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Aula09PED - Prevenção de acidentes em crianças e adolescentes

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Anna Beatriz Fonseca | MED UNIFTC 2020.2 – 3º semestre 
 
SEGURANÇA NO AMBIENTE DOMÉSTICO 
O maior número de eventos traumáticos até o fim da idade escolar 
acontece dentro ao próprio domicilio. 
▪ 50% das mortes consideradas acidentais em menores de 15 
anos ocorre em casa (metade por asfixia e ⅓ por afogamento); 
▪ No Brasil, 6% de todas as hospitalizações de crianças até 9 
anos foram por causas externas: 
o As quedas são responsáveis por 39% desses casos; 
o 4 vezes maior que o das internações por traumatismos de 
trânsito e por choque elétrico; 
o 10 vezes maior do que queimaduras e intoxicações 
o Predominam entre os atendimentos de emergência, 
correspondendo a cerca de ⅔. 
▪ Acidentes representam a principal causa de morte entre 
crianças e adolescentes brasileiros de 1 a 14 anos (13 óbitos por 
dia e hospitalização de mais de 120 mil jovens): 
o A maioria destes eventos são evitáveis e considerados não 
intencionais, como lesões no trânsito, queimaduras, 
quedas e afogamentos; 
o O acidente que mais tira a vida de crianças e adolescentes 
de 0 a 14 anos são os acidentes de trânsito, seguidos de 
afogamentos e sufocação. 
▪ As lesões intencionais, (violência física, negligência e abusos 
sexuais) respondem por mais de 200 mil mortes por ano em 
jovens e crianças. 
ACIDENTES POR IDADE 
1º ANO DE VIDA 
Asfixias (sufocamento) e quedas são os principais, seguido de 
queimaduras e aspiração de corpo estranho. 
▪ Principal característica: Fragilidade; 
▪ Transportar a criança no assento tipo bebê conforto, na 
posição de costas para o painel, quando dentro de veículos; 
▪ Não dormir em leito compartilhado; 
▪ Não deixar o bebê sobre um apoio que seja alto e sem proteção 
(ex.: cama, poltrona, trocador e colo de criança); 
▪ Não deixar o bebê usar a mamadeira sozinho, pois há risco de 
engasgo e/ou aspiração do leite. 
 
2 A 5 ANOS 
A queda é o mais comum, seguido de asfixia, queimaduras, 
afogamento. 
▪ Principais características: Curiosidade e inconsequência; 
▪ Proteger varandas, janelas e escadas com grades e redes; 
▪ Utilizar antiderrapantes em tapetes; 
▪ Restringir o acesso à cozinha durante o preparo das refeições; 
▪ Usar as “bocas” de trás do fogão com os cabos das panelas 
voltados para dentro; 
▪ Colocar protetores nas tomadas. 
PRÉ-ESCOLARES 
O principal é o atropelamento/trânsito, seguido de queimaduras e 
intoxicações. 
▪ Principais características: Influenciáveis e com habilidades 
motoras abaixo do julgamento crítico; 
▪ Manter os cuidados das fases anteriores, mas reforçando a 
capacidade da criança reconhecer as próprias competências, 
limites e dificuldades; 
▪ Procurar deixar a criança em ambientes seguros (casa, escola, 
clube e casa de familiares); 
▪ Não deixar a criança andar sozinha na rua; 
▪ Transportar a criança adequadamente no veículo, utilizando 
assento de elevação infantil. 
ESCOLARES ( 10 A 14 ANOS) 
Os principais são trânsito, afogamentos, quedas e queimaduras. 
▪ Principais características: Vulnerável a pressões sociais, ganho 
de liberdade e sensação de ser inatingível; 
▪ Servir de modelo em atitudes preventivas concretas e 
abstratas; 
▪ Estimular a responsabilidade no adolescente pela 
consequência das ações e escolhas dele • Ensinar que ande 
sozinho na rua sempre respeitando os sinais de trânsito; 
▪ Não facilitar o acesso a armas de fogo, bebidas alcoólicas, 
tabaco ou qualquer outra droga; 
▪ Orientar quanto ao abuso sexual. 
 
Pediatria 
 
 
 
Anna Beatriz Fonseca | MED UNIFTC 2020.2 – 3º semestre 
 
LOCAIS DAS ACIDENTES 
Cozinha; Banheiro; Escadas e corredores; Quarto; Sala; Elevador; 
Lavanderia; Piscina; Quintal; Garagem/depósito. 
ORIENTAÇÃO DE SEGURANÇA 
ORIENTAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO DOS PAIS 
▪ Mudanças no comportamento: Supervisão mais efetiva e 
eliminação de risco; 
▪ Apoio da comunidade; 
▪ Vantagens econômicas no acesso a produtos seguros; 
▪ Melhoria socioeconômicas como um todo. 
PEDIATRIA OU AGENTE DE SAÚDE 
Orientações de segurança de forma realistas, combinando 
conhecimento dos riscos, supervisão ativa, ensino de regras de 
segurança às crianças (através de desenhos, vídeos), adaptações na 
casa e aprendizado a partir de histórias reais de outras famílias. 
PROTEÇÃO PASSIVA 
É a eliminação de risco dentro de casa. 
Equipamentos de segurança (proteção de quinas, trava em janelas 
e portas, protetor de tomada) possuem eficácia documentada. 
▪ Limitações da proteção passiva para algumas famílias: Casas 
alugadas e famílias pobres podem não dispor de ambientes. 
PREVENÇÃO DE ASFIXIA 
▪ Alimentar a criança sentada à mesa em cadeira alta; 
▪ Não permitir brincadeiras ou corridas durante as refeições; 
▪ Cortar os alimentos em pedaços pequenos; 
▪ Ter cuidado com objetos muito pequenos, com grãos de 
cereais, caroços de frutas, gomas de mascar, balas duras, 
botões, moedas, baterias em disco e outros; 
▪ Brinquedos devem ser apropriados para cada idade e não 
devem destacar parte pequenas; 
▪ Não usar talco perto da criança; 
▪ Não usar cordão ou presilha de chupeta ao redor do pescoço; 
▪ Não deixar sacos plásticos ao alcance de crianças; 
▪ Usar lençóis, mantas e cobertores bem presos ao colchão. 
PREVENÇÃO DE AFOGAMENTO 
O afogamento acontece de forma rápida e silenciosa. 
▪ Jamais deixar a criança sozinha durante o banho, 
principalmente em uso de banheiras; 
▪ Nunca deixar baldes, bacias ou tanques com água ao alcance 
das crianças; 
▪ Frequentar piscinas somente com vigilância contínua, mesmo 
que a criança saiba nadar ou que o lugar seja considerado 
raso: 
o Para uma criança que está começando a andar, por 
exemplo, três dedos de água representam um grande 
risco, podendo facilmente se afogar em piscinas, cisternas 
e até em baldes, banheiras e vasos sanitários; 
o A criança deve usar sempre um colete salva-vidas quando 
em embarcações, próximas a rios, represas, mares, lagos, 
piscinas e praticando esportes aquáticos; 
o Crianças devem aprender a nadar com instrutores 
qualificados ou em escolas de natação especializadas e, se 
os pais ou responsáveis não souberem nadar, devem 
aprender também. 
PREVENÇÃO DE QUEDAS 
▪ Banir o uso de andadores; 
▪ Instalar redes ou grades de proteção em janelas, sacadas e 
escadas; 
▪ Instalar portões de segurança com tranca no topo e na base 
das escadas; 
▪ Pisos escorregadios são perigosos, por isso é aconselhável que 
coloque antiderrapante nos tapetes; 
PREVENÇÃO DE QUEIMADURAS 
▪ Testar temperaturas da água do banho com cotovelo; 
▪ Verificar a temperatura de mamadeiras e outros alimentos; 
▪ Não manusear líquidos ou alimentos quentes com a criança no 
colo; 
▪ Esconder fosforo, velas e isqueiros; 
▪ Evitar uso de roupas de tecidos sintéticos que sejam facilmente 
inflamáveis; 
▪ Não fumar dentro de casa; 
▪ Manter as crianças fora da cozinha, principalmente se o fogão 
ou o forno estiverem ligados; 
▪ Prefira cozinhar nas bocas de trás do fogão e com o cabo das 
panelas virados para dentro; 
▪ Os produtos químicos, como álcool, artigos de higiene e 
produtos de limpeza em geral, devem ser mantidos fora do 
alcance das crianças; 
▪ Fogos de artifício nunca devem ser manipulados por crianças; 
▪ Evitar a exposição entre as 10h e 16h e usar protetor solar 
(mesmo em duas nublados) para evitar queimaduras 
provocadas pelo Sol. 
Anna Beatriz Fonseca | MED UNIFTC 2020.2 – 3º semestre 
 
PREVENÇÃO DE CHOQUES ELÉTRICOS 
▪ Manter as crianças longe de tomadas, fios, aparelhos elétricos; 
▪ Não ligar vários aparelhos em uma mesma tomada; 
▪ Não deixar soquete sem lâmpada; 
▪ Manter instalações elétricas em bom estado; 
▪ Usar protetores de tomadas; 
▪ Para soltar pipas, deve-se procurar lugares abertos, afastados 
da rede elétrica. 
PREVENÇÃO DE INTOXICAÇÃO 
▪ Não utilizar medicamentos sem orientações médica e nunca 
utilizar produtos clandestinos; 
▪ Seguir as orientações do fabricante para o uso adequado dos 
produtos;▪ Preferir produtos químicos que tenham embalagens com 
tampas de segurança; 
▪ Manter os produtos em sua embalagem original e nunca 
reutilizar frascos; 
▪ Evitar o uso indiscriminado de inseticida; 
▪ Conhecer bem as plantas ornamentais da casa e dos jardins e 
não manter dentro de casa as que são consideradas tóxicas 
(ex.: comigo-ninguém-pode, costela-de-adão, saia branca, 
espada-de-são-jorge, chapéu de Napoleão); 
▪ Para limpar a casa, preferir produtos com odor reduzido ou 
sem cheiro (não deve misturar produtos diferentes). 
PREVENÇÃO DE FER IMENTO E ARMA DE FOGO 
Não ter armas de fogo em casa, mas, caso tenha, deve-se armazená-
las em armário trancado, longe de munição, e essa, deve estar 
trancada em outro armário. 
Existe uma lista de checagem 
da casa segura (os princípios 
gerias), que pode ser encontrada no 
QrCode a seguir: 
 
 
SEGURANÇA NO TRÂNSITO 
Acidentes no trânsito correspondem a mais de 1 milhão de mortes 
e cerca de 10 milhões de lesões incapacitantes e permanentes, sendo 
que pedestres e crianças são os mais vulneráveis e os riscos de 
passageiros de veículos aumentam acentuadamente ao longo da 
adolescência. 
▪ A energia mecânica, com transmissão de energia cinética é 
maior do que a capacidade da criança de absorvê-la, além do 
impacto do corpo contra superfícies rígidas (do automóvel ou 
do solo), geram lesões em diferentes graus e intensidades. 
FATORES DE AUMENTO DO NÚMERO DE MORTES 
▪ Aumento progressivo do número de automóveis circulantes; 
▪ Crescimento urbano e industrial da população; 
▪ Falta de cultura popular voltada para a segurança; 
▪ Impunidade; 
▪ Falta de legislação efetiva; 
▪ Más condições das vias de circulação. 
R ISCO DE ATROPELAMENTO 
▪ Maior em meninos; 
▪ Faixa de etária de 3 a 12 anos; 
▪ Número de ruas que a criança atravessa; 
▪ Atravessar a rua fora da faixa de pedestre; 
▪ Horários escolares (07h e 12h); 
▪ Moradias sem quintal ou área de recreação. 
FASE PRÉ-ESCOLAR 
▪ Baixa estatura prejudica a visão do trânsito pela criança e pelo 
motorista; 
▪ Incapacidade total de autoproteção; 
▪ Dificuldade para localizar de forma precisa os sons que ouve 
no tráfego; 
▪ Incapacidade de lidar com mais de um fato ou uma ação de 
cada vez. 
ESCOLAR: 
▪ Capaz de compreender os riscos do trânsito; 
▪ Visão periférica ainda é diminuída; 
▪ Comportamento imprevisível; 
▪ Necessidade de tempo maior para processar informações; 
▪ Dificuldade em julgar a distancia de um objeto nas vias de 
trafego e de avaliar a velocidade dos carros antes dos 11 anos 
de idade. 
ADOLESCENTE 
▪ Atitudes de desafio a regras e comportamento influenciável; 
▪ Uso de patins e skates constitui fator adicional de risco; 
▪ Ingestão de bebidas alcoólicas, assim como uso de outras 
drogas, leva a um risco cada vez maior. 
Anna Beatriz Fonseca | MED UNIFTC 2020.2 – 3º semestre 
 
Crianças são impulsivas e ainda não desenvolveram as 
habilidades para julgar e analisar a que distância um carro está e 
qual sua velocidade de aproximação; geralmente desenvolve-se de 
forma gradual e isso não está totalmente dominado antes de, pelo 
menos, 10 an0s. 
Figura 1: Medidas 
eficazes de 
proteção do 
pedestre. 
 
 
 
PREVENÇÃO DE ATROPELAMENTO 
▪ Não permitir que uma criança menor de 10 anos ande sozinha 
pela rua; 
▪ Segurar sempre sua mão, firme e pelo pulso, enquanto 
estiverem caminhando na rua; 
▪ Utilizar sempre a faixa de pedestres e, mesmo na faixa, a 
criança deve olhar várias vezes para os lados e andar em linha 
reta; 
▪ Entender e obedecer aos sinais de trânsito; 
▪ Não atravessar a rua por trás de carros, ônibus, árvores e 
postes; 
▪ Esperar que o veículo pare totalmente para poder descer e 
aguardar que ele se afaste para atravessar a rua. 
DISPOSITIVOS DE CONTENÇÃO INDICADO PARA CADA 
FAIXA ETÁRIA 
Figura 2: Os 4 dispositivos de segurança. 
Manter toda criança com menos de 13 anos de idade no banco 
traseiro do automóvel. 
Figura 3: Norma da NBR 14.400 do Inmetro sobre a progressão 
dos assentos de segurança à medida que a criança cresce. 
SEGURANÇA PARA CRIANÇAS E JOVENS CICLISTAS E 
MOTOCICLISTAS 
Figura 4: Cuidados de segurança para os ciclistas. 
SEGURANÇA DE BRINQUEDOS E ATIVIDADES DE 
LAZER 
O crescimento e o desenvolvimento das crianças podem ser 
apoiados e reforçados por meio de jogos e brincadeiras; os 
brinquedos facilitam o relacionamento entre pais e filhos, contudo, 
não podem ser utilizados como substitutos de carinho e atenção. As 
brincadeiras são importantes para todas as áreas de 
desenvolvimento, incluindo cognitiva, linguagem, social, física e 
emocional. 
▪ Os pais são os principais responsáveis por fornecer 
experiências de qualidade e cuidar da segurança de seus 
filhos; já os profissionais de saúde e educação devem orientar 
e reforçar os cuidados de segurança e instrumentalizar os pais 
Anna Beatriz Fonseca | MED UNIFTC 2020.2 – 3º semestre 
 
quanto à escolha e à manutenção seguras dos brinquedos e 
playgrounds. 
ESCOLHA, MANUTENÇÃO E ARMAZENAMENTO DOS 
BR INQUEDOS 
Escolha: Os pais devem escolher com cuidado os brinquedos, levar 
em consideração idade, interesse e nível de habilidade das crianças, 
observar se os brinquedos possuem certificação de qualidade, 
assegurar-se de que todas as instruções sobre o uso estão claras e, 
adicionalmente, observar se atendem à recomendação de idade, se 
possuem produtos inflamáveis ou tóxicos na sua fabricação e qual 
a forma de higienização; 
Manutenção: Devem ser verificados periodicamente para avaliar 
ruptura e possíveis perigos. Um brinquedo danificado ou 
considerado perigoso deve ser reparado imediatamente ou retirado 
de uso. 
Armazenamento: As crianças devem ser orientadas a guardar os 
seus brinquedos depois de brincar para evitar tropeços e quedas. 
Caixas de brinquedo também devem ser verificadas quanto à 
segurança. Deve-se garantir que a tampa da caixa tenha trava de 
segurança para não cair inesperadamente sobre a criança. Para 
segurança extra, certificar-se se há buracos de ventilação para o ar 
fresco. 
ATIVIDADES DE LAZER 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por meio da 
Comissão de Estudos Especiais de Segurança, elaborou normas 
para garantir a segurança das crianças. 
Figura 5: Partes da norma ABNT NBR 16.071-1: 2012. 
 
 
 
Figura 6: 
Principais 
cuidados de 
manutenção e 
segurança dos 
equipamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: Sessão 3, capítulos 1,2 e 3 sobre segurança da 
criança e adolescentes.

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