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Nome: Kayline Vidal Sena Matrícula nº 7678607 Sala 003109A02 APS – Direito do trabalho aplicado 1. A empresa não possui qualquer planejamento relacionado a medicina e segurança do trabalho, pois, segundo orientação do Departamento de Recursos Humanos não há risco na atividade desenvolvida. A empresa tem responsabilidade objetiva quanto ao planejamento relacionado a medicina e segurança do trabalho. A obrigatoriedade se dá pois a medicina e segurança do trabalho são regras de ordem pública, portanto, devem observar a legislação vigente. As NRs são as normas orientadoras e regulamentadoras para as empresas, a depender de seu segmento. São 37 normas regulamentadoras e cada uma trata de uma atividade específica. Essas normas trazem uma série de regras para determinado segmento jurídico e as duas principais são: a) NR-07 – Programa de controle médico de saúde ocupacional – PCMSO, que prevê o programa técnico de prevenção e se realiza como parte integrante de um conjunto de regras de proteção a saúde dos empregados. Como a atividade da empresa Bitcoin Serviços de Informática Ltda é urbana, há a obrigatoriedade de elaboração. Esse programa tem caráter preventivo e faz o rastreamento de um diagnóstico precoce dos agravos a saúde relacionados ao trabalho, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores. O PCMSO é elaborado pelo médico do trabalho e os enfermeiros do trabalho, pois o PCMSO é um controle médico do trabalho. A elaboração do PCMSO é importantíssima e tem diversas etapas, sendo que o empregador tem por responsabilidade de garantir a elaboração do laudo e a efetiva implementação, zelando com a eficácia e arcando com o ônus de custear todos os procedimentos, indicando dentre os médicos do SESMT da empresa um médico-coordenador responsável pela execução do PCMSO. Não havendo SESMT, o empregador contratará um médico do trabalho para ser o responsável pelo PCMSO. Se não houver especialista na localidade, poderá ser contratado por qualquer outro médico. b) NR-09 – Programa de prevenção de riscos ambientais – PPRA – levanta o mapa de riscos ambientais do trabalho, através de antecipação, reconhecimento e avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais, existentes ou futuros no ambiente de trabalho. As ações devem ser desenvolvidas no âmbito de cada empresa. 2. A empresa é ré em várias ações objetivando indenizações que apresentam como causa de pedir fática o tratamento vexatório diuturno a que são submetidos os vendedores e representantes comerciais que não alcançam o patamar de metas estabelecidos pelo supervisor que exerce as atribuições de gerência na área comercial, sendo que o Departamento de Recursos Humanos, ao analisar os casos informou a diretoria da empresa que a atitude do supervisor em presentear os vendedores com menor patamar de vendas com uma camiseta com a inscrição “Sou o Lanterninha do Mês”, não é ofensivo e que todos os vendedores melhoram sua produção nos meses seguintes; Nome: Kayline Vidal Sena Matrícula nº 7678607 Sala 003109A02 A conduta do supervisor é sim vexatória, pois coloca o empregado em uma situação extremamente desconfortável. É obrigação do empregador fornecer ao colaborador um ambiente de trabalho seguro, tanto fisicamente quanto psicologicamente, propiciando a manutenção de relacionamentos agradáveis, atividade laboral motivadora, gerência participativa e democrática e eliminação de stress. Cabe a empresa, portanto, o gerenciamento do ambiente de trabalho saudável, democrático e motivador, a fim de que o empregado se sinta acolhido e não envergonhado. O argumento de que a entrega da camiseta escrito “Sou o lanterninha do mês” não configura ofensa pois os resultados tendem a melhorar, não é o único indicador a ser observado. Há outras maneiras menos ofensivas de aumentar a produtividade da equipe, com uma liderança que, ao invés de acusar, ajude o colaborador o direcionando à excelência operacional. Sendo assim, o empregado que for exposto à situação vexatória ou constrangedora poderá pleitear judicialmente indenização ao seu empregador, pois a empresa responde pelas atitudes dos seus empregados. Consequentemente, como advogada desaconselharia a empresa a reafirmar essa conduta como sendo uma conduta benéfica. 3. Parte dos representantes comerciais são obrigados no comparecimento diário na sede da empresa, em horário determinado pelo diretor comercial, sendo certo que em eventual ausência o dia de trabalho é descontado das comissões no mês de referência, sendo que os demais somente comparecem a empresa para aviamento das necessidades comerciais (entrega de pedidos, recebimento de mostruários e recebimento de comissões), conduta esse aprovada pelo Departamento de Recursos Humanos da empresa. A empresa deve garantir que os empregados tenham os mesmos direitos e deveres. Portanto, recomendaria que fosse avençadas condições entre todos os representantes comerciais, a fim de prevenir futuras ações pois a empresa não pode descontar as comissões dos empregados. 4. Todos os estagiários (cursando Administração de Empresas, Tecnologia da Informação e Direito) são contratados diretamente pela empresa, sem qualquer formalidade efetivada pelo Departamento de Recursos Humanos, a não ser o pagamento de vale transporte e bolsa auxílio e se ativam exclusivamente no recebimento dos pedidos de compras, independentemente da área acadêmica que pertençam e laboram oito horas diários e semanalmente são submetidos a horas extras. Recomendaria que os estagiários fossem contratados formalmente mediante assinatura de contrato, regido pelas regras previstas na Lei do Estágio (Lei n.º 11.788/08) e respeitando os requisitos descritos na legislação, visto que a natureza jurídica do contrato de estágio está ligada aos pressupostos presentes na Lei n.º 11.788/08. A contratação deve ser formalizada através de Termo de Compromisso, com anuência da instituição de ensino, sendo necessário que o estudante esteja devidamente matriculado em curso compatível com a atividade desenvolvida no estágio, provendo condições de proporcionar atividades de Nome: Kayline Vidal Sena Matrícula nº 7678607 Sala 003109A02 aprendizagem social, profissional e cultural. É necessário, também, que as atividades desenvolvidas tenham supervisão por um funcionário com formação ou experiência profissional na área em que se será desenvolvido o estágio (art. 9, III, da Lei n.º 11.788/08), a fim de proporcionar uma efetiva formação profissional, preparando o educando para a competitividade do mercado de trabalho. Portanto, os estagiários devem ser remanejados para áreas que sejam compatíveis com a sua formação. A jornada de trabalho deve ser definida em comum acordo com a instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante legal, devendo constar do termo de compromisso ser compatível com as atividades escolares, não ultrapassando as 30 horas semanais previstas no artigo 10 da Lei do Estágio, no caso de estudantes universitários. É vedada a realização de horas extras e, se a instituição de ensino adotar verificações de aprendizagem periódicas ou finais, nos períodos de avaliação, a carga horária do estágio será reduzida pelo menos à metade, segundo estipulado no termo de compromisso, para garantir o bom desempenho do estudante. 5. Um dos assistentes comerciais foi denunciado por um dos clientes em razão de furto de numerário (o cliente apresentou vídeo contendo as filmagens do local onde a conduta restou comprovada), no entanto, o Departamento de Recursos Humanos da empresa desaconselhou a demissão sob alegação do mesmo ser detentor de estabilidade em decorrência de acidente do trabalho, em relação ao qual foi emitida a CAT (comunicação de Acidentedo Trabalho) com afastamento médico de 10 dias. Informaria à empresa que a Súmula 378 do Tribunal Superior do Trabalho estabelece como pressuposto para essa garantia o afastamento superior a 15 dias e o recebimento de auxílio-doença acidentário. Como o assistente teve afastamento médico inferior ao período, não goza de estabilidade. Supondo que ele tivesse o direito ao benefício, o empregado deveria, ainda, ter atenção para cumprir todos os seus deveres, visto que essa estabilidade impede apenas a demissão sem justa causa. Portanto, após o fim do afastamento pelo INSS, como o trabalhador cometeu uma falta grave, ele poderia ser dispensado por justa causa, sendo que cometeu falta grave que justifica a decisão. Além de perder a garantia do emprego, ele também não teria direito ao aviso prévio, ao 13º salário e às férias proporcionais. Também não haverá direito à multa e movimentação do FGTS, nem ao seguro-desemprego. Desta maneira, mesmo com o direito à estabilidade no emprego, ainda há a possibilidade de demissão por justa causa. 6. Os empregados da empresa, com exceção dos Diretores e gerente e supervisores recebem em média valor de R$ 4.500,00, valor esse fruto do percentual comissional das vendas realizadas, além de valor fixo de R$ 2000,00 o Departamento de Recursos Humanos, orientou a empresa, no sentido que a fixação de pagamento de parcela salarial fixa desonera a empresa de qualquer reflexo ou integração em relação aos valores comissionais. Nome: Kayline Vidal Sena Matrícula nº 7678607 Sala 003109A02 Para que a comissão seja reduzida, deve ser feita através de convenção ou acordo coletivo com o sindicato, visto que não pode o empregador a seu critério, reduzir a comissão (salário variável) dos seus empregados. O pagamento de parcela fixa não desonera a empresa de pagamento dos valores de comissão, a não ser que seja previamente acordado com o sindicato.
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