado comum; ▪ Pode evoluir para síndrome respiratória aguda grave (SRAG), principalmente em pequenos lactentes (menores de 2 anos). TRANSMISSÃO Semelhante ao resfriado comum, ou seja, contato direto e aerossóis. Anna Beatriz Fonseca | MED UNIFTC 2020.2 – 3º semestre RESFRIADO X GRIPE SINTOMAS RESFRIADOS GRIPES INÍCIO Gradual Súbito SEVERIDADE Discreto Intenso PRINCIPAIS Cefaleia, coriza, espirros, dor de garganta, calafrios Febre alta, tosse, cefaleia intensa, dor de garganta, mialgia, congestão nasal, cansaço, fraqueza e falta de apetite. D IAGNÓSTICO Avaliar etiologia circulante e eliminar diagnósticos diferenciais (H1N1, VSR e COVID) são feitos através do Swab nasal. TRATAMENTO ▪ Medidas de suporte: Hidratação, repouso; ▪ Sintomáticos: Analgésicos e antitérmicos. PREVENÇÃO Semelhante ao resfriado comum. ▪ Vacina: Tetravalente e pentavalente, sendo essa última disponível somente na rede privada. ATUALIDADE – SARS-COV-2 ▪ Crianças: Aparentementepossuem quadros mais leves de COVID 19 que adultos e idosos, uma vez que o vírus deflagra as respostas de imunidade inata e adaptativa no hospedeiro e, assim, as citocinas inflamatórias pode contribuir para a sepse viral com choque e falência de múltiplos órgãos: o Sistemas de imunidade celular e humoral das crianças são menos desenvolvidos; o Sem capacidade de resposta inflamatória exacerbada; o Receptores ACE2 são imaturos, dificultando a invasão celular pelo vírus. RINOSSINUSITE Inflamação da mucosa nasossinusal, considerada uma das causas mais frequentes de consulta ao médico ou absenteísmo escolar. ▪ Ocorre geralmente após uma IVAS viral (80%) ou após uma inflamação alérgica (20%); ETIOLOGIA: VIRAL OU BACTERIANA As sinusites bacterianas correspondem somente de 0,5% a 2% das rinossinusites aguda e geralmente se seguem a episódios de etiologia viral. ▪ Quais vírus? Rinovírus, Vírus influenza, Parainfluenza e Adenovírus; ▪ Quais Bactérias? Principalmente Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenza, e em menor número: Streptococcus neta-hemolitico, Moraxella catarrhalis, Staphylococcus aureus e bactéria anaeróbias. CLASSIF ICAÇÃO GERAL ▪ De acordo com a duração dos sintomas: o Viral: Autolimitada; o Bacteriana aguda: Duração inferior a quadro semanas e resolução completa dos sintomas; o Bacteriana subaguda: Duração com mais de quatro semanas, porém menos de 12 semanas; o Crônica: Com sinais e sintomas que persistem por mais de 12 semanas. EVOLUÇÃO DOS SEIOS NASAIS NA INFÂNCIA ▪ Recém-nascido: 2 a 3 células etmoidais já estão presentes; ▪ 4 anos: Seio etmoidal completamente formado; ▪ 5 anos: Seios frontais; ▪ 7-8 anos: O assoalho do seio maxilar atinge o mesmo nível do assoalho da fossa nasal; ▪ 15 anos: Os seios esfenoidais estão completamente desenvolvidos. Anna Beatriz Fonseca | MED UNIFTC 2020.2 – 3º semestre Os seios que são frequentemente comprometidos são o maxilar e o etmoidal (o ultimo, costuma aparecer após os 6 meses). Sinusite frontal é rara antes dos 10 anos de idade. MANIFESTAÇÕES CLINICAS ▪ O início pode ser lento ou súbito; ▪ Forma leve: Pode ocorrer halitose, tosse, com piora á noite, febre; ▪ Nas formas moderadas a graves: Pode ocorrer edema palpebral, cefaleia, prostração, desconforto ou dor, espontâneos ou provocados, no local do(s) seio(s) afetado(s) ou nos dentes. COMPLICAÇÕES Sinusite crônica, osteomielite maxilar, celulite periorbitária, meningite. DIAGNÓSTICO ▪ Clinico: Anamnese com história da doença atual completa + exame físico; ▪ O estudo de imagem dos seios da face é raramente necessário. Raio-X de seio de face: ▪ Nível hidroaéreo (Encontra ar e secreção), opacificação completa da cavidade. ▪ Espessamento parede lateral do seio maxilar maior que 4mm; ▪ Tomografia da face (reservadas para pacientes que são candidatos a cirurgia); ▪ Endoscopia nasal (Gotejamento pós nasal): Na imagem acima: A esquerda têm-se secreções e ar (preto) e do lado direito seio sem secreção. TRATAMENTO Repouso inicial, umidificação de vias áreas, analgésicos e antitérmico. ▪ Avaliação otorrinolaringologista nos casos mais graves: Sinusites recorrentes e crônicas, complicações locais; ▪ Antibioticoterapia: amoxicilina; amoxiciclina + clauvulanato, cefuroxima, alérgicos a penicilina: macrolideos e quinolonas (para alérgicos a penicilina); ▪ Uso de corticosteróides é indicado em casos de sinusite recorrente e em paciente alérgicos; ▪ Tratamentos adjuvantes (não recomendado): o Corticoide nasal, anti-histamínicos, descongestionante, lavagem nasal. Obs.: O mínimo do tempo de tratamento é 10 dias e normalmente dura 10-14 dias. PROFILAXIA ▪ Tratar renite alérgica; ▪ Evitar tabagismo (ativo e passivo); ▪ Correção cirúrgica de fatores predisponentes OTITE Entre as infecções de vias áreas é a causa mais comum de busca por atendimento médico. ▪ Geralmente é precedido de um quadro viral; ▪ 75% das crianças abaixo de 5 anos terão menos de 1 episódio: o Muito frequente no 1 ano de vida e tem um pico entre 6 e 12 meses. ▪ 50% das OMA (Otite media aguda) aprecem no 4/5 dia de evolução de resfriados ou gripes. Na criança, a tuba auditiva é mais retificada (curtas, horizontalizada e menos continente), assim a comunicação ouvido/nariz/garganta é mais facilitada, propiciando a ocorrência de OMAs. MANIFESTAÇÕES CLINICAS Febre (55%), otalgia (47%), irritabilidade (56%), dificuldade para alimentação e interrupção das mamadas por choro (50%), otorréia, rinofaringite progressiva (50%). ACHADOS Á OTOSCOPIA Membrana timpânica discretamente hiperemiada, pode estar mais abaulada, retraída ou plana, opaca e também pode estar perfurada. ▪ Há dificuldade para a realização em crianças chorosa, febril e com resfriado comum; ▪ A otoscopia deve ser feita em toda consulta por queixa respiratórias. Anna Beatriz Fonseca | MED UNIFTC 2020.2 – 3º semestre Na imagem acima: A:normal/B, C e D – Graus crescentes de abaulamentos da membrana timpânica. COMPLICAÇÕES Meningite, mastoidite (principalmente em menores de 2 anos), perfuração timpânica, otite média crônica, e hipoacusia. TRATAMENTO Se o paciente tem otorréia faz o uso de antibioticoterapia ou observação, a depender da idade da criança. ▪ Menores de 6 meses: Sempre realizar antibioticoterapia: amoxicilina; amoxiciclina + clauvulanato, cefuroxima, alérgicos a penicilina: macrolideos e quinolonas (para alérgicos a penicilina); ▪ De 6 meses a 2 anos: Antibioticoterapia em diagnósticos de certeza, já, em diagnóstico incerto, antibioticoterapia se doença severa e conduta expectante se não severa; ▪ Maiores de 2 anos: Antibioticoterapia em diagnóstico de certeza com doença severa e conduta expectante se não severa (bem como em diagnóstico incerto). ▪ Duração do tratamento: 10 a 14 dias. Escolha do tratamento: ✓ 1ª escolha: Amoxicilina (90mg/kg/dia de 12/12h); se tiver recebido antibiótico nos últimos 30 dias / amoxicilina + clauvulanato (90mg/kg/dia de 12/12h); o Grupo de risco para pneumococos parcialmente resistente: Criança de creche/escola, uso frequente de antibiótico, se recebeu antibiótico no último mês; o Reavaliar criança em 48h-72h -> se houver melhora manter o tratamento até completar 10 dias. ✓ 2ª escolha: (Em casos de não resposta): Amoxicilina + clauvulanato (90mg/kg/dia de 12/12h), ceftriaxone (50mg IM ou Iv por 3 dias). ✓ Encaminhar para especialista se não apresentar melhora. FARINGOAMIGDALITE AGUDA Doença inflamatória da orofaringe, isto é, faringite aguda com envolvimento das amígdalas palatinas, que pode ser viral ou bacteriana e é caracterizada por eritema e presença facultativa de exsudato amigdaliano, ulcerações e vesículas. ▪ Transmissão: Secreção nasal e saliva(perdigotos). EPIDEMIOLOGIA ▪ Geralmente presente após 3 anos de idade (ao frequentar creches e escolas); ▪ Final de outono, inverno e primavera (nos climas temperados); ▪ Incubação de 2 a 5 dias. ▪ Importância em saúde pública: alta frequência e suas complicações, como febre reumática e glomerulonefrite difusa aguda. ETIOLOGIA CLÍNICA VÍRUS (75%) ▪ Primeiros anos de vida (2-3 anos), menos frequente na adolescência. ▪ Principais: Adenovírus (agente da febre faringoconjuntival); Vírus Epstein-Barr (agente da mononucleose infecciosa); Cocksackie A; ▪ Podem causar faringite, mas normalmente acompanha-se de outros sintomas, pois integra a síndrome do resfriado ou da gripe: o Rinovírus; Coronavírus; Parainfluenza; Influenza. ▪ HSV – 1 (herpes vírus). BACTÉRIAS (20-40%) ▪ Estreptococo beta-hemolítico do grupo A (mais importante): Principalmente na faixa etária entre 5 e 15 anos com grande número de possíveis complicações; ▪ Neisseria gonorrhoeae: Adolescentes sexualmente ativos ou abuso sexual na infância; ▪ Corynebacterium diphteriae:Na presença de membranas acinzentadas. MANIFESTAÇÕES CLINICAS Anna Beatriz Fonseca | MED UNIFTC 2020.2 – 3º semestre ▪ Presença ou ausência de amígdalas não afeta a suscetibilidade em adquirir a infecção faríngea, o seu curso clinico e o surgimento de complicações; ▪ Manifestações clinicas na orofaringe: Pode ter hiperemia, aumento de amígdalas, exsudato amígdalas, petéquias no palato. COMPLICAÇÕES ▪ Adenite cervical, abcesso periamigdaliano, sepse, choque toxico, otite media aguda, artrite reacional, febre reumática, GNDA (Glomerulonefrite difusa aguda). DIAGNÓSTICO Sorologias virais não costumam ser solicitas só em caso de mononucleose infeciosa. QUADRO BACTERIANO ▪ Exames não específicos: o Hemograma com leucocitose e desvio para a esquerda; o Proteína C reativa aumentada. ▪ Exames específicos: o Cultura de material de orofaringe (Swab): Padrão ouro; o Teste rápido para detecção de antígeno - especificidade (95%) e sensibilidade (60-70%); o Títulos de ASLO (antiestreptolisina O): > 330 unidades de Todd (infecção estreptocócica recente) ESCARLATINA ▪ Faringite estreptocócica, Sinal de Pastia; Língua em framboesa, Palidez perioral (Filatov). EBV ▪ Petéquias em palato, comprometimento geral, exsudato (sugerem infecção viral); Hemograma com linfocitose atípica; Mononucleose (Rash cutâneo com antibiótico). TRATAMENTO ▪ Viral: sintomático/Bacteriana: antibioticoterapia . Na pratica, muitos pediatras e clínicos iniciam antibiótico com base no aspecto das amigdalas, isto é, presença de exsudato purulento somado a outros dados clínicos como febre alta e petéquias em palato, ou ainda passado de febre reumática. Antibioticoterapia: ▪ Previne a faringoamigdalite se utilizada dentro dos primeiros 9-10 dias após inicio dos sintomas; ▪ Previne surgimento de complicações supurativas; ▪ Não previne surgimento de glomerulonefrite difusa aguda; ▪ Leva à defervescência dentro das primeiras 24h de uso. LARINGITE VIRAL AGUDA Inflamação de porção subglótica da laringe, associada a congestão (pode ter graus variados) e edema com duração de 3-5 dia. EPIDEMIOLOGIA Em lactantes e pré-escolares há um pico de incidência aos 2 anos. ETIOLOGIA Vírus Parainfluenza I e II, vírus sincicial respiratório, adenovírus, influenza. MANIFESTAÇÕES CLINICAS Coriza, obstrução nasal, tosse seca, febre baixa. ▪ Se houver evolução: tosse rouca, disfonia, afonia ou choro rouco, estriador inspiratório. DIAGNÓSTICO Clínico. ▪ Diagnóstico diferencial: Laringite espasmódica, epiglotite aguda, mal formação congênita de via área, laringomalacia, traqueomalacia e estenose subglótica, corpo estranho, laringotraqueíte bacteriana, laringite diftérica, laringoedema alérgico, abcesso retrofaríngeo. TRATAMENTOS ▪ Casos leves: Repouso, hidratação, umidificação do ambiente; ▪ Casos moderados a graves: Nebulização com adrenalina, corticoide sistemático.
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